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2000
1. A Ásia de 1820-1830
Rerência
● Império Chinês
O mais elaborado, prestigioso e antigo dos Estados
monárquicos da Ásia oriental é o Império da China.
Sua superioridade (do império da China) é, aliás, confirmada
pelo tributo que lhe pagam, a cada três anos, a Coréia, o Vietnã e
outras monarquias dessa região: Sião, Laos, Birmânia, Nepal...
○ Confucionismo
Na China, a estrutura tradicional e os princípios do Estado
confuciano se mantêm intactos.
Esse sistema político está fundamentado na autoridade e na
estabilidade
Os mesmos relacionamentos contraditórios de submissão e
solidariedade ligam o imperador e seus súditos; o pai e os membros
da família; o contramestre e os aprendizes; o professor e os
discípulos.
○ Imperador com poder absoluto e divino
No cume, o imperador, com poder absoluto, depositário e
agente do "Mandato Celeste" (Tian-ming).
○ Burocracia
(o imperador) É auxiliado, tanto em Pequim como nas
províncias, por uma vasta burocracia, recrutada por meio de
concursos literários que requerem conhecimentos dos textos
confucianos, filosóficos e morais, mas nenhuma formação especial
em matéria financeira, hidráulica ou militar.
alguns vícios do sistema de governo chinês,
O corpo de mandarins é corrompido, ávido de lucros, com
freqüência incompetente. Os melhores postos são quase sempre
obtidos pelos filhos de importantes famílias e de grandes
proprietários. O sistema de concursos confuciano, teoricamente
aberto a todos, conhece acomodações. De qualquer maneira, a
duração dos estudos necessários para preparar os candidatos
significava uma triagem em favor dos bem-nascidos
elites
A classe dos letrados e dos notáveis rurais (shen-shi) dispõe
do poder político, da supremacia intelectual e dariqueza econômica.
Em seu proveito, degradaram-se as comunidades dos centros rurais e
a pequena propriedade camponesa individual.
as classes dominantes não estão em condições de enfrentar o
"desafio" representado pela intromissão brutal de um Ocidente técnica
e politicamente mais adiantado.
Insurreições camponesas
É o caso do campesinato, onde as rebeliões e as ondas de
agitação rural se sucedem incansavelmente. Os historiadores
contaram dezenas de insurreições camponesas no Japão, na China,
no Vietnã, durante o primeiro terço do século XIX: ataque às
administrações e aos celeiros públicos, conflitos com os proprietários
de terras, destruição dos títulos de renda
Mas a oposição camponesa olha essencialmente para o
passado. Ao menos na China, não tem o apoio de forças sociais
capazes de promover uma ordem nova.
Sociedades secretas. Principalmente China - nacionalismo
antimanchu
Comerciantes chineses
Como se viu, a atividade dos comerciantes chineses é
sufocada pelos mandarins e absorvida pelo regime, porque os
comerciantes têm a possibilidade de comprar os graus confucianos. E
sabem usá-los.
Dissidentes confucianos
dissidentes confucianos, muito ativos no plano intelectual,
jamais se constituíram numa verdadeira força de oposição política.
Plano comercial
No plano comercial, as relações com o Ocidente conhecem
fase de retrocesso
Na China, os comerciantes estrangeiros só têm acesso a
Cantão. Devem aceitar as condições de uma corporação de
comerciantes chineses, detentora de um monopólio estatal, o
Co-hong. Fracassaram os esforços britânicos para alargar essas
relações comerciais (Missão Macartney, 1793; Missão Amherst,
1819).