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Boa aula!
2EMHWLYRVGHaprendizagem
H[HUFHU VXD SURILVVmR GH IRUPD DUWLFXODGD DR FRQWH[WR VRFLDO HQWHQGHQGRD FRPR XPD IRUPD GH SDUWLFLSDomR H
contribuição social;
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Ciência propriamente.
6H©·HVGHestudo A história da Ciência nos mostra que sua marcha e
progresso vão uniformemente no sentido da elaboração de
1 - Filosofia: uma atitude crítica conceitos, ou melhor, “conceituação”, cada vez mais abstrata
2 - Reflexão filosófica e geral. Isto é, de sistemas conceptuais mais inclusivos, que
3 - Onde está a necessidade da filosofia? por isso mesmo cobrem e representam conjuntos mais
amplos da realidade universal — não no sentido de mais
extensos simplesmente, quantitativamente maiores, e sim
1)LORVRȴDXPDDWLWXGHFU¯WLFD mais complexos e abrangentes, de feições mais diferenciadas.
Vamos relembrar de um modo filosófico: Comparam-se a esse propósito os dois setores do
O que é filosofia... Conhecimento que se encontram contemporaneamente nos
Nesta aula, extremos da linha ascendente do progresso científico: de um
vamos fazer um lado as Ciências sociais, de outro as Físicas.
“memorandum”, No primeiro desses setores encontramo-nos em face de um
pois é essencial para conhecimento empírico ainda solidário, diretamente, com dados
podermos entender imediatos da observação e experimentação. A conceituação
o como e o porquê representativa desses dados que refletem os fatos sociais é de
ΖPDJHPH[WUD¯GDHPKWWSZZZPDRLPSRVVLYHO
de todas as coisas com/2011/12/banda-mais-atitude-forro-em-sao-luis- insignificante generalidade; os conceitos que a constituem se
na Administração. ma.html entrosam mal e frouxamente entre si, e não se englobam em
A Filosofia é a base para construir através da visão, estratégia e sistemas amplos capazes de formar, por sua vez, outros tantos
objetivo os pontos concretos de um bom administrador. conceitos de mais elevado nível de abstração e generalidade.
Não precisamos buscar na infinidade de conceitos de E assim, pelo seu objeto, e somente por ele, que
“Filosofia” — talvez um para cada autor de certa expressão, a Filosofia se há de distinguir da Ciência, e com isso se
e que à vagueza das formulações acrescentam às vezes até legitimar como disciplina à parte. Mas se à Ciência cabe,
posições contraditórias — não precisamos procurar aí a como objeto, a realidade universal, isto é, o universo e seu
incerteza e a imprecisão que reinam e, sobretudo em nossos conjunto de ocorrências, feições, circunstâncias que envolvem
dias, no que concerne o objeto da especulação filosófica. e também compreendem o homem, o que ficará de fora para
Muito mais ilustrativa é a consulta aos textos filosóficos eventualmente constituir objeto próprio da Filosofia? Note-
ou qualquer exposição ou análise do desenvolvimento histórico se que estamos aqui empregando a expressão “ciência” onde
deveríamos com mais propriedade dizer “conhecimento”.
do assunto. De tudo se trata, pode-se dizer, ou se tem tratado
Isso porque Ciência não é senão conhecimento sistematizado,
na “Filosofia”; até os mesmos assuntos, ou aparentemente
advertida e intencionalmente elaborado, não se distinguindo
os mesmos, são considerados em perspectivas de tal modo
senão por essa sistematização em nível elevado e elaboração
apartadas uma das outras que não se combinam e entrosam
intencional do conhecimento comum ou vulgar, aquele de
entre si, tornando-se impossível contrastá-las. Para alguns, essa
que todo ser humano é titular, por mais rudimentar que seja
situação é não apenas normal, mas plenamente justificável.
seu nível de cultura.
A Filosofia seria isso mesmo: uma especulação infinita e
O conhecimento é essencialmente de uma só natureza, e
desregrada em torno de qualquer assunto ou questão, ao sabor por mais elementar e grosseiro que seja, tem fundamentalmente
de cada autor, de suas preferências e mesmo de seus humores. o mesmo caráter do mais complexo e refinado conhecimento
Há mesmo quem afirme não caber à Filosofia “resolver”, e científico. Não há, aliás, nenhuma fronteira marcada, ou
sim unicamente sugerir questões e propor problemas, fazer possível de marcar, nessa complexidade, nem mesmo
perguntas cujas respostas não têm maior interesse, e com o fim separação possível, pois o conhecimento científico de hoje
unicamente de estimular a reflexão, aguçar a curiosidade. E já será o vulgar de amanhã.
se afirmou até que a Filosofia não passava de uma “ginástica” Realmente é o que se verifica no desenvolvimento
do pensamento, entendendo por isso o simples exercício e histórico do pensamento humano logo que o progresso do
adestramento de uma função — no caso, o pensamento em conhecimento atinge certo nível. Isto é, um retorno reflexivo
vez dos músculos — sem outra finalidade que essa. da elaboração cognitiva sobre si mesma, passando o próprio
Que a Filosofia é Conhecimento, e que de certa forma se conhecimento a se fazer objeto do conhecer. Fato esse
ocupa dos mesmos objetos que as ciências em geral, não há suficientemente marcado para dar lugar a uma ordem de
dúvida. Mas tudo está nessa restrição “de certa forma”. Isso cogitações bem caracterizadas e distintas do conhecimento
porque a Filosofia não é e não pode ser (logo veremos por que) ordinário. E se bem que pensadores e elaboradores do
uma “superciência” que a ela se sobrepõe e que a completa. conhecimento não se tenham desde logo dado plenamente
Não há lugar para esse simples prolongamento. Ou melhor, conta da diferenciação e partição interior dos objetos de
qualquer legítimo prolongamento da Ciência é e sempre será, que se ocupavam (do que, aliás, resultariam mal-entendidos
tudo indica, Ciência e não outra coisa. Isso se pode concluir do e confusões de largas consequências) a sua obra não deixará
fato de que o desenvolvimento da Ciência, quando se excluem de refletir a duplicidade do assunto tratado e o novo rumo
indevidas extrapolações, se faz sempre num sentido único que que tomava o pensamento e a elaboração do conhecimento;
é o da crescente generalização. E não há nenhum ponto fixado isto é, a par do conhecimento, e a do conhecimento do
no passado, ou previsível no futuro, nem mesmo fronteira conhecimento. O que cronologicamente coincide no Mundo
difusa naquele processo além do qual não caberia mais falar em Antigo (e não terá sido por certo uma simples coincidência)
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com a eclosão daquilo que teria sido “filosofia”. como de fora e sobranceiro, ele contempla, interpreta e assim
domina — à feição do racionalismo clássico. Não é tampouco
(PRXWUDVSDODYUDV«SHORSHQVDPHQWRHFRQKHFLPHQWRTXHRFRQVWLWXL o homem confundido no conjunto da natureza e com ela
HLQVSLUD SRLVQ¥RK£SHQVDPHQWRȊSXURȋHYD]LRGHFRQKHFLPHQWR nivelado; dominado por contingências a que passivamente se
3HQVDPHQWRHFRQKHFLPHQWRQRȴQDOVHFRQIXQGHP «DVVLPTXHRVHU submete, sem mesmo a consciência disso, arrastado por rígido
UDFLRQDOTXH«RKRPHPOLYUHPHQWHVHGHWHUPLQDHGHOLEHUDVXDD©¥R determinismo geral e igual para todas as coisas. Do que se trata
0DVHVVHSHQVDPHQWRHFRQKHFLPHQWRGHWHUPLQDQWHVVHIRUMDPQDV é do homem simultaneamente nessas duas situações, passando
FLUFXQVW¤QFLDVGDYLGDHGRPHLRI¯VLFRHKXPDQRHPTXHRKRPHP permanentemente de uma para outra, tornando-se uma e outra
VRFLDOSRUH[FHO¬QFLDDJHGHVHQURODVXDD©¥RHVHWRUQDFRPLVVRR em eterno devir.
VHUUDFLRQDOTXH«$D©¥RGHOHVHID]SHQVDPHQWRHFRQKHFLPHQWR Ao mesmo tempo parte e
SRUTXHHVWHVVHHVWLPXODPHIRUPDPHVVDD©¥RWDOFRPRSHQVDPHQWR parcela do todo universal, mas Todas as ciências que hoje
conhecemos brotaram da
HFRQKHFLPHQWRVHȴ]HUDPD©¥RSRUTXHV¥RHOHVTXHDSURPRYHPH também nele progressivamente ȴORVRȴDVHQGRDPHVPD
LPSXOVLRQDP(RSURFHVVRFRQWLQXDDVVLPLQLQWHUUXSWRHQWURVDQGR se discriminando e destacando; um marco no pensamento
ocidental. Podemos mesmo
VHQHOHKRPHPSHQVDQWHFRQKHFHGRUHKRPHPDJHQWH fazendo-se pelo pensamento e GL]HUTXHDSUHQGHUȴORVRȴD
corresponde a aprender a
conhecimento no ser racional que, pensar de forma crítica e
O homem pensante e conhecedor transformando-se consciente e intencionalmente, atalquestionar a realidade
qual se apresenta. Num
em homem agente; e inversamente este naquele. E trata-se modifica e transforma com a sua mundo conturbado como o
aí, note-se bem, não de uma alternância monótona e que se nosso, cada vez se faz mais
ação e para seus fins, o meio físico presente a necessidade
repete sempre igual. Longe disso, e muito pelo contrário, o e o humano das relações sociais de GHUHȵHWLPRVVREUHQRVVD
realidade a partir da
processo (que é tanto da história do indivíduo, o desenrolar que participa; e, consequentemente, ȴORVRȴDGD¯RQR5HȵH[·HV
de sua existência individual, como da coletividade em que os VREUHDȴORVRȴDVHSURS·H
se transformando, também ele justamente a instigar a
indivíduos se comunicam, e da espécie em que eles se sucedem próprio com as transformações todos a pensar criticamente,
destinando um pequeno
e continuam uns aos outros) se renova permanentemente, em que determina, e que passam a PRPHQWRGHVXDH[LVW¬QFLD
cada ciclo que é sempre diverso do anterior, mas rico de ação, determiná-lo.
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vida e aio estar vivo em um
de experiência realizada, de pensamento desenvolvido, de Esse é o tema central da FRQWH[WRVRFLDO
conhecimento acrescido. Filosofia. O desenvolvimento dessa
Acumulação essa, cuja possibilidade constitui no dialética do ser humano, que a partir de sua indiferenciação no
Universo privilégio do Homem e o fator que precisamente faz seio da Natureza em que se emparelha com as demais feições
dele o Ser racional que é. E graças a essa faculdade de se valer e ocorrências, com as quais nela coabita, como simples parcela
do seu passado a fim de utilizá-lo no presente e projetá-lo no envolvida no conjunto universal em pé de igualdade, e nele (no
futuro com o acréscimo das novas aquisições do presente, homem) arrastado passivamente na mesma determinação geral
graças a esse privilégio, que o Homem ocupa a posição ímpar que é do todo e transcende as suas partes. A partir daí vai (o ser
que é a sua no Universo. Que logra marchar para frente, humano) progressivamente e de forma cada vez mais acentuada
progredir, se transformar e renovar em ritmo quantitativo e e generalizada, fazendo-se ele próprio, em si e por si, poderoso
qualitativo, sem paralelo em outras feições da Natureza. fator determinante e consciente dessa sua determinação
Essa é a perspectiva dialética do Homem que permite do todo universal de que participa. Fator determinante em
considerá-lo no ângulo adequado e devidamente conceituar particular naquele setor que mais proximamente o atinge e
em termos científicos esse aspecto ou feição do universo que é envolve, e que vem a ser o da convivência humana, das relações
a humanidade, o fato humano. — ou a razão, que vem a dar no sociais. Setor esse em que ensaia apenas, em nossos dias, seus
mesmo, para empregar a terminologia consagrada da Filosofia. primeiros, ainda tímidos, hesitantes e incertos passos.
— E elaborar com isso o “Conhecimento do Homem”. É essa dialética que cabe essencialmente à Filosofia
Nisso precisamente consiste a especificidade e considerar e compreender, pois é dessa compreensão que
singularidade do homem: a sua potencialidade racional que, resultará coroamento da tarefa de verdadeiro conhecimento
da indistinção e confusão originárias no seio do universo, o integral do ser humano em suas possibilidades e limitações. E
faz emergir e progressivamente destacar como ser racional ter-se-á o que afinal mais importa para a projeção futura do
em que se torna não somente conhecedor, mas, sobretudo, processo dialético em que o homem se acha engajado.
plenamente consciente de seu conhecimento, o que lhe Essa matéria não é nem pode ser objeto do conhecimento
permite utilizá-lo intencionalmente e não apenas como ordinário, da Ciência propriamente, uma vez que esta tem por
simples reflexo nervoso; e isso em nível e extensão cada vez objetivo específico a simples representação mental da realidade;
mais elevados e amplos. E na mesma medida e progressão,
como essa realidade, com suas feições e ocorrências, se há de
o faz imprimir sua marca na Natureza, inclusive a humana
representar no pensamento e se tornar com isso conhecida
— sua última conquista, em plena eclosão, nos dias de hoje,
pelo indivíduo pensante. Isso, inclusive, no que respeita o
em moldes científicos modernos —, transformando-a e
terreno do “Conhecimento do Homem”.
se fazendo com isso senhor dela e de seu destino próprio.
“Senhor e possuidor do universo”, na predição de Descartes.
É nesse devir racional que consiste a dialética do homem 2WUDEDOKRȴORVµȴFR«HVVHQFLDOSDUDDGLVSRVL©¥RGRHQWHQGLPHQWRH
e de sua “história”. E é na consideração dessa dialética que se UHȵH[¥RUDFLRQDOHUDGLFDO9HUHPRVDVHJXLUHVVHREMHWLYR
esclarece o problema filosófico. Nela se configura o verdadeiro
Homem, o seu Ser real e integral que não é o homem Essa é matéria que vai além daquela que cabe à
situado, com uma razão “absoluta”, à parte do universo que, Ciência propriamente. Nem é acessível simplesmente aos
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procedimentos ordinários da elaboração científica. Pertence assim e não de outra maneira. O que é? Por que é? Como
assim, necessariamente, a outra ordem de conhecimentos que, é? Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica.
a respeitar nomenclatura consagrada, não pode ser senão aquilo De acordo com Chauí (2000), a face negativa e a face
que se tem entendido por “Filosofia”, sob cuja designação se positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de
reúne de ordinário, embora de maneira, no geral, informe e DWLWXGHFUtWLFD e SHQVDPHQWRFUtWLFR.
dispersa, particularizada e confusa, boa parte das questões que A Filosofia começa dizendo não às crenças e aos
precisamente, direta ou indiretamente, dizem respeito à matéria preconceitos do senso comum. Começa, portanto, dizendo
que estamos considerando. que não sabemos o que imaginávamos saber. Por isso, o
Mas esse último ponto é de segunda importância. Mais patrono da Filosofia, o grego Sócrates, afirmava que a primeira
uma questão de nomenclatura. O que importa é a delimitação e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”.
com um mínimo de precisão e a sistematização naquilo que Para o discípulo de Sócrates, o filósofo grego Platão, a Filosofia
é aproveitável deste variegado material que se tem entendido começa com a admiração; já o discípulo de Platão, o filósofo
por “Filosofia”. É que de fato corresponde nos seus traços Aristóteles, acreditava que a Filosofia começa com o espanto.
gerais, embora no mais das vezes vagamente apenas, com a Admiração e espanto significam: tomamos distância
fundamental dialética humana. Uma tal sistematização se do nosso mundo costumeiro, através de nosso pensamento,
fará, assim penso, sobre a base e em torno da consideração olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes, como
metódica do processo em que se centraliza a atividade racional se não tivéssemos tido família, amigos, professores, livros e
do homem, e que vem a ser o fato do conhecimento como outros meios de comunicação que nos tivessem dito o que o
circunstância específica da dialética humana. mundo é; como se estivéssemos acabando de nascer para o
É no conhecimento e por ele que se gera a potencialidade mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que
humana como motor da dialética do homem. O objeto da é, por que é e como é o mundo, e precisássemos perguntar
Filosofia seria, assim, o conhecimento considerado em toda sua também o que somos, por que somos e como somos.
amplitude, a partir do processo da elaboração cognitiva, que é Se, portanto, deixarmos de lado, por enquanto, os
propriamente o pensamento e a comunicação dessa atividade objetos com os quais a Filosofia se ocupa, veremos que a
pensante. Em especial pela sua expressão verbal, a linguagem atitude filosófica possui algumas características que são as
discursiva que torna o pensamento plenamente consciente e o mesmas, independentemente do conteúdo investigado. Essas
faz amplamente comunicável e registrável, e, pois socializa o características são:
processo de elaboração cognitiva e concede permanência ao
conhecimento elaborado. E temos aí o que ordinariamente se - perguntar o que a coisa, ou o valor, ou a ideia, é. A
Filosofia pergunta qual é a realidade ou natureza e qual é a
entende por Teoria do Conhecimento.
significação de alguma coisa, não importa qual;
Daí, a consideração e o exame do fato do conhecimento
- perguntar como a coisa, a ideia ou o valor, é. A Filosofia
se estenderiam para a função dele, seu objetivo e papel que
indaga qual é a estrutura e quais são as relações que constituem
desempenha na existência humana, e que vem a ser a sua uma coisa, uma ideia ou um valor;
utilização, ou seja, a determinação e orientação da ação. - perguntar por que a coisa, a ideia ou o valor, existe e é
Determinação e orientação que se realizam pela mediação como é. A Filosofia pergunta pela origem ou pela causa de
do conhecimento reduzido a diretivas da ação, normas de uma coisa, de uma ideia, de um valor.
comportamento: hábitos, costumes, normas de civilidade,
princípios éticos, instituições jurídicas, técnicas... O conjunto, A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações
enfim, de diretivas que regulam a ação e conduta humana. Ação ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com
e comportamento que relacionam o Homem com o meio que ele. Pouco a pouco, porém, descobre que essas questões
o envolve e com isso o situam no universo de que participa. se referem, afinal, à nossa capacidade de conhecer, à nossa
Esse exame do conhecimento, do fato cognitivo em sua capacidade de pensar.
generalidade, se reduz, como se vê, à consideração sistemática do Por isso, pouco a pouco, as perguntas da Filosofia se
essencial dos sucessivos fatos ou momentos em que se compõe dirigem ao próprio pensamento: o que é pensar, como é
e desdobra a dialética humana: da prática ao conhecimento e pensar, por que há o pensar? A Filosofia torna-se, então, o
desse conhecimento de retorno à prática. O que representaria, pensamento interrogando-se a si mesmo. Por ser uma volta
esquematicamente, a linha de desenvolvimento teórico do que que o pensamento realiza sobre si mesmo, a Filosofia se
haveria de ser a Filosofia. realiza como UHIOH[mR.
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