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4º $XOD
)LORVRȴDGDHGXFD©¥R
2EMHWLYRVGHaprendizagem
DQDOLVDURFDPSRGHDWXDomRSURILVVLRQDOHVHXVGHVDILRVFRQWHPSRUkQHRV
FRRUGHQDUHPDQHMDUSURFHVVRVJUXSDLVFRQVLGHUDQGRDVGLIHUHQoDVLQGLYLGXDLVHVRFLRFXOWXUDLVGRVVHXVPHPEURV
GHVHQYROYHUFDSDFLGDGHGHWUDQVIHULUFRQKHFLPHQWRVGDYLGDHGDH[SHULrQFLDFRWLGLDQDVSDUDRDPELHQWHGHWUDEDOKRHGR
seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.
35 37
vá à raiz dos problemas, buscando atingir suas últimas e mais
6H©·HVGHestudo profundas ramificações. Quando dizemos que a reflexão deve
ser rigorosa, entendemo-la como sistemática e metódica. A
reflexão deve ser ainda global ou de conjunto, isto é, realizada
1 - Filosofia da educação
de modo a abarcar todos os dados, de modo a não deixar
2 - Correntes filosóficas
escapar nenhum fio condutor no difícil trabalho de discernir
1)LORVRȴDGDHGXFD©¥R no emaranhado das raízes as imbricações fundamentais.
Resumindo, podemos com Saviani (1980. p.27) afirmar
Neste início, vamos recapitular sobre a Filosofia para que “a Filosofia é uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto
podermos entender um pouco sobre a Filosofia da Educação. sobre os problemas que a realidade apresenta”.
Nesse sentido, começo esboçando sobre a Filosofia. Já se vê que a Filosofia é, antes de tudo, uma atitude e uma
(QWmRYDPRVjDXOD""" tarefa das quais resultam “Filosofias” como produto. Atitude
2TXHpILORVRILD"3DUDTXHILORVRIDU" ou disposição de amor à verdade, que supõe, sobretudo, muita
humildade e nenhuma arrogância de espírito: “A palavra grega
No mundo pragmático em que ‘philósophos’ foi formada em oposição a ‘sophós’ e significa “o que
vivemos, a Filosofia parece não servir ama o saber”, em contraposição ao possuidor de conhecimentos
para absolutamente nada. Ela não (dono da verdade) que se designava por sábio. Esse sentido da
consta das rubricas orçamentárias, palavra manteve-se até hoje: é a demanda da verdade e não a sua
não tem dotação, não recebe verbas posse que constitui a essência da filosofia [...]” (Disponível em:
específicas. Mal consta dos currículos http://pdmfilosofia.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.
escolares e os filósofos são, em sua html. Acesso em 20 out. 2012, às 14h10)
maioria, uns ilustres desempregados. ΖPDJHPH[WUD¯GDHP Das crises, portanto, surge a Filosofia como fruto
No entanto, ela serve, ou melhor, <profmariodemori.blogspot. da necessidade humana de compreender a realidade e de
FRPȴORVRID!
comanda tudo. Está presente em Acesso em: 20/07/2010. fundamentar a ação que visa a transformá-la.
qualquer decisão séria que tomamos Será a Filosofia algo de intermitente, que apenas de
ou em qualquer estratégia que implantamos. Pode-se dizer que vez em quando desponta ao longo da história? Não, pois
ela é onipresente. “A Filosofia é imprescindível ao homem. a história é - e cada vez mais - uma longa e funda crise na
Está sempre presente e manifesta nos provérbios tradicionais, qual há, certamente, períodos mais dolorosos e enfáticos,
em máximas filosóficas correntes, em condições dominantes, mas que por sua contínua e surpreendente novidade está
quais sejam, por exemplo, a linguagem e as crenças políticas”. sempre a nos chocar, suscitando-nos, em consequência, uma
É interessante notar que as grandes crises históricas foram atitude constante de reflexão e de busca. A Filosofia é, assim,
férteis em pensamento filosófico. Após a grande crise europeia onipresente, pois, se ninguém escapa ao mundo e à história,
consequente à invasão dos bárbaros, surgiram as grandes sínteses ninguém, a não ser por demência, escapa à crise: “Não se pode
da Idade Média. A revolução copernicana que deu origem ao fugir à Filosofia. Pode-se perguntar apenas se ela é consciente
mundo moderno fez aparecer as filosofias racionalistas (consiste ou inconsciente, boa ou má, confusa ou clara. Quem recusa
em considerar a razão como essência do real). À Segunda Guerra a filosofia está realizando um ato filosófico de que não tem
Mundial seguiu-se o existencialismo (O existencialismo considera consciência” (JASPERS, 1977, p.13).
cada homem como um ser único, que é mestre dos seus atos e Uma observação final deve ser ainda acrescentada:
do seu destino). Nosso mundo, nosso país, certamente estão em “Filosofar significa estar a caminho. As interrogações
crise. Estamos sentados sobre um vulcão que ameaça explodir. são mais importantes que as respostas e cada resposta se
E já se esboçam linhas novas de concepção filosófica. Nesse transforma em nova interrogação” (JASPERS, 1977, p. 14).
sentido, busca-se uma nova maneira de analisar o mundo, ou seja, A Filosofia é aberta, por mais que o filósofo pretenda dar
através de todos os acontecimentos, a Filosofia vem questionar: respostas definitivas. A realidade é rebelde e não se deixa
até onde o homem pode chegar? apanhar com facilidade em nossas redes de compreensão. É
Haverá uma relação necessária entre crise e filosofia? por demais complexa e dinâmica para que possamos emitir
De certo. A crise produz o que os gregos denominavam sobre ela uma palavra definitiva. Nem sempre – e isso ocorre
“thaumásia”, ou seja, admiração, pasmo, espanto que eles com frequência – consideramos todos os dados disponíveis
apontavam como sendo a origem do pensar filosófico. ou escolhemos as informações capazes de nos conduzir à
Poderíamos, talvez, dizer que a crise gera o espanto ou raiz mestra dos problemas ou das crises. Ou, então, quando
pasmo, torna-nos conscientes de nossa fragilidade física, parece que a atingimos, damo-nos conta de que ainda estamos
intelectual, social ou moral, levando-nos a encarar a realidade na superfície e de que é necessário cavar mais fundo: “cada
como um problema de situação dramática em que se está e resposta se transforma em nova interrogação”. Não importa
não se pode mais continuar, exigindo, assim, uma solução, ou o esforço! É melhor seguir que estagnar. Além disso, não
seja, a crise, transformada em problema, desperta a reflexão ou caminhamos sozinhos. O que não descobrimos, outros
“ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, vasculhar descobrem ou descobrirão e nossas chamas juntas tornarão o
numa busca constante de significado” (SAVIANI, 1980. p. 23). mundo, se não transparente, pelo menos mais claro!
Quando essa reflexão se torna radical, rigorosa e global ou de A Filosofia é, pois, imprescindível. Não serve para
conjunto, nasce à Filosofia. nada e serve para tudo. Não há como negá-la: ela se impõe
Ao dizermos reflexão radical, devemos entender a por si mesma! Refugá-la, só deixando de ser o que somos:
expressão em seu sentido literal: trata-se de uma reflexão que consciências que refletem num mundo em permanente crise,
38 )LORVRȴD 36
num constante devir.
2&RUUHQWHVȴORVµȴFDV
1.13DUDTXHILORVRILDGDHGXFD©¥R"
2.1 - Ceticismo
Talvez seja mais
pertinente perguntar: para 2.1.1'DGRVKLVWµULFRV
que filosofia na educação?
A resposta é simples: Segundo Dumont (2009), o fundador do ceticismo grego
porque educação é, afinal de foi Pirro (fim do séc. IV a.C.). Ele não deixou nenhum escrito
filosófico. Nasceu em Élis, pequena cidade do Peloponeso,
contas, o próprio “tornar-se
onde viveu inicialmente como pintor, depois se interessou
homem” de cada homem
pela Filosofia, principalmente sob a influência de Anaxarco de
num mundo em crise.
Abdera, em companhia de quem seguiu Alexandre, o Grande,
Não há como educar
por ocasião da campanha da Ásia. Retornando a Élis, fundou
fora do mundo. Nenhum ΖPDJHPH[WUD¯GDKWWSVHWLPRGLD
uma escola filosófica que lhe valeu uma enorme reputação
educador, nenhuma wordpress.com> Acesso em: 20/07/2010.
junto a seus concidadãos. Ele vivia pobre e simplesmente
instituição educacional pode colocar-se à margem do mundo,
em companhia de sua irmã, Filista, que exercia a ocupação
encarapitando-se numa torre de marfim. A educação, de
de parteira. Seu historiógrafo posterior, Antígone de Caristo,
qualquer modo que a entendamos, sofrerá necessariamente
expressou em linguagem anedótica a indiferença de alma, a
o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob impassibilidade e o domínio de si que ele tinha. Ele teve por
pena de não ser educação. Em função dos problemas existentes discípulo Tímon, autor de várias obras em versos e em prosa:
na realidade é que surgem os problemas educacionais, tanto as Sátiras, ou Considerações suspeitas (sendo que o verbo
mais complexos quanto mais incidem na educação todas “satirizar” passou a significar, a partir de então, “lançar-se a
as variáveis que determinam uma situação. Desse modo, uma crítica acerba”); as Imagens; um diálogo, o Python (jogo
a “Filosofia na educação” transforma-se em “Filosofia da de palavras sobre Pirro?); dois tratados em prosa, Sobre as
Educação” enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou sensações e Contra os físicos. Porém, sua obra nos é apenas
de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os conhecida de modo muito fragmentário.
problemas educacionais envolvem sempre os problemas A escola cética conhece um eclipse que equivale a um
da própria realidade. A Filosofia da Educação apenas não desaparecimento. Certa forma de ceticismo é, então, praticada
os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no pelos neoacadêmicos: Arcesilau (primeira metade do séc. III e
contexto educativo. início do séc. II a.C.), chefe da Nova Academia. Em seguida, a
Penso que disso decorrem duas consequências muito escola renasce graças à atividade de Enesidemo, de quem a obra
simples, óbvias até! A primeira é que todo educador deve é bastante conhecida, mas de quem a vida é de tal modo pouco
filosofar. Melhor ainda, filosofa sempre, queira ou não, tenha conhecida que hesitamos sobre a época em que viveu (ele foi
ou não consciência do fato. Só que nem sempre filosofa bem. contemporâneo de Cícero ou viveu um século mais tarde?).
A esse respeito afirma Kneller (1972, p. 146): “se um professor Depois dele, a figura mais marcante é a de Agripa, mas da
ou líder educacional não tiver uma filosofia da educação, carreira dele nada conhecemos, a não ser os cinco argumentos
dificilmente chegará a algum lugar. Um educador superficial que Diógenes Laércio lhe atribui. Aparece, em seguida, Sexto
pode ser bom ou mau. Se for bom, é menos bom do que Empírico, o grande historiador do ceticismo, de quem também
poderia ser e, se for mau, será pior do que precisava ser”. não sabemos quando e onde viveu (entre o início do séc. II
Que problemas no campo da educação exigem de nós e a segunda metade do séc. III d.C., sem dúvida na Grécia,
uma reflexão filosófica, nos termos acima explicitados? São posto que ele parece conhecer muito bem, além de Atenas,
muitos. Permitam-me apontar apenas alguns. Alexandria e Roma). Ele pertencia à escola empírica, o termo
Já que a educação é o processo de tornar-se homem de cada “empírico” sendo quase sinônimo de médico. Esta escola
homem, é necessário refletir sobre o homem para que se possa foi erguida em honra ao médico Menodoto de Nicomédia,
saber “para onde” se deve orientar a educação. É necessário, discípulo de Antíoco de Laodiceia. A história do ceticismo
porém, que essa reflexão não seja unicamente teórica, abstrata, antigo termina no século III.
desencarnada. É preciso levar em conta a situação espaço-
temporal em que ocorre o processo. Com efeito, não importa 2.1.1.1 2VQRYRVF«WLFRV
apenas o “tornar-se homem”, mas o “tornar-se homem hoje
no Brasil”. Só dessa forma podemos estabelecer com clareza
o que, por exemplo, se tem convencionalmente chamado
de “marco referencial”, a partir do qual, numa instituição
educativa, currículo, planejamento e atividades podem atingir
um mínimo de coerência e de eficiência.
Não há métodos neutros. Não há técnicas neutras. No bojo
de qualquer teoria, de qualquer método, de qualquer técnica está
implícita uma visão de homem e de mundo, uma filosofia. Imagem disponível em: http://www.
Veremos, neste momento, algumas das principais vocepodefalaringles.com.br/2012/08/duvidas-
frequentes-da-lingua-001.html. Acesso em:
Correntes Filosóficas. 16/04/2013.
37 39
O lugar da alma no qual se dá o jogo das oposições entre hipóteses corresponderiam outras geometrias. O último
fenômenos e nôumenos é, segundo Enesidemo, a memória. A argumento é o do dialelo ou círculo vicioso. Quando a gente
uma representação presente, pode-se opor uma representação pretende fundamentar circularmente uma prova sobre uma
passada, ou até, a imaginação de uma coisa futura. É a razão consequência daquilo que a gente procura demonstrar, a
pela qual, na prática da dúvida cética, a alma não se encontra gente cai num círculo vicioso. O silogismo aristotélico que
totalmente engajada. Mais tarde, veremos Descartes, convicto pretende deduzir da maior universal “todo homem é animal”
da unidade do espírito humano, experimentar a dúvida como a conclusão que “Sócrates é animal” cai no círculo vicioso.
uma angústia que interessa à totalidade das faculdades. Ao Pois a proposição “todo homem é animal” é, na realidade,
contrário, com Enesidemo ou Sexto Empírico, é feita uma fundada na indução que inclui todos os homens conhecidos:
separação entre a faculdade sensitiva e a faculdade de imaginar Sócrates, Platão, Díon. Consequentemente, é a conclusão,
ou de conceber, embora a dúvida possa permanecer a expressão “Sócrates é animal”, que serve para fundamentar a hipótese
feliz e tranquila de uma imaginação e de um entendimento “todo homem é animal” de tal modo que a gente cai num
suspensos ou, se se preferir, dogmaticamente inativos. círculo vicioso.
Entretanto, para chegar a esse silêncio do entendimento Até esses últimos anos, alguns eruditos ficaram
colocado na impossibilidade de se pronunciar sobre a natureza exasperados pela multiplicação dos argumentos que Sexto
em si do objeto empírico, é preciso poder dispor de remédios Empírico propôs, enquanto que um espírito tão fino como o
apropriados e, sobretudo, cuidadosamente dosados a fim de de Henri Estienne encontrou neles um grande deleite. Com
não ocasionar, pela refutação de uma tese, a adesão do espírito efeito, é preciso ver bem que este estoque de argumentos
a uma tese contrária. É a razão pela qual os céticos inventam, dialéticos reuniu uma farmacopeia extremamente diversificada,
com Agripa, e praticam, com Sexto Empírico, uma nova lógica. comportando analgésicos,
Enquanto que, nas escolas gregas de filosofia, a lógica ou a calmantes e tranquilizantes da
dialética cumprem uma função defensiva contra os adversários alma, objetos necessários para
do sistema, aqui a dialética é o instrumento de uma terapêutica o cientismo da época, isto é, a
destinada a dividir a alma em duas, ou seja, a impedir o pretensão dogmática de tudo
entendimento de dogmatizar, concedendo plena confiança aos conhecer.
sentidos e à vida. Ora, da mesma forma
Os novos céticos imaginaram cinco argumentos. O primeiro como observamos a propósito
é o da discordância. Ele consiste em reconhecer a oposição do pirronismo, quando, longe de
entre as opiniões e as teses; assim; na frase “A neve é branca, derrubar toda ciência, a dúvida é
mas a água é escura” é impossível saber qual é essencialmente solidária de um estado dado da Imagem disponível em: http://
salimos.ufpa.br/. Acesso em:
a cor da água, e convém suspender o juízo quanto a este ponto. ciência, constatamos também em 16/04/2013.
O segundo argumento é o da regressão ao infinito. Ele consiste Sexto Empírico uma evolução particularmente significativa.
em considerar que a prova a que o dogmático quiser recorrer Seu último tratado, Contra os astrólogos, não é dirigido contra
remete a uma outra prova, e assim ao infinito; por exemplo, a astronomia experimental, mas contra o charlatanismo
pretender dar uma definição absoluta de qualquer coisa expõe dos caldeus. Ele admite a utilidade e a legitimidade de uma
quem formula esta pretensão a uma regressão ao infinito, já astronomia experimental que permita regular os trabalhos da
que o que define requer que ele mesmo seja definido, e assim agricultura e prever as cheias dos rios.
por diante. O terceiro argumento é o da relação. Ele consiste Vemo-lo discutir os problemas postos para a medida do
em constatar que não somente os objetos são relativos entre si, tempo por meio de um relógio d’água e refletir sobre o ajuste
mas que toda representação é sempre uma representação para das simultaneidades. Enfim, o empirismo resulta em pesquisas
um sujeito e relativa a ele. Este argumento retoma o da relação comparáveis aos futuros métodos indutivos de Stuart Mill e
tal como Enesidemo o expressara. Esquerda e direita, pai e filho coloca a possibilidade de edificar uma ciência não dogmática,
que seria experimental.
são relativos. Significante e significado são relativos. Tudo é
Ainda que isso seja dito muito claramente pelos textos
relativo, o que exclui a universalidade. A própria fórmula “tudo
céticos, essa afirmação pode, entretanto, surpreender.
é relativo” deve ser entendida no sentido de “tudo nos aparece
Ela decorre do fato de que, em matéria de ceticismo, o
ou nos é representado conforme um fenômeno relativo”. Esse
contrassenso parece ter conseguido mais força que a própria
argumento manifesta a herança filosófica de Protágoras. Ele
verdade histórica; mais exatamente, é o próprio contrassenso
estabelece um relativismo universal. Ele denuncia a pretensão
que é histórico a ponto de se impor contra a letra dos textos.
do entendimento de se referir a uma certeza absoluta, ao
Consequentemente, é a este aspecto tradicional do ceticismo
conhecimento do real. O quarto argumento é o da hipótese.
que convém agora voltarmos nossa
Quando os dogmáticos querem escapar do regresso ao infinito,
atenção. 7H[WRH[WUD¯GR
eles colocam no início da cadeia de razões algo indemonstrável SANTOS, Ana Rita.
do qual convém admitir o caráter hipotético. Isto é o que 2.2 - Empirismo Empirismo (2007).
Disponível em: http://
fazem os geômetras que procedem por axiomas, definições e www.notapositiva.
postulados. Mas o cético recusa-se a aceitar o que eles pedem 2.2.1- Introdução com/trab_estudantes/
trab_estudantes/
e esquecer o caráter hipotético dos princípios nos quais a ȴORVRȴDȴORVRȴDB
trabalhos/empirismo.
dedução se fundamenta. htm. Acesso em:
Assim, a geometria euclidiana ou a geometria estoica 16/04/2013.
são denunciadas como sistemas hipotéticos: a outras
40 )LORVRȴD 38
&RQKHFLPHQWRFLHQWtILFR:
Para o Empirismo, a Experiência é a base do conhecimento
científico, ou seja, adquire-se a Sabedoria através da percepção
do Mundo externo, ou então do exame da atividade da nossa
mente, que abstrai a Realidade que nos é exterior e as modifica
internamente. Daí ser o empirismo de carácter individualista,
pois tal conhecimento varia da percepção, que é diferente de
um indivíduo para o outro.
2ULJHPGDVLGHLDV:
O empirismo diz que a origem das Ideias é o processo de
ΖPDJHPGLVSRQ¯YHOHPKWWSZZZȴVLFDLQWHUHVVDQWHFRPDXODKLVWRULD
e-epistemologia-da-ciencia-6-racionalismo-e-empirismo-1.html. Acesso em: abstração que se inicia com a percepção que temos das coisas
16/04/2013.
através dos nossos sentidos. Daí diferencia-se o empirismo:
A doutrina do empirismo foi definida explicitamente não preocupado com a coisa em si, estritamente objectivista;
pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke no século nem tão pouco com a ideia que fazemos da coisa atribuída pela
XVII. Locke argumentou que a mente seria, originalmente, Razão, como ensina o Racionalismo; mas puramente como
um “quadro em branco” (tábua rasa), sobre o qual é gravado percebemos esta coisa, ou melhor dizendo, como esta coisa
o conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as chega até nós através dos sentidos.
pessoas, ao nascer, o fazem sem saber de absolutamente nada, 5HODomRGHFDXVDHIHLWR:
sem impressão nenhuma, sem conhecimento algum. Para o empirismo a relação de causa e efeito nada mais
Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é é do que o resultado da nossa forma habitual de perceber
aprendido pela experiência, pela tentativa e erro. fenômenos e relacioná-los como causa e consequência através
Historicamente, o empirismo se opõe a escola conhecida de uma repetição constante. Ou seja, as leis da Natureza só
como racionalismo, segundo a qual o homem nasceria com seriam leis porque se observaram repetidamente pelos Homens.
certas ideias inatas, as quais iriam “aflorando” à consciência e $XWRQRPLDGRVXMHLWR:
constituiriam as verdades acerca do Universo. A partir dessas O empirismo nega tal identidade permanente, pois o
ideias, o homem poderia entender os fenômenos particulares conteúdo da nossa consciência varia de um momento para
apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade, outro de tal forma que ao longo do tempo essa consciência teria,
portanto, não dependeria dos sentidos físicos. em momentos diferentes, um conteúdo diferente. A explicação
está no fato de que a consciência, como sendo um conjunto
2.2.21R©¥RGH(PSLULVPR de representações, dependeria das impressões que temos das
coisas, mas sendo impressões estariam sujeitas a variações.
2ULJHPGRFRQKHFLPHQWR
&RQFHSomRGHUD]mR:
O empirismo, apesar de não possuir pensamento
Racionalismo Empirismo contraditório entende de forma bem diferente: diz que a Razão
é dependente da experiência sensível, logo não vê dualidade
8QLYHUVDOLGDGHH Conhecimento entre espírito e extensão (como no Racionalismo), de tal forma
necessidade limitado
5HPLQLVF¬QFLDH Associação de
que ambos são extremidades de um mesmo objeto.
Razão ([SHUL¬QFLD 0DWHPiWLFDFRPROLQJXDJHP:
dedução ideias
No empirismo tal método matemático não é aceite. A
A mente
experiência é o ponto de partida de nosso conhecimento, logo
não há necessidade de fazer hipóteses. Assim caracteriza-se o
3RVVXLLGHLDVLQDWDV XPDW£EXDUDVD método indutivo que parte do particular (experiências) para a
ΖPDJHPGLVSRQ¯YHOHPKWWSZZZQRWDSRVLWLYDFRPSWWUEHVWEVȴORVRȴDB elaboração de princípios gerais.
empirismo_jon_locke_d.htm. Acesso em: 16/04/2013. 0pULWRHOLPLWHVGRHPSLULVPR:
Empirismo é a escola de Epistemologia (na filosofia O grande mérito do empirismo consiste em ter salientado
ou psicologia) que avança que todo o conhecimento é o a importância da experiência no conhecimento humano.
resultado das nossas experiências (teoria da “Tábua Rasa” de Limites do empirismo: Na medida em que todos os
J. Locke). O empirismo é um aliado próximo do materialismo conteúdos do conhecimento procedem da experiência,
(filosófico) e do positivismo, sendo oposto ao racionalismo o conhecimento fica encerrado nos limites do mundo
europeu continental ou intuicionismo. empírico (o que traz algumas consequências menos positivas).
O empirismo é geralmente observado como sendo o Rejeitando a razão como fonte do conhecimento, o empirismo
fulcro do método científico moderno. Defende que as nossas não pode aspirar ao conhecimento universal e necessário e,
teorias devem ser baseadas nas nossas observações do mundo, por isso, não oferece qualquer espécie de segurança ou certeza,
em vez da intuição ou fé. Defende a investigação empírica e pois o conhecimento está sujeito à mobilidade das impressões
o raciocínio dedutivo. sensoriais desencadeadas pelos objetos.
Kant tentou obter um compromisso entre o empirismo A sua particularidade e contingência fazem do
e a corrente oposta, o racionalismo. conhecimento empírico, um conhecimento meramente relativo.
O conhecimento empírico, baseando-se em raciocínios
2.2.3 - Características do Empirismo indutivos, não nos dá rigor nem certezas, antes pelo contrário,
39 41
este tipo de raciocínio possibilita o erro. Pela indução conexão necessária entre conhecimento e outro.
apenas podemos acreditar, pela experiência do passado, que Como é que estabelecemos uma relação causa-efeito?
determinados fenômenos que se foram repetindo, continuarão Segundo os empiristas, aquilo que afirmamos ser causa e
a repetir-se no futuro. efeito são dois factos inteiramente diferentes, cada um dos
Ora, tudo isto impossibilita a ciência: Um tipo de quais nada tem em si que exija necessariamente o outro. Por
conhecimento que capta o acidental ou circunstancial e não ex.: quando vemos uma bola que corre em direção à outra
capta o essencial, o permanente, e que, além disso, infere o supomos o movimento da 2ª bola como resultado do seu
geral de casos particulares, não nos dá certezas científicas, pois encontro. A experiência diz-nos que o choque da 1ª bola pôs
não permite a elaboração de leis. em movimento a 2ª, mas… a experiência não nos ensina mais
Por não ter necessidade lógica, apenas nos dá garantias nada e nada diz acerca do futuro. Logo, a ideia de causalidade
psicológicas. Assim, Hume, afirma que o conhecimento é uma mera associação de ideias.
científico se baseia na crença, numa certa UHJXODULGDGH da Assim, tudo aquilo que sabe que nos parece semelhantes,
QDWXUH]D e no KiELWR (associação repetida de fenômenos), esperamos efeitos semelhantes. Mas o vínculo entre causa
adquirido a partir de tal regularidade. e efeito não pode ser demonstrado como objetivamente
Como consequência de tudo isto: assim como os necessário, dado que o curso da natureza pode mudar. Portanto
racionalistas tendem para um dogmatismo, os empiristas a ideia de causalidade surge em virtude de uma regularidade,
tendem para o cepticismo, isto é, para a negação de que se mas sobre tudo, da união de ideias que se repetem muitas
possa alcançar a verdade, pois, uma vez que a possibilidade do vezes unidas. E por isso, quando pensamos em algumas delas
conhecimento fica confinada à experiência. surge-nos a ideia da outra, por sucessão.
Quando vemos, muitas vezes, unidos dois acontecimentos,
2.2.4 - Doutrinários do empirismo somos levados pelo hábito a esperar quando o outro se mostra.
O hábito e a crença na regularidade da natureza explicam a
-RQK/RFNH
conjunção que estabelecem entre os fatos, não a sua conexão
Locke, foi um dos principais representantes da corrente
necessária.
empirista.
Devido a esses limites e, sobretudo, aos raciocínios
indutivos, não é possível fazer ciência.
2.3 &RUUHQWHIHQRPHQROµJLFD
2.3.1 - A teoria FILHO, L. B. A. A Teoria do
do conhecimento Conhecimento Fenomenológico
absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de Nesse contexto, o professor não é alguém que instrui,
descobrir estruturas essenciais dos atos (noesis) e as entidades que transmite ao aluno conceitos que devem ser assimilados.
objetivas que correspondem a elas (noema). O professor deve sim, apresentar diferentes pontos de vista
A Fenomenologia representou uma reação à pretensão sobre algo que expõe e deixar os alunos optar por si mesmos,
dos cientistas de eliminar a metafísica. É interessante assinalar não deve impor um modo de ver as coisas, muito menos
que Robert Sokolowski (2004) em seu texto “ Introdução formar opinião. Agindo assim, o aluno seria convertido em
à Fenomenologia: Uma Declaração inicial do que é a objeto, e o professor em agente de má fé e se torna desonesto,
fenomenologia”, dizendo o seguinte: uma vez que nenhuma matéria é mais importante que outra, é
O termo “noema” se refere aos correlatos objetivos o aluno que vai adquirir o conhecimento pelo próprio esforço
das intencionalidades; refere-se a tudo o que é intencionado (NIELSEN NETO, 1988).
pelas intenções de nossa atitude natural: um objeto material, De acordo com Kneller, um dos representantes mais
um retrato, uma palavra, uma entidade matemática, outra destacados da fenomenologia na área educacional, o objeto de
pessoa. Porém, mais especificamente, refere-se a tais correlatos estudo, o conhecimento codificado, não deve ser tratado com
objetivos precisamente como sendo vistos desde a atitude um fim em si mesmo, nem como um meio destinado a preparar
transcendental. Refere-se a eles como tendo sido postos o estudante para uma profissão, mas, deve ser usado antes, como
entre colchetes pela redução transcendental-fenomenológica. um meio para o desenvolvimento pessoal e a auto-realização.
[...] O uso do termo “noema” é sinal de que estamos na Em vez de sujeitar o estudante à matéria, esta deve ficar sujeita
fenomenologia, no discurso filosófico, e de que as coisas que ao estudante. Devemos deixar o estudante “apropriar-se” de
estão sendo ditas estão sendo debatidas a partir de um ponto qualquer conhecimento que for objeto de seus estudos. Nesse
de vista filosófico, não de um ponto de vista da atitude natural. sentido, segundo o autor, as matérias escolares devem, portanto,
( SOKOLOWSKI, 2004, p. 68) converter-se em instrumentos para a realização da pessoa,
não disciplinas impessoais a que todos devem ser submetidos
indistintamente. Assim, a pessoa em desenvolvimento, o
&RQKHFLPHQWR)LORVµȴFR estudante, poderá elaborar mentalmente verdades para si
mesmo, não verdades em abstrato, mas suas verdades.
)RUPD©¥R+XPDQ¯VWLFD &RQKHFLPHQWR6HU+XPDQR Com isso, não se quer afirmar que as pessoas devem
acreditar somente no que gostam, mas pelo contrário, a busca
Conhecimento da Sociedade pelo conhecimento irá despertar no estudante o desejo para
verificar se as coisas são verdadeiras. Assim, se o que for
verdade para alguns, para outros não se comporta da mesma
maneira será possível uma discussão sobre os fatos e sobre
Formação Técnica Conhecimento Técnico essas verdades, podendo gerar outras verdades. O estudante
deve achar as verdades para si mesmo, verificar as leis universais
e estar apto a incorporar a sua visão pessoal do mundo.
ΖPDJHPGLVSRQ¯YHOHPKWWSZZZFRODGDZHEFRPHGXFDFDRȴVLFDDHGXFDFDR Enquanto que, como a filosofia positivista, que
ȴVLFDFRPRPHLRGHYLGD$FHVVRHP
predominou até a década de 70, presenciamos a reificação
2.3.2 - 2 SHQVDPHQWR do conhecimento, transformando-o num mundo objetivo de
IHQRPHQROµJLFRHDHGXFD©¥R “coisas”, com a fenomenologia, realizou-se a desreificação do
conhecimento (TRIVIÑOS, 1987, p. 47).
A educação, numa perspectiva A reificação do conhecimento teve consequências
BASEI, A. P. O pensamento
fenomenológica, de acordo com fenomenológico ea extraordinárias para a elaboração do currículo escolar,
Nielsen Neto (1988, p. 92), deve educação (2008). Disponível transformando o conhecimento numa soma de informações
em: http://www.efdeportes.
mostrar ao aluno a vida tal como ela com/efd119/o-pensamento- que era transmitida e devia ser assimilada pelo aluno. Assim,
é na sua precária transitoriedade e fenomenologico-e-a-
HGXFDFDRHGXFDFDRȴVLFD o currículo constituiu-se, e de certa forma ainda constitui-se,
estimulá-lo a tomar consciência de si htm. Acesso em: 16/04/2013. como algo elaborado, terminado e alheio fundamentalmente
mesmo. Assim, toda a aprendizagem aos sujeitos.
é realizada a partir da individualidade do aluno, pois o professor Já com a fenomenologia, de acordo com Triviños (1987,
é apenas aquele que tem a possibilidade de despertar na criança p. 47), fala-se de currículo construído, de currículo vivido pelo
44 )LORVRȴD 42
estudante, baseado nas experiências do mundo de vida dos sua própria experiência, buscando,buscando construir, ele
alunos. Segundo o autor ainda, a fenomenologia representa mesmo, sua capacidade de estruturar a forma de absorver o
uma tendência filosófica que, entre outros méritos, tem conhecimento, tanto no plano cognitivo, como afetivo. A
questionado os conhecimentos do positivismo, elevando a aprendizagem tende a ser psicologicamente significativa e
importância do sujeito na construção do conhecimento. envolver, politicamente os mais variados aspectos do individuo.
O enfoque fenomenológico, privilegiando a escola tem O professor, nesse caso funciona com um facilitador de
demonstrado que os estudos da sala de aula, da interpretação aprendizagem, cabendo ao aluno a responsabilidade de definir
dos fenômenos como ocorrem, oferece a possibilidade de seus objetivos e dar significados a eles.
tratar-se de alguns elementos culturais, como os valores, que A metodologia adotada, portanto, deve promover o
caracterizam o mundo vivido dos sujeitos. Nesse sentido, relacionamento interpessoal, a autonomia do educando e a
a construção do conhecimento e o conhecer depende do troca de experiências. As grades curriculares consistem em
mundo cultural dos sujeitos e de sua interpretação, enquanto diretrizes, não acolhendo verdades absolutas. O aluno é o
forma de interpretação na busca dos significados da principal responsável pela seleção dos conteúdos, bem como
intencionalidade dos sujeitos. da respectiva construção do conhecimento através deles.
O processo de avaliação não contempla qualquer
2.4 - Corrente humanista padronização dos resultados da aprendizagem, utilizando-
se mais os métodos de autoavaliação e menos o poder de
Para a corrente humanista, o
GALVÊAS, E. C. As Principais avaliação do professor.
individuo é peça chave e principal Correntes da Pedagogia (2001).
colaborador da construção dos Disponível 2.4.1 - &RQWH[WRKLVWµULFR
em: http://www.
saber-digital.net/artigo/
saberes humanos, de modo que as-principais-correntes-
da-pedagogia. Acesso em:
toda ênfase é referida a vida 09/03/2013. No final do século XV, a Europa
emocional e psicológica do aluno, passava por grandes mudanças, Correntes GALVÊAS, E. C. As Principais
da Pedagogia
bem como em suas relações provocadas por invenções como (2001). Disponível em:
http://www.saber-digital.
interpessoais. O professor é um a bússola, pela expansão marítima net/artigo/as-principais-
facilitador, um orientador para que incrementou a indústria naval correntes-da-pedagogia.
Acesso em: 09/03/2013.
levar o conhecimento ao aluno, e o desenvolvimento do comércio
cultivando as experimentações com a substituição da economia de
práticas junto com os próprios subsistência, levando a agricultura a se tornar mais intensiva e
alunos. regular.
Nessa escola não se aceita a Deu-se o crescimento urbano, especialmente das cidades
existência de modelos prontos e Imagem disponível em: http:// portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as
www.brasilescola.com/historiag/
regras predefinidas, pois o homem humanismo-renascentista.htm. demais mudanças econômicas provenientes do Mercantilismo,
é um ser em permanente evolução, Acesso em: 16/04/2013. inclusive o surgimento da burguesia.
e a sua vida é um processo contínuo de exercício de utilização Todas essas alterações foram agilizadas com o surgimento
de sua capacidade parar superar-se. Dessa forma, o homem e dos humanistas, estudiosos da cultura clássica antiga. Alguns
o conhecimento estão em permanente e inacabado processo eram ligados à Igreja; outros, artistas ou historiadores,
dialético, que exige esforço contínuo de atualização. A independentes ou protegidos pro mecenas. Esses estudiosos
característica fundamental desta abordagem é que o individuo tiveram uma importância muito grande porque divulgaram,
já nasce com a potencialidade de vir a ser. de forma mais sistemáticas, os novos conceitos, além de
Para se ter uma visão do mundo, deve-se proporcionar identificaram e valorizarem direitos dos cidadãos.
ao aluno um ambiente de liberdade, a fim de que o mesmo Acabaram por situar o homem como senhor de seu
possa se manifestar e se expressar livre e abertamente (dentro próprio destino e elegeram-no como a razão de todo
dos princípios de educação e civilidade), o que contribui para conhecimento, estabelecendo, para ele, um papel de destaque
o desenvolvimento de suas potencialidades. no processo universal e histórico.
É o próprio homem que constrói seu mundo real. Essas mudanças na consciência popular, aliadas ao
Diferentemente do enfoque da escola sociocultural, o fortalecimento da burguesia, graças à intensificação das
humanismo não enfatiza o coletivo, nem o trato social, atividades agrícolas, industriais e comerciais, foram, lenta e
concentrando-se no próprio indivíduo. Daí que a educação gradativamente, minando a estrutura e o espírito medievais.
deve ser vista com independência suficiente para não cair Em Portugal, todas essas alterações se fizeram sentir,
na planificação social, nem servir de controle coercitivo à evidentemente, ainda que algumas pudessem chegar ali com
manipulação das pessoas. menor força ou, talvez, difusas, sobretudo porque o impacto
Na escola humanista, o ensino procura gerar um ambiente maior vivido pelos portugueses foi proporcionado pela
propício à aprendizagem, fazendo com que todos os alunos Revolução de Avis ( 1383-1385 ), na qual D. João, mestre de Avis,
participem do processo educativo. Preocupa-se, igualmente, foi ungido rei, após liderar o povo contra injunções de Castela.
com a promoção da capacidade de autoaprendizagem do Alguns fatores ligados a esse quadro histórico indicam sua
aluno, com vista a acelerar seu desenvolvimento intelectual influência no rumo que as manifestações artísticas tomaram
e afetivo, valorizando a autonomia e a autodeterminação, no em Portugal. São eles: as mudanças processadas no país pela
combate à heteronomia (dependência de tudo e de todos). Revolução de Avis; os efeitos mercantilistas; a conquista
No processo de aprendizagem, o aluno deve usar
43 45
de Ceuta ( 1415 ), fato que daria início a um século de consequências nos domínios religioso, filosófico e científico,
expansionismo lusitano; o envolvimento do homem comum configurando a crise do pensamento medieval, a qual explica
com uma vida mais prática e menos lirismo cortês, morto em a hostilidade dos humanistas à Escolástica e o sucesso dos
1325; o interesse de novos nobres e reis por produções literárias novos pensamentos.
diferentes do lirismo. Tudo isso explica a restrição do espaço A fonte mais viva do humanismo talvez seja a redescoberta
para o exercício e a manifestação da imaginação poética, a da Antiguidade. Embora a Idade Média não ignorasse tal
marginalização da arte lírica e o fim do Trovadorismo. A partir período, via-o de modo truncado e deformado. Truncado,
daí, o ambiente se tornou mais propício à crônica e à prosa porque não conhecia a maior parte da literatura grega, senão
histórica, ao menos nas primeiras décadas do período. através das análises latinas (por exemplo, Homero, através de
Virgílio, ou os estoicos, através de Cícero). Deformado, por
2.4.2 2+XPDQLVPR aquelas obras satisfazerem apenas politicamente as instituições
do Estado Romano.
2.4.4$ILORVRILDKXPDQLVWD
ΖPDJHPGLVSRQ¯YHOHPKWWSȴORVRIDQGRPHEORJVSRWFRPEU$FHVVRHP
16/04/2013.
a transposição de teses do
Darwinismo para a sociedade originou o que ficou conhecido
como Darwinismo social.
Imagem disponível em: http://marcosself.wordpress.com/. Acesso
em:14/04/2013. No campo da Biologia Darwin afirmava que as diversas
A ideia de ORDEM e PROGRESSO (lema de nossa espécies de seres vivos se transformam continuamente com
bandeira), em Comte, vem de sua visão dos fenômenos da a finalidade de se aperfeiçoar a garantir a sobrevivência.
sociedade. Para ele, todo ser vivo pode ser estudado sob Em consequência, os organismos tendem a se adaptar cada
uma dimensão estática e uma dinâmica, que apreciaram a vez melhor ao ambiente, criando formas mais complexas e
sociedade em repouso e em movimento. Relaciona essas duas avançadas de existência, que possibilitam, pela competição
dimensões á anatomia e á fisiologia. natural, a sobrevivência dos seres mais aptos e evoluídos.
A visão de ordem tem sua origem na noção de Tais ideias, transpostas para a análise da sociedade,
ESTÁTICA, que estuda a existência, suas condições e resultaram no DARWINISMO SOCIAL, isto é, o princípio
a estrutura que a gera. Corresponde a compreensão da de que as sociedades se modificam e se desenvolvem num
existência naquilo que ela oferece de fixo, de estrutural. mesmo sentido e que tais transformações representariam
(“família, religião, propriedade, linguagem, direito etc. seriam sempre a passagem de um estágio inferior para outro superior,
em que o organismo social se mostraria mais evoluído, mais
responsáveis pelo movimento estático da sociedade”, in:
adaptado e mais complexo. Esse tipo de mudança garantiria
Cristina Costa, op. Cit., pág. 51)
a sobrevivência dos organismos – sociedades e indivíduos –
A Sociologia dinâmica se preocupa com o entendimento
mais fortes e mais evoluídos.
do movimento, do desenvolvimento, da atividade da vida
Estava criado, assim, o suporte teórico para justificar no
coletiva, correspondendo a noção de PROGRESSO.
século XIX o domínio colonialista de nações europeias sobre
Essa dimensão da dinâmica social é o que vai distinguir,
povos da América, da África, da Oceania e da Ásia.
marcadamente, a Sociologia da Biologia, ou seja, “a ideia-mãe
Os principais cientistas sociais positivistas, combinando
do progresso contínuo ou, antes, do desenvolvimento gradual as concepções organicistas e evolucionistas inspiradas
da humanidade”. (Morais Filho, p. 134). Em última instância, na perspectiva de Darwin, entendiam que as sociedades
torna-se necessário melhorar as condições de vida das classes tradicionais encontradas nos continentes citados acima não
menos favorecidas, sem incomodar a ordem econômico- eram senão “fósseis vivos”, exemplares de estágios anteriores,
política da sociedade. O desenvolvimento histórico dá-se “primitivos”, do passado da humanidade. Assim, as sociedades
portanto, pela evolução organizada, regida por leis naturais, mais simples e de tecnologia menos avançada deveriam evoluir
ou seja, PROGRESSO HISTÓRICO É ORDEM. em direção a níveis de maior complexidade e progresso na
A lei dos três estados de Comte demonstra essa visão escala da evolução social, até atingir o “topo”: a sociedade
do desenvolvimento histórico da sociedade. Para ele, essa industrial européia. Porém essa explicação aparentemente
grande lei explica o “desenvolvimento total da inteligência “científica” para justificar a intervenção europeia nesses
humana em suas diversas esferas de atividade”, destacando continentes era, por sua vez, incapaz de explicar o que ocorria
que essa e todos os conhecimentos passam sucessivamente na própria Europa. Lá, os frutos do progresso não eram
47 49
igualmente distribuídos, nem todos participavam igualmente perder de vista que se trata de um movimento que se pretende
das conquistas da civilização. Como o positivismo explicava neutro ao mesmo tempo em que esconde uma grande carga
essa distorção?” ideológica.
Muito dos efeitos nefastos desta doutrina pretendeu-se
2.6.2 - Educação e positivismo amenizar pelo círculo de Viena e pelo movimento do neo
positivismo lógico.
Vivemos em uma era onde os
Mas ainda existe um forte cientificismo, perigoso, no
conceitos e as práticas na política, eFERNANDES, M. S. Positivismo
Educação: Breves análises seio da formação educacional brasileira. Devemos nos atentar
na gestão e no desenvolvimento VREUHDLQȵX¬QFLDGR
positivismo na educação (2009). para esta realidade, dentro do possível, buscar caminhos
social são determinadas por um Disponível em: http://www.
mais críticos e reflexivos para a construção de um projeto
contexto intelectual que se iniciou uninove.br/PDFs/Mestrados
Educa%C3%A7%C3%A3o/ de formação que não apenas alfabetize ou eduque, mas que
no século XVII com as descobertas eventos/PA%2016.pdf.
Acesso em: 11/03/2013. fomente o exercício pleno de cidadania.
da física clássica e encontra seu
auge na era da revolução industrial. 2DPRUSRUSULQF¯SLRDRUGHPSRUEDVHHRSURJUHVVRSRUȴPȋ
É nesta era de industrialização que Augusto Comte
emerge a ideia de um universo
uniforme, mecânico e previsível o A visão científica positivista dos fatos, não permite o uso
que moldou o desenvolvimento da de entidades não observáveis nas deduções científicas. Essa
ciência – e também da tecnologia – visão de mundo refletiu no plano filosófico e, embora criticada
tornando-se ainda um paradigma no plano teórico, teve muita influência no plano prático.
nos diversos campos do saber
inclusive na educação. 2.6.3 - Características gerais do
Imagem disponível em: http://
Tendo como um de seus hectorindustrial.blogspot.com.br/ 3RVLWLYLVPR
referenciais a “engenharia . Acesso em: 12/04/2013.
industrial”, o positivismo apresenta um modelo que visa O objetivo do método positivo de investigação é a
aumentar a eficiência por meio das categorias de precisão e pesquisa das leis gerais que regem os fenômenos naturais.
previsibilidade. Especificamente na educação encontramos Assim, o positivismo diferencia-se do empirismo puro
perspectivas economicistas, derivadas do cientificismo, onde se porque não reduz o conhecimento científico somente aos
visa obter taxas de retorno ( produtividade ) o que interfere fatos observados. É na elaboração de leis gerais que reside
, por vezes, de forma nefasta no planejamento pedagógico. o grande ideal das ciências. Com base nessas leis, o homem
Os indicadores quantitativos imperam na apreciação do torna-se capaz de prever os fenômenos naturais, podendo
rendimento escolar, revelando aspectos pragmáticos e agir sobre a realidade. 9HUSDUDSUHYHU é o lema da ciência
positivistas na delimitação dos planos de ensino. positiva. O conhecimento científico torna-se, desse modo, um
A propagação do positivismo na educação se deve, instrumento de transformação da realidade, de domínio do
em muito, à disseminação do sucesso na aplicação prática homem sobre a natureza. As transformações impulsionadas
de princípios científicos que visam à produção de novas pelas ciências visam ao progresso; este, porém, deve estar
tecnologias. A industrialização , amparada pelas conquistas da subordinado à ordem. Temos, então, um novo lema positivista
ciência positiva, favoreceu o fortalecimento político e militar aplicado à sociedade: RUGHPHSURJUHVVR.
das nações, exportando assim um modelo de sucesso prático Na obra Discurso sobre o espírito positivo, Comte aponta
para todos os campos do saber, inclusive na educação. as características fundamentais que distinguem o positivismo
O positivismo está presente também no discurso das das demais filosofias:
políticas públicas para a educação, quando afirmamos, por 5HDOLGDGH – pesquisa de fatos concretos, acessíveis
exemplo, que a educação é a solução para os problemas à nossa inteligência, deixando de lado a preocupação com
nacionais, bem como quando se propõe reformas, tanto na mistérios impenetráveis, referentes às causas primeiras e
sociedade quanto na educação. últimas dos seres.;
O modelo escolar que vivenciamos em nossos dias é uma 8WLOLGDGH – busca de conhecimentos destinados ao
cópia fidedigna do projeto de educação padronizada (universal) aperfeiçoamento individual e coletivo do homem, desprezando
elaborada na seara da ciência do século XIX. Hierarquia, ordem, as especulações ociosas, vazias e estéreis;
utilitarismo e perspectiva de progresso, compõem a estante do &HUWH]D – obtenção de conhecimentos capazes de
positivismo educacional. estabelecer a harmonia lógica na mente do próprio indivíduo
A herança da ideologia burguesa fora assimilada pelos e a comunhão em toda a espécie humana, abandonando as
militares republicanos do século XIX no Brasil. A educação dúvidas indefinidas e os intermináveis debates metafísicos;
torna-se, neste cenário, um instrumental da difusão dos 3UHFLVmR – estabelecimento de conhecimentos que se
conceitos de ordem e progresso. Disciplinas progressivamente opõem ao vago, baseados em enunciados rigorosos, sem
organizadas, segmentadas de modo instrumental, são as ambiguidades;
evidências mais marcantes do positivismo na educação. 2UJDQL]DomR – tendência a organizar, construir
Por mais que saibamos que o método positivista seja metodicamente, sistematizar o conhecimento humano;
produtivo, nos perguntamos se a “produtividade” merece ser 5HODWLYLGDGH – aceitação de conhecimentos científicos
o critério de dosimetria da qualidade do ensino. Nesse sentido relativos. Se não fosse relativos, não poderia ser admitida a
devemos observar criticamente o positivismo educacional sem continuidade de novas pesquisas, capazes de trazer teorias
50 )LORVRȴD 48
com teses opostas ao conhecimento estabelecido. Assim, a
ciência positiva é relativa porque admite o aperfeiçoamento e
a ampliação dos conhecimentos humanos.
2.6.4$UHIRUPDGDVRFLHGDGH
A “Razão” também é associada ao dom que o Homem já 5DFLRFtQLR – do Latim “RATIOCINATIO”. É a ação
tem aos nascer e que é chamado de “Conhecimento Natural”; do Intelecto, seguindo as regras da Lógica, pela qual se faz o
ou seja, aquele Saber que lhe é naturalmente acessível, sem encadeamento e a organização dos dados recebidos através
a necessidade de ter havido anteriormente uma “Revelação dos Sentidos, para com isso afirmar a veracidade ou a falsidade
(divina)”. O filósofo LEIBNIZ (1646/1716, Alemanha) assim daqueles dados; e/ou daquilo que foi formado a partir desses
definiu esse dom: “a Razão é o encadeamento (ou a sucessão dados. E também, é claro, para exarar os outros conceitos
coerente) de Verdades ... das Verdades que podem ser atingidas que se formam a partir das características do que foi captado,
52 )LORVRȴD 50
como, a cor, a solidez, o tamanho, o peso etc. a carência de ser querido, importante e amado. O individuo
O Raciocínio também é a elaboração de uma plenamente Racional se basta.
argumentação lógica, coerente, sobre uma hipótese, ou sobre É uma posição dura e que, como seria de se esperar,
uma tese, um fato etc. Tradicionalmente o Raciocínio é visto suscitou, e ainda suscita, versões adversárias também severas,
de duas maneiras, a saber: dentre as quais citaremos a de PASCAL (1623/1661, França),
cuja frase “o coração tem razões que a própria Razão
a. RACIOCÍNIO DEDUTIVO – é aquele que se forma desconhece” tornou-o célebre (nesse campo especificamente)
de acordo com a Lógica e sob a forma de Silogismos; isto é, e ícone de todos os que se opõem à frieza da “Racionalidade
a dedução lógica, racional, que se faz de duas premissas, ou Cartesiana”; ou seja, do Racionalismo consolidado por
pressupostos, ou pontos de partida de um argumento ou de DESCARTES (1596/1650, França), que de tão convicto
um Raciocínio. sobre a potencialidade do Raciocínio, usou-o para se certificar
b. RACIOCÍNIO INDUTIVO – aquele que faz uma da própria existência, fórmula que o mesmo expressou em seu
generalização de Fatos, Pessoas, Objetos após ter verificado famoso enunciado “penso, logo, existo”.
que os mesmos se repetem com regularidade e de maneira Outra posição contrária, e talvez mais contundente por
igual ou similar. Essa repetição regular INDUZ a que se ser sistemática, foi a de ROSSEAU (1712/1778, Suíça) que
considere que os Acontecimentos, Objetos ou Pessoas se opôs abertamente ao Racionalismo que imperava a época.
singulares, são ou serão Gerais. Foi ele, provavelmente, o iniciador do Movimento Filosófico
chamado de Romantismo que se iniciaria como tendência no
A Racionalização também é uma maneira de ver o final do século XVIII e floresceria como semi-consenso no
Mundo, segundo a qual a coerência lógica e racional é extraída século XIX.
de dados parciais; os quais, mesmo com essa limitação, são
considerados suficientes para retratar fielmente a Realidade. 5HWRPDQGRDaula
Por essa ótica errada é que alguns (talvez a maioria) medem,
por exemplo, o bem-estar de um Povo pela riqueza de sua
Pátria, sem ao menos se perguntar se tal riqueza é distribuída
com justiça, se é bem aproveitada e se de fato gera conforto 0XLWR EHP WHUPLQDPRV PDLV XPD DXOD FRP LVVR
para aquele Povo. Esse mesmo erro também ocorre quando SUHFLVDPRVUHOHPEUDUDOJXQVSRQWRVSULQFLSDLV
se considera apenas um aspecto de qualquer Coisa, Fato ou
Pessoa. E, ainda, quando se acredita que todos os males do 1²)LORVRILDGD(GXFDomR
Mundo tem apenas uma Causa, um Motivo.
Esse tipo de Racionalização pode iniciar-se a partir de uma Estudamos a Filosofia da Educação, este conteúdo nos
hipótese ou a partir de uma Afirmativa totalmente absurda, auxilia a entender a necessidade e a importância da Educação
errada, e que, mesmo assim, acaba tornando-se um “Sistema em nossa vida, essa educação é o referencial para a análise e a
Lógico” do qual são tiradas consequências práticas que, como coerência, ou seja, quando falamos em educação, não estamos
se viu, tem por base um erro e que por isso se tornam nocivas. nos referindo à educação tradicional e sim à educação como
Podemos finalizar dizendo que o racionalismo é uma fonte de entendimento e sabedoria. Nesse caso temos que
doutrina segundo a qual, a Razão é a principal faculdade, ou saber como modificar e interpretar as relações existentes no
capacidade, humana; e a base de todo processo de aquisição, nosso dia a dia.
ampliação e manutenção de Conhecimentos possíveis, feitos
pelo Homem. 2&RUUHQWHV)LORVyILFDV
O Racionalismo tem como primeira tese a afirmação de
que o Real, ou a Realidade, é Racional; portanto, a Razão – Quando falamos em corrente, logo pensamos em algo
ou a capacidade de raciocinar – é capaz de compreender a que entrelaça que tem força. Para a Filosofia a corrente tem
Realidade e de conhecer a “Verdade” sobre a Natureza das esse sentido, ou seja, temos que conhecer todas as correntes
Coisas; isto é, o que é tal Coisa, ou tal Fato, ou tal SER? De existentes na filosofia para que possamos ter a nossa reflexão,
que é feita? Por que é feita? Quais suas características? Quais ou seja, temos que escolher uma corrente para que possamos
suas potencialidades? Etc. nos dedicar ao conhecimento, todos os pesquisadores, cientistas
Por outro lado, para os tem seu critério de abordagem. Esse critério chama-se corrente
Racionalistas, tudo aquilo que filosófica, mas para te uma corrente precisa-se conhecer bem
povoa a mente humana, além a filosofia.
dos Raciocínios Lógicos, é
Irreal, falso, ilusório. Inclusive */266É5,2
as Emoções e os Sentimentos, 2QLSUHVHQWH: é a capacidade de estar em todos os
os quais, não passariam de lugares ao mesmo tempo.
primitivas sensações, vigentes
&RJQRVFHQWH: que possui a capacidade de conhecer.
apenas em indivíduos de pouca
Segundo a teoria do conhecimento, a consciência cognoscente
cultura e de inteligência sofrível. Imagem disponível em: http://
lê os conceitos na experiência.
Para os adeptos do Racionalismo, supercerebro.com.br/blog/10-
quanto maior for a Capacidade de dicas-praticas-para-melhorar-
o-seu-raciocinio/. Acesso em:
Raciocinar, menor será o apelo e 12/04/2013.
51 53
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