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Joinville - 2018
© 2018, Sobraep
Editores Associados
Comitê Editorial da Revista Eletrônica de Potência Demercil de Souza Oliveira Junior
(período de vigência Janeiro de 2018 a Dezembro de 2019) UFC – Fortaleza (CE)
Marcello Mezaroba Marcelo Lobo Heldwein
UDESC – Joinville (SC) UFSC – Florianópolis (SC)
Cassiano Rech Endereço da Diretoria
UFSM – Santa Maria (RS)
SOBRAEP
Denizar Cruz Martins Prof. Marcelo Cabral Cavalcanti
UFSC – Florianópolis (SC) Avenida Acadêmico Hélio Ramos, s/n
UFPE / CTG / Departamento de Engenharia Elétrica
José Antenor Pomilio Bairro: Cidade Universitária
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Marcelo Cabral Cavalcanti Telefone: (81) 2126-7102 Fax: (81) 2126-8256
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http://www.sobraep.org.br/revista/
Presidente: Marcelo Cabral Cavalcanti – UFPE
Vice-Presidente: Marcello Mezaroba – UDESC Eletrônica de Potência
Primeiro Secretário: Leonardo Rodrigues Limongi – UFPE
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Segundo Secretário: Gustavo M. de Souza Azevedo – UFPE
Prof. Marcello Mezaroba
Tesoureiro: Fabrício Bradaschia – UFPE
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Campus Universitário Prof. Avelino Marcante
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Arnaldo José Perin – UFSC
Joinville - SC – Brasil
Carlos Alberto Canesin – UNESP
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Carlos Henrique Illa Font – UTFPR
Cassiano Rech – UFSM
Eletrônica de Potência é distribuída os sócios da SOBRAEP
Denizar Cruz Martins – UFSC
que optaram por receber a versão impressa.
Domingos S. L. Simonetti – UFES
Enio Valmor Kassick – UFSC
Tiragem desta edição: 70 exemplares.
Fernando Luiz Marcelo Antunes – UFC
Henrique Antônio Carvalho Braga – UFJF
Edição impressa em junho de 2018.
Ivo Barbi – UFSC
João Onofre Pereira Pinto – UFMS
José Antenor Pomilio – UNICAMP
Leandro Michels – UFSM
Luiz Henrique Silva Colado Barreto – UFC
Marcelo Cabral Cavalcanti – UFPE
Mauricio Aredes – UFRJ
Mauricio Beltrão de Rossiter Corrêa – UFCG
Richard Magdalena Stephan – UFRJ
Sérgio Vidal Garcia Oliveira – UDESC
Trimestral
CDD 621.381
Conversor CC-CC de Alto Ganho Obtido pela Combinação entre Redes de Indutor e de
Capacitor Chaveados
High Gain DC-DC Converter Obtained by Combining Switched Inductor and Switched
Capacitor Cells
Marcos A. Salvador, Thamires P. Horn, Telles B. Lazzarin, Roberto F. Coelho 161
Estágio de Entrada com Dupla Funcionalidade Aplicado a uma UPS Trifásica de alto
Desempenho
Input Stage with Double Functionality Applied to a High Performance Three-Phase UPS
William A. Venturini, Henrique Jank, Fábio E. Bisogno, Mário L. S. Martins, Humberto Pinheiro 244
O ano de 2017 não foi nada fácil para a pesquisa no Brasil. Muitos cortes foram anunciados, levando à extinção de diver-
sos programas de pesquisas e bolsas para a comunidade científica. Entretanto, temos que reconhecer o brilhante trabalho
que alguns pesquisadores vêm realizando, em meio às dificuldades impostas pelo governo.
Muitos de nós, pesquisadores, constantemente reclamamos da pouca verba destinada à ciência nacional e com frequên-
cia nos deparamos com números que mostram o contraste de investimento realizado em pesquisa entre Brasil e países
ditos desenvolvidos, como Alemanha, Canadá e Estados Unidos. Dessa forma, sempre temos a ideia que no exterior os
investimentos são mais volumosos do que no Brasil. Corroborar ou contradizer tal concepção não é objetivo desta carta
e, portanto não prolongarei essa discussão.
Mesmo com o investimento em pesquisa abaixo da média mundial, há uma questão valiosa que merece ser mencio-
nada aqui: a qualidade da pesquisa realizada no Brasil não corresponde com seu investimento, em alguns casos. Isto é,
há muitos cientistas brasileiros realizando investigação com qualidade igual ou superior àquelas realizadas em países
desenvolvidos. Portanto, esta carta tem a intenção também de parabeniza-los e homenagear tais intelectuais da área de
eletrônica de potência.
Contrariando as expectativas, o ano de 2017 foi marcado não só pelo maior corte histórico de investimento na ciência
brasileira, mas também por duas notícias memoráveis para a comunidade de eletrônica de potência do Brasil. Neste
ano, o Prof. Edson Watanabe recebeu o ilustre título de Fellow Member da maior comunidade de engenharia elétrica e
eletrônica, o IEEE. Destacadamente, o membro fundador da Sobraep, Professor Ivo Barbi, recebeu o máximo reconheci-
mento da mesma comunidade científica e foi elevado ao status de IEEE Life Fellow. Agora, encontra-se formalmente ao
lado dos maiores nomes da história da eletrônica de potência mundial, como William McMurray, Joachim Holtz, Bimal
K. Bose e Thomas A. Lipo.
Com mais de 60 artigos publicados nos melhores periódicos internacionais e milhares de citações, a contribuição do
Prof. Ivo Barbi é incontestável. Apesar de ser referência na área de comutação suave, seu trabalho não se restringe a ape-
nas esse ramo. Publicou artigos relevantes nos mais variados tópicos da Eletrônica de Potência, tendo reconhecimento
internacional em muitos deles. Como descrito pelas próprias palavras do Prof. Marco Liserre: “uma das maiores contri-
buições do Prof. Barbi, o inversor boost, colaborou significativamente para a área de sistemas fotovoltaicos e abriu portas
para que outras topologias emergissem”. Quando questionado se conhece o Prof. Ivo Barbi, o Prof. Blaabjerg responde:
“não pessoalmente, mas quem na Eletrônica de Potência não o conhece? Suas publicações trouxeram muitos avanços aos
conversores cc-cc”. Seu reconhecimento é claro dentro da comunidade científica e é fruto do trabalho sério que exerceu
durante décadas.
Como professor, deu uma importante colaboração para o país, sendo responsável pela formação direta de mais de 100
alunos de mestrado e 80 de doutorado. De forma indireta, esses números são maiores. Isso mostra o quanto ele é com-
prometido com a ciência e a educação, mantendo uma produção significativa mesmo em tempos de crise.
O Prof. Ivo Barbi, tendo se aposentado modestamente em 2016, merece todo o nosso reconhecimento e respeito pela
notória contribuição ao nosso país. No âmbito nacional, gostaria que este grande mestre recebesse esta carta como forma
de homenagem por todo o ensinamento deixado.
Sua Missão principal é a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico da Eletrônica de Potência, em vinculação
com os interesses da sociedade brasileira. Os trabalhos publicados na revista devem ser sempre resultados de pesquisas
que demonstrem real contribuição e qualidades técnica e científica.
A revista Eletrônica de Potência é um meio adequado através do qual os membros da SOBRAEP (Sociedade Brasileira de
Eletrônica de Potência) e demais especialistas em Eletrônica de Potência podem publicar suas experiências e atividades
de pesquisas científicas. O Comitê Editorial tem grande interesse na submissão e avaliação de artigos completos nas
áreas de interesse da sociedade. Um artigo é um veículo adequado para a apresentação e divulgação dos trabalhos e
pesquisas de relevância para a Eletrônica de Potência, incluindo os avanços no estado da arte, importantes resultados
teóricos e experimentais, e demais informações de relevância tutorial.
Os artigos são submetidos e avaliados de forma totalmente eletrônica, por três revisores ad-hoc, através do sistema
iSOBRAEP. Os autores devem submeter seus artigos através do sistema iSOBRAEP na seguinte URL: http://www.
sobraep.org.br/revista.
Através do sistema iSOBRAEP os autores poderão ainda acompanhar todo o processo de revisão de suas submissões.
Observa-se que os artigos deverão ser submetidos unicamente no formato PDF e deverão estar em conformidade com
as Normas de Publicação da Revista.
A aceitação final do artigo somente ocorrerá se o mesmo estiver plenamente em conformidade com as Normas de
Publicação divulgadas no sistema iSOBRAEP e publicadas em todas as edições da revista. Uma lista das principais áreas
de interesse da revista Eletrônica de Potência, que devem apresentar interface clara com a área de Eletrônica de Potência,
inclui os seguintes tópicos (outros tópicos de interesse poderão ser avaliados pelo Comitê Editorial):
224
140 Eletrôn.Eletrôn.
Potên., Potên.,
CampoJoinville,
Grande, v.23,
v. 22,n.2,
n.3,p.p.133-260,
219-332,abr./jun. 2018
jul./set. 2017
Conversor CC-CC de Alto Ganho com Compartilhamento da Corrente de Entrada,
Modulação Phase-Shift e Compactação do Filtro de Saída
High Gain Step-Up DC-DC Converter with Input Current Sharing, Phase-Shift Modu-
lation and Output Filter Reduction
CONVERSOR CC-CC DE ALTO GANHO COM COMPARTILHAMENTO DA
Víctor F. Gruner, Lenon Schmitz, Denizar C. Martins, Roberto F. Coelho
CORRENTE DE ENTRADA, MODULAÇÃO PHASE-SHIFT E COMPACTAÇÃO
DO FILTRO DE SAÍDA
ii
vprim2 v sec2 vD22 D22 Co v o Ro vo • 1a Etapa (t0 < t < t1 ): Durante a primeira etapa o
iD22
Vi interruptor S1 é comandado a conduzir. As polaridades
D32 S2 v
S2 das tensões dos enrolamentos primário n1 e secundário
iS2 D1N iD1N n2 do transformador T1 permitem que a energia seja
vD1N transferida da fonte de entrada Vi para a carga Ro
iiN
vprimN v secN vD2N D2N por intermédio do diodo D11 , retornando pelos diodos
iD2N D22 ...D2N dos conversores Forward adjacentes, fato que
D3N SN vSN acarreta crescimento linear da corrente do indutor Lo ;
iSN • 2a Etapa (t1 < t < Ts / N): Em t = t1 é retirado o
Fig. 2. Modelo comutado do conversor cc-cc proposto. comando de S1 e, como consequência, tem-se o bloqueio
do diodo D11 . Neste momento, o diodo D21 entra
Essa nova configuração possibilita redução do indutor Lo em condução assumindo a corrente do indutor Lo , que
e do capacitor Co , bem como dos componentes do filtro decresce linearmente. Os diodos D22 ...D2N continuam
de entrada (caso existentes), desde que seja empregada em condução. Esta etapa é classificada como de roda
modulação phase-shift. Tal modulação faz com que a livre, em que apenas o indutor Lo fornece energia à carga
frequência aparente nos referidos componentes seja N vezes Ro ;
a frequência de comutação dos interruptores. • 3a Etapa (Ts / N < t < t2 ): Em t = Ts / N o
Com a aplicação da modulação citada, o conversor poderá interruptor S2 é comandado a conduzir. Similarmente à
apresentar inúmeras etapas de operação no modo de condução 1a etapa, as polaridades das tensões dos enrolamentos
contínua (MCC). Neste artigo serão abordados dois casos: sem do transformador T2 possibilitam que a energia seja
sobreposição de pulso de comando e com sobreposição de dois transmitida da fonte Vi para a carga Ro , agora mediante
pulsos de comando. Para o primeiro caso, a razão cíclica do os diodos D21 , D12 e D2N ;
conversor deve ser menor que 1/N, enquanto para o segundo • 4a Etapa (t2 < t < 2Ts / N): Em t = t2 é retirado o
caso, a razão cíclica deve ser maior que 1/N e menor que comando de S2 . Esta etapa é idêntica à 2a etapa de
2/N. Ademais, a razão cíclica máxima que cada conversor operação, caracterizada como uma etapa de roda livre,
Forward pode operar para que seja possível a desmagnetização onde o indutor Lo fornece energia à carga por intermédio
do transformador é dada por: dos diodos D21 ...D2N ;
• (2N − 1)a Etapa ((N − 1) T s / N < t < tN ): O início
1 desta etapa ocorre com a entrada do interruptor SN em
Dmax = . (4)
1 + nn31 condução e se assemelha às 1a e 3a etapas, no entanto, o
conversor Forward N transmite energia à carga mediante
os diodos D1N , D22 e D21 ;
D21 D21 S2
S1 S1
-Vo
D12 D12
t
Vi D22 Co2 Vi D22 Co2
Ro vo Ro vo SN iL
IM
S2 S2
Im
D1N D1N t t
t0 t1 t2 tN t0 t1 t2 tN
D2N D2N Ts Ts
Fig. 4. Formas de onda do conversor operando sem sobreposição de
SN SN
comando.
(c) (d)
D11 Lo1 D11 Lo1 comando e as principais formas de onda são apresentados na
Figura 5 e na Figura 6, respectivamente.
D21 D21
• 1a Etapa (t0 < t < t1 ): Durante a primeira etapa os
S1 S1
D12 D12 interruptores S1 e SN são comandados a conduzir. As
polaridades das tensões dos enrolamentos primários n1
Vi D22 Co2
Ro vo
Vi D22 Co2
Ro vo
e secundários n2 dos transformadores T1 e TN permitem
que a energia seja transferida da fonte de entrada Vi
S2 S2
para a carga Ro por meio dos diodos D11 , D1N e D22 ,
D1N D1N acarretando crescimento linear da corrente do indutor Lo ;
• 2a Etapa (t1 < t < Ts / N): Em t = t1 é retirado
D2N D2N
comando de SN . Imediatamente a corrente que circulava
SN SN por SN e D1N anula-se e, como consequência, tem-
se o bloqueio do diodo D1N . Neste momento, D2N
(e) (f) entra em condução assumindo a corrente do indutor Lo ,
Fig. 3. Etapas de operação do conversor operando sem sobreposição que decresce linearmente. Os diodos D11 , D22 e D2N
de comando. (a) 1a etapa. (b) 2a etapa. (c) 3a etapa. (d) 4a etapa. (e) transferem a energia da fonte Vi para a carga Ro ;
5a etapa. (f) 6a etapa. • 3a Etapa (Ts / N < t < t2 ): Em t = Ts / N o interruptor
S2 entra em condução juntamente com o interruptor S1 .
Similarmente à 1a etapa, as polaridades das tensões dos
B. Modo de Condução Contínua com Sobreposição de Dois enrolamentos dos transformadores T1 e T2 permitem que
Pulsos de Comando (1/N < D < 2/N) a energia seja transferida da fonte Vi para a carga Ro
Os circuitos equivalentes relacionados às etapas de utilizando, agora, os diodo D11 , D12 e D2N ;
operação do conversor com sobreposição de dois pulsos de • 4a Etapa (t2 < t < 2T s / N): Em t = t2 é retirado comando
Vi
idênticos, a sobreposição de comandos não interfere no ganho
Vi
estático, determinado por (3), sendo que o único fato que
D22 Co2 D22 Co2
Ro vo Ro vo
S2 S2
leva à limitação da razão cíclica é a desmagnetização do
D1N D1N transformador, haja vista a relação estabelecida em (4).
D2N D2N
III. MODELAGEM ORIENTADA AO CONTROLE DO
SN SN
CONVERSOR PROPOSTO
(c) (d)
D11 Lo1 D11 Lo1
Nesta seção é apresentada uma análise simplificativa do
D21 D21 circuito a fim de facilitar a obtenção dos modelos de pequenos
S1 S1
sinais, necessários para o projeto dos compensadores
D12 D12 empregados em malha fechada. Uma vez que tal conversor é
Vi D22 Co2 Vi D22 Co2
constituído de conversores Forward (conversor Buck isolado
[16]), é possível reduzi-lo a um único conversor Buck
Ro vo Ro vo
S2 S2
equivalente sem alterar a dinâmica do conversor original.
D1N D1N
Primeiramente, visto que as entradas dos conversores
D2N D2N Forward estão em paralelo, pode-se considerá-las conectadas
SN SN
a fontes de tensão de mesmo valor, mas independentes,
reduzindo o conversor proposto a N conversores Buck com
(e) (f)
saídas conectadas em série. Para tanto, deve-se ainda
Fig. 5. Etapas de operação do conversor operando com uma
refletir as N tensões pulsadas dos enrolamentos primários para
sobreposição de comando. (a) 1a etapa. (b) 2a etapa. (c) 3a etapa.
os secundários, de maneira a eliminar os transformadores
(d) 4a etapa. (e) 5a etapa. (f) 6a etapa.
Forward da representação, como pode ser visto na Figura 7(a).
nVi D1
IV. METODOLOGIA DE PROJETO
Dx
Dx
Dx
Dx
nsbp
{ operação com sobrecarga.
O projeto dos compensadores foi realizado com base na
resposta em frequência do conversor. Os compensadores
escolhidos são do tipo proporcional-integral (PI), pois
garantem erro nulo ao degrau. A frequência de cruzamento da
malha de corrente é alocada uma década abaixo da frequência
da corrente do indutor, com o intuito de atenuar os ruídos
provenientes da comutação. Por sua vez, a frequência de
Dx
cruzamento da malha de tensão é alocada uma década abaixo
Dx
da frequência de cruzamento da malha de corrente com o
Dx
intuito de garantir o desacoplamento dinâmico entre malhas.
Dx
n3 : n1 : n2 D11 ki L o
nVi D34 d4 S4
Comin = . (10)
8N fs2 Lo ∆vo
d1 d2 d3 d4
C. Estratégia de Controle e Cálculo dos Compensadores
A estratégia de controle empregada visa garantir a Modulador Ci(s) Σ SAT Cv(s) Σ
regulação da tensão de saída por meio do ajuste da corrente no Vref(s)
indutor. Tal estratégia é conhecida na literatura como controle
Fig. 11. Conversor proposto: estágio de potência e de controle.
modo corrente [18]. A implementação das malhas de corrente
e de tensão para o conversor proposto estão demonstradas na
ki
kv
Fig. 12. Diagrama de blocos referente às duas malhas de controle.
a
respectivamente por:
íd
icion Fo
Sa
a
de Si mento nte Aux.
de
nal
(s + 1, 18.103 )
ro
lt
d
Cv (s) = 3, 153 (11)
Fi
ar
rw
s
Fo
o
ul
ód
(s + 23, 323.103 )
M
Ci (s) = 0, 0072 . (12)
s
Os diagramas de Bode dos compensadores e das funções de
transferência de laço aberto não compensada e compensada de
ambas as malhas são apresentadas na Figura 13.
60 FTLAiC(ω)
Magnitude[dB]
Magnitude[dB]
40
20 Cv(ω)
0 FTLAiNC(ω) FTLAvC(ω)
-20 Fig. 14. Protótipo do conversor proposto.
Ci(ω) FTLAvNC(ω)
-40
-60 vi
-20 Cv(ω) ii
Fase[graus]
Fase[graus]
C1
-40
-60 FTLAiNC(ω) Ci(ω) FTLAvNC(ω)
vo
-80
-100 FTLAiC(ω) C2 iLo
FTLAvNC(ω)
1 3 5 7 1 3 5 7
10 10 10 10 10 10 10 10 C3
Frequência[rad/s] Frequência[rad/s] C4
(a) (b) C1 BwL DC C2 BwL DC C3 BwL DC C4 BwL DC Tbase -200 ns Trigger Line
10.0 V/div 10.0 A/div 200.0 V/div 2.0 A/div 5.00 us/div Auto
Fig. 13. (a) Diagramas de Bode da FTLA não compensada, da FTLA 100 kS 2 GS/s Edge Positive
compensada e do compensador de corrente. (b) Diagramas de Bode Fig. 15. Tensões e correntes de entrada e de saída do conversor
da FTLA não compensada, da FTLA compensada e do compensador proposto operando em carga nominal.
de tensão.
vS
C1
iS
V. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
C3
vD3
Para validar a operação do conversor proposto, faz-se
necessária a comprovação experimental. Para tanto, foi C2
apresentadas na Tabela I.
Positive
tensão (enrolamento primário): tensão no interruptor, corrente C1 BwL DC C2 BwL DC C3 BwL DC C4 BwL DC Tbase 0.0 μs Trigger Line
250.0 V/div 2.0 A/div 250.0 V/div 2.0 A/div
(b) 10.0 μs/div Auto
200 kS 2 GS/s Edge Positive
no interruptor, tensão no diodo desmagnetizante e corrente no Fig. 16. (a) Tensão no interruptor vS , corrente no interruptor iS ,
diodo de desmagnetização, são apresentados na Figura 16 (a). tensão no diodo de desmagnetização vD3 e corrente no diodo de
No lado de alta tensão (enrolamento secundário): tensão em desmagnetização iD3 . (b) Tensão no diodo D2 , corrente no diodo
D2 , corrente em D2 , tensão em D1 e corrente em D1 , são D2 , tensão no diodo D1 e corrente no diodo D1 .
apresentados na Figura 16 (b).
C1
TABELA II
Análise Comparativa
Topologia Topologia
iLo
C2
proposta proposta
neste artigo por [10]
vo Conversores
C4
associados 4 3
C3
Potência
C1 BwL DC C2 BwL DC C3 BwL DC C4 BwL DC Tbase -116ms Trigger Line
15.0 V/div 10.0 A/div 400.0 V/div 1.0 A/div
(a) 100.0 ms/div Stop
200 kS 200 kS/s Edge Positive
processada 1 kW 900 W
Ganho em condições
vi 13,33 7
nominais
Compartilhamento
C1 ii Sim Sim
da corrente de entrada
Interruptores
iLo ativos 4 3
Diodos 12 9
C2
Capactiores 1 3
vo Indutores 1 3
C4
Conforme pode ser verificado, a vantagem principal da
C3 topologia proposta é a redução do número de componentes
passivos que compõem o filtro de saída. A topologia proposta
C1 BwL DC C2 BwL DC C3 BwL DC C4 BwL DC Tbase -116 ms Trigger Line
30.0 V/div 10.0 A/div 265.0 V/div 1.0 A/div
(b) 100.0 ms/div Stop
200 kS 200 kS/s Edge Positive
Fig. 17. (a) Degrau de -50% carga. (b) Degrau de +100% de carga. por [10] terá tantos indutores e capacitores de saída quantos
forem os módulos Forward associados, já a topologia proposta
O rendimento obtido com a estrutura proposta funcionando apresenta apenas um par LC de saída, independente da
em carga nominal foi de 85%. A curva de eficiência para a quantidade de módulos associados.
variação de carga é apresentada na Figura 18.
VII. CONCLUSÃO
x X x . (3) i D 1 D i L dI
L
Buck-Boost
v S 1 D v o d Vo E
Aplicando a linearização descrita em (3) às variáveis de
(1) e (2), obtêm-se dois conjuntos de equações. O primeiro, v D Dv C1 dV
C1
Ćuk i S DiL1 DiL 2 d I I
representando o ponto de operação, é expresso por: L1 L2
sLiL 1 D v o dV
o 0. (11)
Fig. 3. Modelos médios de pequenos sinais dos conversores Buck,
Boost, Buck-Boost, Ćuk, SEPIC e ZETA. A resolução do sistema descrito por (10) e (11) resulta em:
LP
s
E
E sL
v o d 2
io . (15)
1 D 1 D 2
A partir de (15) é possível extrair o valor da tensão VTH e
da impedância ZTH equivalente de Thévenin, dados Fig. 5. Circuito equivalente de Thévenin com carga ZL.
respetivamente por:
A tensão de saída do circuito da Figura 5 pode ser descrita
LP por:
s E
VTH
d E (16) ZL
v o VTH . (18)
1 D 2 Z L ZTH
TABELA II
Parâmetros dos Circuitos Equivalentes de Thévenin Vistos da Saída dos Conversores cc-cc Básicos Não Isolados
Conversor VTH ZTH
Buck
dE sL
LP
s E sL
Boost d E
1 D 2 1 D 2
LP
s E sL
Buck-Boost d DE
1 D 2 1 D 2
L1C1E LP 2
s2 s 1 E s 3 L1L2C1 s L1D 2 L2 1 D
Ćuk 1 D E
d 2
s 2 L1C1 1 D
2
s 2 L1C1 1 D
L1 L2C1P 2 LP 2
s3 s C1E L1 L2 s 1 E s 3 L1L2C1 s L1D 2 L2 1 D
SEPIC DE E
d 2 2
2
s 2C1 L1 L2 1 D 1 D
2
s 2C1 L1 L2 1 D 1 D
L1C1E LP 2
s2 s 1 E s 3 L1L2C1 s L1D 2 L2 1 D
ZETA 1 D E
d 2
s 2 L1C1 1 D
2
s 2 L1C1 1 D
RE
Buck Gv s
s 2 RLC sL R
RLP
s RE
Boost Gv s E
2
s 2 RLC sL R 1 D
RLP
s RE
Buck-Boost Gv s DE
2
s RLC sL R 1 D
2
RL1C1E RL P
s2 s 1 RE
Ćuk Gv s 1 D E
2 2 2
s 4 RL1L2C1C2 s 3 L1L2C1 s 2 R L1C2 D 2 L2C2 1 D L1C1 s L1D 2 L2 1 D R 1 D
RL1L2C1P 2 RL P
s3 s RC1E L1 L2 s 1 RE
SEPIC Gv s DE E
2 2 2
s 4 RL1L2C1C2 s 3 L1L2C1 s 2 R L1C2 D 2 L2C2 L2C1 L1C1 1 D s L1D 2 L2 1 D R 1 D
RL1C1E RL P
s2 s 1 RE
ZETA Gv s 1 D E
2 2 2
s 4 RL1L2C1C2 s 3 L1L2C1 s 2 R L1C2 D 2 L2C2 1 D L1C1 s L1D 2 L2 1 D R 1 D
TABELA IV
Parâmetros dos Circuitos Equivalentes de Thévenin Vistos dos Indutores dos Conversores cc-cc Básicos Não Isolados
Conversor VTH ZTH
R
Buck dE
sRC 1
E sRC 2 R 1 D
2
Boost d
1 D sRC 1 sRC 1
E sRC D 1 R 1 D
2
Buck-Boost d
1 D sRC 1 sRC 1
D2 L1D 2
Ćuk
E
s 3 RL1C1C2 s 2 L1 C1 C2 s RC2 1 D
1 D
1 D
R 1 D
s 2 RL1 C1 C2 D 2 sL1 D 2 R 1 D
2
(L2) d 2 2
s 3 RL1C1C2 s 2 L1C1 sRC2 1 D 1 D
1 D 2
s 3 RL1C1C2 s 2 L1C1 sRC2 1 D 1 D
2
L D
s 3 RL2C1C2 s 2 L2 C1 D 1 C2 D s RC2 D 2 2 D 2 2
s 2 RL2 C1 C2 1 D sL2 1 D R 1 D
2
SEPIC E R
d
2
(L1) 1 D 2 s3 RL2C1C2 s 2 L2C1 sR C1 1 D C2 D 2 D 2
3 2
s RL2C1C2 s L2C1 s R C1 1 D C2 D 2
D2
D2 L1D 2
ZETA
E
s 3 RL1C1C2 s 2 L1 C1 C2
s RC 1 D
1 D 2
1 D
R 1 D
s 2 RL1 C1 C2 D 2 sL1 D 2 R 1 D
2
(L2) d 2
s RL1C1C2 s L1C1 sRC2 1 D 1 D
3 2 2
1 D 2
s 3 RL1C1C2 s 2 L1C1 sRC2 1 D 1 D
2
sRC 1
Buck Gi s E
s 2 RLC sL R
E sRC 2
Boost Gi s
1 D s 2 RLC sL R 1 D 2
E sRC D 1
Buck-Boost Gi s
1 D s 2 RLC sL R 1 D 2
C D2 L1D 2
s 3 RL1C1C2 s 2 L1 C1 2 s RC2 1 D 1 D
Ćuk E 1 D R 1 D
(L2) Gi s
1 D s 4 RL1L2C1C2 s3 L1L2C1 s 2 R L1C2 D 2 L2C2 1 D 2 L1C1 s L1D 2 L2 1 D 2 R 1 D 2
L
s 3 RL2C1C2 s 2 C1 D C1 C2 s RC2 2 D 2 D
SEPIC E R
(L1) Gi s
1 D s 4 RL1L2C1C2 s 3 L1L2C1 s 2 R L1C2 D 2 L2C2 L2C1 L1C1 1 D 2 s L1D 2 L2 1 D 2 R 1 D 2
C D2 L1D 2
s 3 RL1C1C2 s 2 L1 C1 2 s RC2 1 D 1 D
ZETA E 1 D R 1 D
(L2) Gi s
1 D s 4 RL1L2C1C2 s3 L1L2C1 s 2 R L1C2 D 2 L2C2 1 D 2 L1C1 s L1D 2 L2 1 D 2 R 1 D 2
TABELA VI
Funções de Transferência que Relacionam a Tensão de Saída com a Corrente no Indutor dos Conversores cc-cc Básicos Não Isolados
Conversor Equações
R
Buck Gvi s
sRC 1
2
1 sL R 1 D
Boost Gvi s
1 D sRC 2
2
1 sLD R 1 D
Buck-Boost Gvi s
1 D sRC D 1
2
1 s 2 RL1C1 1 D sL1D 2 R 1 D
Ćuk Gvi s
(L2)
1 D C D2 L1D 2
s 3 RL1C1C2 s 2 L1 C1 2 s RC2 1 D 1 D
1 D R 1 D
2 2 2
1 s L1L2C1D s RC1 L1 L2 1 D sL1D R 1 D
3 2
SEPIC Gvi s
(L1) 1 D s3 RL C C s 2 C D C C s RC L2 D 2 D
2 1 2 1 1 2 2
R
2
1 s 2 RL1C1 1 D sL1D 2 R 1 D
ZETA Gvi s
(L2)
1 D C D2 L1D 2
s 3 RL1C1C2 s 2 L1 C1 2 s RC2 1 D 1 D
1 D R 1 D
Fig. 8. Curvas de validação das funções de transferência da tensão de saída por razão cíclica Gv(s) dos conversores cc-cc básicos não
isolados.
Fig. 9. Curvas de validação das funções de transferência da corrente no indutor por razão cíclica Gi(s) dos conversores cc-cc básicos não
isolados.
B. Operação em MCD
O ganho estático ideal na operação em MCD pode ser
obtido incluindo-se a terceira etapa de operação na análise,
em que todos semicondutores estão bloqueados, conforme
retratado na Figura 3(c),
Etapa 1 (t0 < t < t1): essa etapa de operação é ilustrada na
Figura 3(a). A tensão aplicada aos indutores é descrita por
(1) e (2), enquanto os valores máximos de corrente através
destes componentes (ILp e ILop) são expressos por:
Vin D
I Lp I
L1 p I
L2 p I L (min) (9)
fS L
2Vin D
I Lop
I Lo (min) (10)
f S Lo
onde fS representa a frequência de chaveamento do
Fig. 3. Estados topológicos: (a) interruptores em condução, conversor e L representa os indutores de entrada L1 e L2,
(b) interruptores bloqueados e (c) interruptores bloqueados em considerando-os como sendo iguais.
operação MCD.
Etapa 2 (t1 < t < t2): essa etapa é retratada na Figura 3(b). A
tensão aplicada aos indutores é descrita por (3) e (4) e as
correntes através deles são expressas por:
(Vin Vc ) Dx
I
L (min) I
L1(min) I
L 2(min) I Lp (11)
2 fS L
(Vc Vo ) Dx
I Lo (min)
I Lop (12)
f S Lo
onde Dx corresponde à razão cíclica do intervalo em que as
correntes dos indutores decrescem até zero.
Etapa 3 (t2 < t < t3): durante esse intervalo a corrente
através dos diodos torna-se nula, enquanto os interruptores
S1 e S2 ainda permanecem sem comando, de maneira que
todos os semicondutores estejam bloqueados. A corrente
que flui através de L1 e L2 é constante, como mostrado nas
Figuras 3(c) e 4(b). Além disso, a corrente em Lo é descrita
por:
I Lo(min) I L(min) . (13)
VC
Vin Vo . (15)
MCC
2
,
Vo Vin ,
A comparação gráfica entre (8), (28) e alguns pontos Fig. 7. Conversor ASL-SU2C proposto com parâmetros
experimentais obtidos a partir do ensaio do protótipo descrito parasitas.
na Seção V pode ser feita por meio da Figura 8. Nota-se que
os resultados experimentais são adequadamente Conversor Ideal
Conversor Real
representados pelos modelos, principalmente quando os Resultados Experimentais
parâmetros parasitas do conversor são considerados. Pode-se
ainda verificar que o ganho estático se aproxima de 16 para
razões cíclicas próximas de 0,8, evidenciando a característica
de elevação do conversor proposto. Além disso, a imagem
M MCC
V. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Fig. 9. Comparação do ganho de tensão. A fim de verificar o desempenho experimental do
conversor proposto, o protótipo mostrado na Figura 12 foi
construído e testado de acordo com as especificações e
componentes apresentados na Tabela IV.
Para alcançar o ganho de tensão desejado (13 vezes), de
20 V para 260 V, foi necessário ajustar a razão cíclica do
conversor para D = 0,76. As Figuras 12 a 15 apresentam
algumas formas de onda experimentais, considerando a
TABELA IV
Especificações e Componentes do Conversor Proposto
Tensão de entrada (Vin) 20 V
Tensão de saída (Vo) 260 V
Potência nominal (Po) 200 W
Frequência de comutação (fs) 50 kHz
Drivers comerciais DRO100S25A
S1 e S2 IRFB4321PbF
D1 e D2 SDT10S60
Fig. 10. Comparação dos esforços de tensão normalizados dos L 1 e L2 223 µH
interruptores. C1 , C2 e Co 1 µF (filme)
Lo 2,34 mH
C1 , C 2
L2
Lo
Co
D1 , D 2
S1 , S 2
L1
Fig. 15. Tensões nos capacitores (vC1 e vC2) e tensões nos diodos
(vD1 e vD2).
vS1 (40 V/div)
vg 2 (30 V/div)
vS 2 (40 V/div)
(10 s/div)
Fig. 13. Tensões aplicadas aos MOSFETs, entre porta e fonte (vg1
e vg2) e entre dreno e fonte (vS1 e vS2).
xβ Mαβ1-dq1 Mαβ2-dq2 q
I. Corrente de rotor equilibrada (𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = 0). q + FPB
II. Corrente de estator equilibrada (𝑖𝑖𝑠𝑠𝑠𝑠2 = 𝑖𝑖𝑠𝑠𝑠𝑠2 = 0). θ1 -1
III. Potência ativa do estator constante (𝑃𝑃𝑠𝑠𝑠𝑠2 = 𝑃𝑃𝑠𝑠𝑠𝑠2 = 0). -1
IV. Potência reativa do estator (e, consequentemente, torque +
eletromagnético) constantes (𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠2 = 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠2 = 0). -1
θ2 -1
Com isso, faz-se uso das referências de corrente da Tabela d
+ FPB M -1
d
I (semelhantes às de [10], [11]), as quais são obtidas de (13), Mαβ2-dq2 αβ1-dq1 q
q + FPB
(14) e (30), com as seguintes aproximações: xd2
xq2
Fig. 5. Estrutura do DDSRF.
1. Despreza-se 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 , pois o vetor espacial da tensão do estator
de sequência positiva está alinhado ao referencial q1; Para as variáveis da rede ou do estator, 𝜃𝜃1 e 𝜃𝜃2 são iguais ao
2. Dado o baixo valor de 𝑟𝑟𝑠𝑠 , 𝜙𝜙𝑠𝑠𝑠𝑠(1,2) ≈ 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔(1,2) /𝜔𝜔𝑠𝑠(1,2) e ângulo da sequência positiva do fluxo concatenado do estator
𝜙𝜙𝑠𝑠𝑠𝑠(1,2) ≈ −𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔(1,2) /𝜔𝜔𝑠𝑠(1,2) . Assim, têm-se 𝜙𝜙𝑠𝑠𝑠𝑠1 ≈ 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 /𝜔𝜔𝑠𝑠 , (𝜃𝜃𝜙𝜙𝜙𝜙1 ). Já para o caso da corrente do rotor, 𝜃𝜃1 e 𝜃𝜃2 são,
𝜙𝜙𝑠𝑠𝑠𝑠1 ≈ 0, 𝜙𝜙𝑠𝑠𝑠𝑠2 ≈ −𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 /𝜔𝜔𝑠𝑠 e 𝜙𝜙𝑠𝑠𝑠𝑠2 ≈ 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 /𝜔𝜔𝑠𝑠 .
respectivamente, 𝜃𝜃𝑟𝑟1 = 𝜃𝜃𝜙𝜙𝜙𝜙1 − 𝑛𝑛𝜃𝜃𝑚𝑚 e 𝜃𝜃𝑟𝑟2 = 𝜃𝜃𝜙𝜙𝜙𝜙1 + 𝑛𝑛𝜃𝜃𝑚𝑚 , em
que 𝜃𝜃𝑚𝑚 é o ângulo do eixo do rotor.
TABELA I Notar que 𝜃𝜃1 + 𝜃𝜃2 é igual a 2𝜃𝜃𝜙𝜙𝜙𝜙1 , seja para variáveis da
Referências de Corrente
rede, do estator ou do rotor. Assim, as oscilações a serem
Objetivo Referências de Corrente
eliminadas pelos filtros passa-baixa (FPB) estão sempre em
2 2 2
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = (𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 − 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 − 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 − 𝑄𝑄𝑠𝑠0 𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑠𝑠 )/(𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑚𝑚 ) uma frequência duas vezes maior que a frequência da rede.
I
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = −𝑃𝑃𝑠𝑠0 𝐿𝐿𝑠𝑠 /(𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 𝐿𝐿𝑚𝑚 ), 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = 0, 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = 0
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = [𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 /(𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑚𝑚 )] − [(𝑄𝑄𝑠𝑠0 𝐿𝐿𝑠𝑠 )/(𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 𝐿𝐿𝑚𝑚 )] V. SISTEMA DE CONTROLE
II 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = −𝑃𝑃𝑠𝑠0 𝐿𝐿𝑠𝑠 /(𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 𝐿𝐿𝑚𝑚 )
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = −𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 /(𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑚𝑚 ), 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 /(𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑚𝑚 ) A. Malhas Internas de Controle de Corrente
2 2 2 A Figura 6 mostra as malhas fechadas das correntes do
𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 (𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑑𝑑2 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 − 𝑄𝑄𝑠𝑠0 𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑠𝑠 )
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = rotor, sendo apresentadas em diversos trabalhos. Os termos 𝜎𝜎,
2 2 2
𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑚𝑚 (𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 ) 𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑓𝑓𝑓𝑓
𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟(1,2) e 𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟(1,2) são o fator de dispersão e as tensões do rotor
III 2 2 2
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = −𝑃𝑃𝑠𝑠0 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 𝐿𝐿𝑠𝑠 /[𝐿𝐿𝑚𝑚 (𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 − 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 − 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 )] de alimentação direta (feed-forward) de sequência positiva e
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = [(𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 − 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 )/𝑣𝑣𝑔𝑔𝑞𝑞1 ] − 2𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 /(𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑚𝑚 ) negativa, sendo dados por:
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = [2𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 /(𝜔𝜔𝑠𝑠 𝐿𝐿𝑚𝑚 )] − (𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 )/𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1
𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 1 𝑄𝑄𝑠𝑠0 𝐿𝐿𝑠𝑠 𝜎𝜎 = 1 − 𝐿𝐿2𝑀𝑀 /(𝐿𝐿𝑟𝑟 𝐿𝐿𝑠𝑠 ) (31)
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = ( − 2 2 2 )
𝐿𝐿𝑚𝑚 𝜔𝜔𝑠𝑠 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 − 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 − 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑓𝑓𝑓𝑓
𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟(1,2) = −𝜔𝜔𝑟𝑟(1,2) 𝐿𝐿𝑟𝑟 𝜎𝜎𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟(1,2) + 𝑣𝑣𝑠𝑠𝑠𝑠(1,2) 𝐿𝐿𝑚𝑚 𝜔𝜔𝑟𝑟(1,2) /(𝜔𝜔𝑠𝑠(1,2) 𝐿𝐿𝑠𝑠 )(32)
2 2 2
IV 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 = −𝑃𝑃𝑠𝑠0 𝐿𝐿𝑠𝑠 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 /[𝐿𝐿𝑚𝑚 (𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 )]
𝑓𝑓𝑓𝑓
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = (−𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 )/𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1 𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟(1,2) = 𝜔𝜔𝑟𝑟(1,2) 𝐿𝐿𝑟𝑟 [𝜎𝜎𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟(1,2) + (1 − 𝜎𝜎)𝑣𝑣𝑠𝑠𝑠𝑠(1,2) /(𝜔𝜔𝑠𝑠(1,2) 𝐿𝐿𝑚𝑚 )]. (33)
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 = (𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 + 𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔2 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 )/𝑣𝑣𝑔𝑔𝑔𝑔1
Ganho [dB]
60
40
A função de transferência (FT) de primeira ordem com 20
0
constante de tempo TD representa o atraso do CLM. Assim, -20
-40
considera-se 𝑇𝑇𝐷𝐷 = 1,5𝑇𝑇𝑐𝑐ℎ , sendo 𝑇𝑇𝑐𝑐ℎ o período de chaveamento. 10
0
10
1
10
2
10
3
Fase [graus]
40
do rotor, este trabalho usa controladores PI+R, com os termos 20
0
ressonantes sintonizados numa frequência duas vezes maior -20
-40
que a da rede elétrica. Como mostrado na Figura 7, as -60
-80
referências de corrente no referencial dq2 são transformadas 10
0
10
1
Frequência [Hz] 10
2
10
3
para dq2~, de forma que não há a necessidade de se efetuar a Fig. 8. Diagrama de bode do controlador PI+R em função de 𝐾𝐾𝑟𝑟 .
separação das correntes do rotor de eixo direto e quadratura.
Para frequências menores que 10 Hz e maiores que 1 kHz,
R Sistema para 𝐾𝐾𝑟𝑟 até 100𝐾𝐾𝑖𝑖 , o ganho dos controladores PI e PI+R são
ird1
* ird1+ird2~
+ + PI + + CLM Planta iguais. Entretanto, quanto maior o valor de 𝐾𝐾𝑟𝑟 , maior a largura
irq1
*
–1 irq1+irq2~ de banda do termo ressonante. Dessa forma, dado que na
simulação não há componentes harmônicas nesta faixa de
ird2~
*
irq2~
* ff
vrq1 ff
+vrq2~ frequência, será escolhido 𝐾𝐾𝑟𝑟 = 100𝐾𝐾𝑖𝑖 .
Mαβ1-dq1 θr1 ff
vrd1+vrd2~ff
Já para o caso experimental, os ganhos dos controladores
-1
Mαβ2-dq2 θr2 PI são determinados pelo método tratado em [29], sendo os
ird2
*
irq2
*
mesmos são apresentados na Tabela VI. Já o ganho do termo
Fig. 7. Malhas de controle das correntes do rotor. ressonante é tal que 𝐾𝐾𝑟𝑟 = 2𝐾𝐾𝑖𝑖 e 𝜔𝜔𝑐𝑐 = 5 rad/s, como proposto
em [23], para evitar que possíveis ruídos sejam amplificados.
𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑓𝑓𝑓𝑓
Para se obterem 𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟1 + 𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟2~ e 𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟2 + 𝑣𝑣𝑟𝑟𝑟𝑟2~ , basta substituir
os termos com subscrito (1,2) em (32) e (33) por 𝑣𝑣𝑠𝑠𝑠𝑠1 + 𝑣𝑣𝑠𝑠𝑠𝑠2~ , VI. VALIDAÇÃO DO MODELO SIMPLIFICADO
𝑣𝑣𝑠𝑠𝑠𝑠1 + 𝑣𝑣𝑠𝑠𝑠𝑠2~ , 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 + 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2~ , 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 + 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2~ , 𝜔𝜔𝑟𝑟1 e 𝜔𝜔𝑠𝑠1 .
A. Simulação – Desequilíbrio de Tensão
B. Sintonia dos Controladores de Corrente Simulou-se no PSCAD/EMTDC um SCEE baseado em
A FT do controlador PI+R é dada por [23]: DFIG de 2 MW, cujos parâmetros constam na Tabela II e o
diagrama esquemático é mostrado na Figura 9. Apesar de
𝐹𝐹𝑃𝑃𝑃𝑃+𝑅𝑅 (𝑠𝑠) = 𝐾𝐾𝑝𝑝 + (𝐾𝐾𝑖𝑖 /𝑠𝑠) + {𝐾𝐾𝑟𝑟 𝜔𝜔𝑐𝑐 𝑠𝑠/[𝑠𝑠 2 + 𝑠𝑠2𝜔𝜔𝑐𝑐 + 4𝜔𝜔𝑔𝑔2 ]} alguns parâmetros estarem em por unidade (pu), o controle foi
(34)
realizado com as variáveis no sistema internacional.
em que 𝜔𝜔𝑐𝑐 ≪ 2𝜔𝜔𝑔𝑔 representa a frequência angular de corte. TABELA II
A sintonia da parte PI do SCEE baseado em DFIG simulado Parâmetros do SCEE Baseado em DFIG Simulado [3]
é feita pelo método da magnitude ótima [26], [27], um método Descrição Valor Variável Valor Variável Valor
clássico de otimização usado frequentemente em aplicações
Potência Nominal 2 MW 𝑅𝑅𝑠𝑠 0,0108 pu 𝐿𝐿𝑙𝑙𝑙𝑙 0,102 pu
de acionamento e eletrônica de potência. Por ele, busca-se Tensão do Estator 690 V 𝑅𝑅𝑟𝑟 0,0121 pu 𝐿𝐿𝑙𝑙𝑙𝑙 0,11 pu
manter a magnitude da resposta em frequência unitária para Frequência 50 Hz 𝐿𝐿𝑚𝑚 3.362 pu 𝑎𝑎 1
uma larga faixa de frequência. Assim, resulta-se em uma 𝐾𝐾𝑝𝑝 0,1056 Ω 𝐾𝐾𝑖𝑖 1,9203 Ω/s 𝐾𝐾𝑟𝑟 192,03 Ω/s
resposta temporal de malha fechada rápida e não-oscilatória
para uma grande classe de modelos de processos. Dessa Um afundamento de 30% na tensão da fase c (Figura 10) é
forma, dada a velocidade desse tipo de controlador, garante-se aplicado em 𝑡𝑡 = 6 s ao sistema já sincronizado à rede (rotação
uma maior precisão do modelo simplificado proposto. equivalente a um escorregamento de 0,3, a qual é mantida fixa
Para tal, simplifica-se a FT do sistema a ser controlado durante todas as situações apresentadas na sequência) mas sem
(malhas em dq1) para a seguinte forma [28]: injetar potências por meio do estator. Essas etapas não são
detalhadas pois não se tratam de objetivo do trabalho.
𝐹𝐹𝑠𝑠𝑠𝑠 (𝑠𝑠) = 𝐾𝐾/[(1 + 𝑠𝑠𝜏𝜏1 )(1 + 𝑠𝑠𝜏𝜏2 )] (35) No instante 11 s, iniciou-se a injeção de potências pelo
estator (𝑃𝑃𝑠𝑠0
∗
= -100 kW e 𝑄𝑄𝑠𝑠0
∗
= 50 kvar). A Figura 11 mostra
com 𝜏𝜏1 > 𝜏𝜏2 . Comparando (35) e a Figura 6, 𝜏𝜏1 = 𝜎𝜎𝐿𝐿𝑟𝑟 /𝑟𝑟𝑟𝑟 , 𝜏𝜏2 = as potências ativa e reativa (𝑃𝑃𝑠𝑠 e 𝑄𝑄𝑠𝑠 ) e seus valores médios (𝑃𝑃𝑠𝑠0
𝑇𝑇𝐷𝐷 , e 𝐾𝐾 = 1/𝑟𝑟𝑟𝑟 . Assim, os ganhos proporcional (𝐾𝐾𝑝𝑝 ) e integral e 𝑄𝑄𝑠𝑠0 ) calculadas por meio de (29) a (31). As referências de
(𝐾𝐾𝑖𝑖 ) são 𝐾𝐾𝑝𝑝 = 𝜏𝜏1 /(2𝐾𝐾𝜏𝜏2 ) = 𝜎𝜎𝐿𝐿𝑟𝑟 /(2𝑇𝑇𝐷𝐷 ) e 𝐾𝐾𝑖𝑖 = 𝐾𝐾𝑝𝑝 /𝜏𝜏1 = 𝑟𝑟𝑟𝑟 /(2𝑇𝑇𝐷𝐷 ). corrente do rotor para cada um dos objetivos de controle
Para a sintonia da parte R, [23] mostra que esse termo em tratados anteriormente são calculadas conforme a Tabela I.
CA tem relação com um integrador em CC e, assim, os autores Pela Figura 11, percebe-se que os objetivos de controle III
propõem 𝐾𝐾𝑟𝑟 = 2𝐾𝐾𝑖𝑖 . Entretanto, em [13], [21] o valor de 𝐾𝐾𝑟𝑟 é e IV atingem o resultado esperado, dado que as oscilações das
(a)
-50
injeção de corrente do rotor de sequência negativa nula. -100
-150
11 11.1 11.2
Rede vg(abc) is(abc) Estator 80
40
0
Rotor -40
(b)
-80 Isd1 Isq1 Isd2 Isq2
θϕs1 -120
DSOGI – FLL Mabc1-αβ1 -160
vgα1 θr1 11 11.1 11.2
vgα2 DDSRF ir(abc) θm 150
vgβ1 vgβ2 isd1 100
θϕs1 θϕs1 Mabc1-αβ1 50
isq1 n 0 Issa Issb Issc
(c)
Mαβ1-dq1 Mαβ2-dq2 isd2 Mαβ1-dq1 CLM θn -50
-1 θϕs1 -100
vgd1 vgd2 isq2 PWM -150
ird1+ird2~ - vcc + 11 11.1 11.2
vgq1 vgq2 irq1+irq2~ v*r(abc) + 80
40
-1
P*s0 Controladores Mabc1-αβ1 0
Tabela I θr1 -40
(d)
Qs0
*
PI e P+R -1
Mαβ1-dq1 -80
Issd1 Issq1 Issd2 Issq2
-120
i +i
*
rq1
*
rq2~ -160
ird1+ird2~
* * 11 11.1 11.2
Fig. 9. Diagrama esquemático do sistema implementado. Tempo [s]
Fig. 12. Correntes [A] do estator. (a) Modelo clássico em abc. (b)
600 Modelo clássico em dq1 e dq2. (c) Modelo simplificado em abc. (d)
400
200 Modelo simplificado em dq1 e dq2.
0 Vga Vgb Vgc
(a)
-200
-400
-600 Por limitações de espaço, não serão mostradas as correntes
10,9 10,95 11
630 do estator durante os objetivos de controle I, III e IV. Porém,
620 Vgq1
verificou-se que quando variam as referências de corrente, há
(b)
610
10,9 10,95 11 também uma oscilação nas correntes de sequência negativa.
0
-20 Vgd1 Vgd2 Vgq2 Por essa razão, a avaliação da eficácia do modelo simplificado
(c)
-40
-60 proposto é mais precisa a partir da utilização das correntes do
10,9 10,95
Tempo [s]
11 estator no referencial abc, pois não inclui o erro proveniente
do DDSRF.
Fig. 10. Tensões [V] da rede: (a) abc; (b) q1; (c) d1 e dq2.
Para avaliar quantitativamente a aproximação entre duas
100 curvas quaisquer, usa-se o índice de desempenho proposto em
80 [30], chamado de integral normalizada do erro absoluto
60
40 Ps
(NIAE, do inglês Normalized Integral of Absolute Error) [30]:
20
0 Ps0 ∞
-20 Objetivo II Objetivo I Objetivo III
Objetivo
Qs ∫0 |𝑥𝑥𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 − 𝑥𝑥𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 |𝑑𝑑𝑑𝑑
-40
IV
Qs0
𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁 = 1 − ∞ . (36)
-60 ∫0 |𝑥𝑥𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 |
-80
-100
-120 Assim, quanto mais próximo da unidade o valor de NIAE,
-140 mais próximas são as curvas. A Tabela III traz os valores
-160
11 11.5 12 12.5 13 13.5 14 14.5 15 obtidos da comparação entre as correntes do estator dos
Tempo [s] modelos padrão e simplificado proposto, que mostra uma
Fig. 11. Potências ativas [kW] e reativas [kVAr] do estator. aproximação maior que 96,44% para as correntes em abc.
-1,2 Isds
-1,6
-2 Isqs TABELA V
3,95 4 4,05 4,1
2 Dados de Placa do DFIG
1 Descrição Valor Descrição Valor
Ias
0 Potência Nominal 10 CV Frequência 60 Hz
(b)
Isas
-1 Tensão (Linha) do Estator 380 V Tensão (Linha) do Rotor 436 V
-2 Corrente (Linha) do Estator 12,1 A Corrente (Linha) do Rotor 8,2 A
3,95 4 4,05 4,1 Ligação do Estator Y Ligação do Rotor Y
Tempo [s]
(a)
a um escorregamento de 0,3 (mantida fixa por meio do -0,2
-0,4 Objetivo I
controle vetorial do inversor que aciona o motor de indução -0,6
acoplado diretamente ao eixo do DFIG). -0,1 -0,05 -0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
0,8
0,6 Ifilt
rd2
I*rd2 Ifilt
rq2
I*qd2
400 0,4 Objetivo IV
Vag 0,2 Objetivo III
(b)
200 -0
0 Vbg -0,2
(a)
-0,4
-200 Vcg -0,6
-0,1 -0,05 -0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-400 Tempo [s]
-0,1 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1
370
360 Vqg1 Fig. 17. Controle de 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 e 𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 [A] na mudança dos objetivos de
(b)
350
-0,1 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1
controle: (a) de II para I e (b) de III para IV.
10 Vdg1
0
-10 Vdg2 O termo ressonante garante o seguimento das referências,
(c)
-20
-30
-0,1 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1
Vqg2 sendo que as oscilações e os erros de regime permanente são
Tempo [s] devidas ao método de separação de sequências utilizado
Fig. 15. Tensões [V] da rede: (a) abc; (b) q1; (c) d1 e dq2. (DDSRF). Ressalta-se que as correntes mostradas foram
tratadas por meio de filtros passa-baixa de Butterworth de
Para desequilibrar a tensão da rede elétrica foi utilizado um primeira ordem com frequência de corte de 10 Hz, sendo estes
auto-transformador trifásico variável de 30 kW, sendo que os responsáveis pelos atrasos no seguimento das referências.
somente a fase c foi variada. Foi necessário se utilizar um A Figura 18 mostra que os objetivos III (até 0 s) e IV (a
dispositivo de elevada potência pois ao se utilizar um de 13,5 partir de 0 s) são parcialmente atendidos, pois os respectivos
kW verificou-se que a saturação deste dava origem a termos oscilantes não foram anulados. Isso se deve à não
distorções nas tensões aplicadas ao estator do DFIG. consideração de 𝑟𝑟𝑠𝑠 na obtenção das equações da Tabela I
A Figura 16 mostra a injeção de potências ativa e reativa (aproximação válida para máquinas de grande porte, como o
pelo estator com 𝑃𝑃𝑠𝑠0
∗
= -1,0 kW e 𝑄𝑄𝑠𝑠0
∗
= 0,5 kvar, sendo que o DFIG simulado, entretanto não é o caso da bancada de testes)
sobrescrito “filt” indica que os sinais foram tratados por meio e a possíveis erros nos valores dos parâmetros do DFIG.
de filtros passa-baixa de Butterworth de primeira ordem com
frequência de corte de 10 Hz. Antes e depois da injeção de 0,4
0,2
potências, as referências de corrente do rotor são relativas aos 0 Pfilt
s0
-0,2
objetivos de controle I e II, respectivamente. Pfilt
(a)
0 sc2
-0,8 Pfilt -0,1
ss2
-0,2 Qfilt
-1 ss2
-0,3
-1,2 -0,1 0 0,1 0,2
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 Tempo [s]
Qfilt
0,4 s0 Fig. 18. Potências (a) ativas [kW] e (b) reativas [kVAr] na mudança
0,2
Qfilt do objetivo de controle de III para IV.
(b)
0 sc2
-0,2 Qfilt
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 ss2
Tempo [s] Pelo mesmo motivo anterior, o objetivo II também não é
Fig. 16. Injeção de potências (a) ativas [kW] e (b) reativas [kVAr] atendido completamente. Porém, a Figura 19 (b) mostra que
para o objetivo de controle II. 𝐼𝐼𝑠𝑠𝑠𝑠2 ≈ 0 e 𝐼𝐼𝑠𝑠𝑠𝑠2 ≈ 0. Para comprovar que o modelo simplificado
proposto aproxima o comportamento real, a Figura 19 mostra
A Tabela VII mostra as referências de corrente do rotor as dinâmicas das correntes do estator em dq1 e dq2 nas
para os objetivos de controle de I a IV. Como as correntes de mudanças entre os objetivos de controle. As demais correntes
sequência positiva praticamente não variam com a alteração não são mostradas pois, apesar da variação do objetivo de
do objetivo de controle, a Figura 17 mostra o controle das controle, estas se apresentavam em regime permanente.
correntes de sequência negativa na mudança dos objetivos de Mais uma vez, as oscilações a 60 Hz nas correntes do
controle (instante 0 s): (a) de II para I e (b) de III para IV. estator obtidas experimentalmente se devem ao processo de
separação realizado pelo DDSRF. Entretanto, estas têm uma
TABELA VII baixa amplitude, sendo menos perceptíveis quanto maior a
Valores Médios das Referências de Corrente para o corrente do estator, como mostra a Figura 19 (a).
Experimento Proposto
Corrente Obj. II Obj. I Obj. III Obj. IV
D. Experimental – Afundamento de Tensão
∗
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 8,0507 A 7,9497 A 8,0299 A 7,9815 A Para a emulação de um afundamento de tensão, a norma
∗
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟1 3,1843 A 3,1959 A 3,2116 A 3,1805 A IEC61400-21 [31] recomenda que seja utilizada uma estrutura
∗
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 0,4196 A 0A 0,6859 A -0,3812 A
como um divisor de tensão com indutores. Conforme tratado
∗
𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟2 -0,6153 A 0A -0,5753 A -0,5498 A
em [11], também poderia ser utilizado para tal um corruptor
-0,4
-0,8
Objetivo II Ifilt
sd2
Issd2 Ifilt
sq2
Issq2 Journal for Computation and Mathematics in Electrical
-0,1 -0,05 -0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 and Electronic Engineering, v. 32, n. 1, p. 7-33, Dec. 2012.
[4] A. Petersson, Analysis, Modeling and Control of Doubly-
0,8 Objetivo III Ifilt I*sd1 Ifilt I*sq1
0,4 sd1 sq1 Fed Induction Generators for Wind Turbines. PhD Thesis,
-0 Chalmers University of Technology, Göteborg, Sweden,
(c)
Objetivo I
-0,4 2005.
-0,8
-1
-0,1 -0,05 -0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 [5] R. Pena, J. Clare, G. Asher, “Doubly fed induction genera-
1,2
Ifilt
I*
Ifilt
I*sq2
tor using back-to-back PWM converters and its application
0,8
0,4
sd2 sd2 sd2
Objetivo III
to variable-speed wind-energy generation”, IEE
Proceedings – Electric Power Applications, v. 143, n. 3, p.
(d)
-0
-0,4
Objetivo IV
231-241, May 1996.
-0,8
-0,1 -0,05 -0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 [6] F. K. de A. Lima, E. H. Watanabe, P. Rodríguez, Á. Luna,
Tempo [s]
“Modelo Simplificado para Aerogeradores Equipados com
Fig. 19. Dinâmicas das correntes do estator [A]: Na injeção de Gerador de Indução Duplamente Alimentado”, Eletrônica
potências com objetivo de controle II em (a) dq1 e (b) dq2; (c) na
mudança do objetivo de controle I para o III em dq1; e (d) na mudança
de Potência, v. 16, n. 1, p. 47-55, Dez. 2010/Fev. 2011.
do objetivo de controle III para o IV em dq2. [7] J. López, P. Sanchis, X. Roboam, L. Marroyo, “Dynamic
Behavior of the Doubly Fed Induction Generator During
Entretanto, por limitações de ordem técnica, como a não Three-Phase Voltage Dips”, IEEE Transactions on Energy
disponibilidade das estruturas detalhadas anteriormente, não Conversion, v. 22, n. 3, p. 709-717, Sep. 2007.
foi possível a realização de tais ensaios. [8] J. López, E. Gubía, P. Sanchis, X. Roboam, L. Marroyo,
“Wind Turbines Based on Doubly Fed Induction Genera-
VII. CONCLUSÕES tor Under Asymmetrical Voltage Dips”, IEEE
Transactions on Energy Conversion, v. 23, n. 1, p. 321-
Este artigo propõe um novo modelo simplificado para as 330, Mar. 2008.
sequências positiva e negativa do SCEE baseado em DFIG. [9] L. Xu, Y. Wang, “Dynamic Modeling and Control of
Mostrou-se por meio de simulação que este modelo aproxima DFIG-Based Wind Turbines under Unbalanced Network
de forma adequada o comportamento das correntes do estator Conditions”, IEEE Transactions on Power Systems, v. 22,
frente a desequilíbrios e afundamentos desbalanceados na n. 1, p. 314-323, Feb. 2007.
tensão na rede elétrica. Dessa forma, torna-se mais simples, [10] V. F. Mendes, H. Pereira, F. F. Matos, W. Hofmann, S.
por exemplo, a realização de estudos precisos de grandes R. Silva, Doubly-Fed Induction Generator Control During
parques eólicos baseados nessas máquinas. Unbalanced Grid Conditions, in IEEE 13th Brazilian Po-
Apesar do modelo simplificado ser mais preciso para wer Electronics Conference and 1st Southern Power Elec-
máquinas de grande porte, os resultados experimentais obtidos tronics Conference (COBEP/SPEC), p. 1-6, 2015.
em um protótipo 10 CV mostram que as referências de [11] V. F. Mendes, Ride-Through Fault Capability Improve-
corrente calculadas aproximaram os objetivos de controle ment Through Novel Control Strategies Applied for Dou-
desejados, que o sistema de controle é capaz de controlar as bly-Fed Induction Wind Generators. PhD Thesis, Univer-
correntes de sequência positiva e negativa e que o modelo sidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.
simplificado proposto aproxima o comportamento real. [12] Y. Zhou, P. Bauer, J. A. Ferreira, J. Pierik, “Operation of
Para a implementação do SCEE tanto em simulação quanto Grid-Connected DFIG Under Unbalanced Grid Voltage
em bancada experimental, foram utilizadas diversas técnicas Condition”, IEEE Transactions on Energy Conversion, v.
para se lidar com a sequência negativa, dentre elas destaca-se 24, n. 1, p. 240-246, Mar. 2009.
o DSOGI, o DDSRF e o controle por meio de controladores [13] J. Hu, Y. He, L. Xu, B. W. Williams, “Improved Control
PI+R. Assim, a implementação realizada também servirá para of DFIG Systems During Network Unbalance Using PI–R
a realização de estudos futuros, como desenvolvimento de Current Regulators”, IEEE Transactions on Industrial
técnicas de LVRT frente a afundamentos assimétricos. Electronics, v. 56, n. 2, p. 439-451, Feb. 2009.
[14] M. Bollen, Understanding Power Quality Problems:
Voltage Sags and Interruptions, IEEE Press, 2000.
Claudio J. O. Júnior¹, Lucas P. Pires¹, Luiz C. Freitas¹, Ernane A. A. Coelho¹, Luiz C. G. Freitas¹, Danillo
B. Rodrigues²
¹Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Faculdade de Engenharia Elétrica (FEELT), Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de
Potência (NUPEP), Uberlândia - MG, Brasil
² Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Departamento de Engenharia Elétrica (DEE), Uberaba - MG, Brasil
e-mails: claudiojr2506@gmail.com, lucaspereirapires@yahoo.com.br, lcgfreitas@yahoo.com.br
Resumo – Neste trabalho são apresentadas duas where access is difficult and shadowing caused by nearby
estratégias para melhorar o aproveitamento na geração de objects). With the algorithm created, each converter is
energia solar a partir de um sistema fotovoltaico. A able to extract the maximum available power of its
primeira delas trata-se da utilização de um inversor solar respective string, even under conditions of partial
multistring, composto por duas strings fotovoltaicas shadowing and variations of solar irradiation. Finally, the
conectadas a conversores CC-CC Boost para extração de main experimental results for the validation of the exposed
energia de forma independente. Esses são dotados de theory are presented.
algoritmos de MPPT P&O clássicos. A segunda estratégia
a tecnologia de células multijunção [11] e células fotovoltaicas tornando necessário o desenvolvimento de técnicas que sejam
concentradas [12]. capazes de seguir o MPP mesmo sob condições de
Devido à natureza intermitente da energia solar, é sombreamento parcial. A perda na geração de energia de um
necessário o uso de conversores destinados ao sistema fotovoltaico pode chegar a 70% sob condições de
condicionamento da energia proveniente dos painéis sombreamento parcial [14].
fotovoltaicos. Esses conversores são responsáveis por elevar De forma a minimizar os prejuízos advindos da irradiação
ou reduzir e manter constante a tensão de saída da carga, não uniforme nas células fotovoltaicas, tem-se a tendência de
independentemente da tensão de entrada gerada na fonte de desenvolvimento da tecnologia multistring, a qual consiste na
alimentação [13]. Para controlar esses conversores e utilização de strings em paralelo e com seguimento do MPP
determinar a lógica de chaveamento dos mesmos, é necessário de forma independente, sendo que, nesse caso, o aparecimento
o uso de técnicas para o seguimento do ponto de máxima desse efeito indesejado em apenas uma das strings não atinge
potência (MPPT - Maximum Power Point Tracking), de modo a operação normal da outra.
a manter a máxima potência de geração dos painéis Além disso, outra vertente de estudos concentra-se na
fotovoltaicos. utilização de técnicas específicas para detecção do GMPP
A precisão das técnicas convencionais de MPPT é muito (Global Maximum Power Point) que também tornam o
elevada sob condições de irradiação solar uniforme, sistema mais eficiente no que tange ao melhor aproveitamento
entretanto, sob condições de sombreamento parcial, essas na geração de energia. Desse modo, ao aliar-se uma estrutura
técnicas podem deixar de acompanhar o ponto de máxima multistring com algoritmos/técnicas que garantem operação
potência (MPP - Maximum Power Point) real. no ponto de máximo global tem-se a certeza de que os efeitos
Quando a matriz solar não recebe irradiação solar uniforme, da irradiação solar não uniforme estão reduzidos em escala
devido às nuvens, árvores, edifícios, sujeira nos painéis, etc., considerável, quando se comparado à situação em que tais
pontos de máximos locais múltiplos podem aparecer na curva tecnologias estejam operando separadamente.
característica P-V (potência x tensão) do arranjo fotovoltaico. Na Tabela I são citados alguns trabalhos acerca de
Nessas condições, a utilização de técnicas de MPPT algoritmos para detecção do ponto global de máxima potência.
convencionais reduz a eficácia na geração de energia, Destaca-se que a maioria das técnicas apresentadas se
(a) (b)
(c) (d)
Fig. 9. a) Sombreamento realizado para o ensaio; b) Curvas I-V e P-V da string 1 para irradiância de 602 W/m²; c) Tensão e corrente de entrada do conversor 1
para operação no FMPP; d) Tensão e corrente de entrada do conversor 1 para operação no GMPP.
(c) (d)
Fig. 10. a) Curvas I-V e P-V da string 1 para irradiância de 500 W/m²; b) Curvas I-V e P-V da string 2 para irradiância de 506 W/m²; c) Sombreamento realizado
na string 2 para o ensaio; d) Tensão e corrente de entrada dos conversores 1 e 2.
(a) (b)
(c) (d)
Fig. 11. a) Curvas I-V e P-V da string 1 para irradiância de 597 W/m²; b) Curvas I-V e P-V da string 2 para irradiância de 602 W/m²; c) Sombreamento realizado
nas strings 1 e 2 para o ensaio; d) Tensão e corrente de entrada dos conversores 1 e 2.
D5 Nsec2
S1 D4 t
S3 -vout
vprim(t)
D3 Vin
(a)
Igrid t
-Vin Nprim⁄Nterc
vS(t) Vin(1+Nprim⁄Nterc)
Nterc Nprim Nsec1 L +
D1 S2
+ Iterc D2 Vgrid Vin
Vin
D5 Nsec2
S1 t
D4 S3 vsec(t) Vin Nsec⁄Nprim
D3 t
(b) -Vin Nsec⁄Nterc
vterc(t)
Igrid Vin
IS2
Nterc Nprim Nsec1 L + t
D1 S2
+ D2 Vgrid -Vin
Vin vAB(t) vsec
D5 Nsec2
S1 D4 S3 t
Fig. 3. Principais formas de onda de tensão em alta frequência dos
D3
inversores.
(c)
Iprim Igrid
VGS1(t)
Nterc Nprim Nsec1 L
D1 S2
+
D2 Vgrid
Vin + tc toff Ts t
iL(t) nVin-vout -vout
D5 Nsec2 I
sec2
S1 D 4 S3
D3 t
iS(t)
(d) Vin
Igrid
Nsec1 nVin-vout t
Nterc Nprim L
D1 S2 iD1(t)
D2 IS3 Vgrid
+ Iterc +
Vin
D5 Nsec2
S1 t
D4 S3 iD2(t) -vout
D3
(e) t
Igrid iD5(t) -Vin
Nterc Nprim Nsec1 L
D1 S2
D2 IS3 Vgrid
+ + I Lmpk t
Vin iLm(t)
Vin ⁄Lm Vin Nprim ⁄ LmNsec
D5 Nsec2
S1 D4 S3
t
D3 Fig. 4. Principais formas de onda de corrente em alta frequência dos
(f) inversores.
A. Ganho Estático O projeto dos indutores de filtro foi feito com base em [22] e
Com base na corrente média no indutor de filtro, é possível [23]. Nesse caso, a determinação da indutância é definida com
obter o ganho estático das estruturas propostas, conforme: base na máxima ondulação de corrente admitida na frequência
de comutação.
Por intermédio da substituição de (8) em (4), é possível
Nsec
VL = d Vin − vgrid − vgrid (1 − d) (6) derivar uma expressão para definir o pico de corrente no
N prim
indutor de saída, como mostrado em:
Vgrid Nsec
= dVin (7)
Vin N prim
∆iL = iL (DTs ) (11)
onde d corresponde à variação senoidal da razão cíclica,
Vin NNprim
sec
− vgrid (ωt)
representada em (5). = d(ωt)Ts (12)
Com base em (7), é possível derivar uma expressão que L
representa o comportamento da razão cíclica:
Vin n −Vgrid pk sen(ωt) α
= sen(ωt)Ts . (13)
L n
α
d(ωt) = sen(ωt) (8)
n A equação (13) pode ser representada graficamente como
ilustrado na Figura 7.
onde as constantes α e n podem ser definidas conforme:
0.9 =0,1 =0,2
0.8 n n
=0,3
n
0.7
Vgrid pk =0,4
n
α = (9) 0.6 =0,5
Vin iL 0.5 n
=0,6
n
Nsec 0.4 =0,7
n
n = . (10) 0.3 =0,8
N prim 0.2 n
=0,9
n
0.1
A equação (8) pode ser representada graficamente 0 π⁄� π⁄� �⁄�
π π
conforme ilustrado na Figura 5. ωt
Fig. 7. Variação da máxima ondulação de corrente admitida no
indutor.
B. Projeto do Filtro de Saída
O filtro de terceira ordem LCL com amortecimento passivo,
Assim, uma expressão para definir a indutância do indutor
ilustrado na Figura 6, foi definido como a configuração
de filtro, com base na máxima ondulação de corrente
de filtro mais apropriada para a aplicação. Essa escolha
permitida, pode ser obtida isolando L em (13), conforme:
pode ser fundamentada uma vez que ele fornece melhor
desacoplamento entre o filtro e a impedância da rede, com
Vgrid pk α
menor ondulação de corrente do lado da rede e menor
L = sen(ωt) 1 − sen(ωt) (14)
dependência com os parâmetros da rede [21], [22]. Além fs ∆iL max n
-200
-200 V -40
-800AA
V -40 V
igrid
C4 C3 C1 BwL DC
50.0 V/div
C3 BwL DC
10.0 A/div
Tbase 0.00 ms
5.00 ms/div
Trigger
Auto
Line
(b)
-20 A -200 V Fig. 11. Tensão e corrente do inversor Forward a 2 interruptores: (a)
C3 BwL DC C4 BwL DC Tbase 0.00 μs Trigger Line de saída; (b) de entrada.
50 V/div 5 A/div 10.0 ms/div Auto
0.00 V 0.00 mA 2.5 MS 50 MS/s Edge Positive
(a)
90
200 V 20 A 88
86
Vin
Rendimento [%]
84
82
C1
Iin 80
78
C2 76
74
-200 V -20
-800 A
V
72
C1 BwL DC C2 BwL DC Tbase 0.00 μs Trigger Line
50.0 V/div 5.00 A/div 10.0 ms/div Auto 70
0.00 V -9.45 A 2.5 MS 50 MS/s Edge Positive 0 20 40 60 80 100
(b) Potência de Saída [%]
(a)
Fig. 10. Tensão e corrente do inversor Forward a 1 interruptor: (a) de
saída; (b) de entrada. 87
86
O fator de potência para corrente injetada de 10%
Rendimento [%]
85
até a potência nominal, para os inversores a 1 e a 2 84
interruptores encontram-se ilustrados nas Figuras 14 (a) e 83
(b), respectivamente. Como é possível observar, o fator de 82
potência varia de 0,895 a 0,985 para o conversor a 1 interruptor
81
e de 0,933 a 0,989 para a estrutura a 2 interruptores.
A Figura 13 ilustra um detalhamento das perdas teóricas 80
0,96
0,95 iguais ou maiores do que a tensão da rede.
0,94
A característica abaixadora do conversor Forward
0,93
0,92
simplifica o sistema e o projeto do controle. As malhas de
0,91 controle propostas operam em cascata, sendo a malha de
0,90 corrente interna e rápida e a malha de tensão externa e lenta.
0,89
0 20 40 60 80 100 110 O controle de corrente garante os padrões mínimos de
Potência de Saída [%] qualidade estabelecidos por norma para injeção de corrente
(a) na rede elétrica. O controle de tensão, atende a necessidade
de controlar a tensão de entrada do inversor, ou seja, controlar
1,00
0,99
o fluxo de potência do inversor e isto permite sua aplicação
em fontes renováveis. A referência de tensão pode vir de um
Fator de Potência
0,98
0,97 método de rastreamento do MPP.
0,96 Os resultados experimentais apresentados validam o
0,95 princípio de operação, projeto e dimensionamento dos
0,94 conversores, bem como a modelagem e a estratégia de controle
0,93
0 20 40 60 80 100 120 adotadas.
Potência de Saída [%] As topologias propostas se apresentam como uma opção
(b) interessante para sistemas com potências entre 200 W e 800
W. Além disto, podem ser aplicadas em painéis fotovoltaicos,
Fig. 14. Fator de potência experimental para degraus de corrente aerogeradores de pequeno porte, células combustíveis, etc,
injetada: (a) inversor Forward a 1 interruptor; (b) inversor Forward a pois são isoladas e permitem o controle de maneira simples
2 interruptores.
da corrente de saída e da tensão de entrada.
A circulação de componentes de corrente em baixa AGRADECIMENTOS
frequência (120 Hz) e alta frequência (100 kHz), traz um
desafio no projeto dos magnéticos. O transformador é Os autores gostariam de agradecer ao CNPq pelo suporte
projetado para baixa e alta frequência, consequentemente, financeiro ao projeto.
sua otimização não é trivial e ele apresenta maiores perdas.
Associado a isto, por ser uma estrutura elevadora e do REFERÊNCIAS
tipo Forward (razão cíclica limitada em 0,5), as corrente
[1] D. Boroyevich, I. Cvetkovic, R. Burgos, D. Dong,
eficazes no lado primário são mais elevadas, o que provoca
“Intergrid: A Future Electronic Energy Network?”,
Alan D. Callegaro, Ivo Barbi, Daniel Tobias da Silva Borges, Denizar Cruz Martins
Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica
INEP – Instituto de Eletrônica de Potência, Florianópolis – SC, Brasil
e-mail: alancallegaro@gmail.com, ivobarbi2@gmail.com, danieltobias.sb@gmail.com, denizar.martins@gmail.com
Resumo – Este artigo apresenta a análise e o projeto de Keywords – Discontinuous Conduction Mode, Modular
um conversor ca-cc trifásico isolado, baseado na Rectifier, Power Factor Correction, Three-Phase
associação modular de três conversores cc-cc do tipo Zeta Rectifier, Zeta dc-dc Converter.
operando no modo de condução descontínuo, com
regulação da tensão de saída e transformador de alta I. INTRODUÇÃO
frequência. O alto fator de potência de entrada é
naturalmente atingido por meio do modo operacional dos A modernização no uso da energia elétrica demanda uma
módulos, sem o uso de qualquer sensor de corrente ou ampla diversidade tecnológica para o seu adequado
malha de controle da corrente. Todos os três módulos são processamento. Entende-se por adequado, um processamento
controlados simultaneamente através de um único pulso de energia eficiente, com níveis de tensão e corrente
de comando, o qual reduz a complexidade da estratégia apropriados a cada aplicação.
de controle. Um circuito snubber é incorporado ao As fontes de alimentação de alta potência, em geral, são
conversor para permitir a operação em comutação suave alimentadas por sistemas trifásicos, com dois estágios de
durante o bloqueio do interruptor. Para validar a análise processamento e sentido único para o fluxo de energia. Nos
teórica, um protótipo de laboratório de 1,2 kW, 220 V de casos mais simples, o primeiro estágio é composto por um
tensão de entrada, 60 V de tensão de saída, e frequência retificador a diodo, seguido por um conversor cc-cc.
de chaveamento de 25 kHz, foi construído. Resultados O emprego de dois estágios tem como principal
experimentais, com malha de controle da tensão de saída inconveniente o reduzido rendimento do sistema. Diante
para observação do comportamento dinâmico e de disto, iniciou-se na literatura o estudo de retificadores
regime permanente do conversor, são apresentados. trifásicos isolados modulares de um único estágio.
Dentre os retificadores trifásicos isolados modulares
Palavras-Chave – Conversor Zeta, Correção do Fator existentes, os quais têm sido intensivamente estudados para
de Potência, Modo de Condução Descontínuo, Retificador aplicações em telecomunicações e carregamento de baterias,
Modular, Retificador Trifásico. [1]-[5], este artigo apresenta uma topologia baseada no
conversor cc-cc Zeta, operando no modo de condução
THREE-PHASE ISOLATED PFC descontínuo.
RECTIFIER BASED ON THE ZETA Os parágrafos seguintes discutem algumas das principais
CONVERTER OPERATING IN DCM topologias existentes na literatura, que apresentam as
mesmas características do conversor aqui proposto.
Abstract – This paper presents the analysis and design of a Em relação às unidades trifásicas modulares de um único
three-phase isolated ac-dc converter based on the three single- estágio, o primeiro exemplo são as topologias tipo Buck
phase Zeta dc-dc converter modules operating in discontinuous apresentadas em [6]. Neste caso, a tensão nos terminais do
conduction mode (DCM), with output voltage regulation and capacitor de entrada é pulsada, e seu valor é proporcional a
high frequency transformer. The input high power factor is corrente de linha trifásica. O valor da capacitância deve ser
naturally attained through the operational mode without the suficientemente pequeno para permitir que o conversor opere
use of current sensors and a current control loop. All modules no modo de condução descontínuo. A alta frequência é
are simultaneously controlled by one single command pulse, filtrada pelo indutor de entrada. Em geral, a adição de um
which reduces the complexity of the control strategy. A snubber filtro LC neste tipo de topologia resulta em uma corrente de
circuit is added to the converter to allow soft switching
entrada naturalmente senoidal. Entretanto, o fator de potência
operation in the switch turn-off. To validate the theoretical
analysis, a prototype of 1.2 kW, 220 V line-to-line input voltage, é ligeiramente penalizado. Nesta referência a estrutura tipo
60 V output voltage, and 25 kHz switching frequency is Boost também é descrita.
presented. Experimental results for the output voltage closed- O segundo exemplo é apresentado em [7]. Nesta situação,
loop control to investigate the steady state and dynamic a topologia proposta necessita de interruptores de quatro
behavior of the converter are presented. quadrantes (S1 a S6) para desempenhar a função do estágio
ca-ca. Essa estratégia torna a topologia muito complexa, com
uma quantidade excessiva de interruptores no caminho da
Artigo submetido em 19/10/2017. Primeira revisão em 18/12/2017. Aceito corrente, comprometendo o rendimento do conjunto.
para publicação em 22/03/2018 por recomendação do Editor Marcelo Cabral
Cavalcanti.
B. Análise Matemática
A análise do ganho estático do conversor baseia-se no
Fig. 2. Tensões de linha, tensões senoidais retificadas na saída de princípio da conservação de energia. Deste modo, todos os
cada módulo, e a configuração topológica de cada ponte de diodos. componentes foram considerados ideais, e a relação entre a
potência de entrada e a de saída é definida por:
3
P
in,3 VLmax I Smax
V o Io Po (1)
2
3 D 2 VLmax
2
Pin,3 (7)
4 fs Leq
3 D 2 VLmax
2
onde Leq é a associação paralela entre Lm e Lo, definida por: Como característica do modo de condução descontínuo, o
ganho do conversor depende da corrente de carga e sua
expressão é dada por:
Lm Lo n 2
Leq (6)
Lm Lo n 2 nVo D2
G . (10)
VLmax 4 fs Leq I o
considerando uma relação de transformação n. 3 nVLmax
Baseado nas análises realizadas, a potência na entrada do
conversor pode ser obtida levando (5) em (1), obtendo-se:
Definindo a corrente de saída normalizada como:
VS vC f vCs1.
(17)
3I1 I Smax D 2
VC
f min
VLmax (22)
6 C f fs
6 I o I Dmax (1 D )2
VCa min Vo . (23)
6 Ca f s
Fig. 7. Etapas topológicas do primeiro módulo Zeta.
O passo seguinte consiste em determinar o capacitor
snubber, de modo a garantir a máxima variação de tensão V. EXEMPLO DE PROJETO E RESULTADOS
estabelecida em (21). A energia armazenada na indutância de EXPERIMENTAIS
dispersão e transferida ao capacitor Cs1 é calculada
aplicando-se o conceito da conservação de energia dado por: O esquema completo do conversor ca-cc Zeta trifásico é
apresentado na Figura 9. A topologia é composta por três
1 1 módulos monofásicos, onde cada módulo processa 1/3 da
ELd
Ld ( I Smax
)2 Cs1 (VCs1max ) 2 . (24)
2 2 potência total do conversor. As especificações do protótipo
estão discriminadas na Tabela I. A fonte de entrada está
Portanto, a capacitância necessária para atender a variação conectada em , proporcionando algumas vantagens como:
de tensão máxima estabelecida em (21) é obtida por: cancelamento de harmônicos e menor filtro capacitivo,
devido à transformação /Y. O filtro LC passa baixa de
I
2 entrada é necessário para assegurar uma forma de onda
Cs1 Ld Smax . (25) senoidal de corrente.
VC max A tensão de saída é monitorada através de um sensor
s1
resistivo, cujo sinal resultante é filtrado e condicionado para
Esta etapa finaliza no instante em que a corrente no ser lido por um microcontrolador. Um controlador digital de
capacitor Cs1 atinge zero e o diodo Ds1 bloqueia. sinal foi usado para gerar e controlar os sinais de comando
PWM com deslocamento de fase (phase-shift).
n 3. (28)
3 nVLmax I o' v dv
Leq 294μH. (32) Po vo iLo vo (io iCo ) vo o Co o . (37)
4 f s Io R
o dt
Com os valores de Lo e Leq definidos, então, através de (6), Com a finalidade de linearizar (37) em torno do ponto de
a indutância magnetizante Lm é determinada por: operação, uma perturbação de pequeno sinal, definida por:
Lo n 2 Leq o Vo vˆo
v (38)
Lm 320 μH. (33)
Lo n2 Leq é aplicada na tensão de saída, resultando em:
Ambos os valores de indutância (Lm e Lo) são parâmetros Vo2 2Vo vˆo dvˆ
muito importantes, porque eles determinam o modo de Po Co Vo o . (39)
Ro Ro dt
condução do conversor. Estes elementos devem ser
confeccionados com muito cuidado, para manter o balanço
de potência entre os módulos e o adequado cancelamento dos A relação entre a potência oscilante de entrada e saída,
harmônicos. considerando apenas os termos de 1a ordem, é dada por:
O capacitor de acoplamento Ca deve ser projetado da
mesma forma que no conversor cc-cc Zeta convencional, 2Vo vˆo dvˆ
Vin VFmax I Fmax cos (2 t ) Co Vo o . (40)
cuja expressão é dada por [16]: Ro dt
B. Resultados Experimentais
A Figura 9 mostra a topologia completa do conversor com
os seus respectivos valores de componentes, incluindo o
filtro de entrada de modo diferencial [17]. A Figura 11 ilustra
o protótipo implementado. Fig. 12. Variação de carga de 100% a 50%. Correntes de entrada:
2 A/div.; tensão de saída: 1 V/div.
Fig. 15. Comparação da amplitude de corrente por ordem Fig. 18. Curva do fator de potência.
harmônica entre as modulações convencional e phase-shift na
potência de 1200 W. VI. CONCLUSÃO
A Figura 16 mostra a corrente e a tensão sobre o O retificador Zeta trifásico isolado de um único estágio é
interruptor S, para um período de comutação. Verifica-se que constituído por três módulos Zeta ca-cc monofásicos com
o comportamento das formas de onda é o mesmo já descrito entrada conectada em triângulo e saída em paralelo,
na análise teórica. Convém mencionar, que o circuito fornecendo, deste modo, altas correntes com baixa tensão.
snubber, além de limitar o valor máximo de tensão (575,5 V) Esta característica é particularmente desejável em algumas
sobre o interruptor eletrônico, também provoca comutação aplicações, como: carregadores de baterias e fontes para
suave durante o bloqueio do mencionado interruptor, como telecomunicações. As principais vantagens do conversor
detalhado nas formas de onda teóricas. Estes são benefícios proposto são sua robustez e baixa complexidade do circuito
importantes quando comparados com o grampeamento RC de controle. Os três módulos podem ser controlados
dissipativo, refletindo-se sobre o desempenho no rendimento simultaneamente a partir de um único pulso de comando, ou
do conversor. em deslocamento de fase (phase-shift), que permite o
O rendimento do conversor em função da potência de cancelamento da componente de corrente na saída na
saída é apresentado na Figura 17. O máximo valor atingido
II. ESTÁGIO DE ENTRADA BOOST ZVT onde o valor de tensão inicial da capacitância Coes é igual a Vo,
Z1 representa a impedância característica do conjunto Lr - Coes
A topologia adotada para a etapa CC-CC é o conversor e ω1 sua frequência de oscilação natural. O tempo desta etapa
Boost ZVT, Figura 1 [11]. Nesta topologia, o indutor (Δt2) e o valor máximo da corrente no indutor são dados
ressonante Lr juntamente com o capacitor ressonante Cr, respectivamente por:
atuam também como snubbers para a entrada em condução da 𝜋𝜋
chave auxiliar (Sa) e também para o bloqueio e para a entrada ∆𝑡𝑡2 = √𝐿𝐿𝑟𝑟 𝐶𝐶𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 (6)
2
em condução do diodo principal (Dp). Para que a análise 𝑉𝑉0
contemple a operação real deste conversor é importante que a 𝑖𝑖𝐿𝐿𝐿𝐿 (∆𝑡𝑡2 ) = 𝐼𝐼𝑖𝑖𝑖𝑖 + = 𝐼𝐼𝐿𝐿𝐿𝐿_𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 . (7)
𝑍𝑍1
capacitância de saída da chave principal (Coes) seja incluída
uma vez que a ressonância entre Lr e Coes é que garante a Etapa 3 (t2 ≤ t < t3) - Figura 2d:
entrada em condução da chave principal em ZVS (Sp). Este é o intervalo de roda livre da corrente sobre o indutor
Lr e, portanto, obedece a (7). O intervalo de tempo desta etapa
Lin Dp é obtido a partir de (8), em função do tempo de chave auxiliar
Cr
fechada (DTSa). É neste intervalo que a chave principal pode
Lr
Vin Sp Coes ser comandada à condução de forma ZVS.
Vo
D1 D2 Ro
Co
Sa ∆𝑡𝑡3 = 𝐷𝐷𝐷𝐷𝑆𝑆𝑆𝑆 − (∆𝑡𝑡1 + ∆𝑡𝑡2 ). (8)
Fig. 1. Conversor Boost ZVT. Etapa 4 (t3 ≤ t <t4) - Figura 2e:
A corrente no indutor ressonante e a tensão no capacitor
Considerando simplificações abordadas em [12], tensão de ressonante são dadas por:
saída Vo constante e que a tensão de entrada Vin em conjunto
com o indutor de entrada Lin podem ser considerados como 𝑖𝑖𝐿𝐿𝐿𝐿 (𝑡𝑡) = 𝑖𝑖𝐷𝐷1 = 𝐼𝐼𝐿𝐿𝐿𝐿_𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 cos[𝜔𝜔𝑟𝑟 (𝑡𝑡 − 𝑡𝑡3 )] (9)
uma fonte de corrente Iin, é possível realizar a análise deste
sistema através da utilização do conversor idealizado (Figura 𝑣𝑣𝐶𝐶𝐶𝐶 (𝑡𝑡) = 𝐼𝐼𝐿𝐿𝐿𝐿_𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 Z𝑟𝑟 sen[𝜔𝜔𝑟𝑟 (𝑡𝑡 − 𝑡𝑡3 )]. (10)
2a) sem perdas na análise.
Durante a operação, sete etapas ocorrem e são descritas, Nesta etapa o capacitor ressonante (Cr) é carregado pela
bem como suas equações resumidamente apresentadas. As corrente do indutor ressonante via D1. O tempo desta etapa
etapas de operação podem ser verificadas através das Figuras (Δt4) e o valor máximo da tensão no capacitor ressonante são
2b até 2h e, a partir da Figura 3 podem ser verificadas as dados respectivamente por:
principais formas de onda nos elementos do conversor.
𝜋𝜋
∆𝑡𝑡4 = √𝐿𝐿𝑟𝑟 𝐶𝐶𝑟𝑟 (11)
2
A. Equações das Etapas de Operação
De forma resumida, as equações que regem as etapas de 𝑣𝑣𝐶𝐶𝐶𝐶_𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 𝐼𝐼𝐿𝐿𝐿𝐿_𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑍𝑍𝑟𝑟 . (12)
operação de número 1 à 7 estão descritas a seguir. O
equacionamento é realizado conforme [11], [12]. Etapa 5 (t4 ≤ t <t5) - Figura 2f:
Após o bloqueio natural de D1, a corrente total é assumida
Etapa 1 (t0 ≤ t <t1) – Figura 2b: pela chave principal, desta forma:
As equações que regem a etapa 1 estão apresentadas em (1)
e (2). O diodo Dp estava em condução previamente ao início 𝑖𝑖𝑆𝑆𝑆𝑆 (𝑡𝑡) = 𝐼𝐼𝑖𝑖𝑖𝑖 . (13)
da etapa 1, quando em t = to a chave Sa é comandada à
condução de maneira ZCS. Esta etapa perdura até a chave principal ser comandada ao
bloqueio, sendo análoga ao armazenamento de energia no
𝑑𝑑𝑖𝑖𝐿𝐿𝐿𝐿 𝑉𝑉𝑜𝑜
𝑣𝑣𝐿𝐿𝐿𝐿 = 𝐿𝐿𝑟𝑟 → 𝑖𝑖𝐿𝐿𝐿𝐿 (𝑡𝑡) = (𝑡𝑡 − 𝑡𝑡0 ) (1) indutor de um conversor Boost PWM convencional.
𝑑𝑑𝑑𝑑 𝐿𝐿𝑟𝑟
Sa Sa Sa iDSp Sa
VDC S5 S6
𝑉𝑉0 𝐶𝐶𝑟𝑟
∆𝑡𝑡6 = . (14) D4 Lcon
𝐼𝐼𝑖𝑖𝑖𝑖
Lcon Vac
Etapa 7 (t6 ≤ t < t7) - Figura 2h: S3 S4
Nesta etapa o diodo principal assume a corrente da fonte,
como um conversor Boost PWM convencional, mas de Fig. 4. Topologia do inversor H6.
maneira ZVS, uma vez que Vcr = 0. Assim:
Neste inversor os interruptores que operam no semiciclo
𝑖𝑖𝐷𝐷𝐷𝐷 (𝑡𝑡) = 𝐼𝐼𝑖𝑖𝑖𝑖 . (15) positivo são S1 e S4, os que realizam o negativo são S2 e S3. O
interruptor de roda livre do semiciclo positivo é o S 5 e o do
IDp semiciclo negativo é o S6. A estratégia de modulação consiste
ZVS Iin em aplicar a modulação de S1 e S4 com o mesmo padrão bem
como para os interruptores S2 e S3. Para o semiciclo positivo
ISp o interruptor de roda livre S5 está sempre em condução
ZVS Iin enquanto que os interruptores do outro braço S 2 e S3 não
conduzem. O interruptor de roda livre S6 recebe pulsos de gate
ILr quando os interruptores principais S1 e S4 não conduzem,
Iin ILrmáx sendo, portanto complementar [13]. Isto não é requisito
fundamental mas facilita a montagem em hardware da
VCr
estratégia. As etapas de operação, para o semiciclo positivo,
Vo estão destacadas na Figura 5.
S2
VSp S1
Vo D3
S5 S6
VDC
VGSp D4 Lcon
Lcon Vac
VGSaux S3 S4
(a)
to t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 S2
S1
Ts = 1/fs D3
D4 Lcon
III. ESTÁGIO DE SAÍDA INVERSOR H6
Lcon Vac
Corrente(A)
rede (Trede), considerando M como o índice de modulação em 15
amplitude: 10
𝑀𝑀𝐼𝐼𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 5
15
O modo mais comum de se realizar a extração de máxima
10 potência é utilizar o estágio elevador de tensão para buscar o
ponto de máxima potência (MPP) [3]-[6]. O algoritmo de
5
MPPT opera com as leituras de corrente e de tensão do arranjo
0
0 0,005 0,01 0,015 FV e atualiza a tensão de referência para que o controlador do
Tempo(s)
MPPT atualize a razão cíclica. Nesta configuração são
Fig. 6. Forma de onda da corrente através do interruptor S1. necessárias, além do algoritmo de MPPT e de seu controlador,
30 duas outras malhas de controle para o funcionamento correto
da estrutura, a saber, malha de controle de potência e a malha
de controle da corrente injetada. A malha de controle de
25
15
barramento CC e a malha de controle de corrente é a que
garante a qualidade da corrente injetada. De forma geral, a
10
Figura 9 apresenta em termos de diagrama de blocos e de
5 forma simplificada, as malhas de controle, a fim de facilitar a
compreensão da modelagem matemática, as nomenclaturas
dos elementos passivos serão redefinidas na sequência.
0
0 0,005 0,01 0,015
Tempo(s)
𝐼𝐼𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
Fig. 9. Diagrama simplificado para o controle do inversor,
𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼_𝑆𝑆5 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇 = . (18) considerando o MPPT no conversor CC-CC.
𝜋𝜋
100
Magnitude (dB)
80
60
corrente e de tensão e atualiza a tensão de referência do
40
20
controlador do MPPT a fim de atualizar a corrente de
0
G.M.: -50.9 dB
referência. Desta forma, não existe mais a malha de controle
de potência para regular o valor médio da tensão do
-20 Freq: 0 Hz
Unstable loop
-40
180
135
20
Magnitude (dB)
0
Modulador
-20
Comp_I irede
-40
IFV, vCIN
-60
G.M.: 3.95 dB
Freq: 227 Hz iREF
Stable loop -
-80
-45 MPPT X
+
PLL
Phase (deg)
-90
-135
-180
Fig. 12. Diagrama simplificado para o controle do inversor,
-225
P.M.: 90.5 deg
Freq: 2.05 Hz considerando o MPPT no conversor CC-CA.
-1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
Frequency (Hz)
Fig. 11. Diagramas de Bode da planta compensada. Neste sistema, a função de transferência que rege a
dinâmica da malha de controle para o MPPT deve reproduzir
TABELA I a corrente de referência (irede), logo deve ser analisada sua
Dados da Malha de Controle para o MPPT CC-CC interação com a variação de tensão do conjunto FV (vCin).
Planta VCin/d + Compensador Neste sentido, podem ser escritas as equações dinâmicas do
Indutância Boost Lin = 5,0 mH inversor, dadas por:
Resistência do Indutor rL = 0,1 Ω
Capacitância de desacoplamento Cin =100 µF 𝑑𝑑𝑉𝑉𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
Tensão CC do Elo VDC = 350 V 𝐼𝐼𝐹𝐹𝐹𝐹 −𝑚𝑚𝑚𝑚𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 = 𝐶𝐶𝑖𝑖𝑖𝑖 (25)
𝑑𝑑𝑑𝑑
Margem Fase 90° 𝑑𝑑𝑖𝑖𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟
Frequência de Cruzamento 2 Hz
𝑚𝑚𝑣𝑣𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 − 𝑣𝑣𝑎𝑎𝑎𝑎 = 𝐿𝐿𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 (26)
𝑑𝑑𝑑𝑑
𝐺𝐺𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣_𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼 (𝑠𝑠) =
𝑣𝑣𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 (𝑠𝑠)
=
−(𝑀𝑀𝑉𝑉𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 +𝑠𝑠𝐿𝐿𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝐼𝐼𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 )
. (27) TABELA III
𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖(𝑠𝑠) (𝑠𝑠𝐶𝐶𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑉𝑉𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶+𝑀𝑀𝐼𝐼𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 )
Principais Dados para Implementação do Protótipo
Boost ZVT + Inversor H6
É possível observar através das Figuras 13 e 14 os Indutância Boost Lin = 5,0 mH
diagramas de Bode de módulo e de fase da função de estudo Capacitância Elo CC CBus = 2,5 mF
para o controle do MPPT (regulação de vCin), sendo os dados Indutância do Indutor Ressonante Lres = 10 µH
dos parâmetros da planta e do sistema compensado verificados Capacitância do Capacitor Ressonante Cres = 22 µF
Capacitância de desacoplamento Cin = 100 µF
na Tabela II. Observa-se que a frequência de cruzamento de Filtros CA Lcon = 1,5 mH
ganho desta malha é reduzida uma vez que as variações
meteorológicas são lentas; isto também ocorre para a Com a tensão de entrada abaixo de 350 V, torna-se
regulação de vCin no caso do MPPT CC-CC. necessária a operação da etapa elevadora Boost ZVT, de modo
A partir de (26) é possível obter a função de transferência a garantir tensão de barramento maior do que a tensão de pico
da injeção de corrente na rede (irede) em função do índice de da rede CA. Neste enfoque, têm-se: o algoritmo de MPPT
modulação (m), dada por: P&O e seu controlador, a malha de controle de potência e da
𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼(𝑠𝑠) 𝑉𝑉𝐶𝐶𝐶𝐶
injeção de corrente.
𝐺𝐺𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖_𝑚𝑚 (𝑠𝑠) = = . (28) A fim de permitir que o sistema possa operar em condições
𝑚𝑚(𝑠𝑠) 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
de sombreamento parcial, o algoritmo de MPPT da etapa CC-
30
Open-Loop Bode Editor for Open Loop 1(OL1)
CC realiza um escaneamento da curva V(versus)I do arranjo
20
FV na inicialização, para o cômputo de P(versus)V. O
Magnitude (dB)
90
P.M.: -83.7 deg
Freq: 47.6 Hz operação no ponto ótimo do arranjo FV pode ser observado
10-1 100 101 102
Frequency (Hz)
103 104 105
em termos da corrente injetada na rede através da Figura 15, a
Fig. 13. Diagramas de Bode da função de transferência para a planta qual mostra que o conversor retorna ao ponto de máxima
sem compensador. corrente para garantir a operação no máximo global.
Open-Loop Bode Editor for Open Loop 1(OL1)
A Figura 16 apresenta o rastreamento da máxima potência
10
0
usando como fonte o emulador fotovoltaico TerraSAS®. Foi
Magnitude (dB)
-30
-40
G.M.: inf
máximo de 17 A. Neste teste experimental obteve-se fator de
rastreamento de 99,5%.
-50 Freq: NaN
Stable loop
-60
0
P.M.: 89.1 deg
Freq: 2 Hz
Phase (deg)
-45
-90
-135
-180
10
0 1
10 10
2 3
10
4
10
Pmax
Frequency (Hz)
TABELA II
Dados da Malha de Controle para o MPPT CC-CA
Planta VCin/Irede + Compensador Corrente
Capacitância Elo CC (mF) CBus = 2,5 Tensão
Tensão CC do Elo (V) VDC = 350
Capacitância de desacoplamento (µF) Cin =100
Filtros CA (mH) Lcon = 1,5
Margem Fase (Graus) 89,1
Frequência de Cruzamento (Hz) 2
V. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Os primeiros resultados apresentados são da injeção de Fig. 15. Injeção de energia considerando o rastreamento inicial da
potência ativa na rede (220 V, 60 Hz), primeiramente com o curva V(versus)I do arranjo FV.
algoritmo de MPPT residente na etapa CC-CC e em seguida
com o algoritmo de MPPT residente na etapa CC-CA. Desta
forma, o conversor opera com ambos os estágios na primeira
Corrente
VI. CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
Artigo submetido em 08/11/2017. Primeira revisão em 27/12/2017. Aceito
para publicação em 15/02/2018 por recomendação do Editor Marcelo Cabral
Cavalcanti.
150
tensão são facilmente alterados, fato que não ocorre na Fig. 3. Efeito após ilhamento para potência gerada igual ao consumo.
presença de cargas RLC, ainda mais quando existe equilíbrio
entre carga e potência gerada [12], [13]. O modelo de 300
𝑉𝑉𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 2
-100
𝑅𝑅 = (1) Desconexão
𝑃𝑃 -200
da rede
𝑉𝑉𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 2
𝐿𝐿 = (2)
2𝜋𝜋𝜋𝜋𝑄𝑄𝑓𝑓 𝑃𝑃 -300
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2
𝑄𝑄𝑓𝑓 𝑃𝑃 Tempo(s)
𝐶𝐶 =
2𝜋𝜋𝜋𝜋𝑉𝑉𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 2. (3) Fig. 4. Efeito após ilhamento para potência gerada maior do que o
consumido.
i pv
Arranjo S1 S3 S5 200
Fotovoltaico
Lrede i vg Relé 150
rede
A
+ +
v pv 100
v AC Rede
- -
50
B
S2 S4 S6
Tensão(V)
Cargas
0
-50
irede
v pv g S1
v*pv I pico d -100
i pv MPPT
Malha Malha
PWM
gS 2 Desconexão
Tensão vpv Corrente iLin gS 3 da rede
gS 4 -150
t
v AC t Algoritmo Relé -200
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2
PLL Tempo(s)
Ilhamento
Nesta estratégia o conversor se comporta como uma fonte de Nesta seção são apresentados os principais algoritmos de
corrente em relação à rede, onde a corrente injetada é anti-ilhamento com estratégias para suas implementações.
sincronizada à tensão por meio de um algoritmo PLL (phase-
locked loop) [18], que provê a frequência e a fase da tensão no A. Injeção de Reativo
ponto de acoplamento. O valor eficaz da corrente é obtida por O método da injeção de reativo busca dificultar o equilíbrio
meio do controle da energia disponível no arranjo F, a partir com a carga local, onde em condições normais a rede fica
de uma malha de potência. Neste trabalho, as condições responsável por prover o equilíbrio entre potência gerada e
nominais de operação são 1 kW e rede elétrica em 220 V/60 consumida. Após a desconexão da rede, o excesso ou a falta
Hz. Esta estratégia é apresentada na Figura 6. de reativo provocará mudanças na tensão no ponto de
acoplamento de carga (PCC). Este método é implementado
ωt Seno
+
-
PI Referência adicionando-se uma malha para o controle da energia reativa
alterando a fase da corrente em relação à fase da tensão da
Corrente
Ganho
vac PLL irede
rede. O reativo excedente provocará mudanças mais aparentes
na frequência da tensão da carga local. O diagrama do método
é apresentado pela Figura 8 [19]-[21].
Pnominal +
PI
-
Potência
Cálculo de Potência
Referência
+ PI
irede
+
ωt Seno -
+ Corrente
60
40 𝑇𝑇𝑍𝑍
20
𝐶𝐶ℎ𝑓𝑓 = 2 . (6)
𝑇𝑇
G.M.: inf
0 Freq: NaN
Stable loop
-45
detectar ilhamento em função da carga RLC através de:
Phase (deg)
-90
1 𝐶𝐶ℎ𝑓𝑓
-135
tan−1 [𝑅𝑅 (𝜔𝜔𝜔𝜔 − )] = 𝜋𝜋 . (7)
10
-1 0
10
1
10 Frequency (Hz) 10
2 3
10 10
4
𝜔𝜔𝜔𝜔 𝑇𝑇
Fig. 7. Diagramas de Bode da planta com compensador adicionado.
Uma estratégia para a implementação deste método é
TABELA I apresentada na Figura 10. Este método apresenta uma
Dados da Malha de Injeção de Corrente degradação da qualidade da potência de saída do inversor e
Planta irede/m + Compensador aumento das emissões eletromagnéticas devido à distorção na
Indutância de conexão com a rede Lrede = 5,0 mH forma de onda de corrente e, obviamente há uma limitação no
Resistência do Indutor Lin rL = 0,1 Ω
tamanho do deslocamento em frequência imposto para manter
Tensão do barramento CC VCC = 400 V
Ganhos do controlador PI kp = 0,19 a distorção harmônica total (DHT) de corrente em nível menor
ki = 3,92 do que o especificado [22]-[25].
Margem de fase do sistema compensado MF = 90º
Frequência de cruzamento do sistema compensado fC = 2,5 kHz
Fig. 9. Extensão do zero de corrente usado no método AFD. implementação desta estratégia [28]-[31].
+ Δf
- Módulo ≥ Falha +
- Módulo ≥ Falha
fmax 2π Δf
fnominal
+
k
+
+ + 2π
Freq ++ Seno Freq
vac vac cf0
Ganho Desvio Ganho
PLL Saturador PLL
Integrador Referência
Integrador
Seno com Seno com Seno
Reset Reset
Referência
Sinal Fig. 12. Estratégia de implementação do método SFS.
Fig. 10. Estratégia para teste do algoritmo AFD.
E. Método da Realimentação Positiva da Tensão (Sandia
C. Desvio de Frequência no Modo Escorregamento (SMS) Voltage Shift - SVS)
Neste método o ângulo de fase entre a corrente injetada e Este método aplica realimentação positiva na tensão do
a tensão no PCC não é controlada para ser sempre nula, mas PCC de tal forma que quando houver diminuição no valor
sim uma função da tensão no PCC. A curva de fase do inversor eficaz desta tensão a potência ativa injetada pelo conversor
é projetada de tal forma que a fase do inversor aumente mais também decresce e, assim, sucessivamente até a detecção do
rapidamente do que a fase da carga local. É realizada uma ilhamento. A alteração é realizada na malha de potência do
realimentação positiva de tal forma que a frequência da rede inversor e uma possibilidade de implementação é apresentada
se torne instável para o inversor, ficando em 60Hz apenas na na Figura 13. O algoritmo opera de forma análoga para um
presença da mesma. A equação que rege este método é dada aumento do valor eficaz da tensão na carga local [31]-[33].
por:
𝜋𝜋 𝑓𝑓𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 −𝑓𝑓
𝜃𝜃 = 𝜃𝜃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ( ) (8) ωt Seno
+ PI Referência
2 𝑓𝑓𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 −𝑓𝑓
-
Corrente
Ganho
vac PLL irede
𝜃𝜃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 12𝑄𝑄𝑓𝑓
. (9)
Vnominal Pnominal
≥
𝑓𝑓𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 −𝑓𝑓 𝜋𝜋2
Cálculo de Potência
fnominal Δf
Específica.
-
Freq + π/2 Seno Ɵmax
vac Neste método são introduzidas variações na corrente
Ganho fmax
PLL injetada pelo inversor de modo a observar seu efeito na tensão
ωt
+
+
Seno
Referência
no PCC. Como a frequência desta perturbação é previamente
conhecida, seus efeitos na tensão são mais fáceis de serem
Fig. 11. Estratégia para teste do algoritmo SMS. detectados. É necessário garantir que esta perturbação não
extrapole o nível máximo de DHT da corrente injetada que é
D. Desvio ativo de frequência com realimentação positiva de 5% [8], [9]. A alteração é dada na malha de controle de
(Sandia Frequency Shift - SFS) potência e pode ser observada na Figura 14 [34]-[36].
Este método aplica realimentação positiva na frequência
da corrente injetada de tal forma que esta corrente apresente VI. RESULTADOS DE SIMULAÇÃO
uma frequência ligeiramente superior à tensão da rede, mas
sincronizada com os zeros da forma de onda de tensão. Neste A variação de frequência para a detecção de ilhamento foi
sentido, o presente método é uma extensão do método AFD, considerada como 1,5Hz [9] e de acordo com as Figuras 10,
mas com menor interferência na forma de onda da corrente 11 e 12 o termo falha se refere ao sinal booleano que em nível
injetada já que o zero de corrente é uma função da tensão da lógico alto indica detecção pelo algoritmo.
61,5
++ Referência
+ PI
ωt Seno -
Corrente
Frequência (Hz)
Ganho 60,5
vac PLL irede Detecção
59,5
Pnominal +
PI
-
Potência
58,5 Desconexão
Cálculo de Potência da rede
irede 57,5
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Fig. 14. Estratégia de implementação do método da medição de Tempo(s)
impedância em uma frequência específica. Fig. 17. Mudança de frequência após desconexão da rede – Método
AFD.
A. Injeção de Reativo
A partir dos resultados de simulação, este método se C. Desvio de Frequência no Modo Escorregamento (SMS)
mostrou muito eficaz para a detecção de ilhamento com a A curva do algoritmo SMS em conjunto com a curva da
presença da carga ressonante e, apenas uma pequena carga RLC, em função da variação de frequência, é
quantidade de reativo se fez necessária para alterar os apresentada na Figura 18. O ponto de cruzamento é o
parâmetros da tensão na carga local. A injeção de reativo equilíbrio entre a carga e a algoritmo após retirada da rede.
correspondeu a 10% da potência ativa total. O principal Qualquer valor de frequência entre estes dois pontos de
problema é que em potência nominal o fator de potência da equilíbrio podem ser escolhidos para a detecção do ilhamento
estrutura sempre será inferior ao fator de potência ótimo. Na pelo sistema. O valor de desvio máximo foi adotado para
Figura 15 verifica-se a mudança de frequência após a retirada ocorrer na variação de mais ou menos 1,5Hz para o ângulo
da rede. máximo de variação de 8°. Na Figura 19 mostra-se a mudança
de frequência após a retirada da rede
62,5
10
61,5 8
6
Frequência (Hz)
60,5 4
Detecção
Ângulo (Graus)
59,5 SMS
0
Carga Local
-2
58,5 Desconexão -4
da rede
-6
57,5
0 0,1 0,2 0.3 0,4 0,5 -8
Tempo(s)
-10
Fig. 15. Mudança de frequência após desconexão da rede – Injeção 57 58 59 60
Frequência (Hz)
61 62 63
60,5
4 AFD
2
(Sandia Frequency Shift - SFS)
Carga Local
0
Especificou-se o desvio inicial de frequência com sendo
-2
Cfo = 0,1 Hz e a aceleração do ganho para o erro entre as
-4
frequências como sendo k = 2. Após a retirada da rede, a
-6
57 58 59 60 61 62 63 64 65 frequência da tensão na carga local se altera conforme pode
Frequência (Hz)
ser observado na Figura 20.
Fig. 16. Variação de fase da carga local e do AFD em função da
frequência.
60,5
Detecção dificuldade para a construção do formato da onda de corrente
59,5 injetada, que deve ser sincronizada com o zero da tensão da
rede e possuir a correta fração de corte. Como o algoritmo
58,5 Desconexão
da rede SMS injeta corrente puramente senoidal mas sua
57,5
implementação é baseada em multiplicações e cálculos de
0 0,1 0,2
Tempo(s)
0,3 0,4 0,5
funções senoidais este possui dificuldade de implementação
Fig. 20. Mudança de frequência após desconexão da rede – Método intermediária
SFS.
8
-8
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1
240 Tempo(s)
220
Fig. 22. Forma de onda de corrente injetada na rede com forte
conteúdo de 7ͣ harmônica.
200
Tensão (RMS)
180
Detecção 6
160
140 5
Tensão Eficaz (V) - 7 Harmônica
120
Desconexão 4
100 da rede
80 3
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Tempo(s)
2
Fig. 21. Tempo de detecção de ilhamento pelo algoritmo SVS.
1
Este método não se mostrou eficaz para o teste com a carga Fig. 23. Valor eficaz da 7ͣ harmônica de tensão na carga local.
RLC já que um valor relativamente elevado de corrente
injetada em uma frequência acima da frequência da rede se fez VII. RESULTADO EXPERIMENTAL
necessária para alterar os parâmetros da tensão na carga local.
Injetou-se 1A eficaz de corrente na sétima harmônica para Os resultados apresentados são da injeção de potência ativa
observar um aumento de 5V eficazes na sétima harmônica de na rede e do tempo de detecção do ilhamento pelo algoritmo
tensão da carga local. Com a injeção de 1A eficaz de corrente SMS. Observa-se pela Figura 24, a injeção de potência ativa
na sétima harmônica, a DHT da corrente injetada na rede, em na rede com corrente (em azul) e tensão (em magenta) em fase
operação normal passa dos 15% (valor impraticável). Estes e pela Figura 25, o tempo de detecção do ilhamento obtido
dados podem ser visualizados nas Figuras 22 e 23 para ilustrar pelo algoritmo SMS, que nas condições propostas, apresentou
esta questão. Neste sentido, o referente método não foi tempo de 285 ms.
utilizado como comparativo frente aos demais métodos. A quantidade de ciclos de máquina despendidos pelo
Normalmente, a carga RLC apresenta características de filtro processador digital é de 45 ciclos para realizar o cômputo da
passa baixa para correntes de alta frequência, quase não rotina do SMS. Observa-se, portanto, que o referido algoritmo
impactando a tensão nesta frequência específica, quando da pode ser implementado em processadores digitais de baixo
saída da rede. custo. Adicionalmente, na Figura 26, é apresentado o tempo
É possível verificar através da Tabela II as principais desta rotina considerando-se a utilização de um processador
características dos algoritmos avaliados como tipo de detecção da família C28x rodando à 60 MHz, que está em torno de
(frequência ou tensão), tempo de detecção, DHT de corrente, 750ns (destacados pelas barras verticais).
facilidade de implementação e grau de distúrbio na rede. Finalmente, a Tabela III sumariza os principais
Observa-se que o algoritmo SMS apresenta o melhor custo componentes do sistema.
benefício, com relação ao tempo de detecção, facilidade de
implementação e grau de distúrbio injetado na rede. O método
Tempo SMS
Tensão
Corrente
VIII. CONCLUSÕES
Com base na literatura [5], é possível classificar as Outros Distribuído Central Mestre–Escravo
distintas estratégias de paralelismo de inversores de tensão [7] [1], [15] [1] [6]
em basicamente dois grupos: (i) com sinal de comunicação Fig. 2. Classificação das estratégias de controle para paralelismo de
entre os módulos inversores e (ii) sem comunicação entre os inversores de tensão sob o critério de compartilhamento de dados
conversores, conforme é ilustrado na Figura 2. entre os conversores.
O emprego de técnicas de paralelismo de inversores
Magnitude [dB]
margem de fase maior que 45◦ . Com esses critérios foi obtido eq (5)
o controlador contínuo que foi discretizado, posteriormente, eq (9)
utilizando o método de Tustin.
Este controlador PID é utilizado para cada uma das fases
do VSI, logo, há a regulação individual por fase e, para o
seu projeto, foram considerados os efeitos de amostragem e
atrasos computacionais que ocorrem em sistemas discretos. eq (9)
Fase [grau]
Foram incluídos os atrasos computacionais de controle e
eq (5)
atrasos de amostragem, sendo o atraso total considerado igual
3
a e− 2 Tsw s . O projeto de controle considerou a aproximação de
Padé de primeira ordem, a qual é definida por
Frequência [Hz]
− 32 Tsw s 1 − 3/4Tsw s Fig. 7. Resposta em frequência para as funções de transferência
e ≈ . (7)
1 + 3/4Tsw s que representam o inversor clássico, equação (5), e a que descreve
Na malha de controle do paralelismo, o elemento K é o inversor com o controle do paralelismo proposto, equação (9).
definido como uma impedância virtual que limita a corrente de
linha, como mostrado na Figura 5(b). Esta malha é utilizada
com o intuito de limitar a corrente que circula pelos inversores, vf kM Ro
fazendo com que a divisão de corrente entre os inversores seja = (9)
u 2
L f C f Ro s + L f +C f kM K s + Ro + kM K
adequada. Também serve para evitar a circulação de corrente
entre os módulos durante a operação do sistema, seja durante o Vdc
regime permanente ou transitório [13]. O projeto desta malha onde: kM = .
kPW M
de controle emprega o sistema de representação por unidade É importante ressaltar que a impedância virtual é
(pu), o qual é comumente usado na análise de sistemas de responsável pela divisão adequada das correntes entre os
potência. Assumindo que os valores de base são a potência módulos. Quanto maior seu valor, melhor é a divisão de
(Sb ) e a tensão (Vb ), a impedância base é definida por: corrente entre os inversores, contudo, o aumento do ganho
K tem um impacto direto na redução da regulação de saída.
Vb2 Portanto, ao determinar o valor da impedância virtual, deve-se
Zb = . (8)
Sb levar em conta a regulação desejada.
E o ganho K é definido como 0, 1 pu de Zb . Esta queda Além disso, a malha de controle de corrente é interna à
de tensão propiciada pelo elemento K é compensada na malha de tensão, logo, a ação de controle do controlador de
tensão tem efeito sobre a malha de corrente. Por exemplo,
composição do sinal de referência de tensão de fase vref ,kf , logo,
se fosse utilizado um controlador ressonante, o efeito da
sem impactos na regulação de tensão sintetizada na carga.
impedância virtual em 60 Hz seria minimizado, fazendo com
O efeito da malha de controle do paralelismo é a emulação
que a divisão de corrente entre os módulos não possa ser
de uma impedância em série com o indutor do filtro de saída
garantida.
do conversor, como ilustrado na 6. A função de transferência
de v f /u desse circuito é dada por (9). Esta equação representa
o comportamento do inversor com a inserção do controle do V. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
paralelismo proposto. As funções (5), que representa inversor
clássico, e (9), que descreve o inversor com o controle do Os resultados experimentais visam validar a estratégia
paralelismo proposto, são comparadas graficamente na Figura de paralelismo de inversores trifásicos a quatro fios.
7. Nota-se que o ganho K na realimentação de corrente Empregaram-se dois módulos trifásicos com potência
introduz um amortecimento e uma diminuição do ganho individual de 6 kVA suprindo cargas lineares e não lineares.
estático no comportamento do inversor, o que garante a divisão A escolha da estrutura e o projeto do filtro LC têm como
adequada entre os inversores conectados em paralelo. objetivo a otimização de custos e, assim, fornecer uma solução
competitiva para o mercado brasileiro. Portanto, o filtro LC
Lf,k K foi otimizado em relação ao custo, tendo uma ondulação
de corrente e uma circulação de reativo maiores. Demais
if.k especificações constam na Tabela I.
+ Cf,k Ro O desempenho acerca da estratégia de paralelismo é
- uk.Vdc vf,k ponderada tanto na regulação estática, bem como na resposta
dinâmica, cujos resultados serão enaltecidos na sequência.
Na Figura 8 consta uma fotografia de ambos os protótipos
Fig. 6. Circuito equivalente que demonstra o modelo médio dos
implementados em laboratório e usados como base na
conversores estáticos juntamente com os sinais de realimentação que
determinação dos resultados experimentais que validam a
propiciam a representação da estratégia de controle de corrente que
emula uma impedância virtual (elemento K). estratégia de paralelismo proposta.
Fig. 12. Resultados experimentais, a vazio e em regime permanente, Fig. 13. Correntes de mesma fase, mas de distintos módulos, em
para uma fase, mostrando a tensão e as correntes sintetizadas por conjunto com a de carga, em um evento com a inserção de ambos
distintos módulos juntamente com a corrente da carga (IA = 0,0 A). conversores simultaneamente para o suprimento de 100% de carga.
REFERÊNCIAS
Fig. 15. Resultados experimentais com tensões e correntes em [1] T. B. Lazzarin, G. A. T. Bauer, I. Barbi, “A Control
um evento de conexão em paralelo de um módulo adicional para Strategy for Parallel Operation of Single-Phase Voltage
suprimento da carga. Source Inverters: Analysis, Design and Experimental
Results”, IEEE Transactions on Industrial Electronics,
vol. 60, no. 6, pp. 2194–2204, Jun 2013.
[2] I. Muller, Y. Blauth, C. Pereira, G. Gabiatti, G. Bonan,
“Simplifying the design of parallel-connected UPS
inverters by means of the per unit system”, in Brazilian
Power Electronics Conference – COBEP, pp. 544–550,
2009.
[3] T. Jappe, T. Lazzarin, C. Arbugeri, S. Mussa,
“Control strategy for three-phase four-wire PWM VSI
parallel connected in UPS applications”, in IEEE 23rd
International Symposium on Industrial Electronics
(ISIE), pp. 443–448, 2014.
[4] C. Arbugeri, T. Jappe, T. Lazzarin, S. Mussa,
Fig. 16. Resultados experimentais com tensões e correntes em um “Implementation of a control strategy for three-phase
evento de desconexão de um módulo. Após a desconexão, a carga four-wire VSI parallel connected”, in International
passa a ser suprida exclusivamente pelo conversor remanescente. Symposium on Power Electronics, Electrical Drives,
Automation and Motion (SPEEDAM), pp. 1043–1048,
VI. CONCLUSÕES 2014.
[5] M. Prodanovic, T. C. Green, H. Mansir, “A survey of
Uma estratégia de paralelismo de inversores trifásicos de control methods for three-phase inverters in parallel
tensão, a quatro fios, foi proposta. As principais característica connection”, in Eighth International Conference on
são: (i) simplicidade de implementação; (ii) boa regulação Power Electronics and Variable Speed Drives, pp.
estática da tensão sintetizada na carga; (iii) rápida resposta 472–477, 2000.
dinâmica na rejeição de distúrbios de carga, assim como [6] C. Arbugeri, T. Lazzarin, S. Mussa, “A digital
eventos de conexão/desconexão de conversores em paralelo; communication system for a control strategy employed
(iv) ausência de um elo de comunicação entre os conversores in the parallelism of three-phase voltage source
estáticos e (v) robustez na operação sincronizada dos circuitos inverter”, in 15th European Conference on Power
de potência. Electronics and Applications (EPE), pp. 1–7, 2013.
A estratégia de paralelismo é classificada como de controle
II. ESTÁGIO DE ENTRADA COM DUPLA Salienta-se que o estágio de entrada proposto neste trabalho,
FUNCIONALIDADE em comparação às demais topologias citadas, requer a adição
de tiristores para controle do fluxo de potência do banco de
A. Descrição do Circuito baterias, os quais acrescentam perdas ôhmicas ao sistema e
O estágio de entrada com dupla funcionalidade proposto requerem um circuito de acionamento específico. Contudo, o
neste trabalho é composto pelo circuito de entrada, circuito custo da utilização de um conversor dedicado para a
auxiliar, um barramento CC dividido e um banco de baterias, carga/descarga das baterias (que também requer a utilização de
como mostrado na Figura 2, onde L1 é o indutor do lado da circuitos de acionamento) ainda é mais significativo.
rede, L2 é o indutor no lado do conversor, C1 é o capacitor do Para fins de manutenção da UPS, o circuito é
filtro de entrada, Laux é o indutor do circuito auxiliar e Cbar1 e desenergizado e a potência demandada pela carga é
Cbar2 são os capacitores equivalentes do barramento CC. O suprida diretamente pela rede elétrica através da chave de
neutro da rede é conectado à carga e ao ponto central do bypass, possibilitando a operação a quatro fios e
barramento CC. O circuito de entrada é composto por três eliminando a necessidade do transformador isolador. Esta
braços de interruptores e um filtro passa-baixas LCL. O conexão resulta em uma solução compacta, eficiente e de
circuito auxiliar é constituído por um indutor e um braço de baixo custo[20]. As chaves de transferência que conectam
interruptores. As chaves de transferência T1 e T2 realizam a o filtro de entrada à rede são necessárias em qualquer
conexão ou a desconexão de partes do circuito de acordo com topologia UPS para adequada operação da chave de
o modo de operação da UPS: normal e bateria. Quando as bypass, não sendo exclusivas do trabalho em questão.
chaves se encontram na posição 1 a UPS opera em modo Em modo normal de operação, o qual ocorre quando a
normal. A posição 2 é referente ao modo bateria de operação. tensão da rede está dentro de limites preestabelecidos, os
As chaves de transferência do circuito de entrada são terminais r, s e t de entrada são conectados ao filtro LCL, e o
compostas por tiristores para a conexão com a rede ou com o circuito de entrada da UPS é empregado como retificador
banco de baterias, uma vez que estes dispositivos permitem trifásico, realizando a correção do fator de potência e mantendo
uma rápida transferência entre os modos de operação. Para a a tensão do barramento CC regulada. Para evitar o desequilíbrio
conexão com a rede são utilizados tiristores em antiparalelo, das tensões dos capacitores do barramento CC em modo
formando uma chave bidirecional em corrente [19]. Para a normal, uma malha adicional de controle da tensão diferencial é
utilização de chaves eletromecânicas, o tempo de incluída [21]. O circuito auxiliar é utilizado para a carga do
transferência considerado deve ser maior, uma vez que estes banco de baterias, sendo dimensionado de acordo com a
equipamentos apresentam um tempo maior de abertura e corrente de carga, ou seja, entre 5% e 20% da potência nominal
fechamento dos contatos, o que exige maiores capacitores de da UPS, dependendo do método de carga empregado [22].
barramento. Para o circuito auxiliar são utilizados relés, pois Quando a tensão da rede de alimentação encontra-se fora dos
este circuito opera com baixas correntes e não é necessária limites adequados, a UPS opera em modo bateria de operação.
uma transferência rápida entre os modos de operação. Neste modo, o circuito de entrada é desconectado da rede
através de chaves de transferência e conectado ao banco de
baterias, sendo utilizado como um conversor boost,
descarregando o banco de baterias e evitando a utilização de um
circuito adicional para esta função, o qual deveria ser
dimensionado para potência nominal da UPS. Como não é
necessária a carga das baterias neste modo, o circuito auxiliar é
utilizado para equilibrar as tensões sobre os capacitores de
barramento, uma vez que a configuração que o circuito de
entrada assume para a descarga das baterias impede que o
mesmo possa efetuar a equalização das tensões nesse modo de
operação. Para isso, as chaves de transferência desconectam o
Fig. 2. Estágio de entrada com dupla funcionalidade aplicado a indutor do circuito auxiliar do terminal positivo do banco de
uma UPS de alto desempenho. baterias e conectam ao ponto central do barramento capacitivo.
Po (2Vbar 3V p ) S1 S2 S3
Cbar1 Req1
Cbar 2
(1) 3 x L2 vbar 1(t)
2 f swVbar Vbar )
(a)
2x Cb a r x Cba r 2
2
(b)
Fig. 5. Estrutura de controle do circuito de entrada com dupla funcionalidade. (a) Operação como retificador trifásico e equalizador das
tensões de barramento. (b) Descarregador do banco de baterias.
80 100
40 50
0 0
180 -90
0
-180 -135
-360
-540 -180
0 1 2 3 4 -1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (Hz) Frequência (Hz)
(a) (b)
40 100
20
0 50
-20
-40 0
-80
0 -90
Fig. 8. Plataforma Typhoon HIL 402 utilizando o DSP da Texas
-45 Instruments TMS320F28335.
-90 -135
-135
-180 -180 -1 0 1 2
-1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (Hz) Frequência (Hz)
(c) (d)
Giaux ( z ) Giaux ( z )Ciaux ( z ) Gvdaux ( z ) Gvdaux ( z )Cvdaux ( z )
Fase ( º) Ganho (dB)
80 40
60 0
40 -40
20 -80
0 180
90
-45
0
-90 -90
-135 -1 -180
0 1 2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (Hz) Frequência (Hz)
(e) (f)
Fig. 7. Diagramas de Bode das plantas e dos sistemas considerando
os controladores projetados. (a) Corrente de entrada para o modo
normal e para o modo bateria de operação. (b) Tensão total de Fig. 9. Tensão e corrente da fase r. Operação com 20 kW de carga.
barramento para o modo normal de operação. (c) Tensão diferencial THDi = 2,2 %, FP = 0,99.
de barramento para o modo normal de operação. (d) Tensão total de
barramento para o modo bateria de operação. (e) Corrente do
indutor do circuito auxiliar para o modo bateria de operação. (f)
Tensão diferencial de barramento para o modo bateria de operação.
4
Tensão (Vbar)
VI. RESULTADOS HARDWARE-IN-THE-LOOP Corrente (iL2r)
1
Transição entre os 2
1
2 Corrente (iL2r, iL2s, iL2t) modos de operação da UPS Corrente (iL2s)
3
1 50 A 2 50 A 3 50 A 4 100 V 10 ms
(b)
1 20 A 2 20 A 3 20 A 4 100 V 200 ms
Fig. 13. Transição entre os modos de operação. Tensão de
Fig. 11. Degrau de carga linear (20%-100%-20%). Modo bateria de barramento e correntes nos indutores do lado do conversor. (a)
operação. Tensão de barramento e correntes nos indutores do lado
Modo normal para modo bateria. (b) Modo bateria para modo
do conversor. normal.
Primeiro A. Autor1, Segundo B. Autor2 (Nomes dos Autores, 12 Pt, Centrado Abaixo do Título)
1
Primeira Afiliação, Cidade – UF, País (10 Pt, Centrado Abaixo dos Nomes dos Autores)
2
Segunda Afiliação (se necessário), Cidade – UF, País (10 Pt, Centrado Abaixo dos Nomes dos Autores)
e-mail: autor1@email.br, autor2@email.com
A. Apresentação do Texto
Os artigos submetidos para publicação na Revista
Eletrônica de Potência devem possuir, preferencialmente,
oito ou menos páginas. Artigos com um maior número de
Nota de rodapé na página inicial será utilizada apenas pelo editor para páginas deverão pagar uma taxa (R$ 150,00 por página extra
indicar o andamento do processo de revisão. Não suprima esta nota de para autor correspondente membro da SOBRAEP ou R$
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AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS