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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE – CES

UNIDADE ACADÊMICA DE BIOLOGIA E QUÍMICA – UABQ

DISCIPLINA: Físico-Química Experimental

DOCENTE: Renato Santana

DISCENTE: Tatiana De Almeida Silva

VERIFICAÇÃO DA LEI DE BOYLE

CUITÉ – PB
2018
TATIANA DE ALMEIDA SILVA

VERIFICAÇÃO DA LEI DE BOYLE

Atividade endereçada ao professor Dr. Renato


Santana, como requisito parcial para aprovação na
disciplina de Físico-Química Experimental.

CUITÉ-PB
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3

2. METODOLOGIA ....................................................................................... 4

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 4

4. PÓS-LABORATÓRIO ............................................................................... 8

5. CONCLUSÃO ............................................................................................ 8

6. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 9
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1. INTRODUÇÃO

A lei de Boyle foi fundamental para descrever a teoria atômica dos gases, ao
mesmo tempo em que Daniel Bernoulli interpretou que a pressão de um gás é resultado
obtido por efeito de reações dos próprios átomos (VERTCHENKO e DICKMAN, 2012).
Quando um gás passa por um processo de transformação chamado de isotérmica
é porque aconteceu uma variação em sua pressão e também do volume, tendo que manter
a temperatura constante. Portanto, surgiu a Lei de Boyle, que afirma que a pressão e o
volume são inversamente proporcionais, ou seja, a medida que o volume aumenta a
pressão diminui e vice-versa (FOGAÇA).
No ano de 1657, um amplo apoio para Boyle foi o experimento a vácuo, pois foi
a partir de então que Boyle providenciou a elaboração de um equipamento, cuja, intenção
era produzir vácuo consideravelmente. Com a ajuda de seu assistente, Robert Hooke,
muito eficiente que conseguiu encontrar soluções mesmo para os problemas
experimentais mais difíceis, de maneira muito rápida, no qual ele conseguiu formular uma
bomba pneumática, em que foi de grande importância para a realização de experiências
imensamente importante, conforme descreve New Experiments Physico-mechanical,
Touching the Spring of the Air and its Effects (Novos experimentos físico-mecânico a
respeito da elasticidade do ar e de seus efeitos), 1660 (RAMOS e MENDES, 2005).
Observa-se que os gráficos que são obtidos após a realização de um experimento
em que foi trabalhado a Lei de Boyle, o gráfico do volume de um gás versus a pressão
aplicada sobre ele, é corresponde à uma hipérbole (RAMOS; MENDES, 2005).
O experimento teve como objetivo determinar experimentalmente a relação entre
a pressão e o volume de uma amostra de ar à temperatura constante.
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2. METODOLOGIA

No primeiro momento do procedimento experimental, verificou o nível de


mercúrio no vidro para que estivesse os dois níveis iguais.
A seringa utilizada foi de 20 mL, onde, delicadamente, o embulo foi pressionado
e empurrado para dentro da seringa até completar a variação de 1,0 mL até chegar 10 mL.
Todas as alturas obtidas durante cada mL deslocado da seringa foram anotadas. Esse
procedimento foi realizado três vezes.
Para cada um dos valores de h encontrado (desnível do líquido) o valor da pressão
manométrica foi calculado mediante utilização de uma equação.
Os procedimentos foram repetidos para obtenção de valores médios.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir da repetição do procedimento experimental obtivermos os seguintes


dados:

Tabela 1: Alturas obtidas para cada volume.

1ª vez 2ª vez 3ª vez Média


Volume (dm3)
Altura h (m) Altura h (m) Altura h (m) Altura h (m)

0,001 0,013 0,015 0,015 0,0143

0,002 0,025 0,03 0,026 0,027

0,003 0,04 0,044 0,041 0,0417

0,004 0,057 0,06 0,059 0,0587

0,005 0,07 0,073 0,075 0,0727

0,006 0,092 0,095 0,095 0,094

0,007 0,11 0,114 0,11 0,111

0,008 0,13 0,134 0,129 0,131

0,009 0,153 0,159 0,156 0,156

0,01 0,175 0,182 0,178 0,178

Fonte: Dados próprios.

Portanto, notamos que a cada pressão (volume) de 1 dm3 que aplicamos na seringa
dava uma nova altura e com isso temos diferentes alturas, com os resultados (médias) das
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alturas obtidas para cada volume, a densidade do mercúrio que é aproximadamente


13,539 g/cm3 e convertemos para 13,539 x 103 Kg/m3 e usamos a gravidade de 9,8 m/s2
tudo em 1 atm de pressão, assim, podemos as pressões para cada volume reduzido.

Tabela 2: Pressões obtidas para cada volume.

Volume Altura h (m) Pressão [P= Pext + 𝝆gh] (atm)


(dm3)

0,001 0,0143 1,019

0,002 0,027 1,035

0,003 0,0417 1,055

0,004 0,0587 1,077

0,005 0,0727 1,095

0,006 0,094 1,123

0,007 0,111 1,145

0,008 0,131 1,172

0,009 0,156 1,204

0,01 0,178 1,233

Fonte: Dados próprios.

A partir das pressões obtidas na tabela 2 temos o seguinte gráfico e observamos


uma curva exponencial, logo, é nítido que quando reduzimos o volume da seringa
tínhamos um aumento da pressão do mercúrio, no qual observemos pela deslocação da
altura do mercúrio.
Gráfico 1: Variação na pressão a partir de uma redução no volume a temperatura constante.
pxV
1,4

1,2
y = e19,942x
1 R² = 0,9906
Pressão/atm

0,8

0,6 Pressão (atm)

0,4
Exponencial
0,2
(Pressão (atm))
0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012
Fonte: Dados próprios. Volume/dm3
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Podemos fazer o inverso das pressões obtidas na tabela 2, assim, obtemos as


seguintes pressões:
Tabela 3: O inverso das pressões obtidas para cada variação de volume.

Volume (dm3) 1/Pressão (atm)

0,001 0,981

0,002 0,966

0,003 0,948

0,004 0,929

0,005 0,913

0,006 0,890

0,007 0,873

0,008 0,853

0,009 0,831

0,01 0,811

Fonte: Dados próprios.

De acordo com as pressões obtidas na tabela 2 calculamos o inverso da pressão,


tendo o gráfico abaixo, obtendo uma curva exponencial
Gráfico 2: O inverso da pressão a partir de uma redução no volume a temperatura constante.

1/p x V
1,2

1
y = e-19,94x
R² = 0,9906
0,8
1/P-atm

Volume (dm3)
0,6 1/Pressão (atm)

0,4 Exponencial
(Volume (dm3)
0,2 1/Pressão
(atm))
0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012
Volume/dm 3
Fonte: Dados próprios.
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Ainda com os valores obtidas na tabela 2, podemos fazer a pressão multiplicado


pelo volume, alcançando os seguintes valores:
Tabela 4: Pressão vezes volume.

Pressão x volume Pressão (atm)

0,0010 0,981

0,0021 0,966

0,0032 0,948

0,0043 0,929

0,0055 0,913

0,0067 0,890

0,0080 0,873

0,0094 0,853

0,0108 0,831

0,0123 0,811

Fonte: Dados próprios.

A tabela 4 se deu pela pelo o cálculo da pressão vezes o volume em dm3 a partir
desses resultados se obteve o seguinte gráfico em função da pressão, logo, é notório a
observação de uma reta.

Gráfico 3: Pressão vezes o volume em função da pressão


pV x p
0,014
Pressão (atm) x Volume (dm3)

0,012 y = 0,0059x
R² = 0,2074
0,01
0,008 Pressão x volume
0,006
0,004 Linear (Pressão x
volume)
0,002
0
0 0,5 1 1,5
Pressão(atm)
Fonte: Dados próprios.
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4. PÓS-LABORATÓRIO

1- Que tipos de curvas foram obtidas a partir do tratamento dos dados?


R.: foram obtidas curvas reta e exponencial.
2- Faça uma regressão linear para o gráfico do item 2 e obtenha a equação que
melhor descrever os seus resultados. Faça uma comparação com a lei de Boyle.
R.: A equação da reta, onde a lei de Boyle diz que a pressão é proporcional ao
inverso do volume.
3- Quais as possíveis fontes de erro ou limitações nestes experimentos? Para cada
uma, tente dizer que efeito elas terão no resultado esperado dos experimentos.
R.: Ocorre várias limitações ou erros com a realização do experimento como o
erro de paralaxe e próprio erro na aplicação da forca na seringa, pois se em cada vez
realizada a força será diferente da primeira força, assim, podemos ter uma alteração dos
dados experimentais.
4- Como o objetivo da prática é verificar se o produto pV é constante, é
interessante verificar o quanto as medidas experimentais se distanciam de um valor
médio.
R.: Os erros notados na realização do experimento são aceitáveis para o nosso
experimento.
5- Caso as medidas experimentais não confirmem a lei de Boyle, indique uma
maneira de verificar o quanto as medidas se distanciam do desejado.
R.: Os erros percebidos são admissíveis para o nosso experimento pela a
dificuldade de uma melhor medição ser efetuada.

5. CONCLUSÃO

Portanto, com essa prática podemos constatar e confirmar a Lei de Boyle que
expressa que o volume é inversamente proporcional a pressão. A partir os resultados
obtidos podemos constatar que quanto menor o volume maior a pressão e que as
validações das relações nos gráficos são indicadas pela uma reta.
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6. REFERÊNCIAS

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Transformação isotérmica ou Lei de Boyle";


Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/transformacao-
isotermica-ou-lei-boyle.htm>. Acesso em 07 de novembro de 2018.
RAMOS, Bruno; MENDES, Wendel Tiago. A Lei de Boyle. Universidade Estadual de
Goiás, Anápolis, 2005. Disponivel em:
http://www.geocities.ws/ramos.bruno/academic/boyle.pdf>. Acesso em 06 de novembro de
2018.
VERTCHENKO, Lev; DICKMAN, Adriana Gomes. Verificando a lei de Boyle em um
laboratório didático usando grandezas estritamente mensuráveis. Revista Brasileira de Ensino
de Física, v. 34, n. 4, 4312, Belo Horizonte - MG, 2012.

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