O processo de formular juízos, ou seja, emitir julgamentos, é uma atividade
intrinsecamente humana. Conforme destacado por Nobre de Melo (1979), através dos juízos, os indivíduos estabelecem sua conexão com o mundo, discernem entre verdade e erro, certificam-se da existência ou não de um objeto perceptível (juízo de existência) e diferenciam uma qualidade da outra (juízo de valor). A ação de ajuizar, portanto, equivale a julgar. Cada juízo implica, invariavelmente, em um julgamento que, por um lado, é subjetivo e individual e, por outro, é social e historicamente construído, influenciado pelos determinantes socioculturais. É crucial recordar que as mudanças no juízo de realidade correspondem a alterações no pensamento. Fazendo a distinção entre o erro não determinado por processo mórbido (por transtornos mentais) e as diversas formas de juízos falsos determinados por transtornos mentais, sendo a principal delas o delírio, temos que erro se origina da ignorância, do julgar apressado e com base em premissas falsas, erros são discrepâncias entre o que é pretendido, esperado ou desejado, e o que realmente ocorre ou é realizado. Eles podem ocorrer em diversos contextos. Os erros são passíveis de serem corrigidos pelas experiências, pelas provas e pelos dados que a realidade oferece. Segundo a escola psicopatológica de Jaspers (1979), os erros são psicologicamente compreensíveis, pois podem surgir ou persistirem em virtude de ignorância, fanatismo religioso ou político. Enquanto o delírio tem como característica principal a incompreensibilidade. Não se pode compreender psicologicamente o delírio. Erros comuns não determinados por transtornos mentais são os preconceitos e crenças culturalmente sancionados ou superstições. O preconceito, juízo a priori sem reflexão, com base em premissas falsas, a discriminação social, o racismo, sexismo, etnocentrismo, classismo e o preconceito religioso. As Crenças culturalmente sancionadas referem-se a ideias, valores ou convicções que são aceitas e apoiadas dentro de uma determinada cultura ou sociedade. Essas crenças não apenas refletem as normas e os padrões culturais, mas também são oficialmente reconhecidas ou aprovadas pela comunidade em questão. Em outras palavras, são crenças que têm respaldo e aceitação social dentro de um contexto cultural específico. As crenças culturalmente sancionadas não devem ser confundidas com os sintomas psicopatológicos. Um tipo frequente de crença culturalmente sancionada são as superstições. Elas são, de modo geral, motivadas por 2
fatores afetivos (desejos, temores, etc.). Já nas alterações patológicas do juízo
Ideias prevalentes ou sobre valoradas (ideias errôneas por superestimação afetiva), adquirem predominância sobre os demais pensamentos por causa da importância afetiva que o indivíduo tem por elas. São aceitas pelo indivíduo e fazem sentido para o paciente. São chamadas ideias errôneas por superstição afetiva. Alguns autores europeus conceitualizam ideias prevalentes ou sobre valoradas: Esses itens descrevem características de uma ideia prevalente ou sobrevalorizada, indicando que: A ideia é sustentada com forte convicção; a ideia prevalente é egossintônica; está associada a um alto grau de emoção ou afeto; tende a se desenvolver em personalidades alteradas; em geral, é compreensível a partir das experiências passadas do indivíduo e de sua personalidade; causa sofrimento ou disfunção no sujeito ou naqueles que convivem com ele; geralmente, induz o indivíduo a agir com base na ideia; pode, eventualmente, progredir para um delírio verdadeiro; o paciente não busca ajuda e assemelha-se a convicções religiosas ou políticas apaixonadas.
O texto aborda a concepção de delírio segundo Karl Jaspers (1883-1969),
destacando-o como juízos patologicamente falsos oriundos de doenças mentais. Jaspers ressalta que o delírio não é apenas caracterizado pela falsidade de seu conteúdo, mas também pela justificativa singular apresentada pelo delirante, enfatizando que a base do delírio é mórbida, influenciada por fatores patológicos.
O autor destaca três características clínicas para a identificação do delírio: a
convicção extraordinária e subjetiva do delirante, a resistência à modificação por experiência objetiva e a frequente falsidade do conteúdo. Além disso, sublinha que o delírio é, muitas vezes, uma produção a social, desconectada das crenças culturais, sendo uma convicção singular de um único indivíduo.
O texto também explora as dimensões propostas por Kendler e colaboradores
como indicadores da atividade delirante e da gravidade do delírio em diferentes transtornos mentais. Essas dimensões incluem o grau de convicção, a extensão do delírio em diferentes áreas da vida do paciente, a bizarrice ou implausibilidade das crenças delirantes em relação às convicções culturais, a 3
desorganização interna das ideias delirantes, a pressão ou preocupação do
paciente com suas crenças, a resposta afetiva negativa associada ao delírio e o comportamento desviante decorrente das ideias delirantes.
O autor ainda introduz a ideia de "verdadeiro delírio" como um fenômeno
primário, psicologicamente incompreensível e não enraizado na experiência psíquica do indivíduo normal. Destaca que esse tipo de delírio representa uma transformação qualitativa radical na biografia do sujeito, resultando em uma verdadeira transmutação da personalidade.
Portanto, o texto fornece uma visão abrangente sobre as características,
dimensões e natureza do delírio, contribuindo para a compreensão clínica e psicopatológica desse fenômeno complexo.
Delírio secundário ou ideias deliróides e os delírios compartilhados
Este assemelha-se externamente ao primário, diferindo deste por não se
originar de alteração primária do pensamento, do ajuizar, mas de alterações profundas em outras áreas da atividade mental (afetivamente, consciência, etc.), que indiretamente fazem com que produzam juízos falsos. É fruto de condições psicologicamente rastreáveis e compreensíveis. (Leme Lopes, 1982). Os delírios podem ocorrer eventualmente em mais de uma pessoa. São os chamados delírios compartilhados da loucura a dois (folie à deux). Nesses casos, em geral há um sujeito realmente psicótico, com esquizofrenia ou transtorno delirante, por exemplo, que apresenta delírio primário e, ao interagir intimamente com outra pessoa influenciável (ou com mais pessoas; folie à trois, à quatre, etc.), acaba por gerar o delírio em tal pessoa. São descritas formas coletivas de delírio compartilhado: um líder verdadeiramente delirante (delírio primário) e um grupo social sugestionável que acaba por compartilhar das convicções delirantes do líder (ideias deliróides ou simples crenças induzidas).
Estrutura dos delírios
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Segundo a estrutura, os delírios são classificados em: Delírios simples
(monotemáticos): São ideias que se desenvolvem em torno de um só conteúdo, de um tema único; Delírios complexos (pluritemáticas): São aqueles que englobam vários temas ao mesmo tempo, com múltiplas facetas, envolvendo conteúdos de perseguição, místico-religiosos, de ciúme, de reivindicação, etc; Delírios não-sistematizados: São delírios sem concatenação consistente. Os conteúdos e os detalhes dos delírios não-sistematizados variam de momento para momento. Delírios sistematizados: São os delírios bem-organizados, com histórias ricas, consistentes e bem-concatenadas, que mantêm, ao longo do tempo, os mesmos conteúdos, com riquezas de detalhe.
Os delírios surgem após período pré-delirante, denominado humor delirante
(Jaspers, 1979). Nesse período, o paciente experimenta aflição e ansiedade intensas, sente como se algo terrível estivesse por acontecer, mas não sabe exatamente o que pode ocorrer. Predominam aqui grande perplexidade, sensação de fim do mundo, de estranheza radical. Esse estado pode durar horas ou dias. Os delírios podem ainda ser agudos ou crônicos. Os delírios agudos surgem de forma rápida, podendo desaparecer em pouco tempo (horas a dias). Podem ser passageiros e fugazes, estando, nestes casos, associados a transtornos da consciência em psicoses tóxicas ou infecciosas. Já os delírios crônicos tendem a ser persistentes, contínuos, de longa duração (vários anos), pouco modificáveis ao longo do tempo. Klaus Konrad (1992) propõe haver um processo sequencial no desenvolvimento do delírio, com períodos pré-delirantes, delirantes e de reorganização da personalidade e fases residuais. Ele sugere os seguintes momentos: Trema: surgimento do delírio, o trema é a fase que precede imediatamente o surgimento das ideias delirantes. Há tensão geral, clima ameaçador e o campo vivencial do sujeito se estreita; ele tem a sensação de que não há como escapar (mas não sabe bem do quê). Apofania: nessa fase, ocorrem experiências delirantes descritas como percepção delirante, falsos reconhecimentos e desconhecimentos delirantes, difusão e sonorização do pensamento e vivências corporais delirantes. Onde 5
não é ele que se dirige intencionalmente para o mundo, mas o contrário, o
indivíduo se sente de forma passiva no centro do mundo, observado por todos. Fase apocalíptica: Esta fase corresponde à certa desorganização do sujeito, é acompanhada de vivências ameaçadoras de fim de mundo, de perda da sensação de que há alguma continuidade de sentido. ("Eu não sou mais eu", ou "Sinto que já morri"). Consolidação: depois de certo tempo do início do processo psicótico ocorre certa estabilização. ("Finalmente me deixaram em paz apesar de ainda estarem me observando"). Fase de resíduo: fase final do processo psicótico-delirante. O sujeito não pode mais confiar e relacionar-se calorosamente com os outros; busca passiva ou ativamente certo isolamento, concentra-se no impessoal da vida. Mecanismos de Construção do Delírio. A construção do delírio é multifatorial. É um processo de tentativa de reorganização mental.
Mecanismos formadores:
- Interpretação: Distorção radical na interpretação de fatos e vivências.
Geralmente respeita lógica. - Intuição: Surge de repente. Capta novo sentido de forma imediata. Sem necessidade de veracidade. - Imaginação: Imagina determinado episódio e a partir daí constrói o delírio. - Afetividade (delírio cata tímico): Surge de estados afetivos intensos como depressão e mania. - Memória (delírio mnêmico): Construído a partir de recordações e elementos da memória. Tanto verdadeiras quanto falsificações. - Alteração da consciência (delírio onírico): Turvação da consciência, vivências oníricas, alucinações cênicas, ansiedade intensa e confusão. - Alterações senso perceptivas (delírio alucinatório): A partir de experiências alucinatórias, auditivas ou visuais. Mediado por atividade interpretativa. - Percepção delirante: Percepção normal que recebe significação delirante. Uma revelação, entendimento. 6
Mecanismos de Manutenção do Delírio
Como o delírio se estabiliza?
- Inércia: Falta de mudança. Necessidade de constância. - Pobreza de contatos, falta de interações/comunicação. - Comportamento agressivo, que aumenta a falta de contatos e reforça sentimentos paranoides. - Diminuição do respeito causada pelos episódios. Gerando mais delírios para aumentar a autoestima.
Os tipos de delírio segundo seus conteúdos
Os delírios podem ser classificados de acordo com seus conteúdos sendo:
delírios de perseguição (delírio persecutório e delírio de referência), mecanismo de projeção ( delírio de relação, delírio de influência, delírio de grandeza, delírio místico ou religioso, delírio de ciúmes e infidelidade e delírio erótico), delírios de conteúdo depressivo ( delírio de ruína, delírio de culpa e de autoacusação, delírio de negação de órgãos e delírio hipocondríaco) dentre outros menos frequentes ( delírio de reinvindicação, delírio de invenção ou descoberta, delírio de reforma, delírio cenestopático, delírio de infestação e delírio fantástico ou mitomaníaco). No delírio persecutório o indivíduo acredita estar sendo perseguido, por pessoas conhecidas ou não, e que essa tem a intenção de mata-lo, prendê-lo ou prejudica-lo de alguma forma. No delírio de referência o indivíduo, em situações cotidianas, acredita que outras pessoas, sem qualquer razão aparente, estão falando sobre ele, comentando sobre ele, rindo dele, enfim, acredita que ele é o assunto das conversas de outras pessoas no ambiente em que se encontra. Esse delírio costuma acontecer em associação com o delírio de perseguição e é comum nas psicoses em geral. No delírio de relação o indivíduo enxerga associação em fatos normalmente não interligados, acreditando que “agora tudo faz sentido”, como por exemplo: as variações climáticas indicam a vinda alienígena à Terra. No delírio de influência o indivíduo acredita e vivencia estar sendo constantemente controlado e influenciado, seja por pessoa, coisa, entidade, etc. O doente acredita não ser dono de si, como se estivesse possuído. No delírio de grandeza o indivíduo 7
acredita ser extremamente especial, dotado de capacidades e poderes, com
um destino espetacular, acreditando ser um ser superior e que pode tudo, contando com uma autoestima extremamente elevada. No delírio místico ou religioso o indivíduo sente que é portador de uma mensagem religiosa fundamental, que é um novo messias ou que está recebendo mensagens de um. Tal delírio não é causado por crenças religiosas ou fanáticas sendo diferenciado pela presença de outros sintomas (como alucinações de alterações do pensamento) e pelo estilo de vida do indivíduo (os comportamentos combinam mais com psicoses que alguém envolvido com a fé religiosa). No delírio de ciúmes ou infidelidade o indivíduo acredita firmemente estar sendo traído por seu parceiro da pior maneira possível, com muitas outras pessoas, com parentes, etc. No geral esse indivíduo é muito dependente emocionalmente do seu parceiro, possessivo e inseguro. Esse delírio pode trazer grandes prejuízos quando acometer pessoas alcoólatras e, inclusive, levar a agressões e homicídios. No delírio erótico o indivíduo acredita que uma pessoa de melhor destaque social é completamente apaixonada por ele, normalmente é uma pessoa que tem importância pro indivíduo como um ídolo, um médico ou um político. É um delírio mais comum em mulheres. No delírio de ruina o indivíduo acredita “conviver” com a desgraça e estar fadado ao fracasso e ao sofrimento. No delírio de culpa e de autoacusação o indivíduo acha que é o culpado de tudo de ruim que acontece na sua vida, na vida das pessoas que ama e no mundo. No delírio de negação de órgãos o indivíduo sente alterações corporais, acreditando que partes do seu corpo, ou todo ele, não mais funcionam ou não mais respondem aos seus comandos. É frequentemente associado aos delírios de imortalidade e de enormidade. No delírio hipocondríaco o indivíduo acredita que está com uma doença grave e incurável mesmo que não haja nenhuma prova física (exames clínicos, laboratoriais ou de imagem) que indiquem isso. O que o diferencia da ideia hipocondríaca é a intensidade da crença e o fato de que o delírio ocorre em pacientes com depressões graves, transtornos delirantes e esquizofrenia. No delírio de reinvindicação o indivíduo afirma ser vítima de inúmeras injustiças e, por isso, se envolve constantemente em disputas legais, com familiares e em processos trabalhistas. Normalmente essas questões remetem a heranças e acidentes de trabalho. Além disso, o indivíduo se sente o representante dos 8
injustiçados. No delírio de invenção ou descoberta o indivíduo, mesmo leigo,
revela ter descoberto a cura de doenças, desenvolvido um dispositivo revolucionário, no geral coisas que irão mudar o mundo. No delírio de reforma o indivíduo se sente destinado a salvar o mundo ou a sociedade através de alguma mudança que só ele, seu sistema religioso e/ou político pode fazer. No delírio cenestopático o indivíduo acredita que existem pequenos animais (como ratos, baratas e cobras) ou objetos dentro de si. Tal crença se dá por sensações no corpo que não são relacionadas a doenças. Ocorre principalmente na esquizofrenia e nos transtornos delirantes. No delírio de infestação o indivíduo acredita que seu corpo (principalmente pele e cabelos) está infestado de pequenos organismos, afirmando que há bichinhos sob a pele. Esse delírio pode vir acompanhado de alucinações táteis e ocorre em pacientes esquizofrênicos, deprimidos, em intoxicação por drogas ou obcecados pela higiene corporal. No e delírio fantástico ou mitomaníaco o indivíduo conta histórias fantásticas com plena convicção de que realmente ocorreram, elas são cheias de detalhes, irreais e parecem contos fantásticos.
Os delírios com conteúdo de perseguição, incluindo os delírios persecutórios,
os de referência, de relação e de influência são os mais frequentes. Mesmo o delírio sendo um dos fenômenos principais da psicopatologia, não há uma teoria central que consiga embasamento para explicar sua etiologia geral portanto, destacam-se algumas hipóteses causais do delírio: Para Freud [1911] (1976) haveria, na base do delírio, um processo de transformação de impulsos e desejos inaceitáveis ao sujeito consciente que se expressaria como delírios persecutórios (Simanke, 1994). Outra teoria importante seria a chamada teoria da hostilidade (Swanson; Bohnert; Smith, 1970), nela sujeitos delirantes paranoides projetariam inconscientemente seu ódio ou sua hostilidade intenso nos outros e passariam a sentir que estes os odeiam e querem destruí-los. Já Sullivan (1965) propôs em sua teoria da humilhação que a projeção de autoacusações em outros é componente importante do desenvolvimento da ideação delirante de perseguição. Por fim, Lacan (1985) elaborou que o delírio implicaria a tentativa de autocura em que o sujeito psicótico apresentaria um mecanismo de anulação de elementos essenciais à constituição do psiquismo, 9
excluindo construções simbólicas que causaria no sujeito uma busca para
preencher esse vazio por meio de construções delirantes substitutivas.
Além disso, os modelos cognitivos do delírio têm ganhado relevância nas
comunidades científicas. Destacam-se como principais modelos cognitivos: da experiência anômala (atribuição de significado delirante a vivências estranhas e desconfortantes); de vieses atencionais (indivíduos que apresentam delírios de perseguição têm a tendência a dirigir sua atenção seletivamente para estímulos ameaçadores do ambiente); de vieses atributivos (Os delírios podem estar vinculados a processos distorcidos de atribuição de causas, atos e intenções); do viés tipo salto-para-conclusões (os delirantes saltam logo para as conclusões, sem recorrer aos fatos, apegando-se firmemente a tais conclusões) e do déficit na teoria da mente (habilidade do indivíduo de inferir o estado mental de outras pessoas para, com isso, predizer e explicar os comportamentos dessas pessoas). Contudo, é fato que haja mecanismos neuronais implicados na gênese do delírio pois frequentemente surgem delírios em muitos transtornos mentais orgânicos. A capacidade de auto-observação e auto avaliação, assim como a monitoração e o teste da realidade, são funções psicológicas altamente dependentes da integridade das áreas pré-frontais e tais capacidades e funções estão quase sempre comprometidas nos sujeitos delirantes.
O texto explora as questões de diagnóstico diferencial do delírio, essas
questões incluem as ideias prevalentes versus ideias delirantes (observação cuidadosa sobre a presença ou ausência de indícios externos do delírio); ideias obsessivas versus ideias delirantes (ao contrário da ideia obsessiva, no delírio, falta, de modo geral, a crítica ao caráter absurdo do juízo em questão). Além disso, é destacado no texto o termo mitomania que pode ser definido como uma patologia em que a pessoa tem a tendência a mentir e criar mitos. Por fim, é ressaltado também a diferença entre a mitomania que prevalece a mentira e a manipulação da pseudologia fanática que prevalece o autoengano, a auto- sugestão e a busca por estima alheia, tendo um sentido de realidade relativamente frágil. 10