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DMT – A molécula do espírito?!

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DMT – A molécula do espírito?!


Made by: Alexandre Tiountchik

Recomenda-se que se oiça psytrance durante a leitura:

1200 Micrograms – DMT

1200 Micrograms – The Cosmologist

Psytrance – Turbulence

A DMT – dimetiltriptamina – é uma


substância psicadélica e um derivado de
triptamina extraída maioritariamente de
algumas plantas da América do Sul (como
Acacia, Mimosa, Anadenanthera,
Chrysanthemum, Psychotria, Desmanthus,
Pilocarpus, Virola, Prestonia, Diplopterys,
Arundo, Phalaris, etc.). Defina-se como
substância psicadélica/alucinogénica como
uma substância que, quando presente a certas concentrações na corrente sanguínea,
tem a capacidade de causar alucinações e visões irreais ou oníricas a um indivíduo, tal
como acontece com o famoso LSD, com a Mescalina ou até com os conhecidos
“cogumelos mágicos”, onde a substância activa é a psilocibina. No entanto, existe uma
pecularidade curiosa que a distingue dos outros psicadélicos: a DMT é biossintetizada
em algumas plantas e animais, de entre os quais nós! Para a maioria dos cientistas
especializados na área, a produção de DMT no nosso corpo é atribuída à glândula
pineal ou simplesmente pineal (o órgão pintado de roxo na imagem)

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que se localiza aproximadamente no centro do nosso cérebro e que, apesar do seu


reduzido tamanho, é um objecto de estudo muito interessante por estar tão associada
a fenómenos de alterações a nível da consciência, mas a pineal terá direito aos seus
“15 minutos de fama” um pouco mais à frente neste texto.

Primeiro, é conveniente dar uma pequena nota


acerca do que é isto da DMT. Trata-se de uma
molécula bastante simples e pequena: a sua
fórmula química é C12H16N2 e a sua massa
molar 188 g/mol, apenas mais 8 gramas do que
uma molécula de glicose (por outro lado, as
massas molares do LSD e da Mescalina são,
respectivamente, 323 e 211 g/mol). Ela é
facilmente e rapidamente decomposta pelas
nossas células, através de uma enzima que se
chama monoaminoxidase (MAO), presente em
elevadas concentrações na corrente sanguínea,
no fígado, estômago, cérebro e intestinos, daí o
seu efeito psicadélico ser tão curto – apenas
meia hora – ao contrário do LSD, por exemplo,

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onde os fenómenos alucinatórios duram entre 6 a 12 horas. Basicamente, quando e


onde quer que a DMT apareça, o corpo tenta garantir que ela é usada o mais
rapidamente possível.

Também existe uma diferença em relação aos outros psicadélicos: enquanto que o
LSD ou a Mescalina são totalmente rejeitados pelo cérebro, no que toca à presença de
DMT, podemos afirmar que o cérebro se “alimenta” desta substância. Neste órgão,
existem células que funcionam como “barreira” que impedem a entrada de
substâncias indesejadas nas células cerebrais, “entrando” no cérebro apenas células
simples de glicose e aminoácidos (essenciais, respectivamente, à produção energética
e à síntese de proteínas essenciais). Assim, acontece um fenómeno incrível: as células
barreira permitem a entrada de DMT nas células cerebrais (através de processos
anabólicos – transporte activo)! É como se esta molécula tivesse algo de essencial ao
normal funcionamento do cérebro, permitindo a sua entrada e consumindo-a num
piscar de olhos. Assim, a DMT induz a estados psicadélicos de forma natural pois é
um psicadélico indógeno (produzido dentro do organismo).

Sempre que se fala em DMT tem de se ter em


conta as inúmeras experiências feitas ao longo
de 5 anos por Dr. Rick Strassman, na
Universidade do Novo México, que após
intensas disputas legais para ter luz verde
para realizar os seus estudos, finalmente
iniciou os seus trabalhos em 1990, tendo
actualmente administrado a droga à volta de
400 vezes em 60 voluntários. Apesar de
afirmar que lhe foi impossível determinar
qualquer uso terapêutico da DMT, Strassman
acredita que este composto é a “molécula do espírito”.

Glândula Pineal?

A glândula pineal situa-se mesmo no centro do nosso cérebro. É um alvo de estudo


bastante interessante pois, além de ser o único órgão na zona do cérebro que não tem

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um par (normalmente, as zonas estão em pares, com uma parte no hemisfério


esquerdo e outra no hemisfério direito), constata-se que esta glândula aparece ao 49º
dia de gestação a partir de células que estão na região superior da boca do feto e,
posteriormente, esta glândula sobe, até encontrar o seu lugar na zona do encéfalo,
não sendo, por isso, produto de um desenvolvimento do cérebro em si mas sim como
uma peça de “puzzle” que nele encaixa. Strassman diz que, no momento em que isso
acontece, o ser humano adquire o espírito. Os argumentos que ele usa são vários: o
primeiro relacionado com a localização da glândula, mesmo no centro, que explica ser
devido a ela ser incrivelmente frágil e conter algo tão importante para o Homem (o
espírito) que necessita de estar muito bem protegida às agressões vindas do exterior;
o facto de, após o aparecimento deste órgão ser possível distinguir o sexo do bebé,
segundo Dr. Rick Strassman, a diferenciação “mais importante” do ser humano; a
glândula assenta sobre uma zona de grande predominância de células cerebrais
relacionadas com as informações sensoriais e emocionais – a pineal encontra-se
incrivelmente próxima de estruturas cerebrais responsáveis pelas emoções e, por
outro lado, impulsos nervosos vindos dos olhos ou dos ouvidos têm de passar
obrigatoriamente pela glândula pineal antes de as experimentarmos e
interpretarmos; etc.

Durante muitos anos, os cientistas consideravam este órgão como o “apêndice” do


cérebro, ou seja, como algo que não tem, nos dias de hoje, uma função realmente
importante e que ficou ali, naquele sítio, devido à regressão progressiva como
resultado de processos evolutivos e cuja função era não se sabe bem qual. Tudo
mudou em 1958, com a descoberta de uma hormona: a melatonina, por parte do
dermatólogo norte-americano Aaron Lerner. Aaron interessou-se pela doença vitiligo,
uma patologia relacionada com a pigmentação da pele, e ao analisar 12 mil pineais de
vacas, associou directamente a melatonina à coloração da pele, uma ideia que ainda é
suportada pela sociedade científica actual.

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Mais tarde, fizeram-se estudos acerca do impacto de alterações de ciclos de luz


(entre ambientes escuros e ambientes claros) no sistema reprodutivo de mamíferos (o
que, de um ponto de vista de indústria alimentar, se torna num estudo bastante
importante, pois o que se pretende é que os animais em cativeiro se reproduzam o
máximo possível para se obter o maior lucro possível) e constatou-se que os mesmos,
quando prolongadamente expostos a períodos de escuridão, perdiam a capacidade de
se reproduzir e os seus órgãos sexuais atrofiavam. Ao mesmo tempo, a glândula
pineal crescia e havia aumento de melatonina no sangue. Por outro lado, exposições
prolongadas à luz reduziam a glândula e os níveis de melatonina baixavam, não
provocando problemas aos órgãos reprodutores. Resumindo e concluindo esta
história, os cientistas descobriram que a melatonina possuía propriedades poderosas
contra a reprodução.

Hoje em dia, sabemos que a glândula pineal é como um “terceiro olho”. Possui lente,
retina, córnea, tal como os outros dois olhos, e até à idade adulta é sensível à luz. Ao
longo da evolução, a pineal foi-se movendo para o interior e centro do cérebro e
desempenha funções vitais como a regulação da temperatura corporal e cor da pele.

A melatonina é conhecida como a “hormona da


escuridão”. Tanto a presença de luz natural durante
o dia como de luz artificial durante a noite inibem a
sua produção e, portanto, ela praticamente só
começa a ser produzida perante a ausência da luz.
Quanto mais tempo no escuro, maior é a produção
de melatonina. Esta hormona desempenha um
papel importante no nosso organismo – a
intensidade ou não das suas taxas de produção

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permitem informar o cérebro acerca da altura do ano em que nos encontramos.


Assim, produções prolongadas ou não de melatonina podem desencadear outras
respostas por parte dos organismos: a noção da época de acasalamento (Primavera e
Verão), do período de hibernação (Inverno), ou a perda de massa gorda estimulada
por ser época de Verão.

O fascínio de Rick Strassman em encontrar a molécula do espírito levou-o, primeiro,


a suspeitar que ela pudesse ser a melatonina. Ora a influência a níveis reprodutivos, a
níveis de regulação da temperatura corporal e a níveis de coloração da pele, eram
tudo coisas muito importantes e que poderiam levá-lo a fazer a sua grande
descoberta. Agora, para algo ser considerado como uma “molécula de espírito”,
faltava encontrar propriedades psicadélicas na melatonina. Ele procedeu, então, a
uma série de experiências em voluntários injectando-lhes quantidades elevadas de
melatonina. Os resultados eram desanimadores: nenhum dos voluntários manifestava
quaisquer sinais de alterações a nível da consciência. No entanto, Strassman
prosseguiu os estudos e continuou a achar que a molécula do espírito tinha de estar,
de alguma forma, relacionada com a glândula pineal.

Na sua obra “DMT – The spirit molecule”, ele revela isso mesmo e também as
dificuldades que teve em ter apoio para as suas ideias (para quem conseguir perceber
inglês):

“One of my teachers was Dr. K., an authority on biological rhythms, melatonin, and
sleep. Halfway through my fellowship training, I decided to share with him some of
my nascent ideas about a psychedelic role for the pineal. We were walking along one
of the innumerable halls of the San Diego Veterans’ Administration Hospital. Our
conversation was rambling and wide-ranging. There was a pause, and I took the
chance. “Do you think,” I offered, “that the pineal might produce psychedelic
compounds? It seems to have the right ingredients. Maybe it somehow mediates
spontaneous psychedelic types of states — psychosis for example.” I was hesitant to
get much deeper than this and avoided mentioning my more controversial ideas
about the pineal — that it played a role in more exotic states, such as near-death or
mystical experiences. Dr. K. stopped in his tracks and turned on his heels. His brow

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furrowed and he peered at me intently through his glasses. A palpable menace glinted
from his eyes. “Oops,” I thought. “Let me tell you this, Rick,” he said very slowly and
firmly. “The pineal has nothing to do with psychedelic drugs.” That was the last time
that year I said the words pineal and psychedelic in the same breath to anyone.”

Esta conversa não desencorajou Strassman de continuar em busca de respostas para


as suas ideias controversas. Tentou ver que mais produzia a pineal, além de
metionina, e descobriu a DMT. Portanto, a sua investigação passou a centrar-se,
agora, na DMT, colocando a metionina nos “casos arquivados”. Ao estudá-la a fundo,
deparou-se com bastantes características interessantes. Em primeiro lugar, ao 49º dia
de gestação, a pineal é formada e ocorre uma libertação de DMT no feto. O mesmo
acontece durante o nascimento e durante a morte. Depois, a glândula pineal reúne
condições para a formação de DMT: a capacidade de transformar triptófano
(C11H12N2O2) em triptamina, que depois vai servir para a biossíntese da DMT.

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Como o esquema demonstra, tudo começa (passo 1) numa molécula de L-triptófano


(o L refere-se à forma como a molécula se distribui no espaço, apesar dos elementos
que a constituem serem os mesmos) que sofre uma descarboxilação – libertação de
CO2, por acção de uma enzima que se chama, em inglês, Aromatic L-amino acid
decarboxylase (AADC), formando uma molécula de triptamina C10H12N2. Na
triptamina, por sua vez, vai actuar outra enzima (passo 2), Amine N-
methyltransferase (INMT), que, ao transformar um derivado da metionina – SAM (S-
Adenosyl-L-homocysteine, C15H22N6O5S) – em SAH (S-Adenosyl-L-homocysteine,
C14H20N6O5S), dá um radical metileno à triptamina, formando NMT
(metiltriptamina, C11H14N2). Ao repetir este processo (passo 3), forma-se
dimetiltriptamina, cuja fórmula química é C12H16N2.

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A pineal tem uma concentração relativamente elevada de triptófano e de


metiltransferases (mais precisamente, de espécies que estão dispostas a doar um
grupo metil, como as SAM), mas a existência paralela de diversos mecanismos para
que a produção de DMT não aconteça, faz com que não produzamos
dimetiltriptamina a torto e a direito. A pineal é bastante selectiva e é dificíl que ela
produza DMT a concentrações alucinogénicas. Factores que contribuem para tal são
as concentrações elevadas de um “anti-DMT” – as monoaminoxidases (MAO) – no
organismo e a sua eficácia na decomposição da DMT, a elevada selectividade das
células-barreira na pineal, que impedem a iniciação da biossíntese da
dimetiltriptamina (algo que é explicado por alguns neurocientistas como sendo uma
estratégia que o cérebro arranjou de se defender a si mesmo, pois alucinações iriam
fazer com que o animal ficasse desorientado e confuso, o que não seria nada benéfico
para a sua sobrevivência), resultando numa inércia do triptófano e das enzimas que
intervêm na síntese deste composto, que apesar de existirem em quantidades
relativamente elevadas na pineal, são anuladas pela concentração igualmente elevada
das MAO e pela intervenção das células-barreira. Estudos feitos em pacientes
esquizofrénicos mostram uma concentração claramente mais elevada da DMT do que
em pessoas que não sofrem desta doença. Tal deve-se precisamente a uma maior
fragilidade dos elementos referidos anteriormente: em pessoas esquizofrénicas, as
células-barreira não actuam de forma eficaz, nem tão-pouco são eficazes as MAO,
permitindo que a biossíntese de DMT seja facilitada. Em 1960, cientistas norte-
americanos decidiram fazer uma experiência que consistia em fazer esquizofrénicos
ingerir tecidos da glândula pineal. Os resultados foram um sucesso: os seus sintomas
melhoraram consideravelmente, consequência que se deveu, segundo os cientistas
que conduziram o estudo, ao aumento lógico da ingestão de enzimas “anti-DMT” que
estavam presentes nos tecidos que os pacientes ingeriram no corpo, fazendo-os
conseguir combater os efeitos de concentrações patológicas de DMT, melhorando a
sua saúde mental.

Mas para Rick Strassman não fazia sentido focar-se em pacientes patológicos. Ele
estava à procura da molécula do espírito e, portanto, ela teria de existir e ter efeitos
próprios em pessoas saudáveis. Passou, então, a investigar os sonhos.

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Durante o sono, o pico de produção de melatonina ocorre aproximadamente às 3 da


manhã. Concentrações elevadas de mensagens que induzem a produção de
melatonina fazem com que a pineal esteja em “stress”, onde as células-barreira se
encontram em dificuldade para conter tanto agente de activação desta hormona.
Assim, é de esperar que exista alguma probabilidade das células-barreira falharem e
permitirem a biossíntese da DMT, possibilitando-nos as experiências únicas que são
os sonhos.

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Strassman estabeleceu outra relação interessante relativamente a rituais espirituais.


Todos os rituais espirituais descrevem experiências bastante psicadélicas,
experiências de transformação pessoal que tanto motivam a prática dos mesmos.
Luzes brancas ofuscantes, encontros com entidades demoniacas e/ou angélicas,
sentimentos de êxtase, perdas de noção de tempo, audição de sons divinos, sensações
de morte e renascimento, contactos poderosos e agradáveis com a presença
subjacente à realidade – são experiências comuns a todos os relatos/confissões. São,
também, caraterísticas de uma experiência psicadélica usando DMT. Existe uma
explicação para isto.

Vários exercícios de meditação consistem na


concentração extrema em algo, como a
respiração. Medindo a actividade cerebral
quando isso acontece, usando um
electroencefalograma, existe a evidência de um
padrão na frequência das ondas emitidas pelo
cérebro. Estes padrões são mais lentos e mais
bem organizados do que os que são produzidos
no dia-a-dia. Quanto mais “profunda” a
meditação, mais baixas e mais intensas são as
ondas. Associando isto ao fenómeno de
ressonância, ou seja, a vibração de materiais à
mesma frequência da onda, tal como acontece
com um vidro que se parte devido à emissão de
uma onda com uma determinada frequência (que não precisa de ser muito elevada,
mas apenas a certa para fazer com que as partículas do vidro se desorganizem e
provoquem o colapso de toda a estrutura), verifica-se que, durante rituais ou
exercícios de meditação, a pineal, tal como o resto do nosso corpo, entra em
ressonância com o resto do cérebro. Esta ressonância na pineal não é tão destrutiva
como acontece com o vidro, mas ainda assim enfraquece as células-barreira e as
concentrações de “anti-DMT” diminuem. O resultado, portanto, é uma emissão
psicadélica por parte da glândula pineal, proporcionando uma experiência subjectiva
de um estado místico de alteração da consciência.

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Há suspeitas fortes, embora não


confirmadas, de que se produza DMT
também durante a formação da pineal,
durante o nascimento e situações de morte
ou quase-morte, o que está cientificamente
provado em outros animais de laboratório,
como ratos, mas não existem certezas em
relação ao ser humano. Crê-se que os efeitos
sejam os mesmos.

Existe igualmente libertação de DMT


durante o acto sexual e, aquando do
orgasmo, quantidades alucinogénicas de dimetitriptamina podem ser libertadas.

Rick Strassman defende, assim, que a molécula do espírito é a DMT. A sua libertação
durante momentos tão importantes da vida, como o nascimento, a reprodução, a
morte, entre outros, fazem com que ela tenha um significado espiritual.

DMT para fins recreativos

A DMT, como droga para usos recreativos, pode ser injectada, inalada, ou tomada
via oral. É de notar que o nosso sistema digestivo decompõe muito rapidamente a
DMT. Portanto, a dimetiltriptamina, quando ingerida via oral, ela começa a ser
decomposta a uma velocidade brutal, não causando sequer efeitos alucinogénicos. A
não ser que seja sob a forma do famoso chá, ayahuasca. A ayahuasca é uma bebida
preparada já há muitos séculos por tribos da amazónia que a utilizavam nos seus
rituais, pois acreditavam que ela permitia entrar noutra dimensão, inacessível à
consciência humana sem interferência de outras substâncias. Este chá “espiritual” é
produzido à base da trituração e posterior extracção de DMT de algumas plantas
amazónicas. No entanto, é de notar a presença de beta-carbolinas, que funcionam
mais ou menos como destruidores dos “anti-DMT’s” e, por essa razão, permitem que
a dimetiltriptamina adquira efeitos alucinogénicos mesmo ingerida via oral pois
retardam o seu consumo no organismo.

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A dose ideal de dimetiltriptamina no organismo para usos recreativos e através de


uma injecção intravenosa (IV) é de 4 doses de 0,4 mg por kg de massa (alguém que
pese 70 kg é recomendado que injecte 0,4×70 = 28 mg) intervaladas em meia hora
entre cada injecção. Porém, pode-se injectar via intramuscular (IM), onde a dose
ideal é 1 mg/kg. A DMT pode ainda ser fumada. É de realçar que, apesar das enormes
sensações de bem-estar, quando as pessoas voltam ao seu estado “normal” podem
haver sintomas como vómitos, náuseas e dores de cabeça.

Actualmente, na grande maioria dos países, de entre os quais Portugal, a


dimetiltriptamina com fins comerciais ou de consumo é ilegal. No Brasil, a DMT é
permitida apenas para rituais religiosos. O que não deixa de ser curioso, já que, de
certa forma, somos todos criminosos por produzirmos DMT no nosso próprio
organismo…

Documentário conduzido por Rick Strassman sobre a DMT (com legendas em


português)

http://www.youtube.com/watch?v=iYdG2NxI5ro

Obra (DMT – The Spirit Molecule) de onde foi retirada a maior parte da informação
deste artigo
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http://www.organiclab.narod.ru/books/DMT-The-spirit-molecule.pdf

Links úteis

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dimetiltriptamina

http://pt.wikipedia.org/wiki/Drogas_alucinógenas

http://en.wikipedia.org/wiki/Rick_Strassman

http://pt.wikipedia.org/wiki/Glândula_pineal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitiligo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Melatonina

http://pt.wikipedia.org/wiki/Triptófano

http://en.wikipedia.org/wiki/Tryptamine

http://en.wikipedia.org/wiki/Aromatic_amino_acid_decarboxylase

http://en.wikipedia.org/wiki/S-adenosyl-methionine

http://en.wikipedia.org/wiki/S-adenosylhomocysteine

http://en.wikipedia.org/wiki/Tryptamine-N-methyltransferase

http://en.wikipedia.org/wiki/N-Methyltryptamine

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ayahuasca

http://en.wikipedia.org/wiki/Beta-Carboline

DMT em Portugal

http://www.sabado.pt/Special-Pages/Print.aspx?printpath=/Multimedia/FOTOS/-
span–b-Sociedade-b—span–%281%29/Fotogaleria-
%28160%29&classname=Article.Media

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Artigos de notícias relacionadas com a DMT

http://www.guardian.co.uk/society/2004/feb/16/drugsandalcohol.drugs?
INTCMP=SRCH

http://www.guardian.co.uk/science/neurophilosophy/2011/sep/23/1?
INTCMP=SRCH

http://www.guardian.co.uk/science/blog/2010/sep/01/psychedelic-drugs-mental-
illness

Outras drogas alucinogénicas

http://www.psicologia.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=lsd

http://www.psicologia.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=mescalina

http://avisospsicodelicos.blogspot.pt/2008/06/psilocibina.html

http://13moleculasapular.wordpress.com/2012/12/09/dmt-a-molecula-do-espirito/ Page 15 of 15

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