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Práticas Arbitrais

Prof Dr. Rui Pinto Duarte


Rui.pintoduarte@rpduarte.pt

A arbitragem é cara e atualmente não é muito mais célere do que a justiça praticada nos
tribunais judiciais
A vantagem de quem é economicamente mais forte, é muito maior.
A arbitragem não é sempre o melhor caminho, será em caso de contratos internacionais,
de paridade a nível económico
Deve ser estratégico o sítio aonde se define onde será arbitrado o litígio. Ex. londres,
honorários muito caros etc.
Perigo de não se ganhar para os custos
Regulamentos de centros de arbitragem, são como que pequenos códigos de processo.
Arbitragem institucionalizada. Têm meios físicos, materiais de gravação, secretariado,
a logística. Normalmente os árbitros são escolhidos pelas partes, caso estes não se
entendam quanto à eleição de arbitro o centro nomeia. Centros arbitrais não são
tribunais, apenas gere a arbitragem.
O mundo da arbitragem não é o mundo do processo civil. A menos que seja esse o
escolhido pela convenção arbitral, mas tal é raro
Há uma grande preferência pela arbitragem institucionalizada. Depende da zona do
mundo, o nível de negócio. A ad hoc tem a desvantagem que num momento inicial de
processo, ter-se-á de definir muito mais questões. Ao passo que, na instituc, já está
definido
“All disputes arising out of or in connection with the present contract shall be finally
settled under the Rules of Arbitration of the International Chamber of Commerce by one
or more arbitrators appointed in accordance with the said Rules” – standard icc
arbitration clause.
A arbitragem nasceu para as partes se sentirem confiantes como decisor. Por isso,
historicamente, maior parte dos tribunais são compostos por 2 árbitros, um de cada parte
e o terceiro é decido por acordo. Co-arbitrator
Hoje as leis exigem que os 3 árbitros sejam neutros e imparciais, no entanto, na
realidade, há sempre uma tensão para uma das partes
As IBA guidelines é soft law, mas são amplamente aplicadas
Quem tem a possibilidade de designar um árbitro deve seguir critérios objetivos,
levando em conta, v.g., a ponderação, a capacidade de avaliação da prova e o
conhecimento do Direito dos designáveis
Pode-se vir a aplicar um principio quanto à nacionalidade do árbitro, com vista à
neutralidade e equidade
A opção entre a arbitragem institucionalizada e a arbitragem ad hoc deve assentar no
conhecimento dos centros de arbitragem disponíveis, designadamente no dos seus
regulamentos processuais, no dos seus custos e no do seu funcionamento. Embora seja
muito renomada, não se vai propor a ICC se não sabemos o custo do processo, que é
especialmente avultado.
Quando se escolhe a ad hoc, tem de se fazer logo definições
Cláusula compromissória art. 1º nº3 da LAV
Compromisso arbitral
Há várias práticas processuais adotáveis na arbitragem (e que são adotadas com
frequência) que apresentam diferenças significativas relativamente às previstas nas
regras de processo civil e que, por isso, que merecem especial atenção. É o caso da
limitação de tempo para a produção da prova por depoimentos e os da admissão
generalizada de depoimentos escritos (cuja sujeição a contraditório há que assegurar, é
claro), de testemunhos periciais e de documentos e depoimentos em línguas
estrangeiras.
Peritos são apresentados pela parte, por isso está em causa a neutralidade
É possível recorrer à equidade art. 4º cc, mas hoje em dia é muito raro
Equity: vários sentidos.

15 de novembro de 2023

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