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VANGUARDAS

EUROPEIAS
FUTURISMO

A CIDADE SE LEVANTA (1910),


UMBERTO BOCCIONI.
O MANIFESTO FUTURISTA (1909),
FILIPPO TOMMASO MARINETTI
1. Queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia e a revolta serão os elementos essenciais da nossa poesia.
3. Até agora a literatura refletiu a imobilidade melancólica, o êxtase e o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo,
a insônia febril, a corrida, o salto mortal, o soco e o tapa.
4. Declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu de uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um automóvel de
corrida cuja carroceria é adornada por grandes tubulações como serpentes de alento explosivo… um automóvel que ruge,
que parece correr acima da metralha, é mais belo do que a Vitória de Samotrácia.
5. Queremos cantar o homem ao volante, cuja lança ideal atravessa a Terra, ela própria lançada no circuito de sua órbita.
6. É preciso que o poeta se consuma de ardor, esplendor e prodigalidade, a fim de aumentar o fervor entusiástico dos
elementos primordiais.
7. Só há beleza na luta. Não existe obra-mestra sem um caráter agressivo. A poesia deve ser um ataque violento contra as
forças desconhecidas, para fazer com que se prostrem diante do homem.
8. Nós estamos sobre o promontório extremo dos séculos!… De que vale olhar para trás, no momento em que nos cabe
arrebentar os portais misteriosos do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Agora vivemos no absoluto, pois já
criamos a velocidade eterna e onipresente.
9. Queremos glorificar a guerra – a única higiene do mundo –, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos
anarquistas, as belas ideias pelas quais se morre, e o desprezo pela mulher.
10. Queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e
utilitárias.
11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, o prazer ou a revolta; as multicoloridas e polifônicas marés
revolucionárias nas capitais modernas; a vibração noturna dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas
elétricas; as estações ferroviárias vorazes devorando serpentes que fumam; as fábricas suspensas nas nuvens pelos fios de
suas fumaças; as pontes lançadas, como saltos de ginastas, sobre rios ensolarados que brilham como uma cutelaria
diabólica; os paquetes aventureiros farejando o horizonte; as locomotivas de peito largo, que batem as patas nos trilhos,
como enormes cavalos de aço embridados por longos tubos; e o voo deslizante dos aeroplanos, cujas hélices estalam ao
vento como bandeiras e aplaudem como uma multidão entusiasta.
EXPRESSIONISMO

O GRITO (1893),
EDVARD MUNCH.
A NOITE ESTRELADA (1889),
VINCENT VAN GOGH.
EXPRESSIONISMO NA POESIA (1918),
KASSIMIR EDSCHMID
A terra é uma paisagem imensa que Deus nos deu. Temos de olhar para ela de tal modo que ela
chegue a nós sem deformação. Ninguém duvida de que a essência das coisas não seja a sua
realidade exterior. A realidade tem que ser criada por nós.

Assim o universo total do artista expressionista torna-se visão. Ele não vê, mas percebe. Ele não
descreve, acumula vivências. Ele não reproduz, ele estrutura.

A mesma lei que reina inconscientemente, que elimina sem ser negativa, que somente liga
momentos escolhidos para pontos magneticamente iguais, comprime a estrutura do que
escreve. As frases se encontram dobradas ao ritmo de uma maneira diferente do comum. Elas
obedecem à mesma intenção, ao mesmo fluxo do espírito, que somente revela o essencial.

Também a palavra ganha uma força diferente. Termina o que descreve, o que vai ao redor das
coisas. Não há mais lugar para isso. A palavra se torna flecha. Atinge o interior do assunto, é
enfatizada por ele. Ela se torna cristalinamente a verdadeira imagem do objeto. Então,
desaparecem as palavras supérfluas.
CUBISMO

GUERNICA (1937),
PABLO PICASSO.
ACALLIGRAMMES (1913-1916),
GUILLAUME APOLLINAIRE.
DADAÍSMO

RODA DE BICICLETA (1913),


MARCEL DUCHAMP.
RECEITA PARA FAZER UM POEMA
DADAÍSTA, TRISTAN TZARA
Pegue um jornal.
Pegue uma tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pensa dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Depois, recorte cuidadosamente todas as palavras que formam o artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Seguidamente, tire os recortes um por um.
Copie conscienciosamente pela ordem em que saem do saco.
O poema será parecido consigo.
E pronto: será um escritor infinitamente original e duma adorável sensibilidade, embora
incompreendido pelo vulgo.
SURREALISMO

A PERSISTENCIA DA MEMORIA
(1931), SALVADOR DALI.

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