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NTRODUÇÃO
1 Homologia das cidades; a origem do capitalismo que nasceu
amanhã
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As cidades que existiram antes do nascimento do capital foram cruciais
modificá-las para inserir a produção de excedentes e implementação efetiva de
suas atividades permanentes para ganhar mais lucros.
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maneira, esses elementos desempenharam um papel fundamental na transição
para um sistema econômico baseado no capital.
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dependência do indivíduo em relação ao meio circundante. (Fani,
1992, p.30)
Para a autora Ana Fani, essa relação do homem com a natureza criou e
recriou conexões que mudaram abertamente o espaço ao seu redor e exibido
geograficamente essas variações no decorrer da história e impactando
diretamente na atualidade.
Desse modo, esse período que de fato datou o surgimento das primeiras
cidades e introduziu toda a estrutura do que poderia ser de fato chamado de
espaço foi o neolítico, pois ele era marcado por uma vida fixa nas aldeias.
Portanto, este período é essencial na história, pois marcou uma grande
mudança na formação como as sociedades humanas viviam e se organizavam.
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A partir das relações por coletas para a sobrevivência que o homem
começar a modificar essa relação passiva com a terra. Para Fani, as
necessidades da sociedade estão conectadas ao que se determina entre o
homem e o solo que é o conciliador.
Nota-se que as configurações de áreas do princípio daquilo que vinha
ser nomeado de cidade era associado a terra e aos excedentes de produtos
que homem efetivava, dessa forma, percebesse que a estrutura daquela
sociedade foi assentada em escambo e divisão de trabalho.
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1.2 Para existirem as cidades
Como vimos anteriormente sobre os assentamentos e a relação do
homem com a terra antes do nascimento das primeiras cidades, aqui o
princípio da cidade vai além dos pré-requisitos necessários para sua origem.
Segundo Maria encarnação, vai explicitar que essa origem da cidade vai existir
uma diferença necessária que é aspecto social, no qual ela vai exibir uma
profundidade de organização social que só vai ser alcançada com a divisão do
trabalho.
Antes o indivíduo tinha elo com a terra em uma forma passiva e
dependia da mesma sem a produção excedentes e era subordinada pela sua
necessidade. Portanto, nessa circunstância, as aldeias tendiam a ser
minúsculas e autossuficientes, baseadas em princípios económicos de
subsistência e sem uma lógica social.
Interessante atenta-se que a organização social é acoplada com o
processo da divisão do trabalho. Esse processo, por sua vez, recria novos
espaços, assim, gerando uma superprodução que é nomeado como produtos
excedentes. Esses objetos essenciais e era guiado para o exercício de
qualquer sistema social.
Portanto, processo procriou a divisão do trabalho de uma forma simples
e objetiva, sendo assim, nos primeiros assentamentos era impossível ocorre
esse processo devido frugalidade das atividades econômicas.
Além disso, nesse processo evidenciou a relação de dominância que era
assegurada por a transferência dos produtos excedente em troca de outros
bens, muitas vezes imateriais, por exemplo, proteção e organização daqueles
lugarejos.
Para Maria encarnação (1988, p.15): “Alguns homens na aldeia, os
fortes caçadores, ficaram desobrigados de desenvolver atividades de produção
alimentar, em troca da proteção que ofereciam”. Repara-se que, o escambo de
produtos excedentes é um atributo essencial que estabeleceu ligeiramente uma
simbiose entre campo e futuras cidade, assim, deixando claro o nascimento
daquilo que futuramente seria conhecido com divisão de trabalho.
Então, essa divisão também levou ao surgimento de uma hierarquia.
Então, à medida que certas ocupações se tornam mais cruciais para a
sobrevivência e prosperidade da comunidade, essas pessoas ganham maior
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visibilidade de status, influência. Portanto esses Líderes emergentes e figuras
de autoridade são os coordenaram aquele local.
Sendo assim, essas organizações eram baseadas por instituições religiosas e
estruturas de governanças daquele período que tomava decisões importante
para manter a ordem social daquelas comunidades em ascensão.
Vista disso, é interessante atenta-se que, a cidade vai surgir de forma
contrarias as expectativas, devido a fatores sociais e não econômicos que são;
a divisão do trabalho, divisão de classes e a dominação exercida por algumas
autoridades que foram elementos chaves na configuração e permitiram o
nascimento dessas cidades.
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Na questão da ligação do homem com a terra para Roberto Lobato essa
relação é acionada por “diferenciações resultantes da presença de fenômenos
originados em tempos históricos diferentes coexistindo no tempo
presente. . .e no espaço.” (Corrêa, 200, p.23)
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governantes, muitas vezes considerados divindades ou representantes dos
deuses, controlavam o excedente agrícola e desempenhavam funções
administrativas. Eles garantiam a distribuição equitativa dos recursos,
supervisionavam a construção de sistemas de irrigação, organizavam o
trabalho agrícola e lideravam a defesa da cidade contra possíveis invasões.
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construção de infraestruturas urbanas, como estradas, aquedutos e edifícios
públicos e eles também promoviam, disseminava a cultura, a língua e os
costumes romanos nas regiões conquistadas, portanto, isso contribuiu para o
crescimento e a consolidação de várias cidades ao redor do Império Romano.
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No decorrer da Idade Média, as cidades vivenciaram marcantes
transformações política, socias e econômicas em todas suas estruturas. Essa
transição pode ser entendida em termos como o processo que compôs “A
assim chamada acumulação primitiva” descrito por Karl Marx no capital I como
o nascimento do capitalismo, a abertura para um novo sistema econômico e
trilhas para o urbanismo atual.
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Portanto, os processos mercantis, muitas vezes ligado a esse espaço,
perderam a sua importância em relação aos que possuíam terras e
controlavam a produção agrícola, sendo assim, agora a riqueza e poder vinham
da posse de terras, e as cidades agora eram vistas como meros locais de
produção fixas.
Desta forma, essa nova classe que era; os burgueses comerciantes, artesãos
e outros camponeses que fizeram uma busca incessante por liberdade
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econômica e social além das restrições impostas pelo sistema feudal. Portanto,
nesse processo surgiu um aumento significativo de cidades que foram surgindo
dos arrabaldes do castelo.
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transformação. A troca de bens e ideias entre diferentes comunidades urbanas
facilitou a expansão dos centros urbanos, estimulou a diversificação econômica
e sucedeu em maior concentração populacional nas cidades.
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panoramicamente cada viela ou aglomerado, nota-se que ele é um palco
crucial para atividades econômicas.
O questionamento sobre a cidade se refere a modificações de um território
que, outrora era destinado apenas à subsistência, agora se torna um espaço
de criação de mais valia e a terra agora se tornou um valor.
Segundo H. Lefebvre, na sua teoria sobre a cidade ela seria um lócus de
produção e reprodução da vida social. Para ele, a cidade é mais do que um
mero aglomerado de vias, construções ou local; é uma obra social e política,
moldada pelo convívio entre vários grupos que a habitam.
Nos estudos da geografa Ana Fani, seu conceito de cidade é pela ótica
Lefebvreviana, esse local é um espaço dinâmico de atividades econômica que
está diretamente ligado ao processo de produção do capital, que por sua vez
se concentra em determinados pontos. A partir daí, uma rede de circulação é
criada, na tentativa de acelerar o ciclo de produção. No entanto, Fani, destaca
que o uso do solo não ocorre sem conflitos, uma vez que os interesses do
capital e da sociedade como um todo são contraditórios.
Segundo Paulo Roberto Teixeira de Godoy, em seu artigo sobre a produção
do espaço, na teoria Lefebvre existe algumas indagações postas pelo autor
“quem
produze? para quem? O que é produz? No meio dos conflitos da cidade é
importante entender que existe alguns agentes modeladores do espaço.
Para roberto lobato, existem alguns agentes que moldam o espaço e fazem
ele valor de uso
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Em suas análises, Lefebvre enfatiza a importância do "Direito à Cidade",
conceito que se refere ao direito dos cidadãos de participarem ativamente na
construção e transformação do espaço urbano, influenciando sua organização
e funcionamento.
A cidade é um cenário ativo, onde as relações sociais se abrem para as
atividades cotidianas se desenrolam e a identidade cultural se manifesta.
Desse ponto de vista, o ser humano em sua natureza, se relacionava como
produtor do seu próprio espaço.
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