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Manejo Clínico
Estresse pós-
traumático (TEPT)
Descrição.
Aspectos Neurobiológicos.
Por dentro da farmacoterapia do TEPT
Epigenética.
Manejo clínico transdiagnóstico e
melhores evidências disponíveis.
Efeito Stroop.
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A descrição.
O TEPT esta vinculado ao "medo aprendido",
por meio de socialização ou de experiências
dolorosas vividas ou observadas por
terceiros. Todos aprendemos a evitar certos
comportamentos, pelo medo de sermos
feridos. O TEPT pode estar correlacionado ao
memórias intrusivas, ansiedade extrema,
sonhos lampejos de memórias das
experiências traumáticas e embotamento
emocional. Cerca de 70% da população
mundial tenha sido exposta ao trauma e
aproximadamente 6% desenvolveram o
TEPT.
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Chamamos isso
de EVOCAÇÃO
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comportamento de esquiva
aumento na vigilância e no alerta
ativação da divisão simpática no SNV
liberação de cortisol a partir das glândulas suprarrenais.
ESSAS RESPOSTAS SÃO REGULADAS PELA
AMIGDALA E O HIPOCAMPO
eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (HPA)
Em resposta a um
agente estressor e
ameaçador.
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Esses sistemas são ativados pelo nível de alerta do individuo (maior nivel de alerta, maior
ativação) e pela aversividade dos estímulos externos ou internos. A amígdala também
colabora para tal resposta do medo, recebendo informações de todas as modalidades:
olfativa, somatossensorial, gustativa e visceral, auditiva e visual. A ativação do núcleo
central da amigdala está envolvido nas respostas autonômica estimulando grupos de
neurônios no tronco cerebral que controlam o sistema nervoso autônomo.
Já a amígdala basolateral tem como finalidade de "medir a
febre" em termos de nivel de alerta. Advindo da ativação das
sinapses colinérgicas (acetilcolina) e principalmente das
noradrenérgicas (advindo do locus coeruleus) no tronco
cerebral. O papel da amígdala é crucial na memória de eventos
de alto conteúdo emocional, aversivo ou não.
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Rogan e Ledoux (1996)
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Simplificando a resposta
de medo mostrado em
detalhes na página
anterior.
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Um pouco por dentro da farmacoterapia do TEPT.
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A complexidade da sintomatologia do TEPT e a alta
comorbidade dificultam a consistência da maioria
dos achados biológico no TEPT, incluindo a eficácia
clínica de medicamentos padrão.
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Modelo focado no desenvolvimento da
resiliência multidimensional
Acontece uma
espécie de extinção
da memória
aversiva no
processo
terapêutico.
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Evento
Tratamento Extinção
traumático
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Um demonstração simples do slide anterior é que a terapia
basicamente ensina o cérebro a parar de sentir medo ao corpo
amigdaloide. Exemplo: Experimentos de Ledoux que estimulava os
animais repetidamente com som – mas sem o choque elétrico.
Dsm 5 TR
SINTOMAS INTRUSIVOS,
EVITAÇÃO PERSISTENTE, Exposição in vitro,
ALTERAÇÕES NEGATIVAS EM in vivo e in virtuo.
COGNIÇÕES E HUMOR E
REATIVIDADE
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Eles também foram solicitados a pensar sobre o evento traumático, caso pudessem se lembrar de mais
detalhes na sessão seguinte. Durante a segunda sessão, o relaxamento muscular progressivo foi realizado
novamente, após o que os participantes receberam extensa exposição imaginária (in vitro) ao roteiro do
trauma. Além de serem solicitados a realizar o relaxamento, os pacientes não receberam instruções
explícitas de tarefas de casa, embora o papel de MANUTENÇÃO da evitação tenha sido apontado para eles.
Durante a sessão final, o paciente e o terapeuta foram ao local do incidente traumático para exposição in
vivo. (entra a jogada da exposição começar depois de um certo período)
Os participantes foram convidados "a reviver o evento traumático" novamente e tanto o terapeuta quanto a
vítima do trauma permaneceram lá até que o medo do paciente diminuísse. Em seguida, o paciente
permaneceu no local por conta própria e relatou ao terapeuta após a remissão do medo.
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Efeito stroop
Segundo estudos de Mark, Macleod e Le Doux, pessoas ansiosas demoram mais para nomear a cor das palavras com
valor emocional negativo em comparação a quem NÃO TEM ansiedade patológica.
Existe também a hipótese da “seleção” dos estímulos ameaçadores, dependendo do tipo de transtorno de ansiedade.
Por exemplo: Nos experimentos dos pesquisadores, pessoas que tinham transtorno de fobia social, demoravam para falar a
cor das palavras cujo significado negativo era dentro do contexto social. Já em sujeitos com transtorno de estresse pós-
traumático demoravam mais tempo para nomear a cor de palavras como; acidente, corte e sangue, que envolviam aquele
contexto do trauma.
Ou seja, a escolha das palavras ameaçadoras para compor essa tarefa era feita a partir das características do transtorno a
ser investigado. (atualmente existe padrão ouro de intervenção para cada tipo desse transtorno)
IMPORTANTE: Nas palavras cujo significado emocional tinha valor neutro (ex: lâmpada, lata, bola) as pessoas ansiosas
NÃO demoram mais tempo para nomear a cor das palavras, em comparação aos sujeitos NÃO ANSIOSOS.
Isto significa que, em vários momentos da vida, pessoas com ansiedade geralmente ignoram o
contexto ao todo e tendem a ter esse viés atencional para trechos negativos e problemáticos de uma
situação.
UM POUCO SOBRE ANSIEDADE: A ansiedade natural é benéfica, nos alerta sobre problemas reais do
cotidiano. (Por isso, não é saúdavels que todas as nossas memórias aversivas sejam apagadas, mas isso não
significa que elas não precisam de manejo, aliás muitas vezes podem trazer consequencias de prejuizo
como no TEPT) estado de alerta que nos move. Sob controle impulsiona a vida.
Estar sempre ansioso é estar constantemente inquieto, preocupado, acelerado, tenso. Independente do meio
externo.
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Avaliação diagnóstica e de sintomas pós traumatico, depressivo, de
Avaliação inicial
ansiedade e dissociativos. Avaliação de eventos traumáticos
9/10
Sessões finais
Psicoeducação sobre padrões cognitivos distorcidos. Retomar distorções cognitivas e
(reestruturação
associar com as mais comuns no TEPT. 11
cognitiva e prevenção
TAREFA: RPD com pensamentos alternativos (RPDA)
de recaída).
Revisão da lista inicial dos sintomas de TEPT. Discussão sobre sintomas esbatidos e
sintomas residuais. Manejo dos sintomas residuais. Tarefa de casa: reavaliar por 14
escrito o impacto atual do trauma na própria vida.
Prevenção de recaída: "O que fazer caso meus sintomas retornem". Identificação de
15
redes de apoio. Elaboração de lista de objetivos de vida atuais e futuros.
Referências:
Sah, P., Faber, E. S., Lopez De Armentia, M., & Power, J. (2003). The
amygdaloid complex: anatomy and physiology. Physiological reviews,
83(3), 803–834. https://doi.org/10.1152/physrev.00002.2003
Morey, R. A., Haswell, C. C., Hooper, S. R., & De Bellis, M. D. (2016). Amygdala,
Hippocampus, and Ventral Medial Prefrontal Cortex Volumes Differ in Maltreated
Youth with and without Chronic Posttraumatic Stress Disorder.
Neuropsychopharmacology : official publication of the American College of
Neuropsychopharmacology, 41(3), 791–801. https://doi.org/10.1038/npp.2015.205
@karolinecostads
Becker, E. S., Rinck, M., Margraf, J., & Roth, W. T. (2001). The emotional
Stroop effect in anxiety disorders: general emotional or disorder
specificity?. Journal of anxiety disorders, 15(3), 147–159.
https://doi.org/10.1016/s0887-6185(01)00055-x