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Administração
Estratégica
Avançada
Autor:
Ivanir Casagranda
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 98
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INTRODUÇÃO
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UNIDADE 1 - ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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1.1 Evolução e conceitos de administração estratégica
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ambiente, estabelecimento da diretriz da organização, formulação e implementação
da estratégia organizacional, bem como o exercício do controle estratégico.
Este conceito nos remete a uma série de outras avaliações sobre a
importância das estratégias para o mundo dos negócios, que bem aplicadas geram
diferenciais competitivos.
Santos (Org.) (2007, p.2) fala assim sobre estratégia:
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1.2 Benefícios da administração estratégica
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instalações requeridas para a realização do negócio.
Assegurar-se de que o negócio tenha o dinheiro e o crédito
Fornecer capital
necessário ao capital de giro e às instalações físicas.
Estabelecer Estabelecer medidas de desempenho que possibilitarão ao negócio
padrões atingir seus objetivos de longo prazo com sucesso.
Estabelecer Desenvolver programas e planos de atividades administrativas que
programas de realizadas de acordo com as estratégias alcancem os objetivos
administração organizacionais.
Fornecer Fornecer fatos e valores para ajudar as pessoas a seguir a estratégia,
informação de manter a força de trabalho atenta ao negócio que possibilite realizar
controle os planos estabelecidos.
Manter o pessoal Comandar e motivar pessoas a agir de acordo com a política e planos
ativo da empresa.
Fonte: Adaptado de Certo et al (2010).
Feedback
FATORES
DO
AMBIENTE
EXTERNO
FATORES
INTERNOS À
EMPRESA
FATORES
LIGADOS À
ESTRUTURA VANTAGEM
DO SETOR COMPETITIVA
SUSTENTÁVEL
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- Estratégia: Desenvolver ações de marketing em escolas e
supermercados, no intuito de tornar a goiabada GMA conhecida, permitindo
assim um acréscimo de 20% nas vendas deste até 31 de dezembro de
2019.
Dentro deste contexto, alguns fatores ambientais devem ser
constantemente acompanhados pela administração estratégica, como:
Nível de participação no mercado;
Nível de fidelidade dos clientes;
Novas oportunidades de investimentos;
Tendências tecnológicas;
Diferenciação dos produtos e serviços;
Políticas governamentais;
Nível de investimentos.
As mudanças que envolvem o mundo empresarial são constantes e devemos
estar sistematicamente monitorando e tomando decisões com vistas ao
acompanhamento das diretrizes organizacionais.
E quando as diretrizes organizacionais sofrem impacto negativo em função
das variáveis ambientais (internas ou externas) que não foram criteriosamente
analisadas? Haveria prejuízos organizacionais? Seus stakeholders seriam
afetados?
Vejamos a catástrofe ocorrida na cidade de Mariana – MG.
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sistema de prevenção e gestão de crise e realizou exercícios de simulação para examinar
sua capacidade de resposta em situações de emergência.
Então, como explicar o fato de ser pega de surpresa? Há duas hipóteses: ou estava
só parcialmente preparada (não para “o pior”), ou superestimou sua capacidade – ou
ambas as coisas.
No primeiro caso, é preciso entender que eventos imprevisíveis e impactantes,
como o rompimento da barragem, acontecem dentro da lógica do cisne negro ensinada por
Nassim Taleb e precisam ser levados em consideração em quaisquer programas de
prevenção e gestão de crise de imagem. Os cisnes negros aparentemente não estavam
nesses planos da Samarco.
O segundo caso é o de excesso de confiança da empresa, aquele tipo de postura
que faz a organização se sentir no pedestal da glória e incapaz de considerar o inesperado.
A declaração do então presidente da Samarco após a tragédia é reveladora: “A barragem
de Fundão era operada por especialistas, monitorada pelo estado da arte de
instrumentação em barragem. Ela era visitada por técnicos do mundo todo, que vinham
somente para olhar o que estávamos fazendo aqui. A governança dos nossos sistemas é
tida como exemplar”.
A comparação que faço com essa postura é a do pugilista peso-pesado que se
movimenta no ringue como se não houvesse adversário, com a sensação de ser inatingível.
De repente, toma um soco arrasador na ponta do queixo que o deixa atordoado, sem
conseguir acreditar no que está acontecendo.
Só devo dizer que esse comportamento não é exclusividade da Samarco ou de seus
gestores: ele se observa com frequência em várias organizações.
É inegável que a Samarco está fazendo um grande esforço de comunicação, com
imprensa, mídias sociais e até publicidade em horário nobre no Jornal Nacional, mas tenho
dúvidas se isso está gerando alguma percepção positiva.
Por quê? Não me parece que a comunicação passa tristeza, arrependimento e
humildade, apesar de o acidente ter causado um estrago monumental.
Salvo engano, a Samarco o tempo todo ressaltou a segurança de sua barragem, o
que é correto, mas se esqueceu de enfatizar que aproveitaria a tragédia para melhorar seus
sistemas. Mesmo um dos pontos altos do esforço de gestão de crise – a comovida coletiva
de imprensa de Andrew Mackenzie, CEO da acionista BHP, em Minas Gerais foi
minimizado por esse esquecimento. Suas palavras pareceram sinceras: “A devastação que
testemunhamos no local e na comunidade nesta manhã nos deixou inconsoláveis. Nossos
pensamentos e orações estão com todos os envolvidos neste período incerto e
angustiante”. Mas ele não fez menção alguma a um esforço da BHP para aperfeiçoar
processos ou, eventualmente, admitir e corrigir falhas.
A Samarco também errou ao desperdiçar as oportunidades que surgiram, como a
entrevista do presidente à revista Época Negócios. Ao ser indagado sobre como lidava com
a situação, a resposta foi: “Quando eu recebi a notícia, gelei…”. Não passou a mensagem
de que, mesmo em um episódio inesperado, estava preparado para reagir com a firmeza e
a determinação que se esperam de um CEO em situações críticas.
A tragédia de Mariana foi, ainda, o primeiro grande desastre ambiental no Brasil sob
o reino das mídias sociais (o primeiro globalmente foi o acidente da BP no Golfo do México,
em 2010). A empresa incluiu mídias sociais em sua estratégia, explorando principalmente o
Facebook com um vídeo do presidente falando sobre o acidente, o que foi correto
estrategicamente. O erro, nesse caso, foi o conteúdo: o vídeo não sensibilizou, não gerou
empatia.
Resultado: o porta-voz e a marca ficaram banalizados. O vídeo criou oportunidades
para críticas que parodiavam a fala do presidente no Facebook. Pareceu que a
preocupação da empresa era com curtidas e compartilhamentos, não com o teor da
mensagem, quando, nesses casos, o fundamental são as mensagens capazes de gerar
empatia.
É particularmente difícil criar uma percepção positiva no caso da Samarco, porque a
sensação de impunidade é grande, pelo fato de não ter havido, até onde sei, operação da
Polícia Federal contra a empresa. Mas ela tornou tudo mais difícil ao, por exemplo, mostrar-
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se reticente para pagar as indenizações. Questiono-me até se fez as perguntas-chave em
relação a suas ações.
Muitos gestores nessas condições reclamam que ficam de mãos amarradas pelo
departamento jurídico, que os impede de assumirem a culpa, mas sou testemunha de uma
grande evolução da visão jurídica em relação à gestão de crise nos últimos anos.
Além disso, se os advogados se sobrepõem à área de relações públicas em um
comitê de crise, imobilizando gestores e resultando em ações que afetam a imagem da
organização, isso é culpa da liderança da empresa e não do departamento jurídico. Cabe
ao CEO ouvir, avaliar e decidir conforme seu discernimento ou valores da companhia.
Em 2008, a canadense The Maple Leaf Foods foi responsável por um surto de
listeriose que matou 23 pessoas, incluindo idosos e crianças, que tinham consumido frios
produzidos em uma fábrica de Toronto onde a falta de sanitização adequada provocou a
proliferação de bactérias. Mesmo sujeito a pesadas condenações em tribunais, o CEO
Michael McCain, que até hoje comanda a empresa, tomou a iniciativa de pedir desculpas
publicamente. E, em uma coletiva de imprensa, chegou a dizer: “As últimas pessoas que eu
estou ouvindo são advogados e contadores”. Voluntariamente a organização fechou a
fábrica e fez o recall de 191 produtos, embora houvesse apenas um contaminado.
A Maple Leaf optou pela “coisa certa a fazer”, como disse seu CEO na época,
mesmo sob críticas aos custos envolvidos. Não foram maiores do que a crise no Golfo do
México custou à imagem da BP: US$ 18 bilhões. Quanto custará Mariana à Samarco?
Perguntas-chave de um gestor de crise:
• Qual a percepção geral sobre nossa estratégia de resposta?
• Qual a aderência entre percepção e realidade?
• Esta é mesmo a melhor estratégia?
• A mensagem está correta?
• O meio de entregá-la é o mais adequado?
• O porta-voz é adequado?
• Como isso vai impactar cada um dos stakeholders e qual a provável reação deles?
• Qual o efeito sobre a opinião pública?
Após a leitura, você deve ter percebido a importância que se deve ter no
estabelecimento das diretrizes organizacionais, acompanhamento e acima de tudo
tomar ações imediatas quando algo foge de controle, porém é necessário que se
tenha um comportamento proativo com o objetivo de evitar prejuízos que possam
gerar impactos negativos aos negócios e grupos de interesse.
c) Formulação da Estratégia
Após o estabelecimento das diretrizes organizacionais vem a terceira fase
que é a formulação da estratégia, que é a parte da implantação da administração
estratégica onde são definidas as ações a serem realizadas e que darão
sustentabilidade para os planos de ação, de tal forma que haja garantias para que
os objetivos anteriormente definidos possam ser efetivamente atingidos e
consequentemente as organizações possam ser beneficiadas, obtendo assim
vantagens em relação aos concorrentes.
Especificamente a formulação das estratégicas é tratada em capítulo a
parte neste material.
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d) Implementação da Estratégia
Trata-se de colocar em prática tudo aquilo que foi devidamente planejado
na etapa anterior. Parece uma questão óbvia, mas de nada adianta analisar o
ambiente, definir as diretrizes organizacionais, formular as estratégias e não as
colocar em prática. Como pensar em aumentar os lucros, conquistar novos clientes,
novos mercados, se não forem implementadas as estratégias?
Para que o sucesso da implantação da estratégia seja garantido, é
importante tomar alguns cuidados como: quem e como será conduzido o processo?
Que impacto terá para a organização, para os colaboradores? São algumas
questões que precisam ser amplamente debatidas e respondidas para a
continuidade das atividades e garantia do sucesso.
Portanto, a implementação de estratégias é o ato de converter a estratégia
em ação para atingir os objetivos estabelecidos, sendo que cada pessoa tem um
papel ativo no processo de implementação e execução. Para demonstrar a
importância do processo, podemos afirmar que o gerenciamento da implementação
da estratégia é mais arte do que ciência.
e) Controle Estratégico
Chegou a fase do controle. Como saber se as estratégias que foram
implementadas estão dando certo ou estão seguindo conforme o planejado?
Somente através do controle estratégico é que se poderá avaliar possíveis desvios,
ou não, naquilo que foi planejado.
A implantação de um controle estratégico na organização é orientada pelo
estabelecimento de medidas de acompanhamento, que possam dar garantias de
avaliação. Sua função principal é ajudar os gestores das estratégias para que os
objetivos anteriormente definidos sejam cumpridos.
De uma forma resumida, controlar a estratégia significa avaliar os resultados,
comparar com o que foi planejado e, se for necessário, tomar ações corretivas para
que se possam atingir os objetivos propostos. Ou seja, identificar se todas as
etapas anteriores, agora concretizadas, estão sendo adequadas à empresa.
Os desempenhos organizacionais são medidos pelos métodos qualitativos e
quantitativos:
O método qualitativo de avaliação de controle estratégico utiliza-se de
avaliações de forma subjetiva e são obtidas através da resposta de várias questões
como:
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O posicionamento da empresa perante os concorrentes precisa ser
melhorado?
Os seus produtos e serviços estão adequados aos clientes?
Os recursos de investimentos estão adequados nos níveis
tecnológicos, processos e produtos, de forma que possam garantir
diferenciação dos concorrentes?
A empresa identificou novas oportunidades de negócio que ainda não
foram explorados pelos concorrentes? Se sim, a empresa terá
condições de investir imediatamente?
Há necessidade de que sejam implantados novos sistemas de
controles administrativos?
As estratégias adotadas têm tido impacto negativo na imagem da
organização?
Os retornos esperados estão conforme o tempo planejado? Ocorreram
mudanças de cenários adiando os retornos econômicos?
As estratégias têm oferecido riscos aos negócios da empresa?
Não existe regra que defina a quantidade ou quais questões deverão ser
respondidas, o importante é que sejam esgotadas todas as perguntas para que se
obtenha todas as respostas que indiquem os resultados do desempenho
estratégico.
Quanto ao método quantitativo para controle do desempenho estratégico,
podem ser utilizados alguns tipos de avaliações como:
Número de mercadorias vendidas;
Participação no mercado;
Eficiência do processo produtivo;
Índice de satisfação dos clientes;
Retorno sobre os Investimentos - ROI (calculado dividindo-se lucros
após os tributos (EAT) pelo total de ativo);
Margem de lucro sobre as vendas (calcula-se dividindo os lucros, antes
dos juros e tributos (EBIT);
Grau de Liquidez (Capacidade de a organização pagar suas
obrigações). Exemplo: Liquidez imediata e Liquidez seca;
Indicadores de atividade: analisam como a empresa lida com seus
ativos. Exemplo: rotatividade dos estoques;
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Auditoria de depositários: Grupo de pessoas com interesse na
organização e que podem ser afetadas com os resultados. Como
exemplos podemos citar: Acionistas (avaliação das ações), clientes
(taxa de crescimento das vendas) e fornecedores (tempo de entrega).
Outro aspecto importante no controle estratégico são as informações. As
informações deverão ser as mais confiáveis para que se possam ter os melhores
diagnósticos e, através das análises dos mesmos, possam se tomar decisões
assertivas.
As organizações deverão garantir como essas informações serão coletadas,
armazenadas e processadas, de tal maneira que o tempo de resposta do controle
estratégico seja o menor possível e que possibilitem correções de desvios
necessários nos processos da administração estratégica.
Independentemente do tipo de estratégia que a empresa venha a adotar,
deverá haver flexibilidade por parte dos gestores para que as estratégias e suas
atividades aqui propostas possam ser adaptadas à realidade de cada empresa.
Agora que você leu esta unidade, sem dúvida também deve ter realizado
diversas reflexões sobre a importância da administração estratégica para
organizações do século XXI que queiram se destacar no mundo dos negócios.
Nosso convite agora é para realizar as atividades propostas. Bom trabalho!
Exercício 1
1. Qual das alternativas abaixo NÃO é uma responsabilidade na
implantação da administração estratégica?
a) Formular a filosofia da companhia.
b) Estabelecer políticas.
c) Estabelecer objetivos.
d) Manter o pessoal ativo.
e) Terceirizar as atividades afins.
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UNIDADE 2 - ENFOQUE SISTÊMICO - VISÃO ESTRATÉGICA DOS
NEGÓCIOS
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O processo de transformação do sistema: responsável pela
transformação das entradas (input) em saídas (output), que são os
produtos/serviços acabados;
As saídas do sistema: são resultados alcançados e que devem estar
de acordo com os objetivos traçados;
Os controles e avaliações: analisar se os resultados (saídas) estão
coerentes com os objetivos, sendo necessária uma medida de desempenho
padrão;
Retroalimentação ou realimentação ou feedback do sistema: age como
autorregulador do sistema, que de acordo com os resultados alcançados
(se positivo ou não) propõe mudanças para atingir os objetivos ou melhorias
para torná-lo mais dinâmico.
Oliveira (2015) define ambiente como “um conjunto de todos os fatores, que
dentro de um limite específico, se possa conceber como tendo alguma influência
sobre a operação do sistema”. Podemos considerar que qualquer alteração no
ambiente de um sistema gera influências em todos os seus componentes. Este
assunto será abordado mais detalhadamente na unidade 8.
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é definido por Senge (2013) como: “imagens, pressupostos e histórias que trazemos
em nossas mentes, acerca de nós mesmos, de outras pessoas, instituições e todo
aspecto do mundo”.
A análise dos impactos que o ambiente externo reflete nas diretrizes das
organizações deve ocorrer de forma a contemplar o máximo de possibilidades
possíveis para que possamos antecipar as consequências daquilo que estamos
vivenciando e nos preparar para enfrentar outros desafios. Lembrando que não
existe uma fórmula pronta, 100% confiável, capaz de garantir 100% dos resultados
esperados. Como estrategista, sabemos que é impossível garantir 100% no ramo
dos negócios, mas podemos minimizar ao máximo os riscos.
Existem algumas ferramentas de mapeamento cognitivo, como os
diagramas causais, que relacionam duas ou mais entidades de um sistema e
avaliam se a ocorrência de um evento for condição necessária para que ocorra um
segundo evento. Como exemplo, vamos analisar a figura a seguir.
Imagem
+ +
+
Demanda Vendas
+
Capacidade Resultado
+ +
+ Recursos
+
Investimentos
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Que aumenta positivamente a imagem, à medida que a venda cresce;
Que aumenta os resultados, que serão convertidos em recursos,
através de novos investimentos.
Portanto, o planejamento muito bem executado e a interação perfeita entre
as ações é que fará com que os riscos de uma estratégia possam ser minimizados.
Vendas Receitas
Reputação da Satisfação no
Empresa atendimento
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A utilização de análises de sistemas em planejamento estratégico nos leva
à utilização de uma modelagem computacional e simulação, permitindo avaliar os
impactos que podem ser complexos ou não, e tornam possível experimentar as
alternativas que mais se aproximam dos cenários em que cada organização se
encontra inserida.
Após a leitura desta parte do material, você está convidado a realizar as
atividades propostas. Bom trabalho!
Exercício 2
1. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) O diagrama de relações avalia como a ocorrência de um evento não exerce
influência em um segundo evento.
b) O diagrama de relações demonstra que o atendimento das empresas está
relacionado com sua disponibilidade de recursos.
c) O diagrama de relações demonstra que, à medida que as vendas crescem, cria-
se uma imagem positiva da empresa.
d) O diagrama de relações demonstra que, à medida que a empresa tenha ganhos
de resultados, esses resultados devem ser transformados em novos
investimentos.
e) O diagrama de relações demonstra que o volume de recursos aplicados
impacta diretamente na demanda.
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gestão.
e) Tornam possível experimentar as alternativas que mais se aproximam dos
cenários em que cada organização se encontra inserida.
Dica de Aprofundamento
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UNIDADE 3 - PLANEJAMENTO
Fonte: http://www.istockphoto.com/file
3.1 Conceitos
O conceito de planejamento é muito mais abrangente do que podemos
imaginar, pois cada organização possui suas particularidades e o define de acordo
com as suas perspectivas.
Steiner (1969, p. 12) defende cinco dimensões para o planejamento:
Assunto abordado: produção, novos produtos, marketing, finanças;
Elementos do planejamento: estratégias, políticas, normas;
Dimensão do tempo do planejamento: curto, média ou grande
prazo;
Unidades organizacionais: departamentos, divisões, seções;
Características do planejamento: complexidade/simplicidade,
quantidade/qualidade.
Após conhecer as dimensões do planejamento, podemos conceituá-lo como
um processo ou uma forma mais eficiente e eficaz de atingir os objetivos definidos
pela organização. Para que isso ocorra, é necessário que haja um discernimento
muito claro desses objetivos e que o planejamento não seja confundido com termos
como: previsão, projeção, predição, resolução de problemas ou plano.
Para Oliveira (2015, p. 36), o planejamento é: “um processo contínuo que
envolve um conjunto complexo de decisões inter-relacionadas que podem ser
separadas de formas diferentes”.
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Quadro 3 - Partes do planejamento e suas características
Partes Características
Planejamento dos fins Definição da missão, propósitos, objetivos.
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Nível Estratégico
Nível Tático
Nível Operacional
Exercício 3
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contribuição aos objetivos.
b) Um dos princípios específicos do planejamento é o planejamento
descentralizado.
c) Conhecer e explorar as oportunidades externas são condições para a
determinação do nível da decisão estratégica.
d) Quanto à flexibilidade do nível estratégico, é menor no estratégico do que no
tático.
e) Quanto aos prazos, o nível tático é de maior duração e o operacional tem um
prazo de execução mais curto.
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UNIDADE 4 - O QUE É ESTRATÉGIA?
4.1 Origem
4.2 Definições
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assegurar que os objetivos básicos da empresa serão alcançados.
Regras e diretrizes para decisão, que orientem o processo de
1990 Ansoff
desenvolvimento de uma empresa.
Stoner e Programa amplo para se definirem e alcançarem as metas de uma
1995
Freeman empresa; resposta da empresa a seu ambiente através do tempo.
Um caminho, ou maneira, ou ação formulada e adequada para
alcançar, preferencialmente, de maneira diferenciada, os desafios e
2015 Oliveira
os objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa
perante o ambiente.
Fonte: Adaptado de Oliveira (2015)
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Estratégias internas à empresa: é pouco utilizada, pois envolve mudanças
no tratamento da alta direção em relação aos colaboradores da organização;
Estratégias externas à empresa: relacionada à descoberta de novas
oportunidades de negócios a partir dos resultados da concorrência;
Estratégias internas e externas à empresa: é a combinação das
estratégicas internas e externas.
e) Quanto aos recursos aplicados
Estratégias de recursos humanos: aplicação da maioria dos recursos no
capital humano;
Estratégias de recursos não humanos: aplicação com ênfase em
recursos materiais e/ou financeiros;
Estratégias de recursos humanos e não humanos: corresponde à
aplicação dos recursos com equilíbrio entre os recursos humanos e não
humanos.
f) Quanto ao enfoque
Estratégias pessoais: são voltadas para o clima organizacional, com
foco na valorização, estudo do clima, trabalho em equipe, entre outras;
Estratégias empresariais: são voltadas para o ambiente no qual a
organização está inserida.
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níveis tanto organizacionais, como gerenciais. Na sequencia apresentaremos
alguns desafios que foram elencados por Costa (2005):
TIPOS CARACTERÍSTICAS
Dificuldades de Dificuldades de percepção de oportunidades;
Percepção Dificuldades na percepção de riscos e ameaças.
Mudanças de estilo de vida das pessoas;
Mudanças Mudanças de leis e regulamentações;
Estratégicas Mudanças demográficas;
Mudanças geopolíticas.
Obstáculos Cultura centenária;
Culturais Cultura de sucesso garantido no passado.
Obstáculos Organizações burocráticas;
Organizacionais Organizações em feudos.
Obstáculos Administração espasmódica;
Gerenciais Ambiente de aversão e riscos.
Fonte: Elaborado pelo autor
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Para saber se o nível ou a estratégia é a adequada, os membros da
organização devem se questionar:
A estratégia a ser adotada vai ao encontro dos objetivos
organizacionais?
A estratégia oferece mais riscos ou oportunidades?
A estratégia é adequada aos valores da empresa?
A estratégia possui um diferencial competitivo?
A estratégia contempla as exigências dos consumidores?
A estratégia tem vantagens competitivas?
É fundamental que essas perguntas sejam amplamente debatidas e
respondidas, entretanto as mesmas deverão estar em sintonia com os princípios da
empresa, para que a mesma não venha a ser abortada. Deverão também ser
respondidas algumas questões, como por exemplo:
Existe disponibilidade de recursos para a implantação da estratégia?
A estratégia está alinhada com relação aos produtos e serviços que
oferta aos clientes?
Qual o posicionamento da estratégia com base no Ciclo de Vida dos
Produtos?
Quais segmentos de mercados serão atendidos?
As estratégias da empresa são inferiores em relação aos da
concorrência?
Assim, é essencial que haja a maior atenção possível para que os membros
das organizações não sejam pegos de surpresa diante de um fato inesperado e que
venha ao desencontro com os objetivos propostos.
Exercício 4
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2. Assinale a alternativa que NÃO representa uma das definições de
estratégia:
a) Movimento ou uma série específica de movimentos feitos por uma empresa.
b) Conjunto de decisões que determinam o comportamento a ser exigido em
determinado período de tempo.
c) Regras e diretrizes para decisão, que orientem o processo de desenvolvimento
de uma empresa.
d) Fusão de duas empresas para produzir novos produtos no mercado.
e) Plano uniforme, compreendido e integrado que é estabelecido para assegurar
que os objetivos básicos da empresa serão alcançados.
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UNIDADE 5 - CARACTERÍSTICAS DAS DECISÕES ESTRATÉGICAS
Fonte: http://www.istockphoto.com/file
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SENSO INTERDEPENDÊNCIA
CONFLITO CRÍTICO SISTÊMICA
INICIATIVA INCERTEZA
DECISÃO
ESTRATÉGICA
CRIATIVIDADE RISCO
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Quadro 8 - Tipos de estratégias e características
Tipo Características
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Quadro 9 - Tipos básicos de estratégias
INTERNO
PREDOMINÂNCIA DE PREDOMINÂNCIA DE
Sobrevivência Manutenção
Redução de custo Estabilidade
Desinvestimento Nicho
X PREDOMINÂNCIA DE Liquidação do negócio Especialização
AMEAÇAS
Crescimento Desenvolvimento
T
Inovação De mercado
Internacionalização De produtos
PREDOMINÂNCIA DE Joint venture Financeiro
E
Expansão De Capacidade
OPORTUNIDADES De estabilidade
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Executivo depressivo: sentimento de culpa; sentimento de
inutilidade; autorreprovação; preocupação em não alterar o ritmo dos
acontecimentos e excessivamente pessimista.
Executivo paranóico: desconfia dos outros; excesso de
preocupação com motivos ocultos e distorção da realidade;
Executivo compulsivo: perfeccionista; preocupação com detalhes
triviais; necessidade de dominar e controlar tudo; orientação para si
próprio e indecisão provocada pelo medo.
Executivo esquizofrênico: não-envolvimento com os assuntos
pessoais e profissionais da empresa; realidade não oferece
satisfação; isolamento, causando problemas para si e para os outros.
Executivo dramático: autodramatização; excessiva expressão de
emoções; desejo de receber atenções e de impressionar;
superficialidade e sugestibilidade.
DRAMÁTICO
ESQUIZOFRÊNICO DEPRESSIVO
EXECUTIVO
IRRACIONAL
COMPULSIVO
PARANÓICO
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5.3 Características do executivo estrategista
Do mesmo modo, é importante destacar as características do executivo
estrategista, as quais devem ser exploradas ao máximo para que se busque a
excelência na administração estratégica:
Ter atitude interativa perante as questões estratégicas da empresa;
Saber administrar as turbulências ambientais: conduzir de forma eficaz,
eficiente e com efetividade as mudanças do ambiente;
Estar voltado para o processo de inovação: buscar novas tecnologias,
qualificação das pessoas, comprometimento e flexibilidade para se
beneficiar das oportunidades;
Ter capacidade administrativa para consolidar e perpetuar o negócio a
longo prazo: ter capacidade empreendedora, ser inovador e ter
competência para garantir a consolidação dos negócios;
Ter um processo adequado de controle administrativo e de
autocontrole: utilizar ferramentas estratégicas que possibilitem uma
melhor análise dos diversos setores organizacionais e que
possibilitem a tomada de decisão eficaz.
ADMINISTRAR
TURBULÊNCIAS
ATITUDE INOVAÇÃO
INTERATIVA
EXECUTIVO
ESTRATEGISTA
PROCESSO DE
DECISÕES E
CONTROLE CAPACIDADE PRIORIDADES
ADMINISTRATIVA
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Dica de Aprofundamento
Assista ao vídeo “Robinson Shiba”, fundador do China in Box. O vídeo conta como
superou obstáculos e fez de sua história uma trajetória de superação e
perseverança. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=POAfq1FyFBM>.
Acesso em: 20 jul. 2018.
Exercício 5
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UNIDADE 6 - NÍVEIS ESTRATÉGICOS: ESTRATÉGIAS
CORPORATIVAS, DE NEGÓCIOS, FUNCIONAIS E OPERACIONAIS
Michael Porter
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Figura 10 - Modelo de empresa diversificada
Fonte: Adaptado de Thompson e Strickland (2004)
O UNICÓRNIO ALEMÃO
Autores: Thomas Schumacher e Dennis Swinford
Fonte: Revista HSM Management – Ed. 117 EXTRA – Julho / Agosto 2016.
Conheça a startup de US$ 3 bilhões de valor de mercado Delivery Hero, que muda a
forma de pedir comida e coloca em xeque até mesmo a opção de cozinhar em casa
Fonte: http://migre.me/uUw7W
Fonte: http://migre.me/uUwbD
Niklas Östberg, seu fundador e CEO de 35 anos, conta como a Delivery Hero vem criando
tanto valor:
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O MODELO DE NEGÓCIO
“Estamos posicionados onde usuários e restaurantes se encontram. O elemento central de
nosso negócio é uma plataforma online que nos possibilita mapear os usuários e os
restaurantes que estão ao redor deles.
As pessoas são atraídas para a plataforma e se tornam leais a ela porque a ferramenta as
ajuda a identificar os restaurantes disponíveis e quais deles são os melhores. Também é
conveniente porque elas podem pagar online e até mesmo recuperar pedidos.
Para os restaurantes, é igualmente um bom modelo. Eles podem ampliar o número de
pedidos e, como o custo variável da comida é bem baixo, o aumento incremental de clientes
é muito lucrativo. Portanto, os restaurantes querem estar em nossa plataforma e nós
cobramos deles uma taxa por encaminhar os pedidos. Tudo é automatizado e online, de
maneira que nosso lucro bruto por pedido fica ao redor de 90%.
É por isso, aliás, que queremos crescer e ganhar escala: se você tem 90% de lucro bruto e
custos variáveis baixos, pode ficar mais próximo, em teoria, de obter 90% de lucro líquido.
Em alguns mercados, já chegamos a 6% de margem Ebitda [percentual de lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização].”
OS CONCORRENTES
“A forma tradicional de encomendar comida é pelo telefone. Portanto, este é nosso maior
concorrente. Além disso, a maioria das pessoas ainda cozinha, embora apenas parte delas
realmente goste de fazer isso. Mais e mais gente deixa de cozinhar à medida que consegue
ter acesso à comida saudável que querem e quando querem.
Esse é nosso desafio: tornar o setor mais eficiente, para fazer com que seja mais acessível.
Nosso foco inicial é atrair os clientes que pedem comida por telefone, para depois conquistar
novos clientes, melhorando o serviço. Cada aumento incremental nos deixa perto de nosso
objetivo e, em algum momento, talvez nosso serviço seja tão bom que as pessoas não
tenham mais de cozinhar em casa.”
A FORMA DE INOVAR
“Eu diria que nossa disrupção se dá em relação a um setor de restaurantes ineficiente,
ao serviço ruim, aos processos manuais que não funcionam, à maneira como os
restaurantes se conectam com os clientes – nem todos podem desenvolver a própria
plataforma de encomendas online.
Também estamos inovando no que diz respeito às ineficiências no sistema de delivery, que
tem um custo elevado para manter frotas próprias e coordenar todas as entregas e que,
ainda por cima, não oferece a comida que os consumidores querem. Para muitas pessoas,
delivery ainda é sinônimo de pizza ou comida de baixa qualidade.”
O MODELO DE GESTÃO
“A centralização é, de certo modo, sempre mais eficiente, porque você pode fazer algo uma
vez e multiplicar pelas diversas unidades. De outro lado, dar autonomia e responsabilidade
às pessoas tem também um valor enorme. O que raramente funciona é adotar 100% uma
abordagem ou outra; o segredo está no equilíbrio.
Damos aos líderes locais autoridade para estimular o empreendedorismo e o esforço para
vencer no mercado. No entanto, temos de estabelecer as regras. Também precisamos
definir a cultura da companhia.
Além disso, é fundamental encontrar pessoas com cabeça de dono, em vez de gestores que
põem sua carreira e seus interesses financeiros como prioridade número um. E deve-se
oferecer a elas um sistema de incentivos que reflita, o máximo possível, o sentido de posse.
Por fim, temos uma cultura voltada para os dados. Decisões baseadas em informações
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objetivas são o que nos une. Os líderes locais têm a palavra final, mas devem provar, com
dados, que seu caminho é o melhor.”
O FUTURO
“Precisamos sempre nos manter na ponta em relação à inovação e à velocidade de
movimentos no mercado.
Do ponto de vista do valor de mercado, estamos em boa posição. Isso é verdade mesmo
que não cresçamos mais de 50% nos próximos cinco anos – e acho que cresceremos –,
mesmo que não melhoremos o desempenho de nossas unidades – e acho que
melhoraremos. Acredito ainda que seremos capazes de aumentar nossos preços, mas
nosso valor não reflete o futuro, e sim o presente.”
Exercício 6
1. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Estratégia corporativa é aquela que visa direcionar os investimentos para as
unidades de negócios mais rentáveis.
b) Estratégia de negócio é aquela em que se podem unir as iniciativas estratégicas
em áreas funcionais.
c) A estratégia funcional diz respeito a como estabelecer que os objetivos
definidos sejam atingidos.
d) A estratégia operacional envolve especificamente cada área de negócio.
e) A estratégia corporativa é importante que envolva toda organização
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a diversificação.
e) A estratégia de nível funcional tem iniciativa de estabelecer prioridades de
investimento e direcionando os recursos corporativos para as unidades de negócio
mais atrativas.
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UNIDADE 7 - GESTÃO ESTRATÉGICA: POSIÇÃO ESTRATÉGICA,
ESCOLHAS ESTRATÉGICAS E PROCESSOS DE
DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS
Fonte: http://www.istockphoto.com/file
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7.2 Escolhas estratégicas
A decisão de escolha entre uma ou outra estratégia é sempre um grande
dilema para uma organização. Diante disso, ressaltamos a importância de uma
estruturada composição de colaboradores competentes e conhecedores do
cenário mercadológico e também do ambiente no qual se encontra inserido.
É fato que não existe uma fórmula milagrosa que nos dê garantias de
sucesso na escolha de uma estratégia, mas existem pesquisadores com um alto
nível de conhecimento para nos auxiliar na escolha mais adequada.
Steiner (1969) argumenta que os principais determinantes da escolha
estratégica são as aspirações do executivo-chefe quanto à sua vida pessoal, quanto
à vida de sua empresa como uma instituição; e às vidas daqueles envolvidos na
empresa.
A maneira de comportamento dos executivos é que determinará como os
mesmos irão tomar as decisões estratégicas, sempre com base na visão e
missão da organização.
No entanto, Ansoff (2009) argumenta que, no processo de escolha
estratégica, nos deparamos com dois problemas:
Escolher o conjunto de produtos e mercados preferidos a
partir das alternativas existentes, cada uma das quais é avaliada por
vários padrões de medidas diferentes;
A maneira pela qual o risco associado às decisões
estratégicas deve ser levado em conta.
Devemos considerar ainda que independente da escolha definida pelos
tomadores de decisão, sempre haverá o risco da assertividade ou não, o que
nos direciona sempre para pensarmos em uma decisão que seja propensa a
riscos controlados, mas que também tenha um planejamento para curto e longo
prazo.
Na escolha por uma determinada estratégia devemos ter bem delineada
a sua performance, empresas brasileiras como o Grupo Pão de Açúcar,
Votorantim, Copagaz, Embraer, entre outras, competem dentro de dimensões
estratégicas.
Pereira (2005) descreve alguns fatores a serem considerados nas
dimensões estratégicas, como:
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a) Custo:
Considerado um critério crítico;
Principal objetivo da operação;
Independente do critério escolhido tem sempre que ser
melhorado.
b) Qualidade:
Manter os processos sob controle;
Mediar a variabilidade;
Padronizar;
Focalizar os clientes;
Atentar para a qualidade X custos;
Atentar para qualidade X confiabilidade;
Atender às especificações.
c) Velocidade:
Tempo de espera para receber os produtos;
Disponibilidade de produtos;
Velocidade X custos;
Velocidade X qualidade;
Competição em tempo.
d) Confiabilidade:
Atendimento da aplicação prevista;
Avaliação durante o uso;
Reprodutibilidade;
Marca.
e) Flexibilidade:
Capacidade de alterar o que foi estabelecido;
Flexibilidade de produto;
Flexibilidade de mix;
Flexibilidade de volume;
Flexibilidade de entrega.
f) Inovação:
Inovação de produtos e serviços;
Inovação de processos;
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Inovação de negócios;
Inovação em gestão.
Custos de oportunidades
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alguns mecanismos formais para propor, aprovar e liberar as verbas para a sua
realização.
No entender de Costa (2005), para que as decisões estratégicas tenham
maior segurança de aprovação, é necessário ter alguns critérios muito bem
definidos, como:
a) Investimentos estratégicos:
Devem ser descritos de forma adequada para serem analisados e, se
aprovados, implantados e terem os resultados devidamente
acompanhados;
Podem decorrer de estratégias competitivas ou corporativas, de
planos de capacitação ou de expansão, por meio de aquisição de
equipamentos.
b) Orçamento estratégico:
Plurianual: deve cobrir vários anos (dentro de um horizonte que
consiga pagar os principais investimentos) e serem constantemente
atualizados quando houver alterações nas condições internas e
externas.
Estratégico/gerencial: procura mostrar os resultados estratégicos e
gerenciais.
Sumário: contempla somente valores anuais.
Contempla os investimentos: apresenta os investimentos de forma
completa e explícita.
Contempla os resultados: associa a cada investimento os seus
resultados e retornos.
Contempla grandezas físicas: além dos valores financeiros, apresenta
resultados físicos, consumo, produção e vendas associadas às
operações e principalmente aos investimentos.
Mostra as fontes: de onde vêm os recursos? Das operações, dos
acionistas, de investidores? De alienação de patrimônio inservível?
De parcerias?
c) Cronograma de implantação: ordenar as atividades de acordo com o
critério tempo e importância, para que se possa avaliar, aprovar e acompanhar a
implantação de uma gestão estratégica.
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O desenvolvimento organizacional é um instrumento administrativo que
possibilita minimizar a resistência que uma estratégia empresarial pode causar
em uma organização e é definida por Oliveira (2015, p. 59) como:
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A necessidade de justificar detalhadamente
todas as conclusões, recomendações e
ações, desencadeia um gasto
Muita análise, pouca síntese e
desnecessário de tempo, esforço e dinheiro
nenhuma ação
e não se chega a nenhuma solução e
menos ainda a uma ação concreta.
Falta de iniciativa para fazer ou propor
Falta de flexibilidade no
alterações no decorrer da implantação da
processo
estratégia.
Quando o responsável pelo orçamento não
Falta de vinculação dos foi envolvido no processo de
investimentos com o desenvolvimento estratégico e não foram
orçamento operacional assegurados os recursos necessários para
sua realização.
Pode impedir a realização do processo por
Falta de comando para
falta de gerenciamento para atingir os
implementação
objetivos.
Fonte: Adaptado de Costa (2005).
Exercício 7
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3. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A abordagem operacional para o posicionamento de produtos tem como
característica a definição de mercados relevantes para as ofertas da empresa.
b) Para que se possa estabelecer a posição estratégica que uma organização se
encontra é dispensável conhecer suas competências internas.
c) Uma das dificuldades encontradas no processo de desenvolvimento de
estratégia é que poderá ocorrer mudança inesperada durante o andamento do
processo.
d) Uma das dificuldades encontradas no processo de desenvolvimento de
estratégia é que poderá ocorrer a falta de comando para implementação.
e) Na escolha por uma determinada estratégia devemos ter bem delineada a sua
performance.
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UNIDADE 8 - FERRAMENTAS DE ANÁLISE ESTRATÉGICA:
ANÁLISES DO AMBIENTE EXTERNO, PEST E ANÁLISE DE
CONCORRENTES
Fonte: http://www.istockphoto.com/file
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Fornece informações necessárias para que a empresa utilize os
recursos tecnológicos disponíveis, como:
Incentivos do governo na pesquisa e desenvolvimento de
projetos: meio ambiente, novas tecnologias, produtos,
Tecnológica informatização, entre outros.
Transferência de Know how (conhecimento científico);
Tecnologia dos produtos;
Direito de patente;
Modernização da indústria.
Fonte: Elaboração própria
Avaliar as medidas
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Tomar decisões sobre os dados analisados: agir de forma estratégica com o
objetivo de obter vantagens competitivas;
Avaliar as medidas implantadas: realizar avaliação contínua para identificar se
através dos resultados implantados a organização está atingindo os objetivos
propostos.
Para que haja uma melhor análise do grau de impacto que cada um desses fatores
comentados exerce nos negócios da empresa, é fundamental que haja uma análise
completa: como esses fatores ocorreram no passado, como esses fatores vêm ocorrendo e
como poderão ocorrer no futuro.
Portanto, a organização deve estar preparada diante das tendências e influências
que possam impactar nos seus resultados. O importante para o investidor é saber como o
ambiente externo poderá influenciar o crescimento dos seus negócios para ter maior
lucratividade.
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É importante questionar: quem são os concorrentes da organização?
Poderão ser diversas outras organizações jurídicas, pessoas físicas e outros grupos
de interesse que pretendem conquistar os consumidores com as mesmas
necessidades do mercado ou do público-alvo.
Porém há necessidade de identificar quem são os concorrentes. Como
identificá-los? Através dos segmentos especializados como fornecedores de
suprimentos, parceiros da empresa, lojas do varejo, entre outros. É importante
identificar os concorrentes atuais e potenciais.
Diante deste contexto, na visão de Porter (1993), existem várias forças que
atuam em um ambiente de competição. A figura a seguir apresenta as principais
forças no mercado.
Ameaça de novos
concorrentes
Ameaça de produtos
substitutos
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No Estudo de Porter (1993), também foi desenvolvido um modelo para
diagnosticar e avaliar o setor industrial. O estudo ficou conhecido como análise
estrutural da indústria. O Modelo apregoado por Porter considera cinco forças
atuantes na concorrência:
A ameaça de novos concorrentes;
A intensidade de competição dos concorrentes existentes;
A ameaça dos produtos e serviços substitutos;
Força de negociação dos compradores;
Força de negociação dos fornecedores.
De acordo com o estudo de avaliação da concorrência, Porter (1993) afirma
na sua teoria que quanto maior for a força dos concorrentes (onde fornecedores e
compradores exercem um “maior poder”, onde existem diversas opções para
escolha de produtos), menor será a rentabilidade do setor.
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BRASIL TELECOM LANÇA PROMOÇÃO PARA CLIENTES MÓVEIS
Fonte: http://migre.me/uT6Xz
A Brasil Telecom anunciou hoje, 23, o lançamento de novas promoções e planos para os
clientes móveis. Uma delas é a promoção Pula-Pula Fale Ganhe. Voltada para clientes pós-
pago de telefonia móvel, a promoção dá bônus mensal para o usuário falar de graça em
ligações para celulares de outras operadoras. Cada um minuto de ligação recebida de outra
operadora móvel é revertida em bônus de um minuto para realização de chamadas locais
para outra operadora móvel. Quanto mais o cliente recebe ligações, mais bônus ganha. A
promoção está disponível para quem aderir a um dos dois novos planos que a BrT acaba
de lançar: o Sua Empresa e o Conta Light.
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Processos com economia de escala, obrigando aos novos entrantes
que tenham maior competitividade e com custos baixos.
Outros fatores de custos adicionais para os entrantes são o registro de
marcas e patentes, que impede aos novos entrantes copiarem os produtos, e a
experiência adquirida pelas empresas que estão há mais tempo no mercado, tendo
vantagens como localização estratégica. Os subsídios do governo a essas
empresas pode ser um fator de custo adicional aos novos entrantes.
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Um bom exemplo, foi a estratégia que o governo brasileiro fez com a indústria de
medicamentos ao estabelecer que os medicamentos genéricos seriam utilizados
como uma nova opção de escolha por parte dos consumidores ao adquirirem
remédios. Os genéricos entraram no mercado como substitutos de baixo preço,
forçando assim as grandes indústrias mundiais a reduzirem os preços dos produtos.
Outro exemplo são os meios de comunicação: A telefonia celular vem
substituindo a telefonia fixa, as revistas e jornais estão sendo substituídos por
revistas e jornais eletrônicos, as formas tradicionais de propaganda agora são
substituídas pela internet. E o que diríamos do rádio, a TV e até mesmo os bancos?
Os fabricantes de aparelhos celulares estão explorando essas oportunidades para
inovarem, criando maior comodidade aos usuários. Qual será o limite para o
celular?
Há de se considerar também como ameaça de entrada dos produtos
substitutos:
Os produtos já existentes no mercado e que possuem diferenciais
competitivos, facilmente percebidos pelos clientes;
Melhor desempenho dos canais de distribuição que possibilitem
agregar valor para a empresa e aos clientes;
Reação dos concorrentes existentes, uma vez que não irão aguardar
passivamente a entrada dos novos substitutos.
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Assim, o poder de força dos compradores é utilizado na negociação com o
objetivo de pressionar a indústria ofertando condições vantajosas aos compradores,
provocando um efeito exacerbante na concorrência.
Podemos considerar que o comprador exerce suas forças quando:
É bem informado e conhece muito bem as condições de mercado
(comportamento dos clientes, tendências do mercado e demanda);
Conhece as condições de estoque dos fornecedores (estoques altos
favorecem a negociação dos compradores);
Tem a disponibilidade de escolher entre vários fornecedores;
Quando o volume de compras representa uma parcela significativa das
vendas para o fornecedor;
Quando a indústria não oferece uma grande variedade de produtos,
havendo possibilidade de se comprar de outros fornecedores.
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UNIDADE 9 - ANÁLISE INTERNA - CADEIA DE VALOR, RECURSOS
Fonte: http://www.istockphoto.com/file
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Quadro 15 - Fatores de influências do ambiente interno na organização
Ambiente Interno Fatores de Influência
Flexibilidade produtiva;
Estratégia sobre a gestão de estoques;
Evolução tecnológica;
Processos de Seleção de fornecedores;
Produção Qualidade da matéria-prima;
Preservação ambiental;
Estratégia logística;
Estratégia na cadeia de abastecimento.
Estratégia de promoção;
Estratégia de atendimento aos nichos de mercado;
Marketing Estratégias de preço;
Estratégia em relação ao Mix de produtos.
Estratégias de treinamento;
Estratégias de incentivos;
Recursos Humanos
Estratégias de avaliação de desempenho;
Estratégias de recrutamento interno e externo.
Estratégias de economia das despesas;
Estratégia de aumento das receitas;
Estratégias acionárias;
Finanças
Estratégias de investimentos;
Estratégias orçamentárias;
Estratégia em relação ao capital imobilizado.
Estratégias de acompanhamento dos indicadores;
Processos Estratégias de relatórios gerenciais;
Administrativos Estratégias de metas;
Estratégias de auditoria.
Estratégias de tipos de sistemas de controle;
Estratégias de integração dos sistemas;
Tecnologia da
Informação Estratégias de suporte aos sistemas;
Estratégias de Segurança aos sistemas e informações
da empresa.
Fonte: elaboração própria
Processos
de
Produção
Recursos
Marketing Humanos
Empresa
Tecnologia
Finanças da
Informação
Processos
administrati
vos
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Quadro 16 - Fatores de influência do ambiente interno na organização
Forças atuantes no ambiente interno Nível de Influência nos negócios
Como definir qual nível de influência que se deve atribuir a cada força
atuante no ambiente interno? Uma técnica indicada é a do brainstorming, onde
podem participar os membros de diversas áreas de influência, dos empregados-
chave e de interesse nos resultados dos negócios organizacionais.
É importante que haja amplo entendimento dos fatores influenciadores do
ambiente, que a análise seja muito criteriosa, a fim de que se possa tomar as
melhores decisões.
Após amplo debate do cada item apontado como elemento forte para
condução dos objetivos da empresa, o mesmo deverá ser marcado de acordo com
o nível de influência ou impacto na empresa: alto, médio ou baixo.
Depois dessa definição, estabelece-se uma escala de prioridades, onde os
pontos destacados com alto nível de influência deverão ser mantidos ou
melhorados e os apontados como médio ou baixo deverão ser trabalhados para que
adquiram um maior nível de influência.
Quanto à análise das fraquezas que afetam ou podem vir a afetar a
condução dos negócios, a metodologia de análise é a mesma, conforme demonstra
o quadro a seguir.
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tornarem-se fortes. Entretanto é fundamental determinar a priorização das
fraquezas para que se possam ser trabalhadas primeiramente, as consideradas de
maior urgência.
Entretanto, ultimamente o ambiente de mercado vem enfrentando muitas
turbulências que afetam diretamente o ambiente interno das organizações, como
por exemplo: aquisições e fusões de empresas, amplitude do mix dos produtos,
complexidade das organizações, crescimento de mercado, novos processos
administrativos, integração de sistemas, estilo gerencial, nível de investimentos,
entre outros.
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Assim como criam valor para os clientes, as estratégias também devem
criar valor para os acionistas:
Redução do tempo sobre o retorno dos investimentos;
Melhor desempenho sobre as vendas;
Aumento do market share;
Valorização das ações, entre outros.
Cadeia de Valor
Infraestrutura da empresa
Atividades Primárias
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atividades logísticas de saída (recebimento dos pedidos, entrega do produto
acabado), as funções do marketing e vendas e os serviços aos clientes.
As atividades de suporte envolvem a necessidade da infraestrutura para a
realização dos propósitos da empresa (serviços jurídicos, contábil, financeiros,
administrativos, etc.), bem como a necessidade do gerenciamento dos recursos
humanos na realização das atividades, o uso adequado da tecnologia dos produtos,
processos e informações e a obtenção dos suprimentos para realização dessas
atividades.
O conjunto das atividades de suporte e atividades primárias tem por objetivo
agregar margens de valor para os clientes e consequentemente maiores margens
de receitas para a empresa.
A análise da Cadeia de Valor dará condições para definir critérios básicos
para liderança nos custos, através de produtos padronizados, aceitação dos
produtos e serviços por uma grande quantidade de clientes e com preços
competitivos.
No caso da diferenciação, deverá apresentar desempenho superior,
gerando benefícios aos clientes. Neste caso, a empresa mantém foco em um ou
mais segmentos de mercado em vez de atuar em todos os segmentos, com custos
baixos e diferenciação, que poderá ser obtida através de sistemas flexíveis de
produção. Ex.: Qualidade total (custos baixos e diferenciais produtivos)
9.3 Recursos
Quando da análise do ambiente interno, é importante investigar se os
recursos organizacionais estão sendo bem aplicados, se estão sendo utilizados de
acordo com as estratégias da empresa e se o volume aplicado é adequado para a
implementação das estratégias. Evidentemente o conjunto dessas análises dará
condição para que se possam determinar os pontos fortes e fracos com relação à
aplicação desses recursos organizacionais.
Entretanto, é fundamental que haja um controle eficaz sobre o uso desses
recursos, assim será possível determinar se os mesmos estão sendo aplicados de
maneira estratégica.
Logo, é essencial que os executivos de negócios possam captar os
recursos da melhor forma possível junto ao mercado, bem como investir de forma
adequada para que possa aumentar o retorno sobre o capital investido.
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Com relação à utilização dos recursos físicos da empresa, deve-se analisar
o nível tecnológico dos equipamentos, a capacidade produtiva, a cadeia de
distribuição, a localização estratégica da empresa, a infraestrutura, entre outros,
para determinar se estão compatíveis com os objetivos e metas estabelecidos.
Outra consideração com relação aos recursos está relacionada aos
recursos humanos da empresa, onde uma perfeita administração estratégica deve
iniciar-se com a escolha dos colaboradores envolvidos, a capacitação dos mesmos
com relação às necessidades técnicas ou gerenciais, não se esquecendo das
políticas de remuneração e benefícios.
Diante desta abordagem, podemos classificar os recursos em:
Tangíveis, como toda a infraestrutura necessária para realização
das atividades (equipamentos e prédios) e
Intangíveis, como o know-how.
Exercício 9
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a) Assim como criam valor para os clientes, as estratégias também devem criar
valor para os acionistas.
b) Na cadeia de valor de Michael Porter, o objetivo final é criar estratégias
diferenciadas para os produtos e serviços de tal forma que possam ser minimizadas
as escolhas do consumidor no ato de decidir pela compra.
c) Ultimamente o ambiente de mercado vem enfrentando muitas turbulências que
estão afetando diretamente o ambiente interno das organizações.
d) Na cadeia de valor para o cliente, o custo da instalação e manutenção durante o
ciclo de vida do produto é levado em consideração.
e) A vantagem competitiva é obtida através da realização com custos baixos e com
baixo valor para os clientes e acionistas.
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UNIDADE 10 - ESTABELECIMENTO DA VANTAGEM COMPETITIVA
DA EMPRESA
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E quando perguntarmos ao “nosso” cliente por que ele compra “nossos”
produtos? Sem dúvida ele dará algumas respostas que irão indicar os motivos da
decisão de compra, esses motivos são as vantagens que ele entende e reconhece
como diferencial. Essas são as vantagens competitivas da empresa.
Parece ser um assunto simples, mas não é. Nada garante que a implantação
de uma estratégia identificada através de uma análise de ambiente, dê garantias
para o sucesso nos negócios.
Os dirigentes devem ter em mente que os riscos fazem parte do mundo empresarial.
O que é preferível: ficar na “zona de conforto” onde as margens de lucratividade da
empresa são estáveis, correndo o risco de fechar o negócio ou arriscar, enfrentar desafios,
correr riscos através do lançamento de um produto diferenciado, inovador?
A empresa que escolhe a segunda opção, sem dúvida é a que obtém as vantagens
competitivas que o cliente deseja.
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Como visto anteriormente, o processo de análise competitiva tem início na
busca de informações, nas análises dos ambientes. De posse dessas informações,
é possível fazer uma avaliação de cenários atuais e futuros do setor de atuação da
empresa, identificando o melhor cenário, o mais provável e o pior.
Os estudos prospectivos e a construção de cenários têm exatamente o
propósito de reduzir as incertezas e antecipar o futuro. Bem como fornecer
ferramentas de modo eficaz aos empresários, independentemente do setor público
ou privado, para que se possam estabelecer as vantagens competitivas.
Alguns exemplos de análise de cenário:
O Brasil encontra-se com crescimento econômico;
A inflação está controlada em níveis baixos;
A projeção do PIB para o ano é de 4%;
Ameaças de produtos importados;
A fusão de empresas do setor de telecomunicações;
Aumento do nível de exigência dos consumidores
É importante que seja identificada uma série de informações que possam
servir de subsídios no momento de se tomar uma decisão gerencial, com o objetivo
de que as empresas identifiquem as oportunidades (setor competitivo) e eliminem
as prováveis ameaças aos negócios (fatores críticos do sucesso).
O uso deste modelo dará condições para que a empresa possa criar
vantagens competitivas no setor de atuação. A seguir detalhamos um pouco mais
de cada parte do modelo de análise competitiva.
Vimos até aqui como é importante para a empresa ter um plano estratégico,
entretanto o mesmo só terá sucesso se a empresa tiver um ótimo mecanismo de
busca de informações estratégicas, que possa dar subsídios para que o plano
possa ser implementado.
Sistema de informações estratégicas (SIE) é o processo de obtenção de
dados do ambiente empresarial, sua transformação em informações, bem como sua
interação com as informações internas da empresa, consolidando uma estrutura
decisória estratégica que sustente o direcionamento da empresa para resultados.
(OLIVEIRA, 2015).
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Afirma ainda, que toda empresa tem uma orientação estratégica que:
Representa a visão do futuro da empresa, e do que precisa ser feito para
realizar o esperado; e
Determina ações, o nível de comprometimento e a forma de atuação dos
executivos, os quais induzem nos empregados os valores da empresa,
focando as decisões estratégicas, táticas e operacionais da perseguição
da visão de futuro.
Podemos dizer que uma empresa tem orientação estratégica quando ela
tenha definido e venha exercendo alguns papéis como: a sua missão, sua visão, os
valores. Todos esses papéis devem estar devidamente implementados, através de
uma cultura de incentivo aos colaboradores, que tenha o foco na inovação, com
pensamento desenvolvimentista e sempre atenta às mudanças de cenários.
A figura a seguir exemplifica o contexto de uma empresa que tem
orientação estratégica.
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Administração do SIE, que identifica e define as necessidades de
informações;
Geração e arquivamento de informações do SIE: são necessários
para que a empresa tenha pelo menos um sistema de pesquisa de
mercado e um sistema de indicadores dos fatores ambientais ou externos
à empresa. Existem diversas disponibilidades de fontes de dados de
pesquisa, como fontes do governo, associações de classe, clientes,
fornecedores, etc.
Controle e avaliação das informações coletadas: etapa muito
importante, em função de que de nada adiantaria realizar as duas etapas
iniciais se os responsáveis pela condução do processo de implantação da
administração estratégica não souberem tratar os dados obtidos. Controle
e avaliação das informações são atividades do processo de administração
estratégica que tem a responsabilidade de analisar os dados obtidos e
transformá-los em informações estratégicas, de tal forma que se possa
tomar decisões com vista à obtenção de vantagens competitivas.
A distribuição das informações deverá ser feita aos responsáveis
que tenham interesse e venham a tomar decisões sobre as mesmas.
Ressalta-se aqui o nível estratégico que têm essas informações para os
negócios da empresa, portanto a distribuição deverá ser feita com todo o
critério possível para que não haja “vazamento”, como por exemplo, “cair”
nas mãos dos concorrentes.
Aplicação das informações: depois de concluída a etapa de
distribuição das informações, chega a hora de colocar as informações
obtidas em prática, ou seja, os executivos de negócios deverão implantar
ou modificar processos administrativos, produtivos e gerenciais, tudo de
acordo com as informações recebidas, que a princípio, dão garantias de
sucesso, que são as vantagens competitivas.
Feedback: como toda atividade implantada deverá haver
acompanhamento. O acompanhamento dos resultados dará maior
segurança para continuar com a execução das atividades implantadas ou,
se necessário, fazer modificações no que foi planejado. Esta fase dará
aos executivos uma resposta se tudo aquilo que foi identificado como
necessidade das informações, a busca e processamento das informações,
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a distribuição e aplicação das mesmas atingiu os objetivos inicialmente
propostos.
Portanto, o executivo deve considerar essas séries de atribuições como
elementos primordiais para o sucesso empresarial, reduzindo assim os riscos das
incertezas e dúvidas que automaticamente surgem no mundo altamente competitivo
em que vivemos.
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Instrumento para ordenar percepções sobre ambientes futuros
alternativos, sobre as quais as decisões atuais se basearão. Na
1997 Schwartz prática, cenários se assemelham a um jogo de estórias, escritas
ou faladas, construídas sobre enredos desenvolvidos
cuidadosamente.
Fonte: Adaptado de Oliveira (2015)
Cenários (atuais e
potenciais)
Empresa
(ambiente
Cenários
Tecnológicos interno) Cenários
Demográficos
Cenários Sócio-
culturais
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São vários os motivos que justificam a análise dos cenários, uma vez que a
turbulência do mundo dos negócios não é mais a mesma do que no passado.
Atualmente, as empresas vêm passando por constantes mudanças, aliadas à
variação da demanda, as exigências cada vez maiores dos consumidores,
influências econômicas e governamentais, entre outras. Somente esses motivos
justificariam uma ampla e detalhada análise de todos os fatores que possam
influenciar de modo que a empresa possa atingir seus objetivos.
Para melhor explicitar os cenários de influências das empresas, é
apresentado o quadro a seguir.
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Grau de satisfação;
Estilo de vida das pessoas;
Educação;
Desenvolvimentos ocupacionais;
Transformação de necessidades;
Socioculturais Moda;
Nível socioeconômico da população;
Meios de comunicação;
Impacto ecológico;
Grau de sindicalização;
Grupos de pressão.
Crescimento da população;
Migrações internas;
Demográficos Migrações externas;
Densidade populacional;
Estrutura familiar.
Fonte: Adaptado de Oliveira (2015)
Conforme se pode observar, para cada variável deve haver uma análise
detalhada: o grau de ameaça que a variável representa para a empresa, o nível de
oportunidade para a continuidade ou expansão dos negócios, o impacto que essa
variável representa para a consecução dos objetivos e qual é a capacidade da
empresa para enfrentar a mesma, como sendo uma ameaça ou oportunidade.
Através da análise detalhada de cada variável e seu impacto para os
negócios será possível estabelecer cenários, sendo que cada variável deverá ser
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amplamente debatida e analisada, estabelecendo as variações que possam surgir a
partir dessas análises.
O conjunto de todas as variáveis dará condições para que se possam
estabelecer os cenários, como será visto a seguir.
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10.5 Alternativas de Cenários Estratégicos
A maioria das vezes, ao ser realizada uma projeção sobre os negócios para
o futuro, próximo ou remoto, em relação ao ambiente externo, nos deparamos com
questões conflitantes, que geram diversas dúvidas entre os membros da
organização.
As variações de opiniões podem ocorrer em função de que as opiniões são
subjetivas, isto é, variam de pessoa para pessoa. Diante de um fator que possa
afetar os negócios da empresa (cenário pessimista), como por exemplo, a
variação cambial do Dólar, para alguns poderá ser um ponto positivo e para outros,
a variação será percebida como um ponto negativo para os negócios da empresa.
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Percebam a complexidade de fazer avaliação diante de um fator, agora
imagine uma série de fatores, a complexidade de avaliação será ainda maior.
Diante disso é recomendável que se estabeleçam cenários alternativos.
Entretanto, a análise de cenários não somente indicada em situações quando
o futuro parece incerto, é importante também poder avaliar quando o futuro parece
certo (cenário otimista). É bem provável que diante desta situação, possa haver
até um acomodamento dos membros da organização, o que pode levar ao caos.
Neste caso é importante que haja constante monitoramento dos fatores
influenciadores na administração dos negócios para que não haja surpresas futuras.
Diante dessas análises de cenário, é que surgem os diagnósticos finais que
apontam se a empresa caminha para um cenário pessimista ou otimista.
Evidentemente, se indicarem que há maior probabilidade para o cenário pessimista,
os membros deverão adotar uma postura de atitude para reverter o quadro.
Portanto, o importante neste momento de análise é que seja elaborado com
a maior consistência possível, com toda neutralidade, que reflita a maioria dos
membros da organização, e que, independente do tipo indicativo de cenário, possa
ser dada toda atenção possível.
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Valorização acionária;
Retorno sobre os investimentos;
Sistema de Informação adequado;
Alta participação de mercado
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Exercício 10
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REFERÊNCIAS
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2005.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. 14. ed. São Paulo: Cultura, 2008.
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