Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E FITOTERAPIA
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4
A HERANÇA INDÍGENA........................................................................ 20
FITOTERAPIA ....................................................................................... 49
Etnobotânica .......................................................................................... 50
Etnofarmacologia ................................................................................... 52
O uso das plantas medicinais ................................................................ 53
Planta Medicinal: Aspectos Botânicos .............................................. 55
PLANTAS MEDICINAIS......................................................................... 60
1
2
Venda livre como coadjuvante nos casos de obstipação intestinal. .... 128
2
3
NOSSA HISTÓRIA
3
4
INTRODUÇÃO
A origem do conhecimento do homem sobre as virtudes das plantas confunde-
se com sua própria história.
Entretanto, até 1828, quando Friedrich Wohler sintetizou a ureia a partir de uma
substância inorgânica, o cianato de amônio, o homem não conhecia como
origem de matéria orgânica qualquer fonte que não fosse vegetal, animal ou
mineral. Isso significa que praticamente com exceção do século XX, toda a
história da cura encontra-se intimamente ligada às plantas medicinais e aos
recursos minerais.
Acredita-se que o registro mais antigo de todos é o Pen Ts’ao, de 2800 a.C.,
escrito pelo herborista chinês Shen Numg, que descreve o uso de centenas de
plantas medicinais na cura de várias moléstias. A eficácia das drogas de origem
vegetal é fato desde as mais remotas civilizações, na chamada “Matriz
Geográfica” da civilização ocidental: o quadrante noroeste que envolvia Europa
(Mar Mediterrâneo), África Setentrional (Vale do Rio Nilo), Ásia Ocidental
(Mesopotâmia) e as regiões entre os rios Tigre e Eufrates.
4
5
O Papiro inicia com a audaciosa frase “Aqui começa o livro da produção dos
remédios para todas as partes do corpo humano ...” Dessa forma o mundo tomou
ciência de uma Farmacopeia egípcia contendo a descrição de espécies vegetais
como a Mirra, de uso adstringente e anti-inflamatório, o látex do Olíbano, para
inflamações bucais, Sândalo como antidiarreico.
5
6
Dessas placas, várias receitas foram traduzidas como o uso da beladona, fonte
de atropina; do cânhamo da Índia chamado Quinabu, a Cannabis sativa L.
indicada para dores em geral, bronquite e insônia.
6
7
De forma paralela, nesse período, o mundo árabe emergiu com grande atividade
científica sendo acrescido de alguns conhecimentos de origem indiana.
7
8
8
9
Na Grécia, em 800 a.C., o poeta Homero, na Odisseia, narra que Helena servia
a Telêmaco quando esse se sentia triste pela lembrança de Ulisses... “uma
poção de esquecimento retirada da seiva da dormideira”.
9
1
0
10
1
1
11
1
2
Para uma doença culturalmente definida, o remédio indicado poderá ser eficaz
apenas naquele momento cultural, ritualístico.
Porém, é pouco provável que tenha um princípio bioativo que possa ser utilizado
com aplicabilidade universal.
12
1
3
A HERANÇA AFRICANA
Os levantamentos etnomédicos realizados, demonstram a forte influência da
herança cultural africana na medicina popular do Brasil, principalmente no norte,
nordeste e sudeste do país.
Com a vinda dos africanos para o Brasil, após três séculos de tráfico escravo,
muitas foram as espécies vegetais trazidas, substituídas por outras de
morfologia externa semelhante, enquanto algumas foram levadas daqui para o
continente africano.
13
1
4
14
1
5
Este nome, deve-se ao fato de ser preparada por escravos domésticos sob a
forma de chá e misturada às refeições dos senhores e feitores, causando
sonolência e, portanto, tornando-os mais brandos na convivência diária.
As plantas estão sempre presentes através do uso das folhas, raízes, frutos e
das árvores de várias representações simbólicas, bem como outros elementos
naturais, insetos, cinzas, ossos, ovos e muitos outros objetos utilizados para a
cura e prevenção de doenças.
15
1
6
Uma pessoa doente ao beber um chá de uma determinada folha, deve sorver
acreditando não somente nas propriedades medicinais químicas e/ou
farmacológicas da planta, mas também no seu poder mágico ou espiritual.
A medicina vegetal é vista como um dom divino. Quem segue e conhece os seus
ensinamentos poderá curar com plantas e palavras rituais os homens e mulheres
doentes que chegarem ao seu caminho.
De acordo com a lenda, Ossanyin e Orunmila eram filhos dos mesmos pais.
Entretanto, uma guerra os separou e foram criados sem se conhecerem. Muitos
anos depois, Ossanyin foi enviado para abrir as matas e arar a terra para o
homem aprender a cultivar.
Ele não pôde recusar essa missão porque nesse tempo era o único homem que
poderia ter a capacidade de identificar a existência e a importância das plantas
medicinais e outras ervas encantadas indicadas por Orunmila.
16
1
7
17
1
8
18
1
9
Já Iansã, ligada ao elemento ar, por ser a “dona dos ventos”, do movimento, da
força controle dos elementos, imprime sua marca em seus “filhos”
transgressores, sobretudo através de afecções do sistema respiratório tais como
asma, falta de ar, enfisemas e outros males.
19
2
0
A HERANÇA INDÍGENA
Embora nos últimos anos tenham sido realizadas inúmeras pesquisas com
plantas úteis, biologicamente ativas, desde 1979, os pesquisadores Gottlieb e
20
2
1
A primeira descrição metódica das plantas utilizadas com fins medicinais pela
população indígena no Brasil é atribuída a William Pies, médico da expedição
dirigida por Maurício de Nassau ao nordeste do Brasil durante a ocupação
holandesa (1630-1654).
Durante essa missão, o botânico Karl Friedrich Phillip Von Martius, documentou
em detalhes a flora brasileira.
21
2
2
Os curares e seus derivados naturais e sintéticos ainda hoje são usados como
anestésicos locais ou relaxantes musculares pré-anestésicos.
Uma poção indígena conhecida como Yopo, de uso distribuído por várias tribos
da América do Sul e entre essas os nativos da Amazônia brasileira, é preparada
a partir da Piptadenia peregrina L., da família Leguminosae, cuja química
estudada acusa a presença de bufotenina e outras triptaminas de reconhecida
atividade psicoativa. Além dessas, vale citar a Banisteriopsis caapi Spr., família
Malpighiaceae e Psychotria viridis R. et P., da família Rubiaceae, ambas
utilizadas na beberagem do Santo Daime, de reconhecida ação narcótica.
22
2
3
23
2
4
A IMPORTÂNCIA DA QUIMIOSSISTEMÁTICA
Embora a triagem etnomédica seja considerada de grande importância para a
descodificação científica, ou seja, possa orientar seletivamente os testes
farmacológicos pré-clínicos e a busca racional de princípios ativos, Gottlieb
(1982), um dos pioneiros nas proposições de teorias quimiossistemáticas,
propôs que a evolução micromolecular, a sistemática e a ecologia, fossem os
caminhos racionais, com base científica para a descoberta de novas substâncias
naturais úteis.
Suas afirmativas estão baseadas nas seguintes razões: “Na América do Sul, a
possibilidade de se obterem novas informações nas populações indígenas sobre
plantas úteis para fins medicinais é muito remota e a aculturação de povos
primitivos tem sido muito rápida.
24
2
5
Assegurar que os medicamentos à base de plantas não sejam refutados por puro
pré-conceito, mas também que não sejam aceitos como verdade absoluta e sem
questionamentos. Recomenda-se uma atitude racional crítica.
25
2
6
26
2
7
Foi iniciado com 21 espécies, que foram selecionadas a partir das indicações
populares, da ampla distribuição geográfica e da importância social de ação
terapêutica indicada.
Nos últimos anos vários marcos regulatórios têm apoiado e fomentado o uso
seguro e racional de plantas medicinais e fitoterápicos: a Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), o Decreto n. 5.813, de 22 de junho
de 2006, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, a Portaria
Interministerial n. 2.960, de 09 de dezembro de 2008, a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, e o Decreto n. 971,
de 03 de maio de 2006.
27
2
8
28
2
9
Durante muitos anos, várias pesquisas foram realizadas nas áreas de química,
farmacologia, botânica e toxicologia de plantas usadas para fins medicinais no
Brasil. Entretanto, essas informações encontram-se dispersas em periódicos,
revistas científicas e anais de simpósios.
Alguns autores têm abordado a questão das plantas medicinais sob os aspectos
político, filosófico e metodológico.
Acredita-se que a pesquisa em plantas medicinais tem recebido cada vez ais
suporte financeiro dos governos, de acordo com as diretrizes da OMS. Uma das
principais razões, certamente, é o fato das pesquisas até então financiadas,
apresentaram poucos resultados práticos, isto é, não chegaram a novas drogas,
não foram desenvolvidos novos medicamentos.
29
3
0
30
3
1
31
3
2
Espécies diferentes do mesmo gênero também podem gerar confusão por serem
muito parecidas, como por exemplo, o capim-limão (Cymbopogon citratus) e a
citronela (Cymbopogon winterianus), que possuem usos completamente
diferentes. Deve-se atentar para a forma da planta e o aroma específico.
A citronela tem aroma que lembra eucalipto, é utilizada como repelente e não
deve ser tomada por via oral.
Fique atento:
32
3
3
▪ Os chás devem ser feitos e consumidos no mesmo dia. Não devem ser
guardados de um dia para o outro.
33
3
4
▪ Para cultivo direto no solo: fazer canteiros com cerca de 30 cm de altura para
proporcionar drenagem, e utilizar cerca de 3 a 5 kg/m2 de húmus ou composto
orgânico para adubar e proporcionar boa textura ao solo.
34
3
5
Para completar, regar bem sem encharcar e cobrir o solo do canteiro ou do vaso
com capim seco, casca de arroz ou outra cobertura, evitando erosão e respingos
de terra nas plantas quando forem regadas.
Adubar com composto orgânico ou torta de mamona a cada 2-3 meses para o
bom desenvolvimento das plantas.
35
3
6
▪ Para cultivo direto no solo: fazer canteiros com cerca de 30 cm de altura para
proporcionar drenagem, e utilizar cerca de 3 a 5 kg/m2 de húmus ou composto
orgânico para adubar e proporcionar boa textura ao solo.
Para completar, regar bem sem encharcar e cobrir o solo do canteiro ou do vaso
com capim seco, casca de arroz ou outra cobertura, evitando erosão e respingos
de terra nas plantas quando forem regadas.
Adubar com composto orgânico ou torta de mamona a cada 2-3 meses para o
bom desenvolvimento das plantas.
36
3
7
37
3
8
38
3
9
39
4
0
40
4
1
41
4
2
Esse avanço da ciência fez com que o paradigma cartesiano passasse a ser
adotado para explicar o processo saúde-doença.
Estudos sobre a medicina popular vêm merecendo atenção cada vez maior
devido ao contingente de informações e esclarecimentos que vem sendo
oferecido à Ciência.
42
4
3
Ao tomar por base que o uso de fitoterápicos é uma prática utilizada por alguns
profissionais da saúde. Que esses profissionais, também associam o uso dos
alopáticos com o de fitoterápicos.
43
4
4
Como esse conhecimento costuma ser obtido, com maior frequência, pela
tradição oral, a sua indicação profissional precisa estar respaldada em bases
científicas.
44
4
5
45
4
6
46
4
7
E 74,3% afirmam não haver tal necessidade, pois, “... Os médicos é quem manda
que as pessoas procurem os raizeiros para comprarem as ervas para o
tratamento” (Júlio). “As ervas são produtos naturais e não fazem mal para
ninguém” (Pedro). “As pessoas que compram as ervas sabem que os resultados
são bons” (Cícera). “... As pessoas preferem se tratar com ervas porque sabem
que as ervas curam” (Ana). “...
47
4
8
Existe, pois, a necessidade de segurança, tanto por parte de quem vende, como
por parte de quem compra e utiliza o fitoterápico. Implicações do uso de
fitoterápicos para a enfermagem O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN),
atento à utilização de ervas medicinais na cultura popular e reconhecendo que
os enfermeiros precisam esclarecer e educar a clientela para o uso correto da
fitoterapia, emitiu o Parecer Informativo 004/95, em que reconhece o caráter
holístico da formação do Enfermeiro e os aspectos ético-legais da utilização das
práticas alternativas no cuidado ao cliente.
48
4
9
FITOTERAPIA
A fitoterapia ou terapia pelas plantas é uma das mais antigas práticas
terapêuticas da humanidade. Ela remonta há cerca de 8.500 a.C. e apresenta
origens tanto no conhecimento popular (etnobotânica) como na experiência
científica (etnofarmacologia).
49
5
0
Etnobotânica e Etnofarmacologia
Nada mais relacional do que começarmos os estudos acerca da fitoterapia
entendendo a etnobotânica e etnofarmacologia, uma vez que nosso objetivo é o
uso das plantas medicinais como prática de saúde integrativa.
Planta medicinal é uma espécie vegetal que, administrada ao ser humano, por
qualquer via, exerce ação farmacológica (SILVA et al., 2009).
Etnobotânica
Etnobotânica é o estudo das plantas de uma região e seus usos práticos através
do conhecimento tradicional de uma cultura local e as pessoas, ou seja, ela
estuda as relações entre povos e plantas, considerando o seu manejo,
percepção e classificação deste recurso vegetal para as diferentes sociedades.
50
5
1
Figura 2 - Etnobotânica
O profissional que atua nesta área tem entre outras missões, documentar os
costumes locais envolvendo os usos práticos da flora local para muitos aspectos
da vida, de uso das plantas como remédios, alimentos ou para a manufatura de
roupas.
51
5
2
Etnofarmacologia
Figura 3 – Etnofarmacologia
52
5
3
53
5
4
54
5
5
55
5
6
56
5
7
57
5
8
Erva-de-lagarto: O lagarto só briga com uma cobra se estiver por perto uma
árvore de guaçatonga (folclore indígena), produzidas pelos vegetais e com
importante atuação na cicatrização de feridas.
Flavonoides
58
5
9
Óleos Essenciais
Taninos
59
6
0
PLANTAS MEDICINAIS
Alho (Allium sativum L.)
60
6
1
61
6
2
Posologia:
Tintura (1:5 em álcool 45%): 2,5 a 5,0 mL (50 a 100 gotas) em meio copo (75
mL) de água, de duas a três vezes ao dia.
De acordo com esses autores, com base em ensaios clínicos, para a profilaxia
da aterosclerose, a ESCOP (European Scientific Cooperative on Phytotherapy)
cita a dose de 0,5-1,0 g de alho seco em pó, padronizado em 6-10% de aliina e
3-5% de alicina.
62
6
3
O alho parece agir como abortivo, podendo levar a contrações uterinas. Também
parece afetar o ciclo menstrual. O consumo de alho por lactantes altera o odor
do leite o que pode, em alguns casos, ocasionar a rejeição pelo lactente.
63
6
4
Arnica
Arnica montana L.
64
6
5
Toxicidade e efeitos adversos: a arnica é tóxica se for usada por via oral. A
ingestão pode resultar em gastroenterite grave e alterações cardiovasculares.
Gel e pomada: preparados com 10% de extrato glicólico de arnica devem ser
aplicados na área a ser tratada massageando de forma suave até 3 vezes ao
dia.
65
6
6
Vários ensaios pré-clínicos mostram que extratos das partes aéreas apresentam
atividades anti-inflamatória, cicatrizante, gastroprotetora, hipoglicemiante e
hipolipidêmica. Solidagenona parece ser responsável pela atividade anti-
inflamatória.
66
6
7
67
6
8
Posologia:
68
6
9
Posologia:
69
7
0
Posologia:
70
7
1
Posologia:
Chá: 1-4 g de sumidades floridas secas em 150 mL, 2-3 vezes ao dia (8, 39).
Melissa officinalis tem mostrado uma potente atividade virucida contra HSV-1
(herpes labial) (94-99). Assim, para uso tópico, recomenda-se o creme contendo
1% de extrato aquoso liofilizado de folhas secas, 2-4 vezes ao dia.
71
7
2
Erva doce
72
7
3
Posologia:
Chá: 1,5 g de frutos secos em 150 mL, 3 vezes ao dia. Óleo: 0,05-0,2 mL 3 vezes
ao dia. Informações adicionais: contraindicado para uso em gestantes devido à
presença de anetol .
Toxicidade e efeitos adversos: não deve ser utilizado continuamente por mais
de uma semana .
73
7
4
Posologia:
74
7
5
O limão não está listado para uso medicinal no Formulário Fitoterápico e na RDC
10/10. Na medicina popular é muito utilizado para diversos fins. O “chá de limão”
é popularmente empregado para tosse e afecções febris em gripes e resfriados.
75
7
6
76
7
7
Posologia:
Chá: 1,5 g de sumidades floridas secas em 150 mL, 2-4 vezes ao dia.
77
7
8
Indicações terapêuticas:
Posologia:
Chá (uso interno): 3 g de sumidades floridas secas em 150 mL, 3-4 entre as
refeições.
Chá (uso externo): 6-9 g de sumidades floridas em 100 mL, 3 vezes ao dia,
como bochechos e gargarejos.
78
7
9
Parte usada: casca do fruto (pericarpo). Também são medicinais a raiz, a casca
do caule, os frutos e as flores.
Posologia:
79
8
0
Infecções orais
Infecções vaginais
80
8
1
Posologia:
81
8
2
82
8
3
83
8
4
Essa política que foi aprovada por meio do Decreto n. 5.813, de 22 de junho de
2006, estabelece diretrizes e linhas prioritárias para o desenvolvimento de ações
84
8
5
85
8
6
550 milhões no ano de 2001 (KNAPP, 2001). Estados Unidos e Alemanha estão
entre os maiores consumidores dos produtos naturais brasileiros. Entre 1994 e
1998, importaram, respectivamente, 1.521 e 1.466 toneladas de plantas que
seguem para esses países sob o rótulo genérico de “material vegetal do Brasil”,
de acordo com Ibama (REUTERS, 2002). Embora o nosso país possua a maior
diversidade vegetal do mundo, com cerca de 60 mil espécies vegetais superiores
catalogadas, apenas 8% foram estudadas para pesquisas de compostos
bioativos e 1.100 espécies foram avaliadas em suas propriedades medicinais
(GUERRA; NODARI, 2001).
86
8
7
87
8
8
88
8
9
89
9
0
90
9
1
Remédio: são cuidados que se utiliza para curar ou aliviar os sintomas das
doenças, como um banho morno, uma bolsa de água quente, uma massagem,
um medicamento, entre outras coisas.
91
9
2
92
9
3
g) cálice: 30ml
Banho de assento
Preparo caseiro: Fazer uma infusão ou decocto mais forte com a droga vegetal
apropriada e misturar na água do banho em uma bacia.
Bochecho
93
9
4
Compressa
Creme
Decocção
Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais
como cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas.
94
9
5
Gargarejo
Inalação
Preparo caseiro: Este preparo deve se tomar muito cuidado par que não haja
queimaduras tanto no rosto quanto nas vias respiratórias pela inalação de
vapores quentes. Coloca-se a planta em uma pequena bacia, na proporção de
uma colher de sopa de erva fresca ou seca para cada meio litro de água, verte-
95
9
6
se água fervente sobre ela e coloca-se uma toalha de modo a cobrir em conjunto
o rosto, ombros e a vasilha, respira-se pausadamente, inspirando e expirando
os vapores, durante uns 15 minutos.
Maceração
Pomada
Preparo caseiro: A pomada pode ser preparada com o sumo, tintura ou chá mais
concentrado misturado com banha animal, gordura de coco ou vaselina líquida.
Pode-se ainda aquecer as ervas na gordura depois coar e guardar em frascos
96
9
7
Tintura
Xarope
Preparo caseiro: Para se preparar o xarope utilizando parte das plantas que
fazem infusão (folhas e flores) primeiro faz-se uma calda utilizando açúcar
mascavo ou rapadura até obter a consistência desejada, então adiciona-se o
vegetal, abafar, esperar esfriar e coar.
97
9
8
Cataplasma
98
9
9
99
1
00
100
1
01
101
1
02
Cabe ao cirurgião-dentista:
102
1
03
103
1
04
II - parte utilizada;
V - tempo de uso.
104
1
05
Paradigmas da Fitoterapia
A fitoterapia moderna tem seus fundamentos tanto no modelo sistêmico/vitalista
quanto no modelo organicista. Ela se compatibiliza com os princípios sistêmicos
na medida em que tem no fitocomplexo um conjunto de substâncias que atuam
simultaneamente em vários sítios biológicos (multi-targeted approach). Temos
como exemplo os constituintes químicos da Curcuma longa que atuam em um
amplo espectro de alvos farmacológicos atingindo, assim, os mecanismos
fisiopatológicos de inúmeras doenças (doenças reumáticas, respiratórias,
alérgicas, neurodegenerativas entre outras).
105
1
06
106
1
07
Estas formas farmacêuticas são utilizadas para espécies medicinais com alta
toxicidade quando ingeridas em forma de tinturas ou extratos (uso oral).
Exemplos:
107
1
08
Enfim, o médico irá buscar aqueles sistemas de prescrição com que tem maior
afinidade ou facilidade de compreensão/manejo, mas sempre integrando-os ao
raciocínio clínico moderno.
Preparações fitoterápicas
Tanto os medicamentos fitoterápicos (MF) quanto os produtos tradicionais
fitoterápicos (PTF) podem ser prescritos em várias formas farmacêuticas.
108
1
09
109
1
10
110
1
11
111
1
12
Extrato seco padronizado: São aqueles que contêm uma concentração mínima
determinada de um marcador ativo ou analítico. Exemplo: EGb 761 é um extrato
padronizado de Ginkgo biloba que contém no mínimo 24% de flavonoides e 6%
de ginkgolídeos.
112
1
13
113
1
14
Anote aí:
114
1
15
115
1
16
116
1
17
117
1
18
118
1
19
Essa norma passou por Consulta Pública (CP), por meio da CP nº 85/2010, com
uma proposta de requisitos mínimos exigidos, desde as instalações,
equipamentos e recursos humanos, aquisição e controle da qualidade da
matéria-prima, armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição,
conservação, transporte, dispensação das preparações, além da atenção
farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando à garantia de sua
qualidade, segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e racional dos
fitoterápicos produzidos nesses estabelecimentos.
A Farmácia Viva será um estabelecimento com horto agregado, sob controle dos
órgãos ambientais, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
e do Meio Ambiente (MMA).
119
1
20
Quando uma norma federal for publicada para esses tipos de estabelecimentos,
as normas municipais e federais deverão ser adequadas à norma federal.
A tradicionalidade de uso é mais uma possibilidade que pode ser utilizada para
comprovar segurança e eficácia de um medicamento fitoterápico.
120
1
21
O período de uso proposto para o medicamento a ser registrado por essa forma
deve ser episódico ou curto. A lista de espécies de registro simplificado,
publicada como IN 05/2008, contempla 36 espécies vegetais, para as quais já
foram estabelecidos critérios de segurança e eficácia.
As espécies vegetais com mais registro são em sua maioria estrangeiras, como
castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum), com 22 registros e ginkgo (Ginkgo
biloba), com 20 registros. Entre as brasileiras, as mais registradas são o guaco
(Mikania glomerata), com 20 registros, Maracujá (Passiflora incarnata), com 16
registros e espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), com 14 registros.
121
1
22
Prescrição de fitoterápicos
Exemplo:
122
1
23
Uma receita correta em fitoterapia deve ter todas estas informações, além da
posologia, forma farmacêutica de apresentação e duração do tratamento.
Uso oral:
123
1
24
Existe ainda algumas plantas medicinais que só podem ser prescritas por
médicos, esta lista você pode obter consultando a IN.02/2014 da Anvisa.
Importante saber: os estudos e a prática clínica mostram cada vez mais que
a associação de plantas medicinais é mais eficaz e segura do que a
monoterapia, por este motivo aprender a associar fitoterápicos de acordo
com cada patologia é fundamental.
124
1
25
125
1
26
126
1
27
127
1
28
128
1
29
REFERÊNCIAS
129
1
30
130
1
31
131
1
32
FARNSWORTH, N. et. al. Medicinal plants in therapy. Bull WHO, v. 63, n.6, p.
965-981, 1985.
132
1
33
133
1
34
134
1
35
135