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RELATÓRIO DE PRÁTICA 01

Bruno Ariel Diniz Leite - 01458976


RELATÓRIO 01
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS
ENSINO DIGITAL DATA:
04 / 02 / 2023

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: Fundamentos de Farmacotécnica

DADOS DO(A) ALUNO(A):

NOME: Bruno Ariel Diniz Leite MATRÍCULA: 01458976


CURSO: Farmácia POLO: Parnaíba
PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Paulo Ramiler

TEMA DE AULA: ÁGUA BORICADA

RELATÓRIO:

A água boricada é uma solução com ação antisséptica constituída de água e ácido
bórico, geralmente encontrada na concentração de 3%, sendo seu uso tópico ou oftálmico.
Este ácido inorgânico de fórmula química H3BO3, possui propriedade microbiostática
(bacteriostático e fungistático) de curto prazo e bactericida quando de uso contínuo. É bem
reconhecido o seu emprego em afeções oculares como a conjuntivite mas também pode ser
usado em tratamento de foliculites e furunculoses (JOSÉ et al, 2007; ÁGUA BORICADA 3%
[Bula], 2006). Por ser um composto de venda livre, não raro, existem casos de intoxicação ou
reações após o contato, que vão de hiperemia local e rash cutâneo a irritação ocular. Quando
ingerido pode ocasionar importantes alterações de cunho sistêmico (JOSÉ et al, 2007; ÁGUA
BORICADA 3% [Bula], 2006).
Na formulação da água boricada realizada em aula prática, utilizou-se o
metilparabeno, um éster que deriva do ácido 4-hidroxibenzoico. Este composto da categoria
dos conservantes apresenta ação antimicrobiana que apesar de grande espectro mostra-se
menos efetivo em bactérias gram-negativas (GALO, OUTA e SANTOS, 2022). Este parabeno
é bastante utilizado na cosmética e em alguns medicamentos dada sua efetividade em larga
faixa de pH bem como por apresentar baixa toxicidade (GALO, OUTA e SANTOS, 2022).
Como materiais para nossa formulação foram requeridos os seguintes itens: água
destilada, ácido bórico, metilparabeno, béquer de 100 e 50 ml, proveta de 100 ml, papel filtro,
bastão de vidro, espátula, chapa de aquecimento e balança de precisão.
Iniciou-se o procedimento com a pesagem de 3,012 g de ácido bórico em seguida,
pesou-se 0,1053 g de metilparabeno ambas pesagens com papel filtro em balança previamente
tarada. Na sequência realizou-se a mensuração de 50 ml de água destilada em uma proveta.
Após determinadas as quantidades, os compostos foram dispostos em béquer de 50 ml e
adicionado os 50 ml de água destilada da proveta. Procedeu-se ao aquecimento por alguns
instantes da solução em chapa de aquecimento a fim de catalizar-se a homogeneização. Por
fim, levamos a solução já resfriada para nova adição de 50 ml de água destilada, com isso
chegamos a nosso produto final, a água boricada a 3%, concentração usual de sua
apresentação comercial (imagem 1). Aditivamente, nosso composto apresentou a
concentração de 0,1053% do conservante metilparabeno em sua constituição.
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Imagem 1 – Água boricada 3%


Fonte – Atividade de aula prática
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TEMA DE AULA: ÁLCOOL EM GEL

RELATÓRIO

O álcool em gel é uma variação do álcool asséptico, produto utilizado largamente na


pandemia de COVID-19 como medida indispensável na prevenção da transmissão do vírus,
realizada através da assepsia das mãos, mobiliários e itens de uso/contato coletivo como
maçanetas de portas, por exemplo. Para a disponibilidade nesta apresentação, um composto
gelificante é fundamental. Dentre os vários disponíveis, o carbopol, um polímero sintético
(carbômero) do ácido acrílico, de boa transparência e que além de agente gelificante mostra-
se um bom espessante e possui elevada viscosidade, mesmo quando em concentrações baixas,
coloca-se como uma excelente escolha no tocante custo-benefício, justificando o seu uso. Em
virtude da pandemia e da alta demanda, este composto passou por indisponibilidade em
grande quantidade de países, afetando a produção do gel em grande escala, tornando
necessária a busca por gelificantes alternativos como o Luviset 360, Aculyn 22, entre outros
(CORRÊA et al, 2005; FERREIRA et al, 2022). O composto utilizado em nossa prática foi o
Carbopol 940, que possui como característica apresentar maior viscosidade em relação a
outros tipos de carbopol disponíveis, contudo, este apresenta como ponto negativo a
necessidade de maior contato junto ao veículo para conseguir dispersar-se (CORRÊA et al,
2005).
Para esta prática de confecção de álcool em gel, foram necessários os materiais: álcool
99,8%, carbopol 940, trietanolamina, água destilada, béquer de 100 e de 50 ml, proveta de
100 ml, bastão de vidro, papel filtro, espátula e balança de precisão.
Iniciou-se a produção do composto com a diluição do álcool líquido para a
concentração de 70%, para tanto usou-se como medida o volume final de 100ml. Procedeu-se
ao cálculo usando a fórmula para diluição das soluções C1 x V1 = C2 x V2 onde: 99,8 x V1 =
70 x 100 => 99,8 V = 7000 => v = 70,14ml. Realizou-se a separação deste volume e
adicionou-se água destilada de uma proveta (aproximadamente 30 ml) até completar o volume
final já mencionado. Realizou-se em seguida a pesagem de 1 g de carbopol a fim de
contemplar-se a concentração de 1%. Em becker de 100 ml procedeu-se a homogeneização da
solução. Imediatamente não identificou-se o processo de geleificação, dada a dispersão e o pH
apresentado na solução. Posteriormente, adicionou-se 3 gotas de trietanolamina, uma amina
terciária, que possui entre outras, propriedades emulsificante e neutralizante como base fraca
(D’AVILA et al, 2017). Essa neutralização do pH ocasionada em nosso composto,
proporcionou de imediato a reação de geleificação do álcool dando a ele sua nova forma
farmacêutica, a buscada no experimento (imagem 2).
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Imagem 2 – Álcool em gel 70%


Fonte – Atividade de aula prática
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TEMA DE AULA: SOLUÇÃO ANTISSÉPTICA

RELATÓRIO

Soluções antissépticas ou apenas antissépticos são compostos que apresentam a função


de inibir ou eliminar o crescimento microbiológico nas superfícies diversas como a corporal,
instrumental ou de ambientes, terapêutico ou não. Os antissépticos podem assumir atuação
bacteriostática, impedindo o crescimento de um microrganismo, ou ainda bactericida,
destruindo este micróbio, bactéria, etc (REIS et al, 2011).
Para esta prática, realizou-se a formulação de um antisséptico bucal e como materiais
tivemos: Triclosan, sacarina, metilparabeno, propilparabeno, propilenoglicol, álcool etílico,
corante vermelho e aromatizante sabor laranja, água destilada, béquer 50 ml, cálice de 100 ml,
proveta de 100 ml, bastão de vidro, papel filtro, espátula e balança de precisão.
A substância triclosan, também pode ser encontrado sobre o nome Igarsan e configura-
se em um conservante/antisséptico de amplo uso na área de cosméticos e itens de higiene
pessoal. Este composto possui grande espectro antimicrobiano, sendo efetivo contra bactérias
gram positivas e negativas além de fungos e bolores. Entre os pontos negativos do triclosan
está a sua característica de não ser biodegradável (GALO, OUTA e SANTOS, 2022).
A sacarina é um aditivo alimentar da classe dos edulcorantes, substância com poder
adoçante. São amplamente difundidos na produção de refrigerantes, gelatinas, sorvetes, entre
vários outros pela indústria de alimentos dado seu custo-benefício. Na indústria farmacêutica
é utilizado como forma de descaracterizar o sabor de outras substâncias ou fármacos. Na
confecção de soluções de higiene, como os antissépticos bucais, objeto desta prática, sua
utilização é realizada pois a sacarina não é metabolizada pelas bactérias como fonte alimentar
(ASSUMPÇÃO et al, 2008).
Também utilizados no estudo, os parabenos a citar: metilparabeno e propilparabeno,
são também são classificados como conservantes, apresentando espectro de ação bem
diversificada e assim como o triclosan, têm ação bactericida e fungicida. Possuem como
outros fatores que fomentam o seu uso o baixo custo, relativa segurança frente ao uso humano
e compatibilidade com inúmeras matérias-primas. Dentre as concentrações seguras para o uso
humano estão as encontradas na faixa de 0,01% e 0,3% (GALO, OUTA e SANTOS, 2022).
O composto propilenoglicol, outro aditivo alimentar, é um diálccol produzido através
da hidratação do óxido de propileno e que apresenta 4 funções básicas, são elas: umectante,
estabilizante, glaceante e agente clareador (FARIA et al, 2008).
A formulação proposta foi iniciada com a pesagem de todos os componentes. A
pesagem dos parabenos foi realizada com papel filtro na quantidade de 0,1068 g de
metilparabeno e 0,0124 g de propilparabeno, ambos posteriormente acondicionados em
béquer de 50ml onde adicionou-se 25 ml de álcool etílico e realizou-se a homogeneização.
Para pesagem do triclosan utilizou-se uma amostra de 0,300 g e procedeu-se a diluição em 25
ml de propilenoglicol em um segundo béquer de 50 ml. Para a sacarina, pesou-se 0,1023 g e
dissolvido em 50 ml de água destilada. Realizou-se a preparação e solubilização em três
etapas buscando-se dissolver os componentes em solventes de maior afinidade de cada
composto, obedecendo o critério de lipo e hidroafinidades de cada um. Por fim, realizou-se a
adição de todos os compostos em um cálice de 100ml na seguinte sequência: solução com
parabenos → solução de sacarina → solução de propilenoglicol. O composto apresentou-se
livre de coloração neste estágio (imagem 3). Visando mimetizar características comerciais,
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inseriu-se a coloração através de corante vermelho e sabor através de extrato de laranja. Após
última homogeneização o produto final apresentou única fase (imagem 4).

Imagem 3 – Solução antisséptica (sem corante)


Fonte – Atividade de aula prática

Imagem 4 – Solução antisséptica final (corada)


Fonte – Atividade de aula prática
REFERÊNCIAS

ÁGUA BORICADA 3% [Bula]. Divinópolis MG: Farmax, 2006. Disponível em:


<https://consultaremedios.com.br/agua-boricada-3-farmax/bula>. Acesso em: 04.02.2023.

ASSUMPÇÃO, Mônica H. M. T. et al Desenvolvimento de um procedimento


biamperométrico para determinação de sacarina em produtos dietéticos. Química Nova. 2008
v. 31, n. 7. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-40422008000700028. Acesso em:
05.02.2023.

CORRÊA, Nágila Maluf et al. Avaliação do comportamento reológico de diferentes géis


hidrofílicos. Revista Brasileira Ciência Farmacêutica [Internet]. 2005 v. 41, n. 1.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-93322005000100008. Acesso em: 04.02.2023.

D’AVILA, Gabriele et al. Álcool gel: aprendizado de função orgânica e benefícios à saúde.
Seminário institucional do pibid/unisc. 2017. v, 1 Disponível
em:https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/pibid_unisc/article/view/17736. Acesso
em: 04.02.2023.

FARIA, B. N. et al. Efeitos da adição de propilenoglicol ou monensina à silagem de milho


sobre a cinética de degradação dos carboidratos e produção cumulativa de gases in vitro.
Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. 2008 v. 60, n. 4. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0102-09352008000400019. Acesso em: 05.02.2023.

FERREIRA, Kleber Queiroz et al. Álcool em gel para assepsia das mãos – formulação
adequada e eficiência garantida em meio à pandemia da covid-19. Química Nova [Internet].
2022 n. v. 45. n. 3. Disponível em: https://doi.org/10.21577/0100-4042.20170831. Acesso
em: 04.02.2023.

GALO, Amanda Alves; OUTA, Camila Yoshie; SANTOS, Lidiane Ribeiro dos. Conservantes
farmacotécnicos utilizados em produtos dermocosméticos magistrais. Brazilian Journal of
Natural Sciences [Internet]. 2022 v. 4, n. 3. Disponível
em:https://doi.org/10.31415/bjns.v4i3.157. Acesso em: 04.02.2023.

JOSÉ, Andrea Cotait Kara et al. Uso ocular de água boricada: condições de manuseio e
ocorrência de contaminação. Arquivo Brasileiro de Oftalmologia [Internet]. 2007. v. 70, n.
2. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0004-27492007000200004. Acesso em:
04.02.2023.

REIS, Lúcia Margarete dos et al. Avaliação da atividade antimicrobiana de antissépticos e


desinfetantes utilizados em um serviço público de saúde. Revista Brasileira de
Enfermagem. 2011 v. 64, n. 5. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-
71672011000500011. Acesso em: 05.02.2023.
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DADOS DO(A) ALUNO(A):

NOME: Bruno Ariel Diniz Leite MATRÍCULA: 01458976


CURSO: Farmácia POLO: Parnaíba
PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Paulo Ramiler

TEMA DE AULA: PASTA D’ÁGUA

RELATÓRIO:

A pasta d'água consiste em uma mistura de óxido de zinco e água adicionados de


alguns excipientes para formação de sua apresentação em pasta, dentre os quais foram
utilizados em nossa prática o hidróxido de cálcio PA, glicerina e o amido PA. Tem função
dermatológica no tratamento de assaduras, especialmente causadas por fraudas, inflamações e
irritações na pele, algumas queimaduras leves e alguns tipos de dermatites como a seborreica
(CALAMED [Bula], 2020).
A pasta d'água pela sua apresentação farmacêutica (pasta) tem característica
semissólida, ou seja, detém em sua constituição uma mistura de caráter homogêneo de
compostos sólidos e líquidos, fato que gera uma consistência espessa, onde os componentes
deste, como óxido de zinco, conferem ação adstringente e protetora através da formação de
uma camada que reduz o atrito e do controle da oleosidade encontrada na pele (CALAMED
[Bula], 2020).
Na realização desta prática utilizou-se: glicerina, óxido de zinco PA, hidróxido de
cálcio PA, amido PA e água destilada, almofariz e pistilo, béquer de 100 e de 50 ml, proveta
de 25 ml, espátula e balança de precisão.
Iniciou-se o procedimento pesando 1 g de hidróxido de cálcio PA, adicionou-se logo
em seguida 100 ml de água destilada, aguardou-se 10 minutos e retirou-se a água do béquer,
adicionado mais 100 ml de água destilada. O procedimento foi necessário dada a alcalinidade
acentuada do hidróxido de cálcio, gerando a nossa água de cal. Procedeu-se a pesagem de 25
g de óxido de zinco e 25 gramas de amido em béqueres. Em uma proveta mensurou-se 25 ml
de glicerina (imagem 1). Este componente promove melhor estabilidade no composto final,
mantendo a sua consistência, proporciona maior a eficácia através de suas propriedades
emolientes, auxiliando ainda na hidratação e lubrificação da pele, literaturas ainda atestam
leve poder antimicrobiano (KARAM et al, 2016; FERNANDES, MACHADO e OLIVEIRA,
2011). Os componentes sólidos foram homogeneizados em almofariz e pistilo macerando-se
em movimentos circulares buscando-se melhor distribuição dos compostos fato que atua
diretamente na melhora da dissolução quando da introdução das partes líquidas, reduzindo
ainda o tempo de fabricação. Realizou-se agora a introdução dos 25 ml de glicerina
lentamente e procedendo-se a mistura. Introduziu-se após a água de cal e mais 10 ml de água
destilada, onde consegui-se a consistência ideal para a pasta idealizada.
A pasta agora pronta, apresentou consistência característica mostrada na imagem 2.
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Imagem 1 – Compostos em vidrarias pós pesagens e medições


Fonte – Atividade de aula prática

Imagem 2 – Pasta d'água


Fonte – Atividade de aula prática
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TEMA DE AULA: GEL PARA CONTUSÕES (GELOL)

RELATÓRIO:

Os géis utilizados para tratamento de contusões tem uso bastante difundido e


apresentam como função básica a promoção de analgesia local entre outros pelo resfriamento
não térmico deste, atua como antiinflamatório e na estimulação da circulação sanguínea local
através de vasodilatação. Estas propriedades são conseguidas pelo uso combinado da cânfora,
do salicilato de metila e do mentol (GELOL [BULA], 2020; JEFFRIES e WALDRON, 2019).
O uso tópico destes componentes na forma do gel promove a ação de resfriamento e calor na
área da contusão, estimulando o sistema circulatório, aliviando a algia local e reduzindo a
inflamação. A técnica de aplicação com massagens permite melhor absorção e potencializa a
função dos compostos supracitados (GELOL [BULA], 2020; JEFFRIES e WALDRON,
2019).
O gel pretenso, por definição, trata-se de uma forma farmacêutica semissólida onde
uma porção sólida de uma substância encontra-se dispensa em uma matriz líquida de forma
que apresentem consistência mas mantendo relativa fluidez. Como demais caraterísticas
apresenta: transparência, estabilidade e capacidade de hidratação, sendo um veículo bastante
versátil tanto para as indústrias farmacêuticas como de cosméticos e alimentos (CARVALHO,
2020; LIRA et al, 2004).
Nesta segunda prática para formulação do gel, utilizamos: Cânfora, salicilato de
metila, mentol, propilparabeno, carbopol-940, trietanolamina 85% água destilada, almofariz e
pistilo, béquer de 100 e de 50 ml, espátula e balança de precisão.
Iniciou-se com a pesagem de 1 g de carbopol-940 em béquer e adicionou-se 100 ml de
água destilada e 3 gotas de trietanolamina 85% para a produção do gel base. Em seguida
pesou-se 1,0020 g de mentol, este em forma de cristais e destinado em um almofariz. Em
seguida procedeu-se a pesagem e inclusão de 2 g de cânfora. Na maceração para
homogeneização identificou-se uma mudança para o estado líquido, este fenômeno físico é
chamado de eutética ou mistura eutética onde um ou mais dos componentes dispostos da
mistura muda seu estado físico liquefazendo-se pela redução na sua temperatura de fusão,
geralmente formando um líquido de característica homogenia (ROCHA et al, 2016;
FOGAÇA, 2018). Especificamente para esta mistura de mentol e cânfora, quando da
homogeneização, a combinação dos compostos em proporções ideais gerou a redução dos
pontos individuais de fusão. Em seguida, adicionou-se 1 ml de salicilato de metila, mantendo
a utilização dos pistilo para mistura. Pesou-se 0,02g de nipazol PA (propilparabeno) e também
foi adicionado ao almofariz. Separou-se 80 g do gel base preparado anteriormente e realizou-
se a homogeneização no almofariz. Começou-se a formação do gel com a característica
buscada. Objetivando mimetizar as características comerciais do gel, adicionou-se corante
verde. O resultado final está demonstrado na imagem 3.
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Imagem 3 – Gel para contusões


Fonte – Atividade de aula prática
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TEMA DE AULA: POMADA PARA ASSADURA (HIPOGLÓS)

RELATÓRIO:

De constituição semissólida, as pomadas são formas farmacêuticas constituídas de


uma combinação (mistura) de alguns ou vários princípios ativos, objetivando aplicação tópica
através de sua textura propícia a hidratação ou fixação para proteção da pele (FRANCO e
GONÇALVES, 2008; ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007). Possui como características
bem definidas o efeito prolongado, dado sua constituição; propriedades hidratantes e
emolientes; versatilidade de uso e tempo prolongado de armazenamento (ALLEN JR,
POPOVICH e ANSEL, 2007).
As pomadas para assaduras possuem uma grande variedade de formulações
especialmente relacionadas ao interesse por combinações de princípios ativos que ratifiquem
o produto como seguro e principalmente eficaz. Na proposta de uma forma farmacêutica que
promova a proteção da pele e a recuperação de assaduras e irritações como a pretensa neste
estudo, o produto final apresentará: óxido de zinco, composto que atua criando uma barreira
de proteção à pele, objetivando reduzir ou eliminar o contato de excretas corporais com a área
irritada. O óxido de zinco ainda apresenta propriedades anti-inflamatórias e adstringentes
(RAHAL et al, 2001); a lanolina é um hidratante natural que segundo Coca e Abrão (2008)
possui a função de: “formação de uma barreira que impede a perda da umidade natural das
camadas mais profundas da pele, e aumenta a velocidade de proliferação celular”. A vaselina,
possui função emoliente e hidratante, prevenindo a perda de umidade da pele, pela sua
característica física, o composto promove uma consistência e estabilidade a pomada
(ARAÚJO e OLIVEIRA, 2008). Talco asséptico, atua como espessante e na manutenção da
textura e estabilidade. A glicerina, assim como a vaselina possui ação hidratante e emoliente,
bem como a capacidade de auxiliar na manutenção da textura. Não foram utilizadas as
vitaminas A e E por falta de material em aula.
De acordo com os produtos utilizados e com base na classificação da farmacopeia
americana acerca das bases de pomadas, podemos classificar a nossa pomada com
características de base de pomada hidrofóbica, dada a presença da lanolina e sua constituição
lipídica, mas também com características de pomada oclusiva pois a vaselina dada sua
estrutura molecular age formando uma camada protetora, garantindo a manutenção da
umidade da pele (UNITED STATES PHARMACOPEIA, 2020).
Para a formulação da pomada, fez-se uso de: vaselina sólida, lanolina anidra pura,
óxido de zinco PA, talco asséptico, espátula de silicone, balança de precisão, béquer de 100
ml, proveta de 10 ml, almofariz e pistilo, chapa aquecedora.
No procedimento foram pesados 100,71g de vaselina sólida; 20,50 g de lanolina anidra
pura e dispostas em béquer sendo na sequência aquecidas em chapa para homogeneização dos
compostos em sua forma liquefeita. No almofariz, foram adicionados 10,0030g de óxido de
zinco e 5,0025 g de talco asséptico e procedeu-se a maceração com homogeneização.
Posteriormente adicionou-se a mistura de lanolina e vaselina no almofariz e em movimentos
circulares passamos a incorporar os compostos até o aparecimento de uma constituição
pastosa, peculiar a pomada.
O produto final apresentou coloração esbranquiçada e de boa aderência a aplicação em
superfícies corporais.
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Imagem 4 – Pomada para assaduras


Fonte – Atividade de aula prática
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TEMA DE AULA: TALCO ANTISSÉPTICO

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O talco antisséptico é um produto bastante usado nas rotinas diárias de diversos


ambientes, possui como indicação o tratamento de perturbações inflamatórias na pele dentre
elas as assaduras, os pruridos (coceiras), brotoejas e alguns tipos de fungos. Algumas
preparações dessa forma farmacêutica podem utilizar compostos que atuem no combate a
odores ocasionados por bactérias presentes nas superfícies corporais mais comuns nas axilas,
dobras articulares e região plantar dos pés.
Nosso experimento utilizou o composto triclozan (igarsan), o talco asséptico e o
mentol. O triclozan é um produto com funções antimicrobianas de grande espectro de atuação,
sendo efetivo contra bactérias gram positivas e gram negativas, possui ainda relativa ação
antifúngica. Seu mecanismo de ação baseia-se na destruição das membranas celulares
bacterianas, interrompendo assim a síntese de lipídeos e proteínas, atuando ainda no ataque a
estruturas citoplasmáticas. Este composto é bastante consolidado como ativo em vários
produtos de higiene e limpeza corporais, em concentrações que podem variar entre 0,1% a
0,3% (GALO, OUTA e SANTOS, 2022). Outro composto da formulação, o talco asséptico
apresentou como função o aumento do volume do produto final e o mentol foi utilizado para
odorizar o talco.
Os materiais desta prática foram: espátula, almofariz e pistilo, papel filtro, balança de
precisão, béquer 100 ml e peneira granulométrica (Tamis).
Neste experimento, realizou-se a pesagem de 1 g de triclosan no papel filtro, 50 g de
talco asséptico em béquer e 0,1 g de mentol, também em papel filtro. Adicionou-se os
componentes em um almofariz e procedemos a maceração e homogeneização dos compostos
em movimentos circulares. Finalizada a homogeneização, realizou-se o processo de
peneiragem fazendo-se uso da peneira granulométrica. Uma porção do produto está
demonstrado na imagem 5.
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Imagem 5 – Pó antisséptico
Fonte – Atividade de aula prática
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REFERÊNCIAS

ALLEN JR, Loyd V.; POPOVICH, Nicholas G.; ANSEL, Howard C. Formas Farmacêuticas
e Sistemas de Liberação de Fármacos; tradução Elenara lemos-Senna et al. – 8ª. Edição
– Porto Alegre; Artmed, 2007.

ARAÚJO, Natalúcia Matos; OLIVEIRA, Sonia Maria Junqueira Vasconcellos de. Uso de
vaselina líquida na prevenção de laceração perineal durante o parto. Revista Latino-
Americana de Enfermagem. 2008. v. 16, n.3. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-
11692008000300007. Acesso em: 21.02.2023

CALAMED. Pasta d'água. [Bula]. São Paulo: Cimed Indústria de Medicamentos Ltda.
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