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Fichamento do texto UMA HISTÓRIA DE “DIFERENÇAS E DESIGUALDADES” AS

DOUTRINAS RACIAIS DO SÉCULO XIX

Ana Paula Viana da Silva


RA: 11202322159

1. Introdução
1.1. No final do século XIX, teorias de pensamento adentram o Brasil
1.1.1. Positivismo
1.1.2. Darwinismo
1.1.3. Racionalismo
1.2. Ao entrarem, trouxeram consigo diversas interpretações
1.3. Evolução social era um debate paradigmático
2. Entre a edenização e a detração
2.1. As grandes navegações fizeram com que o homem tivesse contato
com demais povos e percebe-se suas diferenças
2.2. 1ª metade do século XVIII → Povos selvagens caracterizados como
primitivos
2.3. Conceito de uma evolução única e perfeita surge entre os homens
americanos → Perfectibilidade
2.3.1. Evolução perfeita → resistir ao ambiente
2.3.2. Possível apenas para o ser humano
2.3.3. Visão humanista
2.4. Rousseau → perfectibilidade apontava o início das desigualdades
2.4.1. Os humanistas acreditavam no potencial de todo homem de se
aperfeiçoar
2.4.2. O conceito de perfectibilidade não era obrigatoriamente o
estado de virtude ou de civilização
2.4.3. O “estado de natureza” era uma forma de analisar criticamente
a sociedade ocidental e o “estado de civilização”
2.4.4. “Se há uma bondade original da natureza humana: a evolução
social corrompeu-a”
2.5. 2ª metade do século XVII → selvagem deixa de ser visto como
inocente e passa a ser visto como inatamente maldoso
2.5.1. “A da suposta inferioridade física do continente, e de uma
consequente debilidade natural de suas espécies… todos
condenados por natureza a uma decadência irresistível, a uma
corrupção fatal”
2.5.2. Buffon → tese da “infantilidade do continente”
2.5.2.1. Naturalista
2.5.2.2. Caracteriza o continente americano carente (pouco
povoamento, pequeno porte dos animais, etc)
2.5.2.3. Hierarquização como senso
2.5.3. De Pauw → teoria da “degeneração americana”
2.5.3.1. Não considerava os povos americanos somente
“inocentes” como “decaídos”, “degenerados”
2.5.3.1.1. Degeneração → ‘‘um desvio patológico do tipo
original.”
2.5.3.2. “Fé no progresso, e falta de fé na bondade humana”
2.6. Visão humanista herdeira da Revolução Francesa (naturalizava a
igualdade humana) X Visão humanista de reflexão sobre as
diferenças básicas existentes entre os homens.
3. NATURALIZANDO AS DIFERENÇAS: A emergência da “raça ”
3.1. Perspectiva positiva, inspirada na Revolução Francesa, vê grupos
como "povos" e "nações" em vez de raças diferentes, buscando
simplificar a compreensão.
3.2. O termo raça é introduzido no início do século XIX, criando a ideia da
existência de heranças físicas permanentes entre os vários grupos
humanos.
3.3. Acontece uma reorientação intelectual como forma de reação ao
Iluminismo.
3.3.1. Contra os pressupostos igualitários das revoluções burguesas
3.3.2. Ideia de raça cada vez mais próxima da noção de povo.
3.3.3. Discurso racial surge como consequência do debate sobre a
cidadania
4. PENSANDO NA ORIGEM: MONOGENISMO x POLIGENISMO
4.1. Visão monogenista → o homem se originou de uma fonte comum,
sendo os diferentes tipos humanos apenas um produto “da maior
degeneração ou perfeição do Éden”
4.1.1. Virtualidade → desenvolvimento (mais ou menos) retardado,
mas de toda forma semelhante.
4.1.2. Não pressupunha, inicialmente, uma noção única de evolução
4.2. Visão poligenista → o homem se originou de várias fontes, que
correspondem, por sua vez, às diferenças raciais observadas;
4.2.1. Encorajado sobretudo pelo nascimento simultâneo da frenologia
e da antropometria
4.2.2. Ao mesmo tempo, uma nova craniologia técnica, que incluía a
medição do índice cefálico, facilitou o desenvolvimento de
estudos sobre as variedades do cérebro.
4.2.3. Hannah Arendt → o poligenismo punha fim não só às leis
naturais que previam um elo entre os homens de todos os
povos, como à igualdade, à comunicação e à troca.
4.3. Etnologia → perspectiva mais filosófica e vinculada à tradição
humanista de Rousseau
4.4. Sociedades etnológicas → interpretação ainda monogenista e fiel às
interpretações rousseaunianas
5. A EVOLUÇÃO ENQUANTO PARADIGMA
5.1. O embate entre poligenistas e monogenistas tende a amenizar-se
5.2. Os monogenistas ficam satisfeitos com o suposto evolucionista da
origem da humanidade, continuaram a hierarquizar raças e povos, em
função de seus diferentes níveis mentais e morais
5.3. Esfera política → o darwinismo significou uma base de sustentação
teórica para práticas de cunho bastante conservador; noção de
“seleção natural” como justificativa para a explicação do domínio
ocidental, “mais forte e adaptado”
5.4. Os mestiços exemplificam e personificavam a “degeneração”
5.5. A miscigenação parecia fortalecer a tese poligenista, revelando novos
desdobramentos da reflexão.
5.5.1. As raças humanas, enquanto “espécies diversas”, deveriam ver
na hibridação um fenômeno a ser evitado.
5.6. Para os poligenistas, seleção natural implicava pensar na
degeneração social
6. ANTROPOLOGIA CULTURAL: A DESIGUALDADE EXPLICA A
HIERARQUIA
6.1. Foco central a questão da cultura
6.2. A cultura teria se desenvolvido em estados sucessivos, caracterizados
por organizações econômicas e sociais específicas
6.3. Civilização e progresso como modelos universais
7. O DARWINISMO SOCIAL: A HUMANIDADE CINDIDA
7.1. Darwinismo social ou teoria das raças
7.1.1. Duas grandes escolas → determinista geográfica e
determinismo de cunho racial
7.1.2. Visão pessimista a miscigenação
7.1.3. Raças constituem fenômenos finais → logo todo cruzamento
seria um erro
7.2. Diagnóstico de raça resultou em um ideal político → visava submissão
ou eliminação das raças inferiores
7.3. A evolução europeia, e em especial o tipo ariano, representaria um
caso extremo em que o apuro racial teria levado a um caminho certo
rumo à civilização
7.4. O bom desenvolvimento → conformação racial pura
7.5. Os teóricos raciais irão propor uma releitura da história dos povos,
entre eles: Renan, Le Bon, Taine e Gobineau
7.5.1. Renan → três grandes raças em desenvolvimento: branca,
negra e amarela
7.5.1.1. Negros, amarelos e miscigenados seriam inferiores não
por serem incivilizados, mas por serem incivilizáveis
7.5.2. Le Bon → Teoria que relacionava raças humanas com espécies
animais
7.5.2.1. Cor da pele, a forma e capacidade do crânio
7.5.2.2. O grupo determinava os comportamentos humanos
individuais.
7.5.3. Taine → noção de raça passava a equivaler à idéia de nação
também
7.5.3.1. Responsável pela transformação que se operou na
noção de raça no final do século XIX
7.5.4. Gobineau → “degeneração da raça”,como último resultado “da
mistura de espécies humanas diferentes”
7.5.4.1. Impossibilidade do progresso para algumas sociedades
compostas por “sub-raças mestiças não civilizáveis’’
7.5.4.2. “O resultado da mistura é sempre um dano”
7.5.4.3. Não se esperava muito das “raças inferiores”, por isso
não devia se temer
7.5.4.4. As nações miscigenadas são instáveis
7.6. Os modelos deterministas raciais foram bastante populares no Brasil
7.6.1. A interpretação darwinista social se combinou com a
perspectiva evolucionista e monogenista.

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