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Auto Da Barca
Auto Da Barca
«Raro é falar-se do teatro vicentino sem referir, duma forma mais ou menos
empolada, o seu cariz tão declaradamente anticlerical. Aliás, seria
praticamente impossível atravessar todos estes textos sem encontrar um ou
outro lance no qual, duma forma irreverente e sarcástica, a vida desregrada
dos “clérigos” seus contemporâneos — dos simples frades e freiras às mais
elevadas hierarquias dos bispos e papas — é severamente criticada.
É o que se passa precisamente com o Auto da Feira, representado pela
primeira vez em Lisboa provavelmente em 1528, e cuja temática central se
desenvolve não só em torno dos referidos “ministros de Cristo na Terra”,
como das práticas da própria “Igreja de Roma”, bem pouco dignos do
cristianismo que deveriam simbolizar.»
ARTUR RIBEIRO GONÇALVES, Auto da Feira de Gil Vicente,
Lisboa, Editorial Comunicação, 1984, p. 11.
I — A estrutura do auto
1. O Auto da Feira é uma peça cuja estrutura é composta por três partes diferentes.
1.1 Delimite as três partes em que a peça se divide, indicando os respetivos versos,
e resuma o assunto desenvolvido em cada uma delas.
2. Tendo em conta a divisão da peça, demonstre, justificando, a que parte do auto
corresponderão a moralidade propriamente dita, o sermão burlesco e a farsa.
II — O monólogo de Mercúrio
IV — A farsa
23. Indique as queixas que Amâncio Vaz e Branca Anes proferem um em relação ao
outro.
24. Denis Lourenço também se mostra insatisfeito com a atuação da sua esposa.
24.1 Demonstre que o ideal de esposa de Denis corresponde ao retrato negativo
traçado por Amâncio em relação a Branca.
25. Explique a razão pela qual o Diabo desaparece quando dialoga com as duas
mulheres.
26. Descreva o que se passou na tenda do Tempo e do Serafim quando Marta e Branca
decidiram saber que mercadorias ali haveria.
BIBLIOGRAFIA
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CINTRA, Luís Filipe Lindley [int. e ed.] (1989) – Auto da Feira. Lisboa: Publicações Dom
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KEATES, Laurence (1988) – O Teatro de Gil Vicente na corte. Lisboa: Editorial Teorema.
MARTINS, Angelina Vasques (1978) – Auto da Feira. Porto: Porto Editora.
QUINT, Anne-Marie (2003) – «O teatro religioso de Gil Vicente à luz da tradução: Auto
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SARAIVA, António José (1979) – História da Literatura Portuguesa — das origens a
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SARAIVA, António José e LOPES, Óscar (s. d.) – História da Literatura Portuguesa, 16.ª
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http://www.cet-e-quinhentos.com/obras