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HIDROSTÁTICA Hidrostática é o capítulo da Mecânica de Fluidos que estuda os

líquidos em repouso. Num líquido em repouso, não há variações de velocidade e, por


conseguinte, não surgem tensões tangenciais . Apenas existem pressões (compressões).
A equação fundamental da Dinâmica (2ª lei de Newton) expressa-se por

Esta igualdade exprime a Lei Hidrostática de Pressões. É fácil verificar que esta
igualdade não se restringe a pontos do líquido situados na mesma vertical. Para isso,
basta mostrar que a igualdade continua válida para pontos do líquido situados ao mesmo
nível. Considere-se então a figura abaixo que representa um cilindro no seio do líquido.
Este volume tem geratrizes horizontais e bases de topo

Considerando agora a componente horizontal da equação vectorial, verifica-se que nem o


peso próprio nem as pressões actuando sobre a superfície lateral têm componente horizontal.
Por isso, as únicas forças exteriores com componente horizontal são as resultantes das
pressões que actuam sobre as bases. Consequentemente, a equação reduz-se a HIDROSTÁTICA
se verifica também para pontos situados na mesma horizontal. Consequentemente, a lei
hidrostática de pressões é válida para quaisquer dois pontos dum líquido em repouso.
Considere-se agora a figura abaixo que representa um recipiente em que a superfície do
líquido está sujeita a uma certa pressão ps. Considerando um ponto genérico no interior do
líquido e um ponto s à superfície do líquido, é fácil concluir que Figura – Recipiente com
pressão sobre a superfície livre do líquido HIDROSTÁTICA MANÓMETROS SIMPLES E
MANÓMETROS DIFERENCIAIS A medição da pressão num ponto junto à parede dum recipiente
pode fazer-se com manómetros. O manómetro simples é um tubo (vertical ou inclinado) que
contém um líquido (líquido manométrico) em que uma das extremidades se liga a um orifício
na parede do recipiente (tomada de pressão) e a outra extremidade é aberta, com o líquido
manométrico em contacto com a atmosfera. A medição da pressão com o manómetro baseia-
se na aplicação directa da lei hidrostática de pressões, figura abaixo. A pressão atmosférica
normal é, como se sabe, equivalente a uma coluna de 760 mm de mercúrio ou de 10.33 m de
água. MANÓMETROS SIMPLES E MANÓMETROS DIFERENCIAIS Figura – Manómetros simples
MANÓMETROS SIMPLES E MANÓMETROS DIFERENCIAIS A configuração do manómetro em U,
no segundo exemplo da figura, permite medir pressões relativas negativas. Quando a pressão
no recipiente for muito elevada, convém utilizar um líquido manométrico de densidade
elevada como o mercúrio (drel = 13.6), conforme se representa no terceiro exemplo da figura
– manómetros redutores. Convém que o mercúrio fique separado do recipiente por um outro
líquido como a água. MANÓMETROS SIMPLES E MANÓMETROS DIFERENCIAIS A pressão
relativa é a pressão absoluta diminuída da pressão atmosférica. Em muitos problemas de
Hidráulica torna-se mais fácil trabalhar com pressões relativas do que com pressões absolutas
– veja se por exemplo o caso dum líquido em repouso com a superfície em contacto com a
atmosfera. Nesse caso, a pressão ps da equação é nula. MANÓMETROS SIMPLES E
MANÓMETROS DIFERENCIAIS visto que pD (relativa) é nula. Como oa pontos B e C estão no
mesmo líquido e ao mesmo nível, pB= pC . Donde MANÓMETROS SIMPLES E MANÓMETROS
DIFERENCIAIS Os líquidos mais utilizados nos manómetros redutores são o mercúrio e o
acetileno tetrabromado. Quando as pressões no recipiente são muito baixas, devem-se utilizar
manómetros amplificadores, onde o líquido manométrico tem uma densidade baixa, inferior à
da água, como por exemplo o álcool etílico. A tabela 166 de LENCASTRE 1983 dá as densidades
de diversos líquidos manométricos. Para medir a diferença de pressões entre dois pontos dum
líquido a escoar-se utilizam-se manómetros diferenciais, figura abaixo. MANÓMETROS
SIMPLES E MANÓMETROS DIFERENCIAIS Figura – Manómetro diferencial MANÓMETROS
SIMPLES E MANÓMETROS DIFERENCIAIS IMPULSÃO HIDROSTÁTICA Impulsão hidrostática é a
resultante (quando existe) do conjunto de pressões que actuam sobre uma superfície no seio
dum líquido. A impulsão hidrostática, também conhecida como empuxo hidrostático, é uma
força que actua em um objecto submerso em um fluido (líquido ou gás) em repouso, devido à
diferença de pressão entre as partes superior e inferior do objecto. Esse conceito está
intimamente ligado ao Teorema de Arquimedes e tem aplicações significativas na hidrostática
e na engenharia. Como se sabe, no caso geral dum sistema de forças no espaço, elas são
sempre redutíveis a uma resultante e a um momento resultante. No entanto, só em casos
particulares é que o momento resultante é nulo e o sistema de forças se pode reduzir
unicamente à resultante. Esses casos particulares são: forças concorrentes,forças
paralelas,forças complanares Assim, só existe impulsão hidrostática nos seguintes casos:
IMPULSÃO HIDROSTÁTICA TEOREMA DE ARQUIMEDES TEOREMA DE ARQUIMEDES
Arquimedes foi um físico grego que viveu na colónia grega de Siracusa no século III a.c. A sua
descoberta relativa à impulsão hidrostática, a que ficou associado o célebre Eureka!, foi
motivada por um problema prático que lhe fora colocado (se uma coroa real tinha prata
misturada com o ouro de que era suposta ser feita). TEOREMA DE ARQUIMEDES O teorema
estabelece que: "Qualquer corpo submerso (total ou parcialmente) em um fluido em repouso
experimenta uma força de empuxo vertical para cima igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo." Isso pode parecer complexo, então vamos quebrar isso em partes: Empuxo: É a força
vertical para cima que actua em um objecto submerso em um fluido. Essa força é resultado da
diferença de pressão entre a parte superior e inferior do objecto submerso. Quanto maior o
volume do objecto submerso, maior será o empuxo. Peso do fluido deslocado: Quando um
objecto é colocado em um fluido, ele desloca (empurra para fora do caminho) uma certa
quantidade de fluido. O peso desse fluido deslocado é igual ao empuxo exercido sobre o
objecto.

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