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PURIFICAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO
E QUANTIFICAÇÃO DOS
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
DA CANNABIS SATIVA L
UNIDADE IV
REVISÃO
Elaboração
Renata Monteiro Dantas Ferreira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE IV
REVISÃO ....................................................................................................................................5
CAPÍTULO 1
CANNABIS SATIVA L............................................................................................................. 5
CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO.......................................................................... 12
CAPÍTULO 3
IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
DA CANNABIS SATIVA L...................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................31
REVISÃO UNIDADE IV
O objetivo desta unidade é revisar os capítulos anteriores para que você possa
relembrar o que foi dito nas unidades anteriores e fixar bem os aprendizados, para
colocar em prática no seu dia a dia. As melhores técnicas de extração e análise
qualitativa e quantitativa, por meio dos diferentes métodos de extração, tendo o
conhecimento da planta e compreendendo o quanto é importante a utilização de uma
planta full spectrum para se obter um produto com uma melhor resposta terapêutica,
devido ao efeito comitiva.
Capítulo 1
CANNABIS SATIVA L
A cânabis tem sido usada há muitos anos, seu uso é milenar, é um fitoterápico de uso
tradicional, com o avanço da medicina alopática a partir da segunda metade do século
XIX, o ocidente foi deixando de lado a medicina natural, ainda comum no oriente
(ZUARDI, 2006).
É uma das drogas mais usadas no mundo atual e é considerada por muitos estudiosos
uma das primeiras plantas domesticadas, cultivadas e propagadas pelo continente por
meio da ação humana, estando presente nos primórdios da agricultura, tecnologia,
religiões e medicina (LOPES; RIBEIRO, 2007).
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UNIDADE iv | Revisão
Esta resina produzida nos tricomas, que são apêndices glandulares epidérmicos, é o
fitocomplexo que contém várias substâncias e propriedades terapêuticas, são cerca de
1500 compostos, sendo cerca de 179 canabinoides diferentes, encontrados até agora,
não apenas THC e CBD, além dos terpenos e flavonoides que interagem entre si.
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Revisão | UNIDADE iv
Alguns autores discordam dessa classificação, pois elas são bem diferentes, tanto na
sua estrutura física quanto química.
Encontramos inúmeras variedades, as quais são chamadas de híbridas, que são criadas
por meio da cruza dessas subspécies, como, por exemplo, a Cannabis Lusus, monstra
a Freakshow, desenvolvida pelo criador Cali Metamorfo, a qual tem uma morfologia
única.
Existem mais de 3000 variedades catalogadas pelo mundo e muitas sendo criadas.
Segundo o químico Tcheco Lumír Ondřej Hanuš, a Cannabis sativa L contém cerca
1500 compostos diferentes, sendo 179 canabinoides, os quais são denominados de
fitocanabinoides, divididos em 11 famílias principais.
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UNIDADE iv | Revisão
traz benefícios específicos, por terem concentrações diferentes de cada composto ativo
da planta e interagirem entre si, proporcionando respostas terapêuticas variadas.
Todas as fases da planta são utilizadas; na fase in natura, na qual ela não passou
pelo processo de descarboxilação, o qual é o processo de aquecimento da planta,
encontram-se os canabinoides na forma ácida, que também possuem efeito
terapêutico, como o THCA, CBDA, CBGA, entre outros.
Por isso, é importante ter uma quantidade de planta in natura para utilizar no
tratamento, pois além de terem propriedades terapêuticas, reativam o sistema
endocanabinoide.
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Revisão | UNIDADE iv
Quando a planta passa pelo processo de envelhecimento, ela ativa outros canabinoides,
como o CBN, que também têm efeito terapêutico, por isso é necessário também que
o paciente tenha plantas nas diferentes fases, já que em cada fase se encontram
canabinoides diferentes.
Não apenas o THC e o CBD possuem ação terapêutica, mas, sim, todos os compostos,
e a interação entre eles também é muito importante.
Quando utilizamos extratos ricos em THC junto com extratos ricos em CBD ou CBG,
eles inibem o efeito psicotrópico do THC, fazendo com que se consiga administrar
uma quantidade maior de THC no paciente sem ter o efeito colateral, que seria o efeito
psicotrópico, já que estamos buscando um efeito terapêutico.
Cada variedade da planta pode ser utilizada em diferentes horários, cada uma
proporcionando o alívio necessário para o momento sem comprometer outras funções.
A extração é classificada como uma operação industrial que tem por objetivo separar
substâncias a partir de diversas fontes vegetais, sólidas ou líquidas, por meio de
processos químicos e/ou físicos. Os processos de extração possuem várias aplicações na
área de engenharia química, alimentícia e farmacêutica, sendo utilizados principalmente
na recuperação, isolamento e separação de importantes componentes de uma fonte
vegetal, além de remover contaminantes ou compostos indesejados.
Um dos principais erros que as pessoas cometem quando se trata de extratos é ignorar
o processo de descarboxilação.
Este processo é importante porque quando você tem cannabis que não é
descarboxilada, o THC permanece em sua forma ácida, que não é psicoativa.
Aquecendo-o, ele muda o THCa (em sua forma ácida) para Delta-9-THC (psicoativo)
podendo, então, ser usado para infundir ou fazer extrações.
A maior concentração de princípios ativos da planta está nos tricomas e eles estão
presentes em maior concentração nas infrutescências da planta feminina e nas
pequenas folhas superiores próximas às infrutescências, chamadas de folhas de
açúcar; assim, o rendimento depende da concentração de resina presente na planta,
levando em conta que vários fatores podem influenciar nessa produção.
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UNIDADE iv | Revisão
São nas plantas fêmeas que está a maior concentração de infrutescências, que é onde
encontramos os tricomas em abundância.
É necessário ter plantas em cada uma das fases de produção: fase de germinação
ou clone, fase vegetativa, fase reprodutiva, secagem, amadurecimento (cura) e a fase
pronta para o consumo.
Para uma melhor resposta terapêutica, é importante que o paciente tenha a erva
em quantidade suficiente para fazer a extração, para produzir o seu remédio e uma
quantidade da planta in natura, para ter acesso aos canabinoides ácidos.
Isso se for utilizado o método Rosin ou com solvente orgânico, o método de extração
com CO2 consegue um rendimento um pouco maior, porm ele é muito caro, pois
necessita de equipamento especializado.
Para uma melhor resposta terapêutica, é importante que o paciente tenha a erva em
quantidade suficiente para fazer a extração para produzir o seu remédio, e também
uma E
É importante ter uma quantidade suficiente de cada quimiotipo em todas as fases, para
garantir que não falte durante todo o tratamento.
Caso ocorra algum problema com o cultivo e ele não consiga fazer novas extrações,
corre-se o risco de faltar o remédio, causando a recidiva de sintomas e até uma piora
acentuada no caso.
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Revisão | UNIDADE iv
Outro fator importante do autocultivo é que os extratos ricos em THC são mais difíceis
de se encontrar no mercado farmacêutico e de suplemento alimentar, dificultando o
tratamento do paciente.
Além de caro e difícil o acesso a extratos ricos em THC para os pacientes no Brasil,
devido à falta de regulamentação, o paciente ainda se beneficia do efeito comitiva de
quando se utiliza a planta full spectrum, por ter uma maior variedade de canabinoides.
São necessários quimiotipos específicos para uma melhor resposta terapêutica, além
de utilizar uma planta com mais qualidade e procedência, pacientes relatam ter optado
por produzir, para poderem se beneficiar de algo com procedência, qualidade e mais
barato.
Isso se for utilizado o método Rosin ou com solvente orgânico, o método de extração
com CO2 consegue um rendimento um pouco maior, porém ele é muito caro pois
necessita de equipamento especializado.
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Capítulo 2
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO
Existem alguns métodos de extração e purificação que são indicados para extrair os
princípios ativos da planta Cannabis sativa para o uso terapêutico.
Alguns desses métodos de extração são utilizados mais em âmbito industrial, outros
mais simples podem ser realizados em casa, pelo próprio paciente ou por uma
associação de pacientes para o uso terapêutico, e outros métodos de extração podem
ser utilizados na culinária.
» hidrodestilação - Soxhlet;
» enfleuragem;
» decocção ou refluxo;
» digestão;
» infusão;
» maceração;
» percolação;
» micro-ondas;
» solvente orgânico;
» colefonia - Rosin;
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Revisão | UNIDADE iv
Todos esses processos devem ser padronizados para que a cada lote possa se obter
produtos finais com o mínimo de variação possível, garantido, assim, um produto final
com qualidade, segurança, padronização e rastreabilidade.
O método de extração com gordura fria (enfleurage) é uma técnica de extração a frio
que consiste em colocar camadas das flores ou frutos frescos sobre cera em uma
placa de vidro. Todos os dias essa camada de flores ou frutos é trocada por novas e,
lentamente, a cera extrai esses componentes aromáticos, sendo posteriormente filtrada
e destilada em baixa temperatura.
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UNIDADE iv | Revisão
Temos também algumas extrações mais sofisticadas, como a extração por micro-ondas
científico, que acontece em três etapas, separação dos compostos nos sítios ativos,
difusão do solvente por meio da matriz da amostra e pela dissipação dos solutos da
matriz da amostra para o solvente. Este processo se assemelha à extração por Soxhlet,
usando temperatura e pressão do equipamento (ZACHOW, 2016).
Esses métodos levam aos tipos de extratos adequados para cosméticos, produtos
farmacêuticos e também para a indústria alimentícia.
Como a extração de ultrassom focalizado fornece até 100 vezes a energia irradiada
de banhos ultrassônicos e oferece maior reprodutibilidade, mais área de superfície
é exposta, reduzindo o tamanho das partículas do material, sendo processado e
rompendo as paredes das células liberando os compostos desejados.
Uma variedade de líquidos pode ser usada para extração ultrassônica, mas os mais
comuns costumam ser óleo e Everclear.
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Revisão | UNIDADE iv
A técnica mais utilizada pelas grandes indústrias é a extração com fluído supercrítico,
que é quando qualquer substância atinge uma temperatura ou pressão acima do seu
ponto crítico (estado alcançado a certa temperatura e pressão onde não existem mais
limites de fases sólida, líquida ou gasosa).
O dióxido de carbono é o gás mais usado nesse método de extração, é um dos mais
indicados porque comprime além do seu ponto crítico, e numa temperatura bem
abaixo da temperatura de desativação dos canabinoides e terpenos, preservando,
assim, seu aroma e todos, ou pelo menos a maioria, os seus compostos ativos.
Esse método de extração com dióxido de carbono usa da pressão e temperatura pra
extrair os terpenos, canabinoides e cera da planta, os quais vão se separar e serem
coletados em várias câmaras acopladas no recipiente, em que cada composto será
extraído em uma temperatura diferente.
Embora a extração subcrítica leve mais tempo e produza menos rendimento do que a
extração supercrítica, ela retém os delicados terpenos e outros compostos desejáveis.
Isso torna a extração subcrítica ideal para a produção de produtos finais que retêm o
“espectro total” de compostos benéficos de cannabis e/ou cânhamo. Por outro lado,
se você deseja produzir um isolado como o isolado de CBD, CBG ou THC, não deve
escolher a extração subcrítica, pois ela requer muitas etapas adicionais para isolar as
moléculas desejadas.
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UNIDADE iv | Revisão
para a terceira câmara, onde o CO2 muda de volta para um gás, deixando o precioso
extrato com os princípios ativos no fundo e o CO2 pronto para ser reutilizado. Já na
terceira etapa é onde separa o produto extraído resultante.
O CO2 destaca-se por não ser tóxico, não inflamável e não poluente. Além disso, é
totalmente recuperável, de baixo custo e inerte, ou seja, não causa qualquer alteração
química nos compostos.
O método Dry sift também é muito bom, pois não há a presença de solvente, e é um
método mais simples e barato de ser executado.
Esse método de peneiração a seco é um dos mais antigos de extração dos concentrados
de cannabis, muito comum em países como o Marrocos e o Afeganistão, Kief é um dos
mais antigos extratos de cannabis conhecidos.
Sua história remonta há milhares de anos. Telas usadas para extração manual foram
encontradas em escavações arqueológicas de 3.000 a. C. E o método de extração do
kief ainda é muito semelhante ao método usado há milhares de anos.
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Revisão | UNIDADE iv
Para utilizar esse método de extração é necessário colocar dentro da bag a droga
vegetal, o gelo seco e agitar; no processo de agitação junto com o frio, os tricomas se
desprendem da planta e vão passar pelo orifício da tela da bag em um papel manteiga
ou superfície lisa e limpa.
Após realizar a extração dos tricomas, eles podem ser prensados e utilizados
posteriormente ou podem ser aquecidos sob agitação em um meio oleoso para
desprender os princípios ativos, após passar por esse processo, ele deve ser filtrado e
está pronto para o consumo.
Sua capacidade de extrair derivados da cannabis com um alto grau de pureza chega à
concentração aproximada de 90% de canabinoides.
O extrato de cannabis feito com butano (BHO) é bastante utilizado, porém outros
veículos extratores também são utilizados, como propano (PHO), Dimetil éter (DHO),
entre outros.
O éter dimetílico tem um poder de extração mais forte do que o butano, o que significa
que fornece um rendimento maior, evapora mais rápido e é menos explosivo que o
butano. O líquido de extração esfriará muito rapidamente conforme o DHO evapora,
acelerando o processo de condensação que pode formar gelo no extrato.
O sistema para esta extração contém butano líquido sob um ambiente pressurizado,
o qual se transforma em vapor antes de ser removido. Este butano vaporizado ajuda a
separar os canabinoides e os terpenos que fornecem o óleo de butano. Na aplicação
de calor, o óleo de hash butano perde uma grande parte de seu conteúdo de terpeno,
que é mais volátil do que os canabinoides, e se fragmenta.
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UNIDADE iv | Revisão
Especialistas recomendam que além de ser uma extração indicada para realização em
laboratório ou ambiente preparado para esse tipo de atividade, o óleo extraído deve
ser testado em laboratório para garantir que níveis excessivos de butano não estejam
presentes.
Embora seja um método mais “perigoso”, o extrato produzido nesse tipo de extração
alcança níveis de 80 a 90% de THC.
O método de extração com solvente orgânico – Quick Wash Ethanol (QWET), é um dos
métodos de exttração mais utilizados.
As extrações com solvente orgânico geralmente são feitas com etanol, e normalmente
são ingeridas em vez de inaladas. Obtemos o extrato mole por meio desse método de
extração. Usar etanol para extrair os compostos benéficos da cannabis é considerado
muito mais seguro e muito mais simples.
O etanol é um líquido incolor, volátil e inflamável e tem sido utilizado para extração
botânica por milhares de anos.
O etanol tem um risco muito menor de explosão do que os sistemas de extração com
CO2, que devem operar sob alta pressão, ou com hidrocarbonetos.
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O etanol é uma ótima escolha para a produção de alto volume, além de dissolver a
maioria dos compostos não polares e polares. É um líquido não viscoso à pressão
atmosférica, o que significa que é extraído rapidamente e ferve a temperaturas
relativamente baixas, o que permite a recaptura eficiente do etanol e a subsequente
separação dos compostos extraídos, porém tem afinidade por canabinoides quando
extraído em baixas temperaturas.
É uma das técnicas mais antigas de extração de canabinoides. Esta técnica consiste em
embeber a planta em etanol e depois usa-se um processo de purificação para remover
o etanol.
Esse método é considerado muito mais seguro e muito mais simples do que outros
métodos. Quanto menos tempo deixar a planta em contato com o veículo extrator,
mais puro será o seu extrato mole, pois quanto mais tempo a planta estiver em
contato com o veículo alcoólico mais extrairá componentes indesejáveis como
clorofila, ceras vegetais e óleo vegetal.
Esse método de extração também pode ser feito com equipamentos de laboratório,
como uma máquina chamada evaporadora rotativa, conhecida como Rotavapor, a qual
é usada para aquecer a solução de etanol com Cannabis, para evaporar o etanol e
recuperá-lo para uso posterior.
Os solventes usados neste sistema de extração podem causar destruição nos tecidos
vegetais, canabinoides e clorofila, por isso é preciso deixar o mínimo possível a droga
vegetal em contato com a solução alcoólica, para preservar mais os seus princípios
ativos.
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UNIDADE iv | Revisão
Ele é criado usando calor e pressão. Sem um solvente ou máquina para executar o
referido solvente, a colofónia é muito menos dispendiosa de fabricar do que BHO
ou CO2. O processo de criação desse concentrado também é mais simples do que as
extrações por solvente.
A colofónia “viva” é feita da mesma forma, mas a partir de material vegetal que foi
congelado imediatamente após a colheita, para reter os compostos vegetais “vivos”.
Esse método de extração é muito simples, mais fácil que as extrações com solvente,
pode ser realizado em ambiente fora de laboratório sem riscos e sem altos custos.
Algumas pessoas utilizam a chapinha de alisar cabelo para fazer o método de extração,
o qual se obtém sucesso, porém sem controle de qualidade.
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Revisão | UNIDADE iv
material vegetal é resfriado, colocado sob grande pressão e triturado para espremer
literalmente e extrair o extrato mole da droga vegetal.
O óleo de cânhamo vem sendo utilizado como ingrediente para produtos de saúde
e beleza, além de outras aplicações industriais. Na culinária, é utilizado apenas sem
aquecimento, pois queima facilmente.
Outro método que temos é o bubble hash, o qual não é bem um processo de extração,
mas, sim, um método de separação dos tricomas, o qual é bem simples e baseado
na utilização de água gelada, o que ocasiona uma extração por separação mecânica
e resfriamento. Este método funciona separando mecanicamente os tricomas onde
contém o princípio ativo da droga vegetal, desprendendo os tricomas por meio da
combinação de água e/ou gelo e uma força de agitação.
A separação com base em água gelada é ideal para produzir hash de água gelada,
também conhecido como hash de bolha. Este método é muito popular para produzir
hash de alta qualidade sem o uso de solventes químicos.
Este método de extração, feito a partir do resfriamento da planta por meio da utilização
de gelo, feito à base de água, geralmente é um método caseiro utilizado para a
extração do haxixe.
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UNIDADE iv | Revisão
Após realizar esse processo, utilizam-se bags, em que cada uma tem uma tela com
uma espessura diferente e, conforme os tricomas saem da planta, eles passam por
uma série dessas telas, cada uma com uma espessura.
Uma outra maneira bem simples e utilizada pelos nossos ancestrais é por meio das
técnicas de culinária.
Este é um método bem simples de ser executado, como os canabinoides são lipídios,
é necessário outro meio lipídico.
Utilizam-se alguns veículos oleosos de origem vegetal que possam ser utilizados por via
oral, o azeite de oliva extra virgem, óleo de coco, manteiga e outros óleos comestíveis
podem ser usados para extrair os canabinoides solúveis em gordura, aquecendo
suavemente a infrutescência da cannabis, a qual será descarboxilada diretamente no
óleo vegetal comestível.
Este é um método de extração bem simples, porém bem caseiro e que não proporciona
um prazo de validade muito grande, além da desvantagem de aquecer os óleos, o que
muitas vezes não é muito benéfico, mas é um método de extração simples e de baixo
custo, e que se bem utilizado trará muitos benefícios.
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Capítulo 3
IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS METABÓLITOS
SECUNDÁRIOS DA CANNABIS SATIVA L
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UNIDADE iv | Revisão
arrastará mais os compostos que interagiram menos na fase estacionária. Diante disso,
haverá a separação dos componentes mais adsorvidos.
Esse método ocorre em um tubo estreito, por onde os componentes da mistura irão
passar por uma corrente de gás, que representa a fase móvel, em fluxo do tipo coluna.
A fase estacionária é representada pelo tubo.
Por outro lado, GC-MS foi aceito extensamente como um método válido para
analisar o índice do canabinoide do cânhamo e de produtos comerciais do cannabis.
Um realce mais adicional de GC-MS foi conseguido acoplando esta técnica à
microextração da fase contínua do espaço livre (HS-SPME). Com o GC acoplado a
HS-SPME, os pesquisadores exploraram taxas temporárias completas da emissão
(VOC) de composto orgânico de 48 plantas diferentes do cannabis.
Isso faz com que a fase móvel possa migrar a uma velocidade razoável por meio da
coluna. Assim, pode-se realizar a análise de várias amostras em pouco tempo, mas
são necessários equipamentos específicos.
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Revisão | UNIDADE iv
A cromatografia líquida pode igualmente ser usada para comparar toda a variação que
pode existir entre os compostos principais do canabinoide, assim como para determinar
qualquer atividade antioxidante potencial da planta da cannabis.
Métodos por cromatografia gasosa (CG) e CLAE são descritos na literatura para
determinação de canabinoides em diferentes matrizes, além de outros métodos ainda
pouco difundidos como a cromatografia em fluido supercrítico.
A derivatização introduz erros, pois representa uma reação adicional prévia à análise,
sendo essa um desvantagem associada ao CG.
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UNIDADE iv | Revisão
O método a ser empregado precisa considerar a análise de CBD e THC para controle e
proteção de fatores de saúde pública.
Os desafios ainda são recentes e como para qualquer amostra, devemos investir em
desenvolvimento de métodos. Porém, os recursos e tecnologia hoje nos permitem
muitas opções promissoras de estabelecer condições realmente seguras para o uso
desta planta que apresenta tantas propriedades intrigantes e poderosas.
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Revisão | UNIDADE iv
Existem também algumas técnicas analíticas avançadas que foram empregadas para
uma análise do cannabis. Por exemplo, um estudo de 2018 utilizou a espectroscopia
infravermelha para determinar o índice do canabinoide da Cannabis sativa.
Cromatografia é uma técnica analítica utilizada para separar uma mistura de substâncias
químicas em seus componentes individuais, de modo que esses componentes
individuais possam ser analisados separadamente.
Esse plano pode ser um papel, servindo como tal ou impregnado por uma substância
como leito estacionário (cromatografia em papel ), ou uma camada de partículas
sólidas espalhada sobre um suporte como uma placa de vidro (cromatografia em
camada delgada). Diferentes compostos na mistura da amostra percorrem distâncias
variadas de acordo com a intensidade com que interagem com a fase estacionária em
comparação com a fase móvel. O fator de retenção específico (R f) de cada produto
químico pode ser usado para auxiliar na identificação de uma substância desconhecida.
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UNIDADE iv | Revisão
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Revisão | UNIDADE iv
determinado canabinoide, mas apenas seu conteúdo total. Por outro lado, existe
uma probabilidade significativa de que a descarboxilação no injetor não ocorra
completamente (DUSSY et al., 2005).
No entanto, isso representa uma etapa adicional que muitas vezes não é desejável,
porque aumenta a probabilidade de erro experimental e prolonga o tempo de
análise, o que pode ser uma desvantagem considerável em termos de adequação
do método para uso rotineiro. Com a HPLC, todos esses problemas foram evitados
com sucesso, pois alguns métodos relativamente rápidos, simples e eficazes para a
determinação de canabinoides ácidos e descarboxilados em amostras de cannabis já
foram desenvolvidos.
A Cannabis sativa é uma planta usada há milhares de anos pelos nossos ancestrais,
com inúmeras respostas terapêuticas, baixo índice de efeito colateral e nenhum
caso de morte.
Existem vários métodos de extração que podem ser utilizados para a extração
do princípio ativo que está localizado nos tricomas. Alguns métodos de extração
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UNIDADE iv | Revisão
são mais simples e podem ser feitos em casa; porém outros necessitam de
equipamento e profissional especializado para executá-los, esses ativos extraídos
podem ser analisados por meio dos métodos de cromatografia, sendo assim vem
sendo uma ótima opção para a produção de medicamento farmacêutico.
Mas, mesmo com vários estudos na área já sendo realizados e comprovando sua
ação terapêutica essa planta continua sendo proibida e muitas pessoas perdem a
vida devido a essa proibição.
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