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CENTRO PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA DE COTIA

1º DESENCOLVIMENTO DE SISTEMAS MANHÃ


HÍSTORIA
PEDRO ALEXANDRE OLIVEIRA DE CASTRO

COTIA
2023
AS DIFERENÇAS ENTRE A CONJURÇÃO BAIANA E INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Antes de começar a falar dos pontos divergentes entre a Conjuração Baiana e a
Inconfidência Mineira, é preciso mencionar os pontos congruentes. Ambos os
movimentos foram ‘Conjurações’, pois foram ações com o intuito de subverter a política.
A ‘Inconfidência Mineira’ recebe o título de ‘Inconfidência’ de Portugal, visto que, para
os portugueses, o que tinha acontecido fora uma ‘falta de fidelidade’ ou ‘Inconfidência’.
O descaso da Metrópole portuguesa com os locais onde ocorreram os movimentos era
um fator comum evidente, como a alta cobrança de impostos e a opressão que Portugal
exercia sobre suas colônias. Isto influenciou diretamente nos movimentos
emancipacionistas, ocasionando o sentimento nacionalista na colônia Brasileira.
O ouro estava se esgotando no final do século XVIII, e para suprir o déficit de impostos,
a coroa portuguesa iria cobrar o imposto da ‘derrama’, além do imposto do Quinto.
Como quem principalmente pagava estes impostos eram somente a elite dona dos meios
de extração de ouro, eles começaram a organizar uma revolta contra este imposto, a
Inconfidência Mineira (por ocorrer em Minas Gerais, na cidade de Ouro Preto mais
especificamente), altamente influenciados pelos ideais iluministas e pelos republicanos
norte-americanos. Porém, não houve muito respaldo popular devido à ausência de apoio
à abolição da escravidão, além de ser uma conspiração organizada somente pela elite.
Um dos principais holofotes deste movimento foi Joaquim da Silva Xavier - ou
Tiradentes como ficou conhecido - ex-militar, possuía propriedades e pertencia à classe
média, sendo o único a ser executado na revolta. A conspiração não passou de potência
para ato em virtude da delação feita por Joaquim Silvério dos Reis, sendo um traidor do
movimento descreveu tudo aos militares.
Após um período de 9 anos ocorreu a Conjuração Baiana, inspirada pela Revolução
Francesa e Haitiana. Ela buscava a independência da Bahia, abolição da escravidão, e
principalmente aderia às reivindicações populares, levando a uma maior anuência
popular, principalmente de negros, mestiços e das classes baixas. Seus líderes não eram
de classes altas ou militares, eram eles os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino dos
Santos Lira. O movimento também não se sucedeu também em vista de um delator, os
militares colocaram um fim rápido, prendendo seus principais apoiadores e executando
seus líderes.
Com o fim do Império a necessidade de um novo herói nacional da Independência que
representasse os ideais positivistas e republicanos surgiu. A Inconfidência Mineira era
mais bem vista já que seus líderes eram militares e de Classes altas, já a Conjuração
Baiana nem tanto, pois era mais popular e tinha uma adesão de negros e mestiços que
não eram bem vistos na sociedade durante este período. O eleito então para ser o novo
herói foi Tiradentes, em função de se encaixar nos requisitos Republicanos e sociais -
visto que me refiro somente à alta sociedade - para popularizar a figura de Tiradentes
fizeram pinturas do mesmo semelhantes a Cristo e sua ‘Paixão’ e tornaram Joaquim
Silvério dos Reis o Judas.

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