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&

prof. dra.
MICHELLE
AGUIAR USABILIDADE

UX PARTE 2
ergonomia e
design emocional
A RODA
FACILITAR A REALIZAÇÃO
DE UMA ATIVIDADE
AS FERRAMENTAS
AUXÍLIO PARA REALIZAR
CERTAS ATIVIDADES
MANUSEIO DE FERRAMENTAS
MELHORAR E ADEQUAR AO
HOMEM: CONFORTO PARA USO
AS MÁQUINAS
REALIZAR ATIVIDADES
PROFISSIONAIS E PESSOAIS
ERGONOMIA
(MORAES & MONTALVÃO, 2009; VAN DER LINDEN, 2007)

Evolução tecnológica e a 2ª Guerra Mundial

As inovações tecnológicas trouxeram consigo certas


incompatibilidades entre homens e máquinas.

Decisões rápidas e execução de atividades novas sob


condições críticas podem envolver erros fatais.

Necessidade de resolver problemas relacionados à


interface e à relação homem-máquina que afetaram
o sistema industrial-militar.
ERGONOMIA
(MORAES & MONTALVÃO, 2009; VAN DER LINDEN, 2007)

Pesquisadores de Fisiologia e Psicologia + Engenheiros:

Preocupação em adaptar as máquinas e o trabalho às


limitações e capacidades do homem.

Ergonomia
ERGONOMIA
(VAN DER LINDEN, 2007)

do grego:

ergon + nomos

↓ ↓  

(trabalho) (normas, regras)

Origem do termo:
Wojciech Jastrzebowski (1857), cientista polonês

(CYBIS, 2003)

“adaptação do produto ou serviço ao usuário


por meio de sistemas e dispositivos que
estejam adaptados à maneira como o usuário
pensa e trabalha.”
ERGONOMIA

(IEA – International Ergonomic Association, 2000 apud VAN DER LINDEN, 2007)

“disciplina científica dedicada à compreensão


das interações entre ser humano e outros
elementos de um sistema por meio da
aplicação de teorias, princípios, dados e
métodos para um projeto, de modo a otimizar
o bem-estar humano e o desempenho geral
do sistema”
ERGONOMIA

def. (IEA - International Ergonomics Association, 2010)

Análise e avaliação das interações entre


homem e sistema visando melhorias na
interação e desempenho.

def. (MORAES & MONT’ALVÃO, 2009)

Tecnologia projetual das comunicações entre


homens e máquinas, trabalho e ambiente.
ERGONOMIA

(VAN DER LINDEN, 2007)

Envolve:

+ compreensão das interações entre o ser


humano e o sistema;

+ aplicação de teorias, princípios, dados e


métodos para um projeto;

+ otimização do bem-estar humano e do


desempenho geral do sistema.
ERGONOMIA
(VAN DER LINDEN, 2007)

O significado e a definição tem-se transformado


ao longo dos anos.

Os avanços tecnológicos na área de informação


e comunicação tem trazido consigo inúmeras
novidades, nem sempre com resultados positivos
para a saúde e conforto do homem.

Ampliação do papel da Ergonomia:

+ produtos (design, engenharia de produto)

+ processos (engenharia de produção, administração, psicologia do trabalho)

+ ambientes (arquitetura, engenharia de segurança)


ERGONOMIA

(IEA - International Ergonomics Association, 2010)

Ergonomia cognitiva:

Preocupa-se com os processos mentais (percepção,


memória, raciocínio e resposta motora) e como
afetam as interações entre o homem e outros
elementos de um sistema.

Inclui:

Carga mental de trabalho, tomada de decisão,


desempenho especializado, IHC, a confiabilidade
humana, estresse no trabalho e formação, podendo
estar relacionados ao design do sistema humano.
ERGONOMIA

(VAN DER LINDEN, 2007)

Ergonomia e Design:

Compreender → Identificar  Melhorar


ERGONOMIA

(VAN DER LINDEN, 2007)

Ergonomia aplicada ao Design

Por meio de pesquisa e análise de intervenções


ergonomizadoras, a Ergonomia pode ser aplicada ao
Design por meio de:

+ princípios
acessibilidade, proteção, prevenção de erros

+ métodos
análises de processos, testes de usabilidade, métodos descritivos e
experimentais, pesquisas quantitativas e qualitativas

+ dados
dados antropométricos, desempenho humano, critérios de legibilidade
e de leiturabilidade, tempo de processamento da informação, etc.
ERGONOMIA
(Prof. Joaquim Redig – UniRitter, 2005), apud VAN DER LINDEN, 2007)

Relação Ergonomia e Design


+ é muito pesado?
+ é difícil de abrir?
+ é difícil de regular?
+ é complicado para usar?
+ é desconfortável?
+ é difícil de entender?
+ é ilegível?
+ é incompreensível?
+ é perigoso?

Havendo resposta afirmativa, há problema de natureza


ergonômica que deve ser resolvido pelo designer.
ERGONOMIA VISUAL
(Pereira e Silva, 2011)

Visa a transmissão da informação para o usuário de


modo eficiente e eficaz, atendendo às necessidades
do indivíduo e respeitando suas habilidades e
limitações.

Assim, o projeto visual gráfico das embalagens


destina-se a determinar e desenvolver certas funções
e habilidades que a futura embalagem deve possuir.

A embalagem pode ser também considerada, em


termos ergonômicos, como um mostrador. Para
isso, devem ser considerados todos os elementos
que podem influir no seu desempenho frente ao
consumidor e dentro do ambiente em que vai operar.
ERGONOMIA VISUAL
(Martins e Moraes, 2002; Melo et al, 2007; Santos e Fialho, 1997)

Compreende a análise e o design da informação focados


na instrução do usuário e inclui aspectos relacionados
à cognição e à percepção, contemplando a linguagem
verbal e visual, além de estar relacionada a variáveis
como:
a. visibilidade,
b. legibilidade,
c. compreensão,
d. quantificação, priorização e ordenação da informação,
e. padronização,
f. compatibilização e
g. consistência.
ERGONOMIA VISUAL
(Martins e Moraes, 2002; Melo et al, 2007; Santos e Fialho, 1997)

é legível?
possui boa é fácil de
visibilidade? compreender?

é possível
possui
quantificar,
padronização
priorizar e
visual?
ordenar a
informação?

é consistente
é compatível
em relação à
com a tarefa?
tarefa?
EXERCÍCIO

# 3
exercício #3
1 - Retorne ao mapa da jornada e ao App/
sistema analisado para responder às
perguntas abaixo:
possui boa visibilidade? é legível? é fácil de compreender?
é possível quantificar, priorizar e ordenar a informação?
possui padronização visual? é compatível com a tarefa?
é consistente em relação à tarefa?

Tipos de resposta:
SIM / NÃO / NÃO SE APLICA.

2 - Em seguida, para cada resposta afirmativa,


apontar sugestões de melhoria considerando
os critérios básicos de Usabilidade (facilidade
de uso, intuitividade e eficiência).
DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Cognição Humana
DESIGN EMOCIONAL
(Abrahão et al, 2008)

Cognição Humana

Conjunto de processos mentais que permite às


pessoas buscar, tratar, armazenar e utilizar diferentes
tipos de informações do ambiente.
DESIGN EMOCIONAL
(Abrahão et al, 2008)

Cognição Humana

Esses processos mentais dividem-se em:

+ processos perceptivos
como as pessoas captam as informações
+ processos cognitivos
como as pessoas organizam as informações
DESIGN EMOCIONAL
(Abrahão et al, 2008)

Cognição Humana
Processos perceptivos > Modalidades perceptivas:
+ visão
+ audição
+ tato
+ paladar
+ olfato
+ cinestesia (sentido da percepção de movimento, peso, resistência e posição do corpo,
provocado por estímulos do próprio organismo)

+ propriocepção (capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua


posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo
em relação às demais)

Obs.: Em Ergonomia, o tipo da tarefa é que determina o nível de importância desses


sentidos na análise dos processos perceptivos.
DESIGN EMOCIONAL
(Abrahão et al, 2008)

Cognição Humana
DESIGN EMOCIONAL
(Abrahão et al, 2008)

Cognição Humana
Os Processos Cognitivos envolvem
DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Cognição Humana
DESIGN EMOCIONAL
(adaptado de Norman, 2013)

Cognição Humana
DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Contudo, o processo cognitivo envolve níveis de


processamento que variam entre processos emocionais
de tomada de decisão subconsientes e conscientes.

(NORMAN, 2004; VAN DER LINDEN, 2007)

As emoções fazem parte do sistema afetivo que,


juntamente com o sistema cognitivo, é responsável
pelas respostas psicológicas do homem em relação ao
ambiente.

Sistema afetivo = reação automática aos eventos


Sistema cognitivo = interpretação e compreensão dos
eventos
DESIGN EMOCIONAL
(NORMAN, 2004; VAN DER LINDEN, 2007)

Design Emocional e os
Níveis de processamento cognitivo

1) Visceral Nível subconsciente.


(opera automaticamente)

2)Comportamental Nível subconsciente.


(processa o comportamento cotidiano)

3)Reflexivo Nível consciente.


(utiliza a parte contemplativa do cérebro)
DESIGN EMOCIONAL
(NORMAN, 2004; VAN DER LINDEN, 2007)
DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Nível Visceral: opera automaticamente


+ Nível mais básico das emoções que responde a sinais
do ambiente, sem controle.
+ Rápida avaliação de uma situação, avalia riscos ou
benefícios em potencial.
+ Respostas básicas: proteção, sistemas afetivos e
julgamentos rápidos sobre o ambiente.
+ Percepção rápida daquilo que é usável, efetivo e
compreensível.
+ Atração X repulsão
+ Design: resposta imediatamente relacionada à percepção.

“Visceral responses matter” (NORMAN, 2013, p. 51)


DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Nível Comportamental: processa o comportamento


cotidiano
+ Fornece respostas rápidas.
+ Envolve processamento complexo e atividades
automatizadas baseadas em habilidades aprendidas.
+ Capacidades aprendidadas e desencadeadas pelas
situações combinadas a padrões apropriados.
+ Design: cada ação está associada a uma expectativa.
DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Nível Reflexivo: utiliza a parte contemplativa do cérebro


+ Pensamento consciente com aprendizado de novos
conceitos e generalizações sobre o ambiente.
+ Profundo conhecimento e análise do ambiente para a
tomada de decisão.
+ As respostas reflexivas são parte das memórias
armazenadas sobre eventos anteriores.
+ A emoção produzida neste nível é a mais prolongada.
+ Design: pode ser considerado como o mais importante
nível de processamento.

“Emotion and cognition are tightly intertwined”


(NORMAN, 2013, p. 53)
DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Segundo Norman (2013), para embasar


o Design Emocional, os três níveis de
processamento são estudados juntos
para determinar o estado emocional e
cognitivo dos indivíduos.

Esses níveis possuem papéis essenciais para


determinar preferências e rejeições dos
indivíduos quanto a produtos e serviços.
DESIGN EMOCIONAL
(Norman, 2013)

Assim, é possível relacionar...


referências
ABRAHÃO, J. S.; SILVINO, A.; SARMET, M.; PINHO, D. Introdução à ergonomia: da
prática à teoria. São Paulo: Blucher, 2009.
IEA. 2010. In: Home: International Ergonomics Association. <http://www.iea.cc/01_
what/What%20is%20 Ergonomics.html>.
MARTINS, L.B.; MORAES, A. Ergonomia Informacional: algumas considerações sobre
o sistema humano-mensagem visual. In: Gestão da Informação na Competitividade
das Organizações. Recife: Editora Universitária da UFPE, v.1 p.165-181, 2002.
MELO, C. V. A.; CURSINO, R. M.; SANTOS, V.M. V. Estudo da Ergonomia Informacional
sobre o uso de mapa de riscos e sinalizações voltados as rotas de fuga existentes
numa planta de processamento.I n: XXVII ENEGEP, Foz do Iguaçu, 2007.
MORAES, ANAMARIA DE; MONT’ALVÃO, CLAUDIA. 2009. Ergonomia: conceitos e
aplicações. Rio de Janeiro: 2AB.
NORMAN, Donald A. Emotional design: why we love (or hate) everyday things.
Estados Unidos: Basic Books, 2004.
NORMAN, Donald A. The design of everyday things. Revised and expanded edition.
Estados Unidos: Basic Books, 2013.
PEREIRA, P. Z.; SILVA, R. P. Design de embalagem: Proposição de princípios para o
projeto gráfico. Rio Grande do Sul: 2011. (ergonomia visual)
SANTOS, Neri; FIALHO, Francisco. Manual de Análise Ergonômica do Trabalho.
2. ed. Curitiba: Genesis, 1997.
VAN DER LINDEN, J. 2007. Ergonomia e Design: prazer, conforto e risco no uso de
produtos. Porto Alegre: UniRitter.

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