LÍNGUA PORTUGUESA

Introdução à Interpretação
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INTRODUÇÃO À INTERPRETAÇÃO
Cronograma

1. Compreensão e interpretação de textos;

2. Tipos e gêneros textuais;
3. Processos de coesão textual;
4. Reescritura de textos;
5. Significação dos vocábulos;
6. Funções da linguagem.

Compreensão x interpretação

Às vezes, a banca utiliza o termo “intelecção” para interpretação. Dentro do texto, há

aquilo que é posto e pressuposto. Desse modo, o posto é o que está escrito, ou seja, são
as ideias que estão claras, explícitas, por isso, é a compreensão. Assim, sabe-se que o exa-
minador está cobrando a compreensão, quando usa frases do tipo: “afirma-se...”, “está evi-
dente...”. Enquanto o pressuposto é aquilo que não é dito claramente no texto, isto é, são as
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ideias implícitas, logo, trata-se da interpretação. Sabe-se que o examinador está cobrando a
interpretação por meio de perguntas, como “infere-se...?”, “depreende-se...?”, “conclui-se...?”
Por exemplo, na frase: “O país já não investe em mão de obra qualificada”, “não investe”
é o posto. Portanto, estará escrito no enunciado da seguinte forma: “... pode-se afirmar que
o país não investe em mão de obra qualificada”, está correto. Agora, “no passado, país
investe?”, sim, pois se “já não investe”, um dia investiu, logo, tem-se um pressuposto. Por-
tanto, estará escrito no enunciado da seguinte forma: “... infere-se que o país investia em
mão de obra especializada”. Contudo, sobre o futuro, não se pode inferir nada, porque não
há margem para isso na frase.
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Rota da leitura

Sobre os meios de comunicação, recomenda-se a leitura que envolvem o meio social,

econômico e político, como CartaCapital, Le Monde Diplomatique, El País, Piauí, Estadão,
Folha de São Paulo etc. Além dessas leituras, recomenda-se a Literatura Brasileira, como
Machado de Assis, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Luís Fernando Veríssimo etc. Isso
porque, quando se cria o hábito da leitura, resolver questões de prova se torna algo praze-
roso, como consequência, menos difícil.
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Ademais, para uma boa rota da leitura, é preciso observar:

• Palavras repetidas; sinônimos; hipônimos e hiperônimos: se há uma palavra repetida

dentro do texto, deve-se destacá-la, porque é importante; quando não há palavras
repetidas, pode haver sinônimos, ou seja, outras palavras com significados semelhan-
tes; os hipônimos apresentam um sentido restrito e os hiperônimos apresentam um
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sentido amplo. Por exemplo, a baleia é um mamífero; toda baleia é mamífero, mas
nem todo mamífero é baleia. Logo, mamífero é hiperônimo de baleia.
• Pronomes: deve-se circular e apontar o termo referente. Isso, porque atua como ele-
mento coesivo, ou seja, a “costura”, ligação, de um texto.

O PULO DO GATO
Em uma prova, resolve-se primeiramente as questões gramaticais. Em seguida, deve-se
realizar a leitura do texto para resolver a parte da interpretação. Isso ocorre porque a leitura
do texto se dá de forma gradual. Antes de ler o texto, de fato, é importante ler a fonte para
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poder identificar qual é o tipo textual.

Texto

Mesmo com os avanços na área de segurança, os crimes virtuais, ou cibercrimes, conti-

nuam causando muitos problemas financeiros, como mostrou um estudo feito pela empresa
de segurança Norton no ano de 2012. De acordo com o estudo, somente no Brasil, os prejuí-
zos superam a casa dos R$ 15 bilhões por ano. No mundo todo, esse valor sobe para cerca
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de R$ 220 bilhões. Entre os motivos para esses números expressivos, estão o aumento de
ataques a dispositivos móveis e redes sociais e a própria lentidão do sistema no combate
aos crimes.
O estudo revela que, com a prosperidade da economia brasileira e a crescente aquisição
de computadores e celulares, o Brasil tem-se mostrado um alvo importante para os crimino-
sos, além de se apresentar como origem de grande parte dos ataques no mundo. Nesse
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quesito, o país está em quarto lugar no ranque mundial, atrás apenas dos Estados Unidos
da América, da China e da Índia. A tradição social do país pode contribuir para esse fato, já
que sítios de relacionamento como Facebook, Orkut e Twitter são populares também entre os
criminosos. Eles conseguem angariar informações pessoais sobre as vítimas e ainda utilizam
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as plataformas para disseminar ameaças. A pesquisa mostra que os usuários da Internet, em

geral, ainda não se preocupam em checar links antes de compartilhá-los ou desconectar-se
dos sítios ao deixar de navegar neles, e não têm ideia se suas configurações são públicas
ou privadas.
A pesquisa indica, ainda, que 30% das pessoas no mundo não pensam sobre o ciber-
crime, por não acreditarem que poderiam ser vítimas desse tipo de ação, enquanto 21%
admitem não tomar quaisquer medidas de segurança quando estão online. De fato, os usuá-
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rios nem sequer têm percepção da própria situação: 51% não entendem como funcionam os
procedimentos de segurança virtual e não sabem reconhecer se seus sistemas estão infecta-
dos, 55% não têm certeza se seu computador está livre de ameaças e 48% utilizam apenas
um antivírus básico. A esse respeito, um dos responsáveis pelo estudo afirma: “É como andar
rápido em uma rodovia sem um cinto de segurança.” No entanto, ele reconhece que, aos
poucos, as pessoas estão se educando: 89% já apagam e-mails suspeitos.
Perdas com cibercrimes chegam a R$ 15 bilhões no Brasil por ano. Internet: (com
adaptações).

Legenda

Amarelo: fonte do texto.

Verde: primeiro parágrafo que trata sobre os crimes virtuais; problemas financeiros;
aumento de ataques a dispositivos móveis e redes sociais; lentidão do sistema no combate
aos crimes.
Vermelho: sinônimos para retomar a ideia sem repetir palavras.
Azul: segundo parágrafo cita que o Brasil tem se mostrado um alvo importante para os
criminosos; o Brasil não somente é atacado, como ataca; redes sociais são populares entre
os criminosos
Cinza: terceiro parágrafo retoma a ideia de que as pessoas não se preocupam.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Lucas Lemos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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