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TOC
OBJETIVOS:
INTRODUÇÃO
Um dos pioneiros em propor modelos explicativos para gênese do
TOC foi Freud, ainda no início do século passado. Devemos a ele uma
minuciosa e detalhada descrição das manifestações clínicas da então
denominada “neurose obsessiva” que segue atual em muitos aspectos.
No entanto sua proposição de que o TOC seria o resultado de conflitos
inconscientes situados na fase anal/sádica do desenvolvimento
psicossexual, não mais se sustenta, em razão das evidências que apoiam
fatores neurobiológicos, comportamentais e cognitivos na gênese e na
manutenção do transtorno.
O modelo comportamental surgiu nos anos 60 e 70 em grande parte
pelas falhas do modelo psicodinâmico de Freud, especialmente a
ineficácia da psicanálise e da terapia psicodinâmica em tratar o TOC.
Propôs uma explicação para os fenômenos OC, com base nas teorias da
aprendizagem, segundo a qual existe uma relação funcional, de reforço,
das compulsões em relação às obsessões. Essa hipótese teve como
principal apoio o sucesso da terapia de exposição e prevenção de
resposta (EPR) em tratar os sintomas OC. Pela primeira vez se tinha uma
terapia, que em muitos casos eliminava por completo os sintomas OC e
cujos pacientes não recidivavam mesmo vários anos após o término do
tratamento. Mas o modelo também apresentou problemas. Um número
significativo de pacientes não conseguia se beneficiar da terapia de EPR.
Muitos tinham dificuldade em aderir aos exercícios. Outros abandonavam
precocemente o tratamento.
Essas dificuldades chamaram a atenção para o possível papel de
erros de avaliação e crenças distorcidas subjacentes aos sintomas e que
poderiam ser os responsáveis pelas dificuldades observadas. E de fato,
tanto a prática clínica como as pesquisas tem confirmado a presença em
maior ou menor grau de crenças disfuncionais na maioria dos indivíduos
com TOC. A identificação dessas crenças permitiu uma compreensão
mais ampla e mais profunda da finalidade da execução dos
comportamentos compulsivos destinados, não somente a aliviar
ansiedades ou desconfortos como propunha o modelo comportamental,
mas também para reduzir ameaças, riscos e responsabilidades
imaginárias. Pesquisas clínicas, por outro lado, comprovaram que a cor-
reção dessas crenças distorcidas por meio da chamada terapia cognitiva
eliminava os sintomas do TOC. Como resultado, técnicas cognitivas vêm
sendo incorporadas à terapia de EPR: psicoeducação, experimentos
comportamentais, estratégias para reduzir a hipervigilância e potencializar
a exposição, e técnicas cognitivas de correção de crenças disfuncionais.
Em razão desses acréscimos a terapia para o TOC vem sendo
denominada de terapia cognitivo-comportamental (TCC).
No presente capítulo serão revisadas as teorias psicológicas
propostas para explicar a gênese e a manutenção dos sintomas OC, em
particular as que embasam a TCC para o TOC. Serão destacadas as
evidências a favor bem como as limitações ou lacunas de cada modelo,
para que o leitor possa desenvolver um ponto de vista crítico.
Comentários críticos
A ineficácia da psicanálise e das terapias de orientação analíticas em
tratar os sintomas OC, a não comprovação do papel de conflitos
inconscientes na sua gênese, as evidências a favor de um papel
importante de fatores biológicos, comportamentais e cognitivos e,
sobretudo, sua resposta rápida à terapia de EPR e à TCC acabaram por
minar o modelo psicodinâmico. Acreditava-se ainda que sem um
tratamento em profundidade dos conflitos inconscientes, a simples
remoção dos sintomas OC por técnicas mais superficiais (como as
técnicas comportamentais) inevitavelmente levaria à sua substituição. Da
mesma forma acreditava-se que os pacientes poderiam ter um
desequilíbrio grave, caso lhes fosse solicitado que se abstivessem de
executar rituais. Na prática esses pressupostos não se confirmaram.
Por último é importante destacar que interpretar para o paciente que
obsessões de conteúdo agressivo, sexual ou blasfemo, dúvidas
obsessivas em relação à orientação sexual poderiam ser expressão de
impulsos e desejos inconscientes, ou ainda de um lado oculto, secreto
ou reprimido da personalidade, além de ser uma explicação sem
evidências de ser verdadeira, agrava ainda mais tais sintomas pois
estimula o paciente a vigiar seus pensamentos, tentar afasta-los ou
suprimi-los provoca o efeito paradoxal de aumentar sua intensidade e
frequência.
Comentários críticos
Comentários críticos
O modelo da avaliação errada (ou do significado) proposto por
Rachman e De Silva, produziu um forte impacto tanto no campo teórico
como na pesquisa, ao atribuir um papel importante para as avaliações
erradas ou catastróficas para a origem e a manutenção dos fenômenos
obsessivos. O modelo foi ampliado com a melhor discriminação das
crenças disfuncionais envolvidas, como o excesso de responsabilidade, o
poder do pensamento, a fusão do pensamento e ação, etc. Tem se
revelado útil especialmente na compreensão e no tratamento de
pacientes que apresentam obsessões proeminentes (Whittal, 2010), com
obsessões de conteúdo repugnante, nos quais as interpretações
distorcidas exercem um papel fundamental, dificilmente abordáveis por
técnicas de EPR, mas acessíveis a intervenções cognitivas.
O modelo apresenta, entretanto, algumas limitações. A premissa
central de que o conteúdo dos pensamentos intrusivos é idêntico em
indivíduos normais e em pessoas com TOC tem recebido apoio modesto
da pesquisa e até tem sido questionado (Julien, 2007; Rassin, 2007;
Corcoran, 2008). Uma questão em aberto é explicar porque
determinados indivíduos interpretam os pensamentos intrusivos de forma
negativa ou catastrófica enquanto que outros não o fazem. Alguns
autores sugerem que há formas etiologicamente distintas de TOC e as
crenças disfuncionais podem desempenhar um papel importante na
mediação dos sintomas para algumas formas (por exemplo: obsessões
sobre a possibilidade de causar da danos aos outros) e não ter nenhum
papel em outras (por exemplo: ordem/alinhamento) (Taylor et al., 2006).
O modelo é insuficiente para abarcar a ampla gama de manifestações
clínicas do TOC (dimensões): obsessões e ou compulsões por
contaminação/limpeza, dúvidas/verificações, pensamentos repugnantes,
simetria/alinhamento, colecionamento e especialmente quando não estão
presentes obsessões mas apenas experiências do tipo “not just right”.
Responsabilidade excessiva
Intolerância à incerteza
Perfeccionismo
SUMÁRIO E DESTAQUES
1.Freud propôs que os sintomas OC eram originários de conflitos
inconscientes situados na fase anal/sádica do desenvolvimento
psicossexual. Entretanto o insucesso das terapias baseadas no modelo,
bem como a não confirmação da existência de conflitos inconscientes
causadores dos sintomas OC, a evidência da participação de fatores
biológicos, comportamentais e cognitivos no surgimento e na manutenção
do transtorno fizeram com que o modelo fosse abandonado.
2. O modelo comportamental considera os sintomas OC resultantes de
aprendizagens disfuncionais. Estímulos neutros como pensamentos
intrusivos, locais, objetos, pessoas e emoções negativas se tornam
associados a medos através do condicionamento clássico e se
generalizam. Os sintomas se mantém em razão do alívio obtido com a
realização das compulsões, evitações e neutralizações (condicionamento
operante).
3. O modelo cognitivo propõe que as obsessões se originam de
pensamentos intrusivos normais em razão de serem avaliados e
interpretados de forma negativa ou catastrófica: A interpretação negativa
seria a responsável pelo medo e pela ansiedade e por impelir o indivíduo
a adotar medidas para afastar a ameaça: vigiar, tentar afastar ou suprimir
os pensamentos, executar rituais e evitar os objetos, situações ou
pessoas que os ativam.
4. Crenças disfuncionais tornariam os indivíduos propensos a avaliar de
forma negativa pensamentos intrusivos normais transformando-os em
obsessões. As mais comuns são: 1)avaliar de forma excessiva o risco e a
responsabilidade; 2)valorizar de forma excessiva os pensamentos e a
necessidade de controlá-los, e 3) intolerância à incerteza e
perfeccionismo.
5.O modelo cognitivo-comportamental integra o papel as avaliações e
interpretações disfuncionais do modelo cognitivo para a origem dos
pensamentos obsessivos e o papel de reforço dos rituais compulsivos e
das evitações para a perpetuação dos sintomas OC.
6. Tentar suprimir os pensamentos intrusivos produz o efeito paradoxal
de aumentar sua frequência e intensidade (Efeito Urso Branco).
7. O modelo metacognitivo atribui um papel central no TOC às avaliações
negativas ou erradas dos próprios pensamentos intrusivos
(metacognições).
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Figura 1 - O modelo cognitivo-comportamental do TOC