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A IGUALDADE ATRAVÉS DA PROPOSTA FILOSÓFICA DO

CONHECIMENTO CRÍTICO ACESSÍVEL E A EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA NA


PRÁTICA DA LIBERDADE
Andréia Gomes Mendes1

Resumo: Este artigo articula uma perspectiva hermenêutica entre Hannah Arendt e Karl Marx sobre a
importância do conhecimento crítico, da educação em sua influência e reflexos na construção social,
disparidades e manutenção do poder sob a concepção de um modelo estrutural como o molde histórico
inserido e que se projeta em um modelo político de dominação elitista estruturando a formação social;
e sob apropriação e privatização desse conhecimento para manutenção do domínio do poder resultando
na alienação e estrutura social de disparidades, monopólio do poder e privilégios elitistas.

Palavras-chave: Conhecimento. Liberdade. Karl Marx. Educação. Hannah Arendt. Política.

Abstract: This article discusses the importance of critical knowledge, of education in its influence and
reflections on social construction, disparities and maintenance of power under the conception of Hannah
Arendt who articulates the structural model as the inserted historical mold projects a political model of
elitist domination structuring social formation; and Karl Marx in the perspective of appropriation and
privatization of this knowledge to maintain the domain of power resulting in the alienation and social
structure of disparities, monopoly of power and elitist privileges.

Keywords: Knowledge. Freedom. Karl Marx. Education. Hannah Arendt. Policy.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Velhas contradições históricas escondem-se nos dilemas onde idealismo e materialismo
se sobrepõem às questões sociais e o social passa a ser uma conjectura de ascensão e
manutenção do poder impossibilitando qualquer espaço de solução para as verdadeiras questões
sociais. Torna-se quase impossível conhecer ou ter uma mera ideia a cerca da liberdade.
A tradição histórica nos diz que somos livres, e temos a suposição prática dessa liberdade.
A questão é que, a verdade se evidencia por quem a liberdade é estabelecida. Quem conduz e
condiciona o que é autonomia.
Tornar a verdade um fato não condicional e a teoria de seu significado uma ação infundida
no conhecimento, e no ato de pensar e ser, sob a magnitude do problema onde se enfatiza na
própria discussão e se revela não só na expressão social mas na forma e em que se estrutura o
poder.
Detectar os perigos infringidos contra a própria moral e de padrões crescentes sobre a
falta de seriedade sobre o sistema escolar e na intensidade da distorção do conhecimento,

1
Graduanda em Pedagogia – Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. E-mail: andreiadmg@hotmail.com.
podemos pensar que não pertencemos a uma natureza social, mas a um sistema de privilégios
de classe.
Precedentemente, o seguinte faz uma reflexão na construção histórica do poder sob o
domínio do conhecimento com finalidade à formação social de classes, onde para que a
liberdade se idealize, é necessário abrir novos caminhos e repensar essa estrutura na educação.

Herança do poder em Hannah Arendt


A tradição de nosso pensamento político teve seu início definido nos
ensinamentos de Platão e Aristóteles. Creio que ela chegou a um fim não
menos definido com as teorias de Karl Marx. O início deu-se quando, na
alegoria da caverna, em A República, Platão descreveu a esfera dos assuntos
humanos, tudo aquilo que pertence ao convívio de homens em um mundo
comum, em termos de trevas, confusão e ilusão, que aqueles que aspirassem
ao ser verdadeiro deveriam repudiar e abandonar, caso quisessem descobrir o
céu límpido das ideias eternas. O fim veio com a declaração de Marx de que
a Filosofia e sua verdade estão localizadas, não fora dos assuntos dos homens
e de seu mundo comum, mas precisamente neles, podendo ser “realizada”
unicamente na esfera do convívio, por ele chamada de sociedade. (ARENDT,
2016, p. 39)

Hanna Arendt apresenta em seu livro Entre o passado e o futuro, o eterno passado em
que vivemos por herdar a política estruturada nos domínios sobre a educação do povo. Em como
a liberdade é simbolizada em um tesouro desconhecido somente imaginado e acessível como
privilégio por poucos que detém a chave (educação) para seu acesso e sobre o potencial da
educação libertadora como esta chave para acessar esse baú.
A política é imprescindível à manutenção da sociedade onde todo conjunto humano está
ligado à uma política desde as estruturas mais simples às mais complexas, na convivência
familiar, igreja, escola, sociedade, política. É fundamental no acesso à direitos para
sobrevivência e cumprimento de deveres para a garantia e manutenção da continuidade dessa
sociedade. Às possibilidades de formação para alçar seu potencial individual consequente
comunitário na liberdade para o exercício pleno de ser.
A política não é domínio, mas ação para concretizar objetivos na preservação da vida, e
filosoficamente falando, seu entendimento não está ligado à soberania, mas na garantia de
acesso aos direitos e igualdade para o exercício da liberdade.
Nas concepções de Hannah Arendt a política atua diretamente na igualdade e liberdade,
onde sem esses propósitos há somente o poder que trabalha para si. A política não é um
instrumento de monopólio, mas o patamar para uma sociedade liberta.
Mas na realidade, a política distancia-se em demasia desses pressupostos. A organização
das massas é baseada em ideologias de dominação onde se justifica o mal tornando-o plausível
sob o domínio do poder de uns sob os outros, e por interesses egoístas.
A autora propõe em sua introdução um pressuposto onde o objetivo político igualitário
dos governantes e governados não se distinguem e a ação é de comum acordo e em conjunto.
E a herança política é apenas um reflexo de um passado inferior onde sugere que estamos presos
à essas concepções para a manutenção de uma elite.
A concentração e manutenção do poder não só reproduz o contexto social, como furta o
direito à liberdade e igualdade e induz à uma falsa realidade sob uma sensação de autonomia
pautada em mentiras. A liberdade torna-se um produto ilusório da convivência onde a negação
da verdadeira liberdade é a ausência do conhecimento.
Uma política de qualidade equitativa gera uma estrutura social libertária do conceito de
poder, onde em conjunto com o povo com quem à administra o poder se desconstrói e torna-se
um direito ao domínio da própria liberdade.
A impotência, submissão e ausência de um diálogo, à margem de uma tirania
governamental é a estrutura inicialmente construída e constituída pela ausência do
conhecimento. A prática da liberdade depende de uma educação igualitária de conhecimento
crítico homogêneo e acessível para uma atuação libertadora.
O propósito da política é construir a estrutura social para fornecer a cada cidadão ascensão
de seu próprio potencial baseado no acesso ao conhecimento. O poder não é domínio da política.
A política tem a incumbência de dar acesso aos direitos igualitários para o cidadão se construir
através do conhecimento e sua liberdade o seu potencial humano; que consequente molda a
sociedade ao redor. Ter desse domínio como forma de valor para se privilegiar corrompe e
arruína toda a estrutura social.
Ter autoridade significa que se está autorizado a utilizar seus recursos para um bem maior;
neste caso o de toda sociedade em seu conjunto; e lhe é concebido direitos e deveres como
recurso para um fim comum. E fazer política na base do exercício do poder é coibir a igualdade
e afrontar a liberdade dos direitos na desfaçatez do abuso desse poder. A crise política é o
resultado do errado exercício dessa autoridade em benefício de uma elite que passa a privilegiar
esses ideais.
A suposição de que as distinções não são importantes tratando do ângulo da autoridade
gera um problema na liberdade onde
O campo em que a liberdade sempre foi conhecida, não como um problema,
é claro, mas como um fato da vida cotidiana, é o âmbito da política. E mesmo
hoje em dia, quer o saibamos ou não, devemos ter sempre em mente, ao
falarmos do problema da liberdade, o problema da política e o fato de o
homem ser dotado com o dom da ação; pois ação e política, entre todas as
capacidades e potencialidades da vida humana, são as únicas coisas que não
poderíamos sequer conceber sem ao menos admitir a existência da liberdade,
e é difícil tocar em um problema político particular sem, implícita ou
explicitamente, tocar em um problema de liberdade humana. A liberdade,
além disso, não é apenas um dos inúmeros problemas e fenômenos da esfera
política propriamente dita, tais como a justiça, o poder ou a igualdade; a
liberdade, que só raramente – em épocas de crise ou de revolução – se torna o
alvo direto da ação política, é na verdade o motivo por que os homens
convivem politicamente organizados. Sem ela, a vida política como tal seria
destituída de significado. A raison d’etre da política é a liberdade, e seu
domínio de experiência é a ação. (ARENDT, 2016, p. 172)

Ignorar a espontaneidade e individualidade que são as manifestações humanas mais


propícias ao novo é limitar o conhecimento e impor limites à própria essência e existência que
se reflete na sociedade. Como Hannah Arendt diz, a liberdade para o indivíduo é um fato na
vida cotidiana que não é visto como um problema por não reconhecer seu domínio total no
âmbito político que a tem como um subproduto de domínio público. Liberdade e política estão
interligadas.
Platão fala sobre tornar o conhecimento algo maior que a própria existência; e no
potencial humano aprimorar seu conceito primordial, alçar a liberdade e o indivíduo para a
sociedade.
A harmonia não vem de igualdade de pensamentos, mas da concepção de um ideal ético
para todos, a harmonia vem do respeito individual para o social. Na verdade a equidade depende
desse diferencial individual que estrutura e molda a pluralidade e garante a formação na
construção libertária no desenvolvimento da sociedade.
Prender-se ao passado é suportar o peso histórico de continuar sendo o que já foi. O
potencial da mudança através do conhecimento crítico está em se poder ter escolhas e poder
fazê-las; ser livre para isso. Para o exercício da liberdade e igualdade é necessário transformar
o estado político dominador corrupto, formador da disparidade social e ascensão de uma
minoria privilegiada através de atitudes vinculadas à formação de suas raízes: o monopólio do
conhecimento. Somos indivíduos construídos socialmente, e dentro desse contexto temos nossa
própria identidade e isso sugere confrontar ideais estruturais. Transformar a ideia de sermos
apenas fantoches maleáveis ao serviço do poder. Ressignificar a modificação social de a
mudança só pode insurgir da violência. Adquirir uma nova face de libertação baseada em
conhecimento crítico, educação libertadora, uma nova identidade emancipada na educação.

O problema da educação no mundo moderno está no fato de, por sua natureza,
não poder esta abrir mão nem da autoridade, nem da tradição, e ser obrigada,
apesar disso, a caminhar em um mundo que não é estruturado nem pela
autoridade nem tampouco mantido coeso pela tradição. Isso significa,
entretanto, que não apenas professores e educadores, porém todos nós, na
medida em que vivemos em um mundo junto à nossas crianças e aos jovens,
devemos ter em relação a eles uma atitude radicalmente diversa da que
guardamos um para com o outro. Cumpre divorciarmos decisivamente o
âmbito da educação dos demais, e acima de tudo do âmbito da vida pública e
política, para aplicar exclusivamente a ele um conceito de autoridade e uma
atitude face ao passado que lhes são apropriados mas não possuem validade
geral, não devendo reclamar uma aplicação generalizada no mundo dos
adultos. (ARENDT, 2016, p.222)

É preciso repensar a relevância de nosso próprio propósito sem sermos obtusos ao nosso
passado de onde surge a experiência, mas sem utilizar dos mesmos métodos pensando em novos
resultados. Abrir um paralelo existencial, um momento despido desse eterno passado, dessa
herança, acabando com a privatização de direitos essenciais e do acesso à verdadeira liberdade.
Humilhados sob os domínios de uma política elitista que privatiza o conhecimento na
industrialização da liberdade e distorção de seu conceito para seus moldes sociais pré-
concebidos num domínio sobre o outro, sobre a própria história, numa dinâmica da imposição
da impotência pela estrutura.
O passado é inerente, como um alicerce dessa construção e não a reflexão para algo
melhor. O significado desta herança é o domínio do próprio tempo onde o futuro é um mero
reflexo de um mesmo resultado, de ações pre-concebidas para um poder exclusivo.
Sair do jogo entre o passado e o futuro e traçar um paralelo a converter o curso do tempo
na forma gradativa e convergente até se tornar relevante na doutrina do conhecimento crítico é
impulsionar-se à um futuro na perspectiva de reconstrução do presente respeitando a existência
desse passado. Pautar o saber é abdicar dos pré-conceitos. Desvestir ideologias, ser crítico pelo
conhecimento e modificar-se no necessário pelo necessário na reconstrução gradativa baseada
na educação crítica como proposta para a igualdade.
Sobre a liberdade, Hannah Arendt a compara como a um tesouro. Mas como se rouba
algo que nunca lhe foi dado? Herdamos a ilusão de sermos livres. O monopólio da liberdade e
da igualdade é uma herança política tão intrínseca ao conceito de sociedade que seria uma utopia
uma existir sem a outra.

A liberdade, no campo da Política, é um problema central, para não dizer um


axioma, a partir do qual agimos. Entretanto, no campo do pensamento o
pressuposto a partir do qual raciocinamos é exatamente oposto: nada vem do
nada (nihil sine causa). De fato, num exame teórico sobre uma determinada
ação, ela parece normalmente resultar, conjunta ou separadamente, ou da
causalidade da motivação íntima dos seus protagonistas ou do princípio geral
de causalidade que regula o mundo externo dentro do qual se inserem estes
protagonistas. Esta dicotomia, diz Hannah Arendt, é aparente e só surge
quando se identifica política e pensamento, obscurecendo-se desta maneira o
fenômeno da liberdade. (ARENDT, 2016, p.20)

Em seu prefácio Hannah sugere que a liberdade nunca foi real, como uma miragem para
recriar a vontade suficiente a almejar um patamar pré-fabricado pela mídia “o combustível” que
mantém a engrenagem social, como uma barganha num vislumbre de um sucesso pré-concebido
para produzir da vontade em executar seus propósitos como ferramenta para nivelar as camadas
sociais atrás do que se é permitido conhecer para manter a máquina do poder. Afinal, porque a
elite tornaria seu próprio conhecimento acessível se não lhe é de interesse dar a todos essa
mesma ascensão. Quando se crê que é livre e vive-se essa ilusão, acredita-se na realidade e não
percebe que é uma mentira imposta e o pensamento já não é liberto.
Sem o conhecimento não há a liberdade de querer ois não se enxerga as verdadeiras
possibilidades e almejar amplos propósitos, e o significado do que se é ser livre perde-se junto
com a relevância do que se é ético. A conquista baseada na ascensão social é uma ilusão de
liberdade sob uma falsa realidade.
Karl Marx previu os ciclos históricos que industrializou o conceito de história, como algo
pré concebido.. Vive-se com o mal e à ignorância, numa realidade fundada no monopólio do
conhecimento por sob interesses resultando na ausência de liberdade. Há a construção errônea
de que ascensão social é conquista de poder, e como parte da formação do ciclo, não adianta
destituir quem domina pois o dominado irá alçar esse mesmo posto, na substituição do opressor
pelo oprimido.
Para a igualdade e o domínio da liberdade deixar ser uma utopia é necessário abrir
caminhos através da educação e repensar velhas respostas existentes em uma educação crítica
com ação fundamentada no pensamento, num compromisso com a busca de um novo resultado
para antigos problemas, na implantação do saber, do empreender sob a realidade e conceituar a
ação na modificação da nossa realidade como o acesso à cultura e lazer na formação cultural,
acesso à educação crítica; filosofia, sociologia, política, educação financeira, uma educação
num eixo libertário. O conhecimento capacita o homem a inserir-se no meio social, torná-lo
ativo na forma prática para o seu bem e o bem comum e o exercício da liberdade a ter acesso
aos seus patamares ideológicos. Da-lhe o direito de fazer parte desse mundo, em toda a sua
complexidade com acesso às ferramentas para isso. Orientar as pessoas por entre esses
territórios preestabelecidos numa atitude de reconhecimento próprio e na unção de um saber
construtivo libertador é um passo para o salto. A autenticidade de fomentar a singularidade
humana em uma educação verdadeira e libertadora, de acesso comum na construção intelectual,
social e moral; sugere respeito ao indivíduo e sua essência e projeta à reconstrução de um todo.
Num exercício pragmático e gradual, praticando a filosofia da moral. Para Hannah Arendt a
educação é a continuidade do mundo.
Reconsiderando o velho ditado latino, percebemos, pois, não sem certa
surpresa, que o sacrifício da verdade para a sobrevivência do mundo seria mais
fútil do que o sacrifício de qualquer outro princípio ou virtude. Enquanto
podemos nos recusar a indagar se a vida ainda seria digna de ser vivida em
um mundo destituído de noções tais como justiça e liberdade, o mesmo,
curiosamente, não é possível com respeito à ideia de verdade, aparentemente
tão menos política. O que se acha em jogo é a sobrevivência, a perseverança
na existência (in suo esse perseverare), e nenhum mundo humano destinado a
perdurar após o curto período de vida dos mortais seria capaz de sobreviver
sem que os homens estivessem propensos a fazer aquilo que Heródoto foi o
primeiro a empreender conscienciosamente – a saber, légein tá eónta, dizer o
que é. Nenhuma permanência, nenhuma perseverança da existência podem ser
concebidas sem homens decididos a testemunhar aquilo que é e que lhes
aparece porque é.(ARENDT, 2016, p.255)

A linha tênue que separa a comunhão de pensamentos igualitários da prática dos direitos,
jamais será transposta sob a conjectura que a formação das massas opera, e impor uma ideologia
não é o mesmo que praticar a igualdade de pensamento.
A educação libertadora está no engajamento humano para os elementos característicos
que tornam a sociedade consciente e livre. Livre do sistema da meritocracia da ascensão, num
estado libertador no verdadeiro conhecimento onde a sabedoria torna a felicidade um bem
comum na construção de ideais sociais em uma abordagem única e reacionária à esse sistema.
Questionar superando as distorções destrutivas de domínio do conhecimento como herança do
poder. Transpor ideais filosóficas para a prática e conduzir diretamente à ação política.
Concentrar-se insistentemente em um único pensamento a torna unilateral. A força produtiva
vem da individualidade, e torná-la um produto de construção de ideias reacionárias contra o
poder, ideias únicas e conjuntas, um conglomerado de difusão filosófica crítica acionária à abrir
as portas dessa convergente na ascensão da ação no saber. A união desses conjuntos de
individualidades conduz a uma revolução única onde a igualdade na construção do
conhecimento através da diversidade faz a transformação. Abandonar as ideias egoístas
humanos e aspirar o propósito do conhecimento libertador, verdadeiro, crítico, acessível. Um
ideal presente e continuo não apenas na produção de um legado permanente e verdadeiro; mas
também viver para algo que não veremos mas necessário para um futuro verdadeiro.
O declínio da aprendizagem é um problema político que sob o domínio do poder a usa
exclusivamente limitando o conhecimento para a manutenção deste. Sem o devido
conhecimento a sociedade não pode agir. A faculdade da liberdade é propícia do conhecimento
crítico, do acesso à educação igualitária e do exercício libertário. O direito à uma educação
plena é incontestável e a responsabilidade do seu acesso total é política. A ação dos direitos está
envolvida com o exercício do poder, que os nega em pró da manutenção da elite.
Historicamente há esforços de grandes pensadores na fuga dessa herança de pensamento
político. Mas a dominação irrevogável totalitária do poder não promovem esses ideais
filosóficos.
A liberdade, além disso, não é apenas um dos inúmeros problemas e
fenômenos da esfera política propriamente dita, tais como a justiça, o poder
ou a igualdade; a liberdade, que só raramente – em épocas de crise ou de
revolução – se torna o alvo direto da ação política, é na verdade o motivo por
que os homens convivem politicamente organizados. (ARENDT, 2016, p.172)

Deve-se reconstruir um posicionamento diferente num desenvolvimento contínuo do


presente, projetando para alem do sistema numa prática filosófica crítica de igualdade na
educação sem as perspectivas das heranças passadas e centrada na fuga do exercício totalitário
do poder. Sobrevir uma ruptura e mantê-la. Um fio divergente conduzindo continuamente uma
onda em valores capaz de insurgir outros pensamentos. Esse desenvolvimento conjunto torna
um presente eterno unilinear de construção educacional crítica, um paralelo, uma corrente
convergente de pensamentos e ações conjuntas em diagonal para o novo.
Todas as reflexões levam a um único consenso: a proposta catalisadora dos saberes
diversos na dispersão do poder e difusão na igualdade da educação crítica e libertadora é o
caminho.
Karl Marx e a indústria do conhecimento
A crise social não se desfaz; superamos a escravidão, o trabalho servil mas vivenciamos
agora a época do trabalho assalariado somente como fonte de sustento e produção de capital. E
como fazer a dissociação da educação e conhecimento dos vínculos com o poder para
finalmente exercer a educação com as práticas sociais e a criação emancipatória da
intelectualidade e a civilidade do povo?
Sobre a perspectiva de Karl Marx abre-se um diálogo interpretativo de como a elite
dominante do poder regula educação num subproduto para a produção de capital, manutenção
do sistema e absolutismo dessa mesma elite. Em suas formulações Manuscritos Econômico-
filosóficos faz uma análise de como o trabalho executa o modo de produção fundamentado no
consumo e coloca o empregado somente como força de trabalho à venda e submetendo-se.

O estranhamento do trabalhador em seu objeto se expressa, pelas leis nacional


econômicas, em que quanto mais o trabalhador produz menos tem para
consumir, que quanto mais valores cria, mas sem valor mais indigno ele se
torna, quanto mais bem formado seu produto, tanto mais de formado ele fica,
quanto mais civilizado seu objeto, mais bárbaro o trabalhador que quanto mais
poderoso o trabalho, mais impotente o trabalhador se torna, quanto mais rico
de espírito o trabalho, mais pobre de espírito e servo da natureza se torna o
trabalhador. A economia nacional oculta o estranhamento na essência do
trabalho por que não considera a relação imediata entre o trabalhador o
trabalho e a produção. Sem dúvida. O trabalho produz Maravilhas para os
ricos, mais produz privação para o trabalhador. Produz palácios, mas cavernas
para o trabalhador. Produz beleza, mas deformação para o trabalhador.
Substitui o trabalho por máquinas, mas lança uma parte dos trabalhadores de
volta há um trabalho bárbaro e faz da outra parte máquinas. Produz espírito,
mas produz imbecilidade, cretinismo para o trabalhador. (MARX, 2008, p.82)

A sentido da produção do trabalho é o consumismo da massa. O estímulo frequente da


mídia sobre o conceito do que é prioridade ou adequado ao consumo e o que é realmente
importante se consumir reafirma esse vínculo. O resultado do trabalho distancia-se da
realização profissional, os homens produzem, consomem e a igualdade humana se distorce
numa conversão de valores onde o trabalho e o que se consome torna-se mais importante que
os valores pessoais e sociais. O valor do produto do trabalho se sobrepõe as relações sociais. O
humano torna-se uma ferramenta de obtenções de lucros em função da mídia e para uma elite.
A educação torna-se um fator determinante do tipo de formação, para que trabalho, consumo e
estrutura, como uma classificação. Assim quem reter conhecimento já e uma educação de
qualidade privilegiada exercerá domínio sob essa estrutura.
A realização do trabalho requer conhecimento e o conhecimento implica na educação
para os meios; para a classe desfavorecida torna-se um meio para a sobrevivência e um fim para
exercer o consumismo da moda imposta pela mídia; para a elite é um produto para o exercício
de seu poder; afinal quanto maior seu conhecimento e consciência sobre a realidade maior é a
realização e a prática. Há um monopólio do conhecimento pela elite para sua própria
manutenção. A privatização da educação nivela os níveis de conhecimento e castra a liberdade
da própria produção deste.
Na educação enquanto o homem se ver nessa conjectura alienado as suas próprias
implicações como ser social transformar-se-a em objeto ou produto para fins e lucros dum
sistema distorcido do valor do conhecimento. Forma-se um paradoxo onde perde-se a essência
de ser livre e a própria individualidade. Isso pode ser traduzido num sistema escolar onde se
forma o homem em relação ao trabalho e não às possibilidades e potencialidades de seu
conhecimento. Há a formação do homem que relaciona o ganho do trabalho e o que é avaliado
como objeto de valor pela mídia consigo mesmo. Há uma omissão e deturpa-se ideia de
conhecimento, onde se anula sua individualidade e suas concepções sociais.
A produção capitalista torna a alienação um pressuposto para a construção das classes.
Há um nivelamento do conhecimento para o poder.
Nesse sentido, a educação transforma-se num valor de apropriação para obtenção de
produtos e não a construção de valores; estruturada no consumo e relações materiais e o
indivíduo não se reconhece no próprio trabalho, não se realiza. O trabalho vira um processo
para se obter algo e afirmar sua identidade no capitalismo excluindo o humano e o social. Daí
a produção de conhecimento torna-se um produto, consequente um molde para a formação das
classes sociais. A política de construção que dá privilégios aos burgueses utiliza a educação
como um sistema de forma a obter prioridades em sua formação e obter a reprodução continua
das diferenças classes. A apropriação do conhecimento está interligada a estrutura de poder e
seus limites impostos castram a liberdade de pensamento crítico.

O progresso que, portanto, o trabalho humano realiza sobre o produto natural


elaborado, não eleva o salário, mas em parte, o número de capitais possíveis
de ganho, e em parte, a proporção de cada capital subsequente com o anterior.
Ele ganha duplamente: primeiro com a divisão do trabalho, segundo,
geralmente com o progresso que o trabalho humano imprimi sobre o produto
natural. Quanto maior a participação humana em uma mercadoria, tanto maior
o ganho do capital morto. (MARX, 2008, p.45)
O trabalho não é apenas um instrumento para satisfazer as necessidades criadas na
sociedade, mas o fruto de uma educação forjada no conhecimento para se exercer uma função.
Ela atravessa as escolas e aborda o homem na ordem social. Trabalho e realização pessoal
deveriam estar vinculadas ao conhecimento e uma educação plena na consciência de que sua
prática afeta as pessoas ao redor e transforma a sociedade. Trabalhando em sociedade converte-
se em equidade de direitos e deveres na manutenção da ordem. Uma educação para a construção
da consciência da unicidade na totalidade torna o indivíduo na transformação do conjunto. A
partir do momento em que sua formação como indivíduo importa e a utilização dos
conhecimentos na sociedade torna-se um instrumento determinante de transformação surge
uma nova ordem social.
Em O Capital Marx demonstra como o capitalismo torna o homem alienado sobre si e
sobre a sociedade. O sistema escolar fortalece essa relação no momento em que a política o
molda como base para a afirmação desse sistema e o transforma em uma rede privada de
produção e obtenção de lucros.
Mesmo o capitalismo tomando o poder e estruturando essa consciência atualmente;
tornando todo fim justificável, devemos usar a consciência e dissociar esse pensamento.
Reformular a ideia de idealizar um propósito no trabalho de realização pessoal e adicionar a
consciência da realidade social, demonstrando a importância não só da formação individual
mas um propósito para o conjunto.
Desfazer a trama do sistema capitalista é quase permissível se enredar no mesmo. Mas
traçar um novo padrão, uma nova ideologia fio a fio, educar criticamente, dar acesso ao
conhecimento livre é o meio mais promissor de transformação social. Mas e o que seria possível
a essa realidade? A determinação na transformação projetada na educação para a formação e
transformação social.
A mudança da realidade depende das possibilidades e do conhecimento dessa realidade:
como tornar a sociedade livre dos domínios que ela não enxerga? O conhecimento crítico e
acessível a todos definharia aos poucos à própria estrutura do poder que se privilegia de seu
domínio; pois a verdadeira educação é a ferramenta de transformação social e a principal
ferramenta para o seu controle social.

As mais importantes operações do trabalho são reguladas e dirigidas segundo


os planos e especulações daqueles que aplicam os capitais e o objetivo que
eles pressupõem em todos estes planos e operações é o lucro (…) O interesse
dessa classe não tem, portanto, a mesma ligação com o interesse geral da
sociedade. O interesse particular daqueles que exploram um ramo do
comércio e em certo sentido sempre diferente do interesse público e
frequentemente até mesmo contraposto à ele de maneira hostil. Esta é uma
classe de gente cujo interesse jamais será exatamente o mesmo que o da
sociedade, que tem em geral um interesse, o de enganar e sobrecarregar o
público. (MARX, 2008, p.47)

A construção do futuro depende de como se desenvolverá a educação no presente e como


ela exercerá sua função social. Repensar o presente da educação, seus valores e sua verdadeira
função na reconstrução de uma sociedade justa é essencial para o futuro.
O homem é um ser coletivo onde seu individual exerce poder sobre si e os demais e a
fugacidade da vida não anula o indivíduo na coletividade onde a extensão de sua essência se
projeta para além, para o futuro, para a sociedade e frusta a própria morte. A educação
emancipada na individualidade liberta o social. Pois o homem é uma extensão de si mesmo nas
práticas sociais onde se perpetua e a apropriação do conhecimento crítico na manipulação da
educação para a formação e concepção de uma ordem social sob uma estrutura de elites e
monopólio do poder para o fundamento do capitalismo e anulação significados do humano não
só reflete a sociedade como também no futuro. O conhecimento crítico e ético numa formação
educacional livre, é essencial para rescindir esses ideais egoístas da elite. O sentido do indivíduo
sem a integração social perde o valor da própria liberdade pois o homem não é inerente à esta
e se relaciona diretamente assim como a modifica e o inverso acontece.
Daí a importância na educação na formação do indivíduo humano, transformando-o a si
criticamente, fazendo a integração com o conhecimento e tornando o resultado uma atividade
humana que influencia a sua importância social e sua prática, através das relações que este
estabelece. A sociedade capitalista o capital e a educação apresentam-se numa concreta
construção histórica de interação onde um modifica o outro. Assim a formação educacional
resulta na prática revolucionária ou a alienação.

Alugar o seu trabalho é começar a sua escravidão alugar a matéria do trabalho


é constituir a liberdade ... O trabalho é o homem. A matéria, ao contrário, nada
tem do homem. O elemento matéria, que é importante para a criação da
riqueza sem o outro elemento o trabalho, recebe a virtude mágica de ser
fecundo para eles como se eles aí tivessem colocado, por eles mesmos, esse
elemento indispensável. (MARX, 2008, p.54)

Na educação pública há uma ineficácia de conteúdos críticos e de conhecimento acessível.


Uma privatização da educação por empresas privadas objetivando lucros ao invés do ensino
moldando-o. A produção do conhecimento crítico e a educação emancipatória é fortemente
abalada assim como a construção da intelectualidade, a civilização do povo; e o sonho do
rompimento desse ciclo na construção de uma sociedade justa e livre e as migalhas dadas à
educação pública é demandada da própria burguesia para fingir o exercício da educação e calar
os poucos que falam pois a elite jamais vai permitir uma educação similar à das classes
dominantes, onde a educação na formação do trabalhador associa-se à posição social.
O sistema coloca o homem como uma engrenagem onde o trabalho se transforma em um
alicerce para alçar um status e constituir riqueza distorcendo propositalmente o conceito da
propriedade de conhecimento como ferramenta social. A partir dessa concepção a alienação
torna-se um pressuposto para a construção das classes. Como a elite institui as normas ela molda
a educação para dar sua continuidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para desestruturar o conceito da educação somente para o trabalho é necessário entender
que a educação está intrínseca ao trabalho, é uma exigência é um processo para este. É uma
problemática para a produção de capital enraizada historicamente em que se estrutura o sistema
e resulta na formação da sociedade. Mas devemos desassociar o trabalho como um fim mas um
meio para a formação humana e o sustento na estrutura social. Um meio para a subsistência. O
propósito educacional é criar as próprias possibilidades para a construção do conhecimento na
individualidade se apropriando de todas as possibilidades particulares para alçar um bem
comum partindo da ética e da moral.
O princípio o que estrutura a produção do trabalho é o pensamento e o conhecimento que
se subverteram como mercadoria (uso e troca) por quem tem o domínio do poder e a realização
do trabalho baseia-se na necessidade e obscurece a liberdade; anula-se o indivíduo em pró de
um sistema e perpetua-se às necessidades sociais pela satisfação de seu projeto da manutenção
das classes e do poder. Mas, como sugere Hannah, como confrontar esse sistema herdado e
projetar um verdadeiro futuro na fuga desse passado eterno? Como desvincular a ideia de
manutenção de uma elite ininterrupta como descrita nos ciclos de Marx, para a construção
concisa de um futuro; do presente para um futuro?
Não há como romper ciclos através da violência sem perder a humanidade, e
historicamente está comprovado que a ruptura do poder pela força acaba reestruturando o
mesmo sistema pois o problema não está só no exercício do poder pela elite, mas na estrutura
formada por esta onde prevalecem seus ideais nos indivíduos condicionados pelas
determinações pré-concebidas.
Ou seja; para se iniciar uma mudança é necessário iniciar por uma mediação mostrando
as possibilidades de mudança.
Partindo do princípio de Marx e Hannah onde o conhecimento crítico e uma educação
emancipada é o que condiciona o cenário social; o afunilamento do conhecimento para a
determinação das classes vê-se aí a importância de se formar o homem; transformando-o a si e
ao redor. Gradativamente a educação na prática da liberdade parte de si para as relações com a
sociedade. Pois a potencialidade de mudança individual sugere automaticamente e para a
prática no seu conjunto em sua totalidade e consequente mudança. Não se rompe um ciclo;
reconstrói.
Fazer o movimento do pensamento consciente e crítico, ético e acentuar sua ação
transformadora individual para projeta-se na sociedade, suas reflexões coerentes na
possibilidade do exercício da individualidade, respeito à essência e vínculo ético com as
responsabilidades sociais é essencial não para viver esse momento libertário, mas semear a
revolução intelectual libertária social.
Inicialmente é preciso tornar os pedagogos portadores dessa ação emancipada e criar
condições para difundir a busca pelo pensamento crítico e a importância do conhecimento,
ensinar a perspectiva crítica e a compreensão do pensamento. Quem se dedica à investigação e
ao ensino tem a responsabilidade da importância que carrega em não somente reproduzir o
conhecimento, mas transmitir a importância, responsabilidade e a capacidade social que o
abarca. Praticar a perspectiva crítica é necessária para compreender esse contexto estrutural
para entender a lógica capitalista, saber questionar e se questionar sobre a formação do ser e à
própria educação. Introduzir na educação a compreensão do pensamento, domínio da
linguagem é primordial para a compreensão, reflexão e possibilidades de interpretação para a
superação dessa estrutura e reconstrução da própria história. Fazendo imergir o pensamento
crítico dos educandos para confrontar e reconhecer pensamentos sistemáticos na organização
do conhecimento e entender as diversas formas de alienação estruturada no poder resultando na
apropriação do conhecimento e privatização da educação como método e partir não só para a
reconstrução da individualidade na liberdade de seu conhecimento como fazer a sua extensão
no contexto social avaliando as possibilidades de mudança para o bem comum.
A compreensão ética sob essa perspectiva é de suma importância onde a compreensão
sob que ponto de vista conhecimento e educação estão interligados para alçar quais valores
morais, pois se os interesses do capital se sobrepõem aos interesses da humanidade como a
educação pode dar continuidade ao sistema e a própria humanidade não valoriza a educação e
sob que circunstâncias estamos formando os homens; para que tipo de sociedade se a maioria
da população não tem o mínimo para viver com dignidade.
Para Marx, nesse sentido, entende-se o sucesso individual como uma vitória se essa
vitória não comunga com o social ou a ascensão social é realmente um patamar a ser alçado se
é na verdade um produto social e não uma conquista do indivíduo para si e para a sociedade.
Como o conhecimento pode superar essas dificuldades?
Entendendo que o indivíduo e a sociedade são um e há a responsabilidade e necessidade
dessa união na educação onde o pensamento ético voltado para o bem comum é de suma
importância; e a formação docente / estudantes num ciclo dessa responsabilização na construção
do conhecimento e trabalho para romper a fronteira da formação apenas técnica para a
emancipada.
E como funciona as informações projetadas pela mídia como mercadoria para influência
e deturpação do que realmente é necessário e o poder dessa influência nos moldes culturais e
de consumo.
Promover a ideia da educação e do conhecimento crítico acessível sob forma de políticas
públicas educacionais relevantes nesse sentido.
Apoiar instituições públicas de ensino, universidades, pois a visão de que a privatização
da educação alavanca a qualidade é um conceito errôneo que pauta o conhecimento em média,
concorrência, desempenho; transforma a educação em uma empresa de mera concorrência para
funcionar a favor desse sistema deturpando o sentido de se educar e tratando o conhecimento
como mera ferramenta medíocre egoísta; segregando e catalogando os indivíduos.
Dando enfoque à importância das publicações científicas, artigos, e da divulgação da
leitura crítica pois são os meios fundamentais para a disseminação, democratização e expansão
do conhecimento.
Enfim, a emancipação da educação do capitalismo não se opera sob ruptura; mas
paulatinamente como um remédio amargo e difícil de se diluir mas que com o tempo surge
efeito. A raiz dessa emancipação está na própria educação onde se faz a compreensão da sua
própria importância individual nesse processo de desnaturalização do ser humano como objeto
de um capital mas como indivíduo de múltiplas possibilidades, independência de conjecturas e
moldes pré concebido sob sucesso e padrões, emancipação na sua própria construção histórica
partindo do indivíduo e sua consolidação do desenvolvimento contínuo ético, livre, crítico e a
insistência da prática da educação igualitária e libertaria pautada no presente numa formação
unitária ao conjunto da sociedade. A prática do conhecimento crítico ético e livre exerce o poder
libertador do ser e o ser social.
REFERÊNCIAS
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro; tradução Mauro W. Barbosa; Ed. Perspectiva,
São Paulo – SP; 8ª edição; 2016.

MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos; Primeiro Manuscrito Trabalho Alienado;


Ed. Boitempo Editorial; São Paulo- SP; 1ª edição 2004.

SCHLESENER, Anita Helena; MASSON, Gisele; DOZZA, Maria José; Marxismo(s) &
educação; Ed. UEPG; Ponta Grossa, Paraná; 2016.

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