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Caro Leitor,

Me chamo Fernando Cintra. Em 2016 eu comecei um blog de MTB


chamado Aventrilha, talvez você tenha ouvido falar ou mesmo o
acessado.

Em 2021, ao me mudar para a Europa, eu fechei o site. Essa não foi a


principal razão para encerrar o Aventrilha, no entanto.

Aqui nos Alpes comecei um novo trabalho com bike e você pode
acompanhar histórias de aventura de bike e fotos - como as abaixo -
em meu Instagram, @fernandocintracc:

A razão pela qual estou disponibilizando esse guia de maneira gratuita


é para encerrar minha história com o trabalho de bike no Brasil.

Espero que você curta a leitura tanto quanto eu curti produzir esse
livro.

Bom proveito e bons pedais


- Fernando Cintra

2
Nota do
autor
sobre a 2ª
edição

3
Nota do autor sobre a 2ª Edição

Se eu te dissesse que o Brasil é um


país de proporções continentais,
seria começar com um clichê já
usado demais.

Mas o que vou fazer - é verdade! O


Brasil é imenso, com estados que
comportam com folga diversos
países dentro de sua área.

Eu tive a oportunidade e sorte de


conhecer alguns desses lugares
pedalando. Também tenho a sorte e
oportunidade de ter isso como
minha profissão.
-

4
Nota do autor sobre a 2ª Edição

A segunda edição do 15 Grandes Rotas de Cicloturismo e


MTB no Brasil conta com quatro novas sessões:

A sessão Navegação traz muito mais detalhes da rota, com


arquivos GPX, planilhas e detalhamentos de rotas que
possuem trechos ou etapas divididas.

A sessão Acomodação detalha quão fácil ou difícil é


encontrar hospedagem na rota, bem como - quando
necessário - dicas de pousadas, hotéis e campings
específicos.

A sessão Observações traz informações importantes a


respeito da bicicleta adequada, época do ano adequada
para percorrer a rota, dicas de camping e possibilidade de
acampamento selvagem e, quando disponível, link para
download do manual oficial da rota.

A sessão Fotos ajuda a ilustrar um pouco melhor o que o


5
cicloturista vai encontrar no caminho.
Nota do autor sobre a 2ª Edição

Por fim, a Rota da Luz foi trocada pelo


Circuito Lagamar, buscando diversificar
um pouco das rotas presentes no Guia.

Espero que essa nova edição, com mais


informações, lhe ajude a planejar sua
próxima cicloviagem de manera mais
simples.

Conto sempre com seu feedback para


lançar edições ainda melhores no
futuro.

Boa leitura!
- Fernando Cintra,
-

6
Índice

Comece por aqui 7


Rotas de múltiplos dias 13
Rotas de um dia 68
Fechamento 96

7
Comece por
aqui

8
Caro leitor, antes de você entrar de cabeça nas rotas
e começar a planejar sua próxima aventura de bike -
propósito único deste livro - quero passar algumas
orientações que acredito que podem lhe ajudar a
seguir as rotas apresentadas.

Diria que são certos “Recursos adicionais” para


acompanhar você pelas jornadas no Brasil. E eu
dividi esses recursos em 5.

9
1- Como seguir as rotas

Eu já usei inúmeros aplicativos para seguir rotas em


minhas cicloviagens. Definitivamente o que mais me
agradou, que uso sempre e que recomendo a todos
é o Komoot.

Ele possui versão paga e gratuita - e a gratuita já da


conta de boa parte do recado.

Baixe para iPhone ou Android.

10
2- Outros aplicativos

Há também diversos outros aplicativos de celular -


em sua maioria gratuitos - que podem ajudar
demais na sua aventura de bicicleta. No Aventrilha
eu tenho uma artigo com uma lista de 10 aplicativos
para cicloviagem (link).

Esse artigo - como todos os outros do site - é


gratuito.

11
3- Mais artigos

Além da recomendação específica pelo artigo de


aplicativos para cicloturismo, o Aventrilha tem
também centenas de outros artigos que podem te
ajudar em sua preparação.

Recomendo em
particular a coluna
“Cicloturismo e
Bikepacking” com
dezenas de artigos
sobre o tema (link)

12
4- Mais recursos

Também tenho um curso online inteiro dedicado ao


cicloturismo, chamado Cicloturismo de A a Z (link)

Todos os leitores deste ebook tem 50% de desconto


para comprar meu curso. Se você quer continuar
aprendendo sobre o tema, conheça o curso e use o
cupom JATENHOOEBOOK para ativar o desconto.

13
Rotas de
múltiplos dias

14
15
1. O Caminho da Fé

1. O
Caminho
da fé
O Caminho da Fé é a maior rota de peregrinação do
Brasil, sendo percorrida não só por cicloturistas
como também por andarilhos, grupos de cavaleiros
e charreteiros, entre outros.

16
1. O Caminho da Fé

O Caminho da Fé tem ganhado popularidade entre


ciclistas todos os anos e chegou à marca de 7 mil
cicloturistas no ano de 2017.

Há vários inícios possíveis para a rota – chamados


de Ramais pela associação que cuida do Caminho
da Fé – mas é na cidade de Águas da Prata que
todos se encontram para ir até a cidade de
Aparecida, capital do catolicismo no Brasil.

17
1. O Caminho da Fé

Há uma possibilidade de alterar sutilmente o


caminho na cidade de Campos do Jordão, indo dalí
para Pindamonhangaba ou Garatinguetá, antes de
rumar para Aparecida.

Para cicloturistas, os principais atrativos são a


incrível estrutura de pousadas, alimentação, apoio
das paróquias e prefeituras e de demarcação das
estradas.

18
1. O Caminho da Fé

Em 2017 muitas ações de comunicação foram feitas


para o caminho, como o mini-documentário que
você pode assistir clicando na imagem

19
1. O Caminho da Fé

Navegação
A navegação no Caminho da Fé pode ser feito em grande
parte seguindo as famosas setas amarelas do percurso.

O único problema que senti ao usar as setas é que elas foram


visivelmente instaladas para pedestres. Como ciclista, muitas
vezes eu passei por elas sem percebê-las.

Mesmo assim , o caminho é tão popular que mesmo sem as


setas já seria possível navegar por ele mesmo sem mapa. O
que dificulta isso são os “ramais”, como veremos a seguir.

20
1. O Caminho da Fé

Diferente de outras rotas do Guia, o Caminho da Fé possui


diversos “ramais” além do tronco principal - Para ver o mapa
em resolução aumentada, clique na imagem:

Seguem os ramais com os repectivos GPX/Mapas


1. Águas da Prata, 314km, tronco principal (arquivo GPX)
2. Ramal Tambaú, 106km (Mapa)
3. Ramal Mococa, 90km (Mapa)
4. Ramal Dom Inácio*, 120km (Mapa)
5. Ramal Franca, 306km (Mapa)
6. Ramal P.e. Donizetti* , 256km (Mapa)
7. Ramal Centro Paulista* , 424km (Mapa)
8. Ramal Aguaí, 46km (Mapa)
9. Ramal Santa Luzia*, 30km (Mapa)
10. Ramal Monte Sião*, 38km (Mapa)
11. Ramal Caldas*, 65km (Mapa)
1. O Caminho da Fé

Observações sobre os ramais:


O Ramal Dom Inácio (4), sai de Guaxupé e acabou absorvendo
o Ramal Caconde, que não foi citado.

O Ramal Padre Donizetti (6) é praticamente o mesmo que o


Ramal Ribeirão Preto, que não foi citado.

O Ramal Centro Paulista (7) sai de Borborema e acabou


absorvendo o Ramal São Carlos, que não foi citado.

O Ramal Santa Luzia (9) se conecta ao Caminho em Andradas.

O Ramal Monte Sião (10) se conecta ao Caminho em Ouro Fino

O Ramal Caldas (11) sai de Caldas e acabou absorvendo o


Ramal Santa Rita de Cássia, que nao foi citado. Ele se conecta
ao Caminho em Ouro Fino.
1. O Caminho da Fé

Acomodação
Assim como em outras rotas renomadas do Brasil, o
Caminho da Fé possui uma ampla rede hoteleira à
disposição do bicigrino.

Mesmo assim, se você for percorrer o Caminho da Fé em


eriados prolongados, Carnaval, etc. - ou estiver em grupos
grandes, é essencial fazer reservas antecipadas.

Planeje quais serão as cidades de pouso da sua rota usando


o Mapa e busque por pousadas em cada uma. Elas existem
em abundância.
23
1. O Caminho da Fé

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike (Gravel
sobre bastante em alguns pontos, como na descida do Vale,
por exemplo)

Melhor época do ano: Ideal de Abril a Junho, ou de Julho a


Setembro como segunda opção. Julho faz bastante frio,
Agosto é bem seco e Setembro já começam a chegar as
chuvas. Evite feriados religiosos, principalmente o mês de
outubro pois o Caminho fica lotado.

Camping: Várias opções de campings pagos.


Para acampamento selvagem o nível de segurança é
relativamente bom. No entanto, toda a região é densamente
povoada. Chance baixa de encontrar local seguro para
acampamento selvagem.

24
1. O Caminho da Fé

Fotos

25
26
2. Circuito Vale Europeu

2. Circuito
Vale
Europeu
E não só no nome, no visual também. Em estradinhas
vicinais que cortam as belas cidades da região do
Vale Europeu, em Santa Catarina, encontra-se um dos
roteiros de cicloturismo mais populares do Brasil.

27
2. Circuito Vale Europeu

A principal diferença para o Caminho da Fé – e para


outros caminhos aqui do livro também – é o fato do
caminho ser circular: o pedal começa e termina na
cidade de Timbó-SC.

28
2. Circuito Vale Europeu

Eu chamaria atenção para 3 outros pontos


interessantes do circuito de cicloturismo do Vale
Europeu:

1- A estrutura impecável de demarcação da rota para


ciclistas, seccionamento do roteiro e apoio. Com
placas claras e bem distribuidas, sugestão de sessões
a serem percorridas muito equilibradas –
principalmente para iniciantes – e distribuição de
mapas e materiais, o Circuito do Vale Europeu possui
um dos melhores apoios em termos de rotas para
cicloturistas no Brasil (se não o melhor).

29
2. Circuito Vale Europeu

2- Além da beleza natural, é notória a segurança e


tranquilidade que os cicloturistas encontram no Vale
Europeu

30
2. Circuito Vale Europeu

3- A região possui algumas das subidas mais difíceis


do Brasil. Santa Catarina é já o estado com mais
subidas difíceis e as cidades de Timbó, Pomerode,
Ascurra, Apiúna, Rodeio e Rio dos Cedros – todas no
Vale – possuem representantes na lista. Se quiser
saber mais acesso o Guia das 100 Subidas Mais
Difíceis do Brasil que você tem à disposição por ter
adquirido esse ebook.

31
2. Circuito Vale Europeu

Navegação
O Circuito do Vale Europeu possui uma das sinalizações mais
completas de rotas de cicloturismo do Brasil (talvez A mais
completa).

Diferente de outros caminhos, há uma sugestão muito clara de


dias a serem investidos na cicloviagem: sete.

Isso, claro, tem uma razão: o circuito foi projetado para


estimular o turismo nas cidades pertencentes à rotas. E é de
interesse da organização que você se hospede nelas 32
2. Circuito Vale Europeu

E mesmo que seja apenas uma sugestão, ela faz sentido


para que você curta tudo que o Circuito tem a oferecer. Ele
fica dividido assim:

Dia 1: de Timbó a Pomerode, 45km (navegação)


Dia 2: de Pomerode a Indaial, 40km (navegação)
Dia 3: de Indaial a Rodeio, 26km (navegação)
Dia 4: de Rodeio a Dr Pedrinho, 41km (navegação)
Dia 5: de Dr Pedrinho a Alto Cedros, 40km (navegação)
Dia 6: de Alto Cedros a Palmeiras, 41km (navegação)
Dia 7: de Palmeiras a Timbó , 53km (navegação)

Rota inteira: aproximadamente 300km (GPX da rota inteira)

33
2. Circuito Vale Europeu

Acomodação
Como já citado, as rotas mais tradicionais de cicloturismo no
Brasil possuem uma vasta rede hoteleira. Não é diferente
com o Circuito de Cicloturismo do Vale Europeu.

No Vale Europeu a organização foi além e mantém uma base


de pousadas e hotéis no próprio site.

Você encontra a lista aqui.

34
2. Circuito Vale Europeu

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike

Melhor época do ano: Primavera (abril a Junho), com


temperaturas menores que no verão, maiores que no gelado
inverno catarinense, mas ainda assim com pouca chuva.

Camping: Algumas opções de campings pagos.


Para acampamento selvagem, a região segura, porém muito
povoada, com muitos sítios, fazendas, vilas e cidades.
Chance baixa-moderada de encontrar local para
acampamento selvagem.

35
2. Circuito Vale Europeu

Fotos

36
37
3.Estrada Real

3.
Estrada
Real
Se o Caminho da Fé é a rota de peregrinação mais
tradicional do país e o Circuito do Vale Europeu um
dos mais bem organizados, nossa terceira rota de
cicloturismo brasileiro se destaca por outra questão:
sua história.

38
3.Estrada Real

Cruzando 177 municípios, boa parte em Minas


Gerais, a Estrada Real é composta por quatro rotas
que podem ser percorridos pelo cicloturista, também
chamados de “Caminhos”. Veremos cada um deles.

39
3.Estrada Real

I.
Caminho
velho
Como o próprio nome indica,
foi o primeiro trecho aberto
entre o litoral e as zonas de
extração do ouro, em Minas
Gerais. São 710km de
extensão que ligam a cidade
litorânea de Paraty a Ouro
Preto. Nessa rota o
cicloturista passará por
inúmeras cidades históricas e
turísticas, como Tiradentes,
São João del Rei, Passa
Quatro e São Lourenço.

40
3.Estrada Real

Vale reforçar que ele é muito


mais antigo que a rota em
questão, já que o trajeto onde o
Caminho Velho foi estabelecido
era rota de indígenas entre a
costa e o interior.

A coroa portuguesa encontrou muitos problemas


com o transporte dos minérios que saiam de Paraty,
como ataques piratas. Por conta disso, foi criado
uma versão diferente da Estrada, que chega no Rio
de Janeiro:

41
3.Estrada Real

II.
Caminho
Novo
Não deixe o nome te
enganar. O trajeto é
chamado de Novo porque
veio depois do “Velho”, mas
é também centenário – foi
concluído em 1707 e no ano
de 2007 comemorou 300
anos de existência. Haja
história para contar (e
pedalar também).

42
3.Estrada Real

No roteiro que percorre o Caminho Novo da Estrada


Real, o cicloturista passa por algumas das maiores
cidades da rota, como Barbacena, Juíz de Fora e a
própria cidade do Rio de Janeiro (então capital do
Brasil).

É por esse caminho também que o ciclista cruza a


serra no Rio de Janeiro, na cidade de Petrópolis.

43
3.Estrada Real

III.
Caminho dos
Diamantes
A rota denominada de
Caminho dos Diamantes é o
trecho da Estrada Real que
liga Ouro Preto à cidade de
Diamantina, mais ao norte.
Ela adicionará 350
quilômetros ao seu roteiro
de cicloturismo, mas
também é nela que você
conhecerá algumas das
cidades históricas mais belas
do Brasil. Serro, Milho Verde
e a própria Diamantina são
algumas delas.

44
3.Estrada Real

Para o cicloturista que não tem pressa, vale lembrar


que nesse trecho você passará pela Serra do Cipó.
Se você não tiver que economizar tempo, estará
num paraiso para trekking e mountain bike,
explorando trilhas, cachoeiras e montanhas da
região. A foto de destaque, da Cachoeira do
Tabuleiro, é mostra disso:

45
3.Estrada Real

IV.
Caminho de
Sabarabuçu
Uma “perna” do caminho tradicional dos
Diamantes, que vai a Ouro Preto.

O principal motivo turístico que faria um


cicloviajante percorrer os 160km do trecho é,
provavelmente, a Serra da Piedade (que por
sinal é uma das subidas mais difíceis do Brasil
também).
46
3.Estrada Real

Navegação
Se por um lado o Caminho da Fé possui suas
tradicionais setas amarelas e o Vale Europeu
tem as placas informativas, a Estrada Real tem
os imponentes totens

Contendo informações como “onde estou” e


orientando o caminho a ser seguido, eles são
encontrados com grande frequência pela
Estrada Real.

47
3.Estrada Real

Abaixo você encontra links sobre a rota de cada um dos


caminhos da Estrada Real.

1- Caminho Novo
De Ouro Preto a Porto Estrela, 515km (Arquivo de GPS).

2- Caminho Velho
De Ouro Preto a Paraty, 710km (Arquivo de GPS).

3- Caminho dos Diamantes


De Diamantina a Ouro Preto, 395km (Arquivo de GPS).

4- Caminho do Sabarabuçu
De Barão de Cocais a Glaura, 160km (Arquivo de GPS).

48
3.Estrada Real

Acomodação
Como grande destino turístico que é, a Estrada Real possui
vários hotéis, pousadas, campings e casas de aluguel.

Como a jornada é relativamente longa e a organização não


deixa indicação de dias como o Vale Europeu, vale deixar
algumas reservadas e outras anotadas.

No entanto, como já dito, a oferta é vasta e dificilmente o


cicloturista vai passar dificuldade para encontrar pouso nas
cidades da Estrada.

49
3.Estrada Real

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike

Melhor época do ano: Ideal de Abril a Junho, ou de Julho a


Setembro como segunda opção. Julho faz bastante frio,
Agosto é bem seco e Setembro já começam a chegaras
chuvas. Evite o verão, com alta temporada no litoral, muita
chuva e calor.

Camping: Várias opções de campings pagos.


Para acampamento selvagem o nível de segurança e de
lugares para acampar varia demais do interior de Minas
Gerais até o Rio de Janeiro. Chance baixa-moderada de
encontrar local seguro para acampamento selvagem.

Manual da Rota: essa rota possui um manual oficial (link)

50
3.Estrada Real

Fotos

51
52
4. Circuito das Araucárias

4.
Circuito das
Araucárias
Voltamos para Santa Catarina para mais uma bela
rota de cicloturismo: o Circuito das Araucárias. O
percurso passa por 4 cidades da região: Campo
Alegre, Corupá, Rio Negrinho e São Bento do Sul.

Foto: Preciso Pedalar


53
4. Circuito das Araucárias

Esse é um exemplo clássico de criação de rota


cicloturística para atrair viajantes para a região.

O roteiro pode ser concluído com bastante esforço


em apenas 4 dias, porém além de se tornar
extenuante, seria um crime visitar uma região tão
bela tão rapidamente. A não ser que você viva na
região, o percurso merece pelo menos uns 6 dias
para ser percorrido. O site do Circuito das Araucárias
já deixa a sugestão: 8.

54
4. Circuito das Araucárias

Além das pacatas e seguras


estradas afastadas da região, o
cicloturista encontrará uma
série de atrativos naturais, como
Campos do Quiriri e o Morro da
Igreja.

Com apoio e preparação para receber o cicloturista,


o Circuito das Araucárias é uma ótima opção de
cicloviagem no Brasil para iniciantes.

55
4. Circuito das Araucárias

Navegação
O Circuito das Araucárias também possui placas para auto
navegação. Abaixo você enconte como ler as placas (as
informações abaixo foram retiradas do site da organização.

1 - Quilometragem do trecho atual

2 - Distância até a próxima placa

3 - Quilometragem parcial (Nota do


autor: eu achei essa informação
bastante desnecessária)

4 - Dados gerais do ponto em


relação a rota

5 - Orientação visual de navegação

6 - Indicação de localidade (Nota do


autor: também achei desnecessária)

56
4. Circuito das Araucárias

Como citado anteriormente, o site da organização do Circuito


deixa claro a sugestão de oito dias para percorrer. Eu imagino
que seis sejam o bastante. De todo modo, segue os arquivos
para GPs de cada um dos oito dias recomendados:

Dia 1: de São Bento do Sul a Cachoeiras, 38km (GPX)


Dia 2: de Cachoeiras a Corupá, 15km (GPX)
Dia 3: de Corupá a Parque das Aves, 13km (GPX)
Dia 4: de Parque das Aves a Campo Alegre, 31km (GPX)
Dia 5: de Campo Alegre a Pousada Casa Antiga, 13km (GPX)
Dia 6: da Pousada Casa Antiga a Ponte de Pedra, 41km (GPX)
Dia 7: da Ponte de Pedra Rio Negrinho, 34km (GPX)
Dia 8: de Palmeiras a Timbó , 59km (GPX)

Rota inteira: aproximadamente 244km (GPX da rota inteira)

57
4. Circuito das Araucárias

Acomodação
Mais uma rota com grande infraestrutura hoteleira para o
cicloturista. Parte dos destinos sugeridos, inclusive, já são
pousadas, como a Casa Antiga.

No entanto, é possível encontrar diversas outras opções


para pousar durante o Circuito das Araucárias. Alguns desses
lugares podem ser encontrados no próprio site, na parte de
Parceiros (link)

58
4. Circuito das Araucárias

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike

Melhor época do ano: Primavera (abril a Junho), com


temperaturas menores que no verão, maiores que no gelado
inverno catarinense, mas ainda assim com pouca chuva.

Camping: Várias opções de campings.


Para acampamento selvagem, a região segura, porém muito
povoada, com muitos sítios, fazendas, vilas e cidades.
Chance moderada de encontrar local para acampamento
selvagem.

Manual da Rota: essa rota possui um manual oficial (link)

59
4. Circuito das Araucárias

Fotos

60
61
5. Caminho do Sol

5.
Caminho do
Sol
O Caminho do Sol, nosso quinto roteiro de
cicloturismo do Brasil na lista, fica no interior de São
Paulo. Vale a pena observar 3 coisas sobre ele.

Foto: Sussumo. InforMar


62
5. Caminho do Sol

Em primeiro lugar, foi idealizado a partir de uma


iniciativa privada que, com sucesso, instalou uma
rota de cicloturismo de qualidade no interior de São
Paulo. O Caminho do Sol passa por propriedades
particulares e daí a necessidade de comunicar a
organização da rota sobre sua partida.

63
5. Caminho do Sol

A segunda observação é o ponto de chegada.

O “bicigrino”, como é chamado


o cicloturista pelos
organizadores do Caminho, sai
de Santana do Parnaíba com
destino à Casa de Santiago, em
Águas de São Pedro – quase
uma reedição do tradicional
Camino espanhol.

64
5. Caminho do Sol

Por fim, o nome – Caminho do Sol –


faz juz ao que você definitivamente
encontrará na região: sol. Eu morei em
Capivari, cidade presente nessa rota
de cicloturismo, e o lugar é quente!

Por se tratar também de um percurso


bem estruturado, direcionado e
predominantemente plano
(especialmente em comparação com
os outros que vimos até agora) é uma
rota de cicloturismo ideal para
iniciantes também.

65
5. Caminho do Sol

Navegação
Para pedalar pelo Caminho do Sol é necessário se registrar no
site da organização antes (Link). Por Passar por dentro de
propriedades privadas, a navegação é mais simples, mesmo que
um pouco diferente

O caminho possui 4 “rotas” e o ciclista deve escolher qual quer


percorrer no site ao fazer seu registro. Cada uma conta com
uma sugestão de paradas e distância específica.

A Rota Laranja é feita em 5 dias, com 221km


A Rota Azul é feita em 4 dias, com 241km
A Rota Verde é feita em 4 dias, com 237km
A Rota Vermelha é feita em 3 dias, 241km

Todas as rotas podem ser encontradas na mesma página do site


do Caminho do Sol (link)

66
5. Caminho do Sol

Acomodação
As pousadas do Caminho do Sol já são pré-definidas pela
organização. Cabe ao cicloturista realizar o pagamento
quando chega na pousada (detalhes aqui)

67
5. Caminho do Sol

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike

Melhor época do ano: Primavera (abril a Junho). O Inverno


na região ainda faz calor e tem ar muito seco. No verão é
quente e chove em abundância.

Camping: Não há possibilidades, dado que a rota possui


pontos de parada pré-definidos.

68
5. Caminho do Sol

Fotos

69
70
6. Caminho de Cora Coralina

6.
Caminho de
Cora Coralina
O nome da rota de cicloturismo de número 6 foi
dado em homenagem a uma poetisa.

71
6. Caminho de Cora Coralina

Anna Lins dos Guimarães


Peixoto Bretas, mais conhecida
pelo seu pseudônimo Cora
Coralina, é a personalidade mais
famosa da cidade de chegada do
Caminho de Cora Coralina, a
pequena Cidade de Goiás.

Uma iniciativa da agência de


turismo estadual do Goiás, em
parceria com o ICMBIO e
secretarias estaduais.

72
6. Caminho de Cora Coralina

O Caminho de Cora Coralina foi inaugurado em 2018


e lega o cicloturista a cruzar o belíssimo cerrado
goiano.

O caminho possui vários trechos de trilhas e estradas


duras e talvez seja uma excelente oportunidade para ser
percorrido com uma configuração de bikepacking.

Como muitos trekkers fazem a rota a pé, é bem provavel


que o cicloturista encontre lugares para acampar.

73
6. Caminho de Cora Coralina

Navegação
Os relatos de quem percorreram, no entanto sempre citam a
mesma coisa: a fraca sinalização. Sim, ela existe e é muito
lógica. As pegadas pretas com fundo amarelo indicam o sentido
Corumbá - Cidade de Goiás, as pegadas amarelas com fundo
preto são para o sentido oposto e os X para trilhas erradas.

No entanto, mesmo que você encontre as marcas, recorra


sempre ao GPS para se manter na trilha. Talvez a situação
tenha melhorado, mesmo assim, não confie inteiramente nas
marcações.

74
6. Caminho de Cora Coralina

O Caminho de Cora Coralina é dividido em 13 trechos curtos,


já que foi pensado em trekkers, não ciclistas. São eles:

Trecho 1: Corumbá de Goiás – Salto de Corumbá, 14km


Trecho 2: Salto de Corumbá – Pico dos Pireneus, 12km
Trecho 3: Pico dos Pireneus – Pirenópolis, 24km
Trecho 4: Pirenópolis – Caxambu, 30km
Trecho 5: Caxambu – Radiolandia, 17km
Trecho 6: Radiolândia – São Francisco de Goiás, 27km
Trecho 7: São Francisco de Goiás – Jaraguá, 38km
Trecho 8: Jaraguá – Vila Aparecida, 17km
Trecho 9: Vila Aparecida – Itaguari, 29km
Trecho 10: Itaguari – São Benedito, 27km
Trecho 11: São Benedito – Calcilândia, 22km
Trecho 12: Calcilândia – Ferreiro, 30km
Trecho 13: Ferreiro – Goiás, 7km

Rota inteira: aproximadamente 300km (GPX da rota inteira)


75
6. Caminho de Cora Coralina

Acomodação
Apesar da região ser bastante turística, não é tão povoada
quanto às rotas anteriores.

Dessa maneira, recorra ao guia de pousadas que pode ser


encontrado no site oficial do Caminho já dividido por
cidades (link)

76
6. Caminho de Cora Coralina

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike

Melhor época do ano: Primavera (abril a Junho), com


menos chuva e temperatura mais amenas, mas ainda assim
evitando o inverno seco do cerrado goiano.

Camping: Várias opções de campings.


É uma excelente região para acampamento selvagem, por
ser pouco povoada, relativamente segura e passando por
parques estaduais. Chance Alta de encontrar local para
acampamento selvagem.

77
6. Caminho de Cora Coralina

Fotos

78
79
7. Circuito Lagamar

7.
Circuito
Lagamar
Voltamos para São Paulo para o circuito mais plano de
todo o Guia: o circuito Lagamar, no litoral Sul de São Paulo

80
7. Circuito Lagamar

A rota leva o nome a partir das


cidades da região. Juntas,
Cananéia, Ilha Comprida,
Iguape, Pariquera-Açu e
Jacupiranga compõem a região
Lagamar, reconhecida pela
UNESCO como Reserva da
Biosfera da Mata Atlântica.

81
7. Circuito Lagamar

Por ser predominantemente plano, bem demarcado


e, em boa parte, de fácil navegação (já que metade
do percurso se dá na areia da praia) pode ser
considerado um excelente destino de cicloturismo
para iniciantes.

O Circuito ainda possui diversas rotas “anexas” onde


o apoio ao cicloturista também é grande, como
mostra a imagem abaixo. Na próxima sessão, no
entanto, focaremos no Circuito Lagamar principal.

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7. Circuito Lagamar

Navegação
O Circuito Lagamar é de Fácil navegação - principalmente
no trecho costeiro. Há placas direcionando e murais,
como o da foto abaixo.

Os locais também já estão acostumados com os


cicloturistas e podem surgir orientações nas vilas e
cidades. Como sempre, no entanto, é bom ir com o GPS
apurado.

83
7. Circuito Lagamar

O Circuito Lagamar é dividido em 5 trechos, sem sugestão de


quanto pedalar por dia. Lembrando que ele tem relevo
basicamente plano (principalmente levando-se em conta as
rotas que vimos até agora). Os 5 trechos são:

Trecho 1: Ilha Comprida - Iguape, 6km (só atravessa a ponte)


Trecho 2: Iguape - Pariquera-Açu, 46km
Trecho 3: Pariquera-Açu – Jacupiranga,124km
Trecho 4: Jacupiranga – Cananeia, 45km
Trecho 5: Cananeia – Ilha Comprida, 65km

Importante apontar que apenas o Trecho 5 é o que beira o


mar. Os outros 4 acontecem no interior da região.

Rota inteira: aproximadamente 180km (GPX da rota inteira)

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7. Circuito Lagamar

Acomodação
Região costeira bastante turística com diversas opções de
pousadas, hotéis e campings.

Se você quiser ir prevenido e reservar sua pousada, pode


dar uma olhada na seleção de hotéis e pousadas do guia da
prefeitura de Ilha Comprida (link)

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7. Circuito Lagamar

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike

Melhor época do ano: Primavera e Inverno (abril a


Setembro), com menos chuva e temperatura mais amenas.
A região fica bem cheia de turistas no verão e em feriados
prolongados. Planeje com antecedência.

Camping: Várias opções de campings.


Até é possível acampar selvagem na região (eu mesmo já fiz
assim em Juréia) mas não recomendo. Há diversos campings
por preços muito justos que oferecem mais segurança.

Manual da Rota: essa rota possui um manual oficial (link)

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7. Circuito Lagamar

Fotos

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8. Cascatas e Montanhas

8.
Cascatas e
Montanhas
O Circuito das Cascatas e Montanhas é outro belo
roteiro de cicloturismo no sul do Brasil.

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8. Cascatas e Montanhas

Saindo da cidade de Rolante no


Rio Grande do Sul, o cicloturista
percorrerá inesquecíveis 123km
pelas também gaúchas cidades
de Riozinho e São Francisco de
Paula. E o porquê do nome? Pois
no caminho você realmente
encontrará cascatas e cachoeiras
maravilhosas, como a das
Andorinhas e a do Chuvisqueiro.

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8. Cascatas e Montanhas

A rota de cicloturismo está em constante


crescimento e mais e mais relatos de têm surgido.
Belezas naturais não faltam para justificar uma
viagem por lá.

Durante a pandemia da Covid-19, a Associação dos


Amigos do Circuito Cascatas e Montanhas (AMICAM),
junto com a prefeitura de Rolante, realizou trabalhos
de melhoria na sinalização da rota.

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8. Cascatas e Montanhas

Navegação
Assim como a nova onda de rotas estruturadas de
cicloturismo no Rio Grande do Sul, o Circuito Cascatas e
Montanhas possui boa sinalização.

A sugestão de divisão em 4 dias faz sentido, dado o ganho


altimétrico do Circuito (clique na imagem para ver em
resolução maior):

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8. Cascatas e Montanhas

A divisão em trechos fica assim:

Dia 1: de Rolante a Riozinho, 27km


Dia 2: de Riozinho a Boa Esperança, 26km
Dia 3: de Boa Esperança a São Francisco de Paula, 28km
Dia 4: de São Francisco de Paula a Rolante, 40km

Rota inteira: aproximadamente 120km (GPX da rota inteira)

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8. Cascatas e Montanhas

Acomodação
O Circuito Cascatas e Montanha tem diversas opções de
pousadas, hotéis e campings, tanto nas cidades como pelas
estradas.

A organização tem uma curadoria desses locais oficiais no


próprio site.

Pousadas do trecho 1 (link)


Pousadas do trecho 2 (link)
Pousadas do trecho 3 (link)
Pousadas do trecho 4 (link)

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8. Cascatas e Montanhas

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike

Melhor época do ano: Primavera (abril a Junho), com


temperaturas menores que no verão, maiores que no gelado
inverno do Rio Grande do Sul, mas ainda assim com pouca
chuva.

Camping: Há boas opções de campings pagos.


Para acampamento selvagem, a região segura, porém muito
povoada, com muitos sítios, fazendas, vilas e cidades.
Chance baixa-moderada de encontrar local para
acampamento selvagem.

Manual da Rota: essa rota possui um manual oficial (link)

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8. Cascatas e Montanhas

Fotos

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97
9. Volta das Transições

9.
Volta das
Transições
Mais um grande sucesso de roteiro de cicloturismo
criado a partir da iniciativa de uma agência de
turismo estadual.

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9. Volta das Transições

Localizada no sul de Minas


Gerais, a Volta das Transições
circula a belíssima região do
Ibitipoca.
O nome vem da variedade de
relevos e vegetação que o
cicloturista encontra na rota.
São campos de altitude, porções
de mata atlântica, diferentes
climas e relevos num pedal de
quase 400 quilômetros.

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9. Volta das Transições

A Volta das Transições também tem uma


particularidade. Ela tem sinalização excelente. No
entanto, a comunidade local ainda não absorveu a
ideia como em outras rotas já mostradas.

Sendo assim, ela pode ser uma excelente


oportunidade para quem quer experimentar um
caminho de cicloviagem mais “raiz” pela primeira
vez, acampando e cozinhando pela estrada e
experimentando um lado mais aventureiro do
cicloturismo.
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0
9. Volta das Transições

Navegação
Como já dito, a Volta é nova e tem começado a ganhar
difusão aos poucos. Portanto mesmo que bem sinalizada,
conte também com um GPS

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9. Volta das Transições

A organização da rota até deixa claro que existem 7 etapas para


a conclusão da Volta. As informações oficiais acerca das etapas,
no entanto, são um pouco confusas. Isso porque as etapas
oficiais começam em dias diferentes dos quais terminam. Eu
reorganizei as informações das etapas de maneira extra-oficial:

Etapa 1: de Sta Rita de Jacutinga a Olaria, 54km


Etapa 2: de Olaria a Lima Duarte, 53km
Etapa 3: de Lima Duarte a Bias Forte, 52km
Etapa 4: de Bias Fortes a Ibertioga, 43km
Etapa 5: de Ibertioga a Conceição do Ibitipoca, 64km
Etapa 6: de Conceição do Ibitipoca a Bom Jd. de Minas, 63km
Etapa 7: de Bom Jardim de Minas a Sta Rita de Jacutinga, 45km

Deste modo, eu compilei os diversos GPX das etapas em um


único arquivo, igual ao oficial, que você pode baixar abaixo:

Rota inteira: 375km (GPX da rota completa)


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2
9. Volta das Transições

Acomodação
A região é muito turística por conta do Parque do Ibitipoca e
outros atrativos naturais nas proximidades. Sendo assim,
não é difícil encontrar pouso.

No entanto, há trechos mais despovoados que rotas como


Vale Europeu, Caminho da Fé e outros já vistos. Vale entrar
no site da organização e ver a lista de pousadas e já fazer
reservas antes de sair para a cicloviagem.

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3
9. Volta das Transições

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike ou Gravel Bike

Melhor época do ano: Primavera e Inverno (abril a


Setembro). Para poder aproveitar as cachoeiras da Região,
vale arriscar as chuvas de março também.

Camping: Há algumas opções de campings pagos.


Para acampamento selvagem, a região é segura e com o
Parque Estadual do Ibitipoca como centro da rota. Chance
moderada-alta de encontrar local para acampamento
selvagem.

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9. Volta das Transições

Fotos

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10. Transmantiqueira

10.
Transmantiqueira
A rota Transmantiqueira não é oficial. Na realidade
ela foi criada por mim - Fernando Cintra, autor do
livro - a partir de diversas experiências na região.

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10. Transmantiqueira

Eu a nomeei assim
pois ela de fato
percorre praticamente
toda a Extensão da
Serra da Mantiqueira.

Como nasci e vivi boa


parte da vida em
Atibaia, a rota se inicia
lá, mas é possível
começar já de
Joanópolis ou mesmo
de cidades anteriores,
como Campinas e até
São Paulo.

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10. Transmantiqueira

Como não é uma rota oficial, você vai precisar do


arquivo GPX que disponibilizei no final deste capítulo.
De todo modo, o que você pode esperar encontrar na
Transmantiqueira são cachoeiras, subidas e descidas
de alto nível técnico e vistas espetaculares.

A viagem também pode ser dividida em três fases


diferentes.
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10. Transmantiqueira

A primeira fase é entre Atibaia e a cidade de São


Bento do Sapucaí. Tem muita subida, mas menos que
o resto da viagem. Destaque para a Cachoeira dos
Pretos e o Pico do Lopo e Pedra do Baú.

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0
10. Transmantiqueira

A segunda fase é entre


São Bento e Passa Quatro
e passa por algumas das
subidas mais duras não só
da região como de todo o
Brasil.
Destaques da região são a
Pedra do Baú e a descida
para Piranguçu com a
represa São Bernardo.

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1
10. Transmantiqueira

A terceira fase é entre Passa


Quatro e Aiuruoca. Ainda com
subidas colossais, mas não
tanto como na fase anterior.
Aqui pode se ver inúmeras
cachoeiras e montanhas. Você
vai passar entre o Parque
Nacional do Itatiaia e a
belíssima Serra do Papagaio.

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2
10. Transmantiqueira

Navegação
Essa é uma rota não oficial, criada a partir de minhas
experiências na região. Portanto o uso do arquivo GPX é
imprescindível.

Eu a divido em 3 etapas, mas isso não quer dizer que


você precise percorrer em 3 dias. As etapas são as
seguintes:

Etapa 1: de Atibaia a São Bento do Sapucaí, 148km


Etapa 2: de São Bento a Passa Quatro, 150km
Etapa 3: de Passa Quatro a Airuoca, 88km

Rota inteira: 386km (GPX da rota completa no Komoot)

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3
10. Transmantiqueira

Acomodação
Toda a região da mantiqueira é muito turística, além de ser
parte de outras grandes rotas, como Caminho da Fé e
Estrada Real. Por essa razão, acomodações são fáceis de se
encontrar na Transmantiqueira.

Deixo aqui, no entanto, minhas dicas de pousadas onde já


me hospedei em cicloviagens nas cidades do caminho (link
para pousadas)

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4
9. Volta das Transições

Observações
Bicicleta adequada: Mountain Bike

Melhor época do ano: Primavera e Inverno (abril a


Outubro). Para poder aproveitar as cachoeiras da Região,
vale arriscar as chuvas de março também.
Agosto é um mês muito seco. Setembro e Outubro a chuva
aumenta. Evite o verão pois as estradas ficam bem
enlameadas.

Camping: Há muitas opções de bons campings pagos.


Acampamento selvagem é mais provável apenas no trecho
3. Toda a região é muito segura.

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5
9. Volta das Transições

Fotos

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Rotas de 1 dia

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11. Travessia de Ilhabela

11.
Travessia de
Ilhabela
A Travessia de Ilhabela é, como o próprio nome diz,
na cidade insular de Ilhabela, em São Paulo

11
8
11. Travessia de Ilhabela

Com inúmeras praias em toda a costa, muitas só são


acessíveis de barco ou por longas trilhas só possíveis
de serem percorridas a pé.

No entanto, exatamente do lado o posto da vila, do


lado leste da ilha, fica a famosa e belíssima praia de
Castelhanos. E é justamente lá o destino de quem se
propõe a fazer a Travessia de Ilhabela.

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9
11. Travessia de Ilhabela

Tudo começa em São Sebastião, onde é possível


deixar o carro e tomar a balsa com a bike. Eu fui em
2010 e na época bikes não pagavam.

Não sei como está a situação agora. De todo modo,


até mesmo a balsa para a ilha já é uma parte muito
bela do passeio.

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0
11. Travessia de Ilhabela

Chegando lá, o caminho é muito


simples: é uma subida para chegar
na metade do caminho e uma longa
descida até a praia de Castelhanos.
E depois para voltar o mesmo: sobe
e desce até a vila. A praia é
maravilhosa, mas o caminho é tão
espetacular quanto. Com mata
nativa, cachoeiras, animais e
terreno muito desafiador.

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1
11. Travessia de Ilhabela

Outras informações:
● Distância total: aproximadamente 40km
● Ganho de elevação: 1500m
● Link para a rota desenhada por mim:
https://www.komoot.com/tour/180279959?ref=wtd

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3
12. Serra do Rio do Rastro

12.
Serra do Rio
do Rastro
A Serra do Rio do Rastro é uma das estradas mais
belas do mundo. E é também a 20ª subida mais difícil
do Brasil

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4
12. Serra do Rio do Rastro

Toda pavimentada, desde Lauro Muller - seu início -


até o topo, ela pode ser percorrida com qualquer tipo
de bicicleta.

Vale lembrar, no entanto, que a toda a região têm


diversas estradas de terra que merecem ser
percorridas também caso você vá para lá percorrer a
Serra do Rio do Rastro.

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12. Serra do Rio do Rastro

De todo modo, nosso foco aqui é na famosa subida.


Com mais de 50km de extensão, você vai ficar de
boca aberta durante toda a subida. É realmente um
cenário absolutamente encantador.

Após vencer 1300m de ganho de elevação, tem-se


uma vista privilegiada da Serra Catarinense.

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6
12. Serra do Rio do Rastro

A recomendação fica para percorrer a estrada


quando estiver acontecendo o Desafio da Serra do
Rio do Rastro. É uma prova, mas você pode ir sem a
necessidade de competir. A vantagem de percorrer
no Desafio é que a estrada fica fechada para carros
durante a subida, o que torna tudo muito mais
divertido - e seguro.
● Distância total: aproximadamente 50km (ida e
volta)
● Ganho de elevação: 1500m (ida e volta)
● Link para a rota desenhada por mim:
https://www.komoot.com/tour/180309288?ref=wtd

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13. Pedra da Macela (Cunha / Paraty)

13.
Pedra da Macela
(Cunha / Paraty)
Esse roteiro pode ser chamado de Pedra da Macela,
pois esse é o maior ponto de interesse da rota. Mas
essa é também a travessia Cunha - Paraty (ou Paraty -
Cunha)

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13. Pedra da Macela (Cunha / Paraty)

Essa, vale lembrar, é uma rota


que desvia um pouco do
trecho que conecta a cidade
de Paraty no Rio de Janeiro e
Cunha. É também o trecho
final do Caminho Velho da
Estrada Real, como já vimos
anteriormente.

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13. Pedra da Macela (Cunha / Paraty)

No nosso caso, o caminho de MTB passa por dentro,


não no asfalto, percorrendo diversas cachoeiras da
região, como a Pimenta e a do Desterro.

Ao voltar para o asfalto, percorre-se mais algums kms


até começar de fato a subida para a Pedra da Macela,
que é bem íngrime, mas oferece uma recompensa
visual no final imperdível.

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1
13. Pedra da Macela (Cunha / Paraty)

Outras informações:

● Distância total: 106km (Só a ida de Cunha a Paraty)


● Ganho de elevação: 2440m (ida e volta)
● Link para a rota desenhada por mim:
https://www.komoot.com/tour/177259407?ref=wtd

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14. Pedra Grande

14.
Pedra Grande
Seria impossível eu não colocar essa rota de
mountain bike na lista. Isso porque a Pedra Grande
fica na minha terra natal, Atibaia, a 60km
aproximadamente de São Paulo.

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14. Pedra Grande

Saindo de Atibaia, é possível


fazer um combo de duas
pedras. O começo percorre a
dificílima subida da Pedra do
Coração – que foi terreno do
campeonato brasileiro de
XCM.

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5
14. Pedra Grande

Após uma descida breve e intensa, percorre-se o


recho de subida até a Pedra Grande, onde se chega a
aproximadamente 1400m de altitude e se tem a vista
de diversas cidades do estado.

A descida acontece pela parte de trás da Pedra,


chegando ao Pouso de Asa Delta da cidade, onde o
mountain biker pode fazer o retorno até onde deixou
o carro – ou rodoviária.

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14. Pedra Grande

Outras informações:

● Distância total: 55km (Volta Completa)


● Ganho de elevação: 1500m
● Link para a rota desenhada por mim:
https://www.komoot.com/tour/177253517?ref=wtd

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15. Serra da Canastra

15.
Serra da
Canastra
A Serra da Canastra, localizada em Minas Gerais, é
muito mais que uma rota de cicloturismo ou
mountain bike.

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15. Serra da Canastra

Ela é um parque de diversões


para aventureiros e
exploradores. Com uma
infinidade de rotas a ser
percorridas pelo ciclista
preferencialmente de
Mountain Bike

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15. Serra da Canastra

Com vários pontos do Parque administrados pelo


ICMBio, você terá acesso a cachoeiras incrivelmente
grandes e belas, paisagens lunares, matas fechadas e
tudo mais um pouco.

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15. Serra da Canastra

Deste modo, ao invés de lhe recomendar uma rota


fechada para percorrer a incrível Serra da Canastra,
eu recomendo que contrate algum guia local para
te mostrar a região.

Acredite, eu sou 100% a favor de montar rotas e


seguí-las sozinho, sem depender de guia. Não é a
toa que junto desse ebook você ganhou acesso a
outro que te mostra técnicas para viajar de bike.

Mas a região é mesmo imensa e cheia de


potencial. Um bom guia local pode te ajudar e
muito a explorar mais a região.

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O Autor

Natural de Atibaia-SP, Fernando Castilho


Cintra estudou Marketing pela USP.

Viajou de bicicleta por 10 países e pedalou


por tantos outros.

Em 2016 começou a organizar eventos


ciclísticos e fundou o Aventrilha.com.br.

Tem no Guia das Sem Subidas Mais Difíceis


do Brasil seu segundo manual ciclístico
publicado. Os outros 2 podem ser
encontrados aqui.

Site: https://fernandocintra.com
Email: oi@fernandocintra.com
Instagram: @fernandocintracc
Facebook: @fernandocintracc

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