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Sociologia

O pensamento sociológico de Max


Weber

Aula 05 | Prof. Carolina Wolff Nunes

Tópicos abordados

01 02 03 04
Sobre Max Objeto da Ação Social e Capitalismo e
Weber e o sociologia de Dominação Religião
contexto Weber e o Tipo Legitima
histórico Ideal
01 – Sobre Max Weber e o contexto histórico

Max Weber, foi um sociólogo alemão, nascido em 21 de abril de 1864 e falecido


em 14 de junho de 1920, foi um dos precursores da sociologia econômica.
Sendo um dos fundadores da Associação Alemã de Sociologia, Weber se
considerava um estudioso da história e um burguês liberal na Alemanha do
século 19.

Retrato de Max Weber


https://www.todamateria.com.br/max-weber/

Max Weber viveu durante a criação e consolidação do Império Alemão, com isso
presenciou a forte industrialização que ocorria na Alemanha nesse período,
portanto acompanhou de perto o crescimento das organizações para o
crescimento de um novo Estado e como eram incorporados às novas formas de
burocracia que regia a vida dos cidadãos.

Curiosidades:

• Max Weber foi o consultor alemão para a criação do


"Tratado de Versalhes" de 1919, que pôs fim à
Primeira Guerra Mundial.

• Foi um dos responsáveis por redigir a "Constituição de


Weimar" e autor do "Artigo 48", que foi usado por
Adolf Hitler para estabelecer seus poderes ditatoriais.

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02 – Objeto da sociologia de Weber e o Tipo Ideal

O objeto dos estudos sociológicos de Weber são a Ação Social usando como
analise a compreensão social.
Para o sociólogo as ciências da natureza explicam e as ciências da cultura da a
compreensão, sendo essa a ciência de Weber. Tendo assim o idealismo.

Essa compreensão se dá através da hermenêutica (extrair de dentro). Todo


indivíduo, ao agir, (ator social), age guiado por motivações que, por sua vez, são
baseadas em valores.

O ator social age sempre sobre a sua motivação em relação aos outros.

Compreender/interpretar a Ação Social


Ação humana dotada de sentido,
motivação e valores. Ela é social quando o
sentido é voltado ao seu semelhante,
dotado de significados e interação.

O estudo de Weber é voltado para o indivíduo, que toma uma posição diante da
realidade, ele age/opta por uma determinada ação.

Com isso a função da sociologia será: investigar a ação social e ressaltar os


elementos mais gerais de cada fase do processo histórico da sociedade.

Para poder ter uma compreensão das ações sócias produzidas pelo indivíduo,
Weber cria o método de análise chamado Tipo Ideal, onde se seleciona aspectos
da ação humana que considera culturalmente relevantes.

Weber separa seus estudos em duas tipologias fundamentais:

Tipologia da Ação e Relação Social

Tipologia da Dominação Legitima

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03 – Ação Social e Dominação Legitima

Ação e Relação Social: ação de um indivíduo referido ao outro.

Dotada de sentido voltada ao semelhante

Tipos puros de Ação:

• Ação Tradicional – age no limite entre consciente e inconsciente. Ex:


costumes tradicionais, como dar presente no natal.
• Ação afetiva – ação extra cotidiana, emocional/explosiva. Ex: torcida de
futebol
• Ação Racional para fins – cotidiana, motivada para alcançar fins próprios,
pensada para a realização. Ex: empresa capitalista
• Ação Racional para valores – cotidiana, motivada para alcançar valores
éticos, religiosos. Ex: trabalhos voluntários.

Tipos puros de Relação Social:

• Poder – impor a própria vontade, probabilidade mediante a força física.


• Dominação – em que se tem a probabilidade de se encontrar a obediência
de forma considerada legitima pelo indivíduo.

Pela crença: vontade de obedecer – religião

Pela ação racional: mediante as leis e ao estado – direito,


burocracia.

Pela ação tradicional: mediante ao costume

Pela ação afetiva: dominação carismática.

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Dominação Legitima: tipologia

• Dominação legal – direito e burocracia – disciplina por provas e títulos


(quadro de pessoas), hierarquia. Ex: exercito, onde há funcionalidade e
racionalidade.
• Dominação tradicional – santidade dos costumes. Ex: patriarcado, quando
se dá em quadro administrativo. Ex: fazendeiros com seus capangas,
empresas familiares é o patrimonialismo, que na política se apresenta por
cargos de confiança.
• Dominação carismática – baseada no carisma, extra cotidiano, o carisma
ligado ao líder, é afeto, a duração da dominação é colocada à prova e a
adesão é afetiva. Ex: religião, grandes líderes políticos

As relações sociais podem ser abertas (de ordem comercial) ou fechadas (de
ordem afetiva, institucional)

Para Weber a desigualdade social é devida a distribuição desigual de poder, na


ordem econômica se dá pelo consumo e produção; na ordem social se dá pelo
prestígio e na ordem política pela procura pelo poder.

04 – Capitalismo e Religião

Breve análise da Principal Obra de Weber: A ética protestante e o espírito do


capitalismo

A obra se refere ao que Weber entende por capitalismo moderno, onde o


burguês está determinado no trabalho livre.
Causando assim uma ação racional, com bases contratuais e buscando pelo
acumulo do excedente do capital.
O dinheiro então é transformado em capital quando ele serve como troca pela
força de trabalho.
Weber analisa a ética do capitalismo como sendo uma conduta moral econômica.
A presença do dinheiro faz com que o capitalismo se torne algo racional.
Para isso a religião protestante é uma causa adequada para esse capitalismo.

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Para o protestantismo é mostrado que ter o sucesso no mundo seria algo bom,
diferente do que a idade média pregava (baseado na servidão e não acumular
bens), a vocação é vista como sinônimo da profissão, valorização positiva da
riqueza criada pelo trabalho, reinvestimento da riqueza assegura o lugar de
“eleito” e “salvo”.
Sendo assim a religião gera um fator de impulso para a busca do lucro não vendo
visto como pecado.

Ao contrario Durkheim, Weber acreditava


que a Sociologia deveria se concentrar na
ação social e não nas estruturas.

Referência Bibliográficas
WEBER, M. : A Ètica Protestante e o Espirito do Capitalismo, SP, Ed. Pioneria,
1971.

WEBER, M : Economia e Sociedade, op. Cit. Cohn, cap III: Os tipos puros de
dominação legitima.

WEBER, M : Economia e Sociedade, op. Cit. Cohn, cap I: Os Conceitos


sociológicos fundamentais.

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