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CENTRO DE EDUCAÇÃO TÉCNICA E ESPECIALIZADA

DO ACRE - CETEAC

DIFTERIA: DEFINIÇÃO, AGENTE ETIMOLOGISMO,


MODO DE TRANSMISSÃO, MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS,
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E FATORES DE RISCO

RIO BRANCO
2023
ANA BEATRIS DO NASCIMENTO SILVA
BRUNA KETLY SANTOS SENA
EVERTON PEREIRA FEITOSA JOSÉ
KATTRYNE MOURA DOS SANTOS

DIFTERIA: DEFINIÇÃO, AGENTE ETIMOLOGISMO,


MODO DE TRANSMISSÃO, MANIFESTAÇÃO CLÍNICAS,
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E FATORES DE RISCO

Trabalho escrito do seminário apresentado


como exigência parcial para obtenção de nota
do curso de Técnico em Enfermagem do
Centro de Educação Técnica e Especializada
do Acre.

Prof.º: Sabrina Menezes

RIO BRANCO
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
A difteria é uma doença infecciosa aguda e transmissível, causada pelo Corynebacterium
diphtheriae, que frequentemente se instala nas amígdalas, faringe, laringe e outras mucosas. A
manifestação clínica característica inclui a presença de placas pseudomembranosas branco-
acinzentadas aderentes, que podem invadir estruturas vizinhas e levar a complicações graves,
como a asfixia mecânica. Além disso, a doença pode se manifestar de forma mais grave,
conhecida como difteria hipertóxica, com comprometimento acentuado do estado geral, placas
com aspecto necrótico e pescoço inchado. O controle da difteria depende da implementação de
medidas de imunização adequadas da população com toxoide diftérico, além de estratégias de
vigilância epidemiológica, isolamento de casos e vacinação de contatos não imunizados ou com
estado vacinal desconhecido, a fim de prevenir a disseminação da doença e possíveis surtos.

2 DESENVOLVIMENTO

A difteria, descrita detalhadamente, é uma doença que apresenta uma série de desafios clínicos e
epidemiológicos significativos. Sua propagação é facilitada pelo contato direto com secreções de
pessoas doentes ou portadoras assintomáticas, o que ressalta a importância de medidas de
controle rigorosas, como isolamento e desinfecção, para prevenir surtos. A disponibilidade do
soro antidiftérico (SAD) desempenha um papel crucial no tratamento, pois atua na neutralização
da toxina circulante, minimizando os efeitos nocivos da doença. Além disso, a antibioticoterapia,
incluindo a administração de eritromicina ou penicilina, é essencial para erradicar o bacilo
diftérico e prevenir complicações posteriores.
No entanto, a prevenção por meio da imunização é a estratégia mais eficaz para controlar a
difteria. A vacinação adequada da população com toxoide diftérico tem um papel fundamental na
redução da incidência da doença. A implementação de um esquema vacinal abrangente,
especialmente em áreas com condições socioeconômicas precárias e baixa cobertura vacinal, é
essencial para conter a transmissão da difteria. É crucial fornecer doses de reforço oportunas de
vacinas para garantir uma proteção duradoura e sustentada, evitando assim a ressurgência da
doença.
A vigilância epidemiológica também desempenha um papel crucial na detecção precoce de casos
e na implementação imediata de medidas de controle. Identificar e notificar casos suspeitos ou
confirmados de difteria, bem como rastrear e vacinar todos os contatos não imunizados, são
passos cruciais para interromper a cadeia de transmissão. A colaboração entre os sistemas de
saúde e autoridades de saúde pública é essencial para garantir uma resposta rápida e eficaz para
prevenir a propagação da doença e proteger a saúde pública.

2.1 O agente etiológico

O agente etiológico da difteria é o Corynebacterium diphtheriae, uma bactéria gram-positiva.


O bacilo produz uma toxina diftérica quando infectado por um fago, o que é responsável pela
manifestação clínica característica da doença. A transmissão ocorre principalmente por meio
do contato direto com uma pessoa doente ou portadora assintomática, através de gotículas de
secreção eliminadas por tosse, espirro ou fala. O homem é considerado o principal reservatório
da bactéria, e a transmissão por objetos recém-contaminados com secreções do doente é pouco
frequente. O período de incubação da doença varia de um a seis dias, porém pode ser mais
longo em alguns casos. O período de transmissibilidade dura em média até duas semanas após
o início dos sintomas, e a antibioticoterapia adequada pode erradicar o bacilo diftérico da
orofaringe em um curto período de tempo.

2.2 Modo de transmissão


A difteria é uma doença infecciosa aguda, causada pelo Corynebacterium diphtheriae, que se
manifesta principalmente nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e, em casos raros, em outras
mucosas e na pele. A transmissão ocorre por contato direto com gotículas de secreção
eliminadas por tosse, espirro ou fala de uma pessoa doente ou portadora assintomática. A
infecção é caracterizada pela presença de placas pseudomembranosas aderentes, levando a
complicações graves como asfixia mecânica aguda.

O período de incubação varia de um a seis dias, com transmissibilidade que dura cerca de duas
semanas após o início dos sintomas. O diagnóstico é baseado no isolamento e identificação do
bacilo, juntamente com o quadro clínico e epidemiológico. O tratamento inclui a administração
do soro antidiftérico e antibioticoterapia, além de medidas de suporte. Para prevenir a difteria,
é essencial implementar medidas de imunização adequadas, com o uso de toxoide diftérico, e
realizar a vacinação de bloqueio em contatos não vacinados após a ocorrência de casos. A
vigilância epidemiológica desempenha um papel fundamental na detecção de casos e
prevenção de surtos, por meio da implementação de medidas de controle apropriadas, como
isolamento, desinfecção e quimioprofilaxia dos portadores.

2.3 Manifestações clínicas


A difteria pode se manifestar de várias formas, dependendo da gravidade da infecção e de
outros fatores. A manifestação clínica típica é a presença de placas pseudomembranosas
branco-acinzentadas aderentes, que podem se instalar nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e
em outras mucosas, além da pele em casos raros. Essas placas podem resultar em um
comprometimento do estado geral do paciente, com prostração e palidez. A febre normalmente
não é muito elevada, e a dor de garganta é discreta, independentemente da localização ou
quantidade de placas existentes. Nos casos mais graves, pode haver um intenso aumento do
pescoço, conhecido como pescoço taurino, devido ao comprometimento dos gânglios linfáticos
nessa região, juntamente com edema periganglionar nas cadeias cervicais e submandibulares.

Os casos mais graves, conhecidos como difteria hipertóxica (maligna), apresentam um


comprometimento acentuado do estado geral, com placas com aspecto necrótico e pescoço
inchado desde o início. Além disso, dependendo do tamanho e localização das placas
pseudomembranosas, pode ocorrer asfixia mecânica aguda no paciente, o que pode exigir uma
traqueostomia imediata para evitar a morte. É importante notar que, embora a infecção causada
pelos bacilos não-toxigênicos também possa resultar em placas sem sinais de toxemia ou
complicações, essas infecções são relevantes do ponto de vista epidemiológico, pois
contribuem para a disseminação do Corynebacterium diphtheriae.

2.4 Tratamento
O tratamento da difteria envolve uma abordagem multifacetada que inclui terapia específica,
terapia de suporte e medidas adicionais para lidar com complicações específicas da doença. A
terapia específica para a difteria é composta pela administração do soro antidiftérico (SAD), que
tem a finalidade de inativar a toxina circulante o mais rapidamente possível e permitir a
circulação de anticorpos para neutralizar a toxina produzida pelo bacilo. O SAD deve ser
administrado o mais cedo possível, uma vez que não tem efeito sobre a toxina já impregnada no
tecido. As doses de SAD variam de acordo com a gravidade do caso, com doses mais elevadas
para casos graves ou tardios.

Além do SAD, a antibioticoterapia é frequentemente utilizada como medida auxiliar. A


eritromicina é um dos antibióticos de escolha, administrada por via oral durante 14 dias. A
penicilina cristalina ou a penicilina G procaína também são opções alternativas. O tratamento de
suporte inclui repouso, manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, nebulização e aspiração
frequente de secreções. Em casos de insuficiência respiratória, a traqueostomia pode ser
necessária. Para prevenir complicações cardíacas graves, a carnitina pode ser prescrita nas
primeiras etapas da doença. Tratamentos adicionais para complicações específicas incluem
terapia para miocardite, neurites periféricas e insuficiência renal aguda, dependendo da
gravidade e das necessidades do paciente.
3 Conclusão

A difteria é uma doença infecciosa grave que pode causar complicações potencialmente fatais se
não for prontamente tratada. A prevenção é fundamental para controlar a disseminação da
doença, sendo a imunização adequada da população por meio do toxoide diftérico a medida mais
segura e eficaz. Além disso, o tratamento oportuno com o soro antidiftérico e antibióticos é
crucial para combater a infecção e neutralizar a toxina diftérica. A conscientização sobre os
modos de transmissão e a vigilância epidemiológica são essenciais para detectar casos
precocemente e evitar surtos. A implementação de medidas de controle, como isolamento,
desinfecção e quimioprofilaxia dos portadores, é vital para conter a propagação da doença. O
entendimento abrangente das manifestações clínicas, do agente etiológico e das opções de
tratamento é fundamental para garantir a abordagem adequada e o manejo eficaz da difteria. A
colaboração entre profissionais de saúde e comunidades é fundamental para promover a
conscientização e a adesão às práticas preventivas, contribuindo para a redução do impacto da
difteria na saúde pública.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ministério da Saúde (Brasil). "Difteria." [Online]. Disponível em:


<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_6ed.pdf>. Acessado em: 28
de Outubro de 2023

Ministério da Saúde do Brasil. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso (6ª ed.). Brasília:
Ministério da Saúde. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_6ed.pdf. Acesso em: 28 de Outubro de 2023

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