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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ


UENP - CAMPUS JACAREZINHO
CENTRO DE CIÊNCIA DA SAÚDE
CURSO FISIOTERAPIA

PLANO DE TRATAMENTO: P.O DE RUPTURA DE TENDÃO PATELAR

Matheus Ribeiro Quaglio

Jacarezinho

2020
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Matheus Ribeiro Quaglio

PLANO DE TRATAMENTO: P.O DE RUPTURA DE TENDÃO PATELAR

Trabalho efetuado na
Universidade Estadual do
Norte do Paraná, voltado para
a diciplina de Ortopedia.

Docente: Julio Agante.

Jacarezinho

2020
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Sumário
1. CASO CLÍNICO .................................................................................................................................. 4
2. TRATAMENTO.................................................................................................................................. 4
3. OBSERVAÇÕES GERAIS .................................................................................................................... 7
4. PROTOCOLOS .................................................................................................................................. 7
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1. CASO CLÍNICO

Paciente do sexo masculino, 24 anos, desportista, com lesão parcial do


tendão patelar direito. Encaminhado a 72 horas de P.O para inicio da fisioterapia.
Possui uma cicatriz de 14cm devido a cirurgia, sem quadro álgico devido a
medicação.

Realizar o plano de tratamento em todas as fases da recuperação


tendínea (inflamatória, proliferativa e remodelação).

 OBS: não gerar tensão no tendão num período de 8 dias.

2. TRATAMENTO

O tratamento será divido em três partes: fase inflamatória, fase


proliferativa e fase de remodelagem. Todas as fases terão os objetivos a serem
alcançados e as manobras de intervenção para tal feito.

Fase inflamatória

Objetivos: reduzir o edema; cicatrização adequada.

 Liberação miofascial: será realizada no quadríceps, isquiotibiais, dorsi e


plantiflexores;
 Drenagem linfática: para a redução adequada do edema, será realizado a
drenagem linfática do membro de maneira leve, para não movimentar a
articulação e gerar tensão no tendão;
 Posicionamento do membro: o membro operado deve estar em degravitação,
contribuindo para o retorno venoso e drenagem adequada;
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 Mobilização da cicatriz: de maneira leve, realizar a mobilização encéfalo-


caudal e proximal-distal, para evitar possíveis aderências;
 Ultrassom: será utilizado de modo pulsado, 1mHz, para reparação e
regeneração dos tecidos moles, síntese de proteínas.
 Laser As-Ga: possui grande capacidade de penetração, e estimula a síntese
das fibras de colágeno, fibroblastos e hidroxiprolina, podendo ser utilizado
para reparação tecidual nos locais lesados pela cirurgia;
 Laser He-Ne: tem ação superficial a nível da derme, sendo utilizado para boa
cicatrização da incisão cirúrgica, evitando aderências;
 Crioterapia: usado ao final da sessão, para controle do edema e de possível
dor, por apenas 10 minutos, para não interferir tanto na fase inflamatória que
é essencial.

Fase proliferativa

Objetivos: manter tônus muscular e inicio do fortalecimento; redução do processo


inflamatório; evitar rigidez articular; treino de marcha.

 Liberação miofascial: será realizada no quadríceps, isquiotibiais, dorsi e


plantiflexores;
 Contrações isométricas: para manter o tônus muscular, será realizado
contrações isométricas sem carga;
 Mobilizações ativas-assistidas: será realizado mobilizações de flexão seguido
de extensão do joelho, para manutenção do tônus muscular e para evitar a
rigidez articular.
 Utilização do FES, Corrente Russa: a eletroterapia pode ser amplamente
usada, no caso, para manter o tônus muscular e dar inicio ao fortalecimento
nos dorsiflexores, plantiflexores, quadríceps e isquiotibiais, podendo ser
associado com movimento ativo;
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 Treino de marcha: será feito treino de marcha nas barras paralelas com um
espelho a frente, para que o paciente se sinta seguro e consiga analisar e
corrigir a deambulação com auxilio do terapeuta;
 Ultrassom: será usado de modo continuo, 1mHz, para aumento do fluxo
sanguíneo e diminuição da rigidez articular;
 Laser As-Ga e He-Ne: serão utilizados para reparação tecidual, diminuição de
aderências e diminuição da tensão da cicatriz;
 Drenagem linfática: em caso de edema ainda presente, será realizado
manobras de drenagem para diminui-lo.
 Crioterapia: ao final da sessão, fazer uso do gelo por 20 minutos em cima da
lesão

OBS: fortalecimento apenas no membro lesionado.

Fase de remodelagem

Objetivos: fortalecimento; propriocepção e iniciar o retorno ao esporte.

 Fortalecimento: com progressão de fortalecimento, podendo ser realizado em


academia ou com resistência com extensores, com a progressão de
peso/resistência de acordo com o desenvolvimento do paciente;
 Propriocepção: podem ser utilizado vários recursos, como caminhada na
areia, realizar exercícios com base instáveis como bosu, discos e bolas
suíças. Focando no membro inferior;
 Retorno ao esporte: será associado com o fortalecimento e propriocepção,
criando exercícios que simulem situações do esporte praticado associados
com propriocepção e fortalecimento;
 Crioterapia: em caso de dor ou edema, será utilizado a crioterapia após a
sessão de exercícios por 20 minutos.
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3. OBSERVAÇÕES GERAIS

- trabalhar a musculatura do CORE;

- observar a postura do paciente durante a realização dos exercícios e corrigi-la se


necessário;

- realizar alongamentos dos grupos musculares trabalhados após as sessões;

- manter a pelve neutra durante a realização dos exercícios;

- manter contração de 25% do abdome e períneo durante a realização dos


exercícios.

4. PROTOCOLOS

- Corrente Russa: F= 2500 Hz; tempo= 10 min; onda= 50Hz; tempo on/off 2x;

- ultrassom: fase inflamatória (modo pulsado, 1mHz, F=50Hz e intensidade=0,5W) e


fase proliferativa (modo continuo, 1mHz, F=50Hz, intensidade= 1,5W).

- Laser As-Ga: 3J com emissão pulsada, aplicado por pontos;

- Laser He-Ne: 3J com emissão contínua, aplicado por pontos;

- Crioterapia: método de aplicação PRICE.

Email e telefone para contato:

matheusrquaglio@gmail.com

Fone: (43) 999889801

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