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MÉTODOS DE EXTRAÇÃO,

PURIFICAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO
E QUANTIFICAÇÃO DOS
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
DA CANNABIS SATIVA L
UNIDADE IV
REVISÃO
Elaboração
Renata Monteiro Dantas Ferreira

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE IV
REVISÃO ....................................................................................................................................5

CAPÍTULO 1
CANNABIS SATIVA L............................................................................................................. 5
CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO.......................................................................... 12
CAPÍTULO 3
IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
DA CANNABIS SATIVA L...................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................31
REVISÃO UNIDADE IV

O objetivo desta unidade é revisar os capítulos anteriores para que você possa
relembrar o que foi dito nas unidades anteriores e fixar bem os aprendizados, para
colocar em prática no seu dia a dia. As melhores técnicas de extração e análise
qualitativa e quantitativa, por meio dos diferentes métodos de extração, tendo o
conhecimento da planta e compreendendo o quanto é importante a utilização de uma
planta full spectrum para se obter um produto com uma melhor resposta terapêutica,
devido ao efeito comitiva.

Capítulo 1
CANNABIS SATIVA L

A cânabis é conhecida e utilizada há milhares de anos, é provável que o homem


primitivo, atraído pelas resinas de suas flores e sementes tenha experimentado e
descoberto, despretensiosamente, seus efeitos psicotrópicos (LOPES; RIBEIRO, 2007).

A cânabis tem sido usada há muitos anos, seu uso é milenar, é um fitoterápico de uso
tradicional, com o avanço da medicina alopática a partir da segunda metade do século
XIX, o ocidente foi deixando de lado a medicina natural, ainda comum no oriente
(ZUARDI, 2006).

É uma das drogas mais usadas no mundo atual e é considerada por muitos estudiosos
uma das primeiras plantas domesticadas, cultivadas e propagadas pelo continente por
meio da ação humana, estando presente nos primórdios da agricultura, tecnologia,
religiões e medicina (LOPES; RIBEIRO, 2007).

Diversas civilizações fizeram uso das propriedades psicotrópicas e medicinais da


Cânabis, considerando-a sagrada (LOPES; RIBEIRO, 2007). Em uma das passagens
bíblicas, esta planta é um dos ingredientes do óleo de unção sagrado que Deus
instruiu Moisés a produzir (ÊXODO, 30:23).

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Com os mercadores árabes, o conhecimento sobre esse potencial terapêutico da


Cânabis se espalhou pelo Oriente Médio, Europa e África, gerando um uso difundido e
novas descobertas sobre o possível valor curativo da planta.

Os primeiros registros encontrados em meados de 2.737 a. C. são atribuídos ao


Imperador Shen Nung, da China, que prescrevia chá de Cânabis para diversas doenças
(ZUARDI, 2006).

Há séculos, o uso da Cânabis medicinal já era estabelecido no oriente médio. Um dos


primeiros relatos para o tratamento de epilepsia foi de autoria de Ibdal- Badri, em 1464,
em Bagda, o qual descreveu o tratamento eficaz, com Haxixe, administrado por um
poeta para controle das crises do filho do camareiro da Califa.

Em 1839, um médico do exército britânico, William O’ Shaughnessy, na India, cessou


a crise epilética em um bebê com algumas gotas de tintura canábica, sob a língua, e
publicou um artigo no jornal médico intitulado, “Sobre a preparação de Indian Hemp
ou Gunjah”, onde concluiu que a Cannabis é um remédio anticonvulsivante de maior
valor.

Sua característica biológica e morfológica depende diretamente das condições em


que a planta se desenvolve, tais como temperatura, altitude, luminosidade, umidade,
tipo de solo, fertilizante utilizado e, especialmente, a forma de cultivo, que interfere
no processo de produção da resina, as quais estão relacionadas com a elevação da
concentração dos agentes psicoativos, conhecidos como canabinoides (SOLYMOSI;
KOFALVI, 2017).

Também conhecida pelo nome de maconha, o qual já esteve presente na farmacopeia


Brasileira 1a edição, e vem sendo utilizada há milhares de anos, sem apresentar nenhum
registro de morte ou algum efeito colateral grave, quando utilizado de forma correta.

Esta resina produzida nos tricomas, que são apêndices glandulares epidérmicos, é o
fitocomplexo que contém várias substâncias e propriedades terapêuticas, são cerca de
1500 compostos, sendo cerca de 179 canabinoides diferentes, encontrados até agora,
não apenas THC e CBD, além dos terpenos e flavonoides que interagem entre si.

O efeito terapêutico é potencializando por meio da interação entre essa gama de


moléculas, o que chamamos de efeito comitiva, o qual pode também inibir algum
efeito colateral, como acontece quando utilizamos extratos ricos em CBD ou CBG
junto com extratos ricos em THC que inibem ou reduzem o efeito psicotrópico do
THC. Essa característica não é exclusiva da Cânabis, mas dos fitoterápicos em geral,
onde é obtida uma maior ação terapêutica quando utilizamos a planta toda, ao invés
de usar um composto isolado.

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Em 2017, a Anvisa cria o código Denominação Comum Brasileira (DCB) e publica na


lista de plantas medicinais-farmacopeia, sendo uma única espécie, a Cannabis sativa
L e as subespécies: Cannabis sativa sativa, Cannabis sativa indica, Cannabis sativa
ruderalis, alguns ainda falam da Cannabis sativa Afeganistão, entre outras.

Alguns autores discordam dessa classificação, pois elas são bem diferentes, tanto na
sua estrutura física quanto química.

Encontramos inúmeras variedades, as quais são chamadas de híbridas, que são criadas
por meio da cruza dessas subspécies, como, por exemplo, a Cannabis Lusus, monstra
a Freakshow, desenvolvida pelo criador Cali Metamorfo, a qual tem uma morfologia
única.

Existem mais de 3000 variedades catalogadas pelo mundo e muitas sendo criadas.

Segundo o químico Tcheco Lumír Ondřej Hanuš, a Cannabis sativa L contém cerca
1500 compostos diferentes, sendo 179 canabinoides, os quais são denominados de
fitocanabinoides, divididos em 11 famílias principais.

O efeito terapêutico é potencializado por meio da interação entre essa gama de


moléculas, o que chamamos de efeito comitiva, o qual pode também inibir algum
efeito colateral, como acontece quando utilizamos extratos ricos em CBD ou CBG
junto com extratos ricos em THC que inibem ou reduzem o efeito psicotrópico do
THC. Essa característica não é exclusiva da Cannabis sativa L, mas dos fitoterápicos
em geral, na qual se alcança uma maior ação terapêutica quando utiliza a planta toda,
ao invés de usar apenas um composto isolado.

Não só os canabinoides estão envolvidos no efeito comitiva, os terpenos também


são de grande importância, eles modulam o efeito dos canabinoides, aumentando a
interação entre eles, também são responsáveis pelas características organolépticas,
além de possuírem ação terapêutica, assim como os flavonoides.

Cada indivíduo necessita de quimiotipos diferentes, de acordo com o desequilíbrio do


sistema endocanabinoide, mesmo tendo o mesmo peso, altura, sexo, cada indivíduo
é único e tem um sistema endocanabinoide específico, respondendo de maneira
diferente a quimiotipos e doses individualizadas, tendo resposta terapêutica diferente,
mesmo para diagnóstico similar.

Por isso, há necessidade de possuir quimiotipos diversos, para poder utilizar os


benefícios que cada planta possui, proporcionando para o paciente, de acordo com a
necessidade naquele momento, uma melhor resposta terapêutica, pois cada variedade

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traz benefícios específicos, por terem concentrações diferentes de cada composto ativo
da planta e interagirem entre si, proporcionando respostas terapêuticas variadas.

Já existem estudos comprovando que, quando se utiliza a planta toda, o paciente


apresenta uma melhor resposta terapêutica, em comparação a um fitocanabinoide
isolado, conforme meta-análise apresentada pelo farmacêutico Fabricio Pamplona, em
2019.

Os fitocanabinoides são produzidos por glândulas especializadas encontradas na


parte aérea da planta, os principais locais de produção são glândulas epidérmicas,
também denominadas de tricomas glandulares, as quais variam em tamanho, forma e
quantidade, de acordo com o local anatômico.

Os tricomas glandulares estão distribuídos em toda a superfície epidérmica da parte


aérea da planta, em níveis variáveis; desta forma, as concentrações mais baixas são
encontradas nos ramos, aumentando a quantidade de maneira crescente nas folhas
largas e grandes chamadas de folha em leque e nas folhas próximas da infrutescência
partenocárpica, conhecidas como folhas de açúcar, no entanto, a concentração maior
está nas infrutescências das plantas femininas.

É nos tricomas em que nós encontramos os princípios ativos da planta, como


canabinoides, terpenos e flavonoides.

A produção dos canabinoides é determinada por fatores genéticos, contudo a


quantidade desses compostos também é controlada pelos fatores ambientais e varia
durante a época de desenvolvimento da planta. A mesma variedade pode produzir
quantidades diferentes de terpenos e canabinoides de acordo com fatores bióticos e
abióticos. (GOBBO-NETO; LOPES, 2007).

Todas as fases da planta são utilizadas; na fase in natura, na qual ela não passou
pelo processo de descarboxilação, o qual é o processo de aquecimento da planta,
encontram-se os canabinoides na forma ácida, que também possuem efeito
terapêutico, como o THCA, CBDA, CBGA, entre outros.

Por isso, é importante ter uma quantidade de planta in natura para utilizar no
tratamento, pois além de terem propriedades terapêuticas, reativam o sistema
endocanabinoide.

Os canabinoides, quando passam pelo processo de descarboxilação, tornam-se


canabinoides ácidos na forma ativa, como o THC, CBD, CBC, CBG e dezenas de outros
canabinoides, por meio da degradação pelo processo de oxidação.

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Quando a planta passa pelo processo de envelhecimento, ela ativa outros canabinoides,
como o CBN, que também têm efeito terapêutico, por isso é necessário também que
o paciente tenha plantas nas diferentes fases, já que em cada fase se encontram
canabinoides diferentes.

Não apenas o THC e o CBD possuem ação terapêutica, mas, sim, todos os compostos,
e a interação entre eles também é muito importante.

Quando utilizamos extratos ricos em THC junto com extratos ricos em CBD ou CBG,
eles inibem o efeito psicotrópico do THC, fazendo com que se consiga administrar
uma quantidade maior de THC no paciente sem ter o efeito colateral, que seria o efeito
psicotrópico, já que estamos buscando um efeito terapêutico.

Por isso, é essencial, para qualquer tratamento terapêutico, o cultivo de diferentes


quimiotipos, para se beneficiar dos efeitos de cada planta, proporcionando a
homeostase no sistema endocanabinoide e se beneficiando desse equilíbrio em todos
os aspectos, físico, mental e espiritual.

Cada variedade da planta pode ser utilizada em diferentes horários, cada uma
proporcionando o alívio necessário para o momento sem comprometer outras funções.

A extração é classificada como uma operação industrial que tem por objetivo separar
substâncias a partir de diversas fontes vegetais, sólidas ou líquidas, por meio de
processos químicos e/ou físicos. Os processos de extração possuem várias aplicações na
área de engenharia química, alimentícia e farmacêutica, sendo utilizados principalmente
na recuperação, isolamento e separação de importantes componentes de uma fonte
vegetal, além de remover contaminantes ou compostos indesejados.

Um dos principais erros que as pessoas cometem quando se trata de extratos é ignorar
o processo de descarboxilação.

Este processo é importante porque quando você tem cannabis que não é
descarboxilada, o THC permanece em sua forma ácida, que não é psicoativa.
Aquecendo-o, ele muda o THCa (em sua forma ácida) para Delta-9-THC (psicoativo)
podendo, então, ser usado para infundir ou fazer extrações.

A maior concentração de princípios ativos da planta está nos tricomas e eles estão
presentes em maior concentração nas infrutescências da planta feminina e nas
pequenas folhas superiores próximas às infrutescências, chamadas de folhas de
açúcar; assim, o rendimento depende da concentração de resina presente na planta,
levando em conta que vários fatores podem influenciar nessa produção.

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É essa quantidade de tricomas presentes na planta que vai determinar o rendimento


final de extrato mole a ser extraído (resina).

Existem as plantas fêmeas, machos e hermafroditas.

São nas plantas fêmeas que está a maior concentração de infrutescências, que é onde
encontramos os tricomas em abundância.

O princípio ativo da planta está presente em maior concentração apenas na


infrutescência da planta fêmea e nas pequenas folhas que ficam ao seu redor, as quais
são conhecidas como folha de açúcar, ou sugar leaves, sendo assim todas as outras
partes da planta, como raiz, caule, galhos e folhas, as quais não contêm concentrações
significativas de princípios ativos, não são utilizadas para produção do remédio.

É necessário ter plantas em cada uma das fases de produção: fase de germinação
ou clone, fase vegetativa, fase reprodutiva, secagem, amadurecimento (cura) e a fase
pronta para o consumo.

Para uma melhor resposta terapêutica, é importante que o paciente tenha a erva
em quantidade suficiente para fazer a extração, para produzir o seu remédio e uma
quantidade da planta in natura, para ter acesso aos canabinoides ácidos.

A produtividade média de frutos (gramas/planta) varia significativamente de acordo


com a influência de diversos fatores.

Desses métodos de extração, citados anteriormente, o paciente tem um rendimento


médio de 10% (dentro do previsto, segundo Vanhove), relativo apenas à quantidade
de infrutescência presente na planta fêmea.

Isso se for utilizado o método Rosin ou com solvente orgânico, o método de extração
com CO2 consegue um rendimento um pouco maior, porm ele é muito caro, pois
necessita de equipamento especializado.

Para uma melhor resposta terapêutica, é importante que o paciente tenha a erva em
quantidade suficiente para fazer a extração para produzir o seu remédio, e também
uma E

É importante ter uma quantidade suficiente de cada quimiotipo em todas as fases, para
garantir que não falte durante todo o tratamento.

Caso ocorra algum problema com o cultivo e ele não consiga fazer novas extrações,
corre-se o risco de faltar o remédio, causando a recidiva de sintomas e até uma piora
acentuada no caso.

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Além do efeito comitiva, outra vantagem do autocultivo é a garantia da qualidade e


procedência do extrato a ser utilizado, pois nem mesmo os extratos industrializados
garantem a qualidade, já que a maioria desses produtos são vendidos em seu país
de origem como suplemento alimentar, sendo assim não passando pelos testes de
bioequivalência e biodisponibilidade necessários para um medicamento.

Outro fator importante do autocultivo é que os extratos ricos em THC são mais difíceis
de se encontrar no mercado farmacêutico e de suplemento alimentar, dificultando o
tratamento do paciente.

Além de caro e difícil o acesso a extratos ricos em THC para os pacientes no Brasil,
devido à falta de regulamentação, o paciente ainda se beneficia do efeito comitiva de
quando se utiliza a planta full spectrum, por ter uma maior variedade de canabinoides.

São necessários quimiotipos específicos para uma melhor resposta terapêutica, além
de utilizar uma planta com mais qualidade e procedência, pacientes relatam ter optado
por produzir, para poderem se beneficiar de algo com procedência, qualidade e mais
barato.

Isso se for utilizado o método Rosin ou com solvente orgânico, o método de extração
com CO2 consegue um rendimento um pouco maior, porém ele é muito caro pois
necessita de equipamento especializado.

Uma planta produz em média 30 a 60g de frutos partenocárpicos, quando cultivadas


em vasos, quando se cultiva direto no chão ela pode ter um rendimento maior, porém
isso varia de acordo com cada variedade e cultivo, algumas plantas podem chegar
a, no máximo, 6g de produtividade, segundo Vanhone (2011), em seu artigo sobre
produtividade e rendimento em cultivos de Cannabis sativa.

Um cultivo amador em vaso, sem controle de temperatura e humidade, geralmente


acaba tendo um baixo rendimento.

Portanto, considerando um rendimento de 6 a 30g de frutos, lembrando que é


descartado, o caule, raiz, galhos, folíolos e folhas, utiliza-se apenas as infrutescências e
folhas superiores da planta, que é onde encontra a maior concentração dos princípios
ativos da planta, que estão localizados nos tricomas.

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Capítulo 2
MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO

Existem alguns métodos de extração e purificação que são indicados para extrair os
princípios ativos da planta Cannabis sativa para o uso terapêutico.

Alguns desses métodos de extração são utilizados mais em âmbito industrial, outros
mais simples podem ser realizados em casa, pelo próprio paciente ou por uma
associação de pacientes para o uso terapêutico, e outros métodos de extração podem
ser utilizados na culinária.

Os métodos mais utilizados são:

» hidrodestilação - Soxhlet;

» enfleuragem;

» decocção ou refluxo;

» digestão;

» infusão;

» maceração;

» percolação;

» micro-ondas;

» técnicas de destilação (água, vapor, extração fitônica, hidroflucarbonados);

» fluido supercrítico - CO2 (SFE= supercritical fluid extraction);

» extração assistida por micro-ondas;

» extração assistida por ultrassom (sonicação);

» solvente orgânico;

» gelo seco - Kief- Drysifting;

» gelo - Bubble hash;

» colefonia - Rosin;

» BHO (BUTANO) / PHO (PROPANO).

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Os primeiros passos que devem ser realizados no processo de extração é a


higienização do local, dos utensílios e da paramentação de quem vai efetuar o
processo, seguindo as boas práticas de fabricação (BPF), conforme a RDC n. 44/2009
e RDC n. 17/2010.

Outro ponto muito importante na produção do remédio ou do medicamento é a


padronização desde a escolha da variedade que será utilizada, assim como todas as
técnicas de cultivo, colheita, secagem e o processo de cura da planta.

Todos esses processos devem ser padronizados para que a cada lote possa se obter
produtos finais com o mínimo de variação possível, garantido, assim, um produto final
com qualidade, segurança, padronização e rastreabilidade.

Esses procedimentos são o que chamamos de procedimento operacional padrão (POP),


que garantem junto com as boas praticas de fabricação a qualidade do produto final,
garantindo uma melhor resposta terapêutica.

Os procedimentos operacionais padrão, assim como as boas práticas de produção,


devem ser adotados desde o cultivo até o produto final.

Após essa prévia preparação do local e da paramentação, seguindo as boas práticas de


fabricação, inicia-se o processo de extração.

O método de hidrodestilação é muito aplicado em laboratórios, onde se utiliza o


sistema de Clevenger. Ele consiste em mergulhar toda a matéria-prima vegetal no
solvente.

Esse é um método de destilação a vapor ou destilação por arraste de vapor de água


de óleos essenciais.

O método de extração com gordura fria (enfleurage) é uma técnica de extração a frio
que consiste em colocar camadas das flores ou frutos frescos sobre cera em uma
placa de vidro. Todos os dias essa camada de flores ou frutos é trocada por novas e,
lentamente, a cera extrai esses componentes aromáticos, sendo posteriormente filtrada
e destilada em baixa temperatura.

O método de maceração é uma técnica de extração que utiliza a cannabis a seco e


pulverizado, adicionando-se o solvente, o qual pode ser álcool, óleos vegetais e até
água, em alguns casos. A planta, em contato com esse condutor, vai se dissolvendo e
liberando seus princípios ativos (ALVEZ, 2019).

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Temos também algumas extrações mais sofisticadas, como a extração por micro-ondas
científico, que acontece em três etapas, separação dos compostos nos sítios ativos,
difusão do solvente por meio da matriz da amostra e pela dissipação dos solutos da
matriz da amostra para o solvente. Este processo se assemelha à extração por Soxhlet,
usando temperatura e pressão do equipamento (ZACHOW, ‎2016).

2.1. Extração assistida por ultrassom


Outro método de extração seria aquele assistido por ultrassom, é uma técnica rápida e
eficaz para extração de concentrados de cannabis, de maior rendimento e o tempo de
extração é reduzido para poucos minutos. Este processo melhora o processo de difusão
ao acelerar a transferência de massa dentro dos materiais vegetais, fazendo com que
as paredes celulares se rompam e liberem os compostos desejados.

Nem todos os processos de extração clássicos são adequados para aprimoramento


ultrassônico. A destilação a vapor de água para produzir óleo essencial, por exemplo,
não é passível de aprimoramento ultrassônico, mas a extração com solvente leve (por
exemplo, éter de petróleo) ou com água ou extratos de água-álcool (maceração) são
possibilidades.

Esses métodos levam aos tipos de extratos adequados para cosméticos, produtos
farmacêuticos e também para a indústria alimentícia.

O processamento ultrassônico, conhecido também como ultrassom de ponteira ou


sonicador, é ideal para a produção de extratos benéficos de canabinoides devido à sua
capacidade única de concentrar a energia diretamente onde é necessário para liberar
os compostos desejados.

Uma sonda ultrassônica vibratória imersa em um líquido transmitirá ondas alternadas


de alta e baixa pressão. As flutuações de pressão fazem com que as forças coesivas
moleculares do líquido se rompam, separando o líquido e criando milhões de
microbolhas, as quais se expandem durante as fases de baixa pressão e implodem
durante as fases de alta pressão.

Como a extração de ultrassom focalizado fornece até 100 vezes a energia irradiada
de banhos ultrassônicos e oferece maior reprodutibilidade, mais área de superfície
é exposta, reduzindo o tamanho das partículas do material, sendo processado e
rompendo as paredes das células liberando os compostos desejados.

Uma variedade de líquidos pode ser usada para extração ultrassônica, mas os mais
comuns costumam ser óleo e Everclear.

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A técnica mais utilizada pelas grandes indústrias é a extração com fluído supercrítico,
que é quando qualquer substância atinge uma temperatura ou pressão acima do seu
ponto crítico (estado alcançado a certa temperatura e pressão onde não existem mais
limites de fases sólida, líquida ou gasosa).

O dióxido de carbono é o gás mais usado nesse método de extração, é um dos mais
indicados porque comprime além do seu ponto crítico, e numa temperatura bem
abaixo da temperatura de desativação dos canabinoides e terpenos, preservando,
assim, seu aroma e todos, ou pelo menos a maioria, os seus compostos ativos.

Esse método de extração com dióxido de carbono usa da pressão e temperatura pra
extrair os terpenos, canabinoides e cera da planta, os quais vão se separar e serem
coletados em várias câmaras acopladas no recipiente, em que cada composto será
extraído em uma temperatura diferente.

Diferentes tipos de compostos benéficos podem ser facilmente extraídos usando o


sistema de extração de dióxido de carbono, pois tudo o que será necessário serão
ajustes do sistema com base nas mudanças na temperatura, pressão e tempo de
funcionamento do sistema para determinar qual composto será coletado. Este sistema
é muito econômico porque faz uso de uma pequena quantidade de reagente com
menos desperdício, contudo, ainda é muito alto em termos de custo.

O objetivo da extração pode ser isolar os compostos de forma individual, mas


também pode ser destinada a extrair os compostos da planta juntos, como um extrato
de planta inteira, que chamamos de full spectrum. Isso explica a necessidade de
habilidade e experiência no processo de extração. Para que o processo de extração seja
bem-sucedido, você precisa dos reagentes e equipamentos necessários.

Embora a extração subcrítica leve mais tempo e produza menos rendimento do que a
extração supercrítica, ela retém os delicados terpenos e outros compostos desejáveis.
Isso torna a extração subcrítica ideal para a produção de produtos finais que retêm o
“espectro total” de compostos benéficos de cannabis e/ou cânhamo. Por outro lado,
se você deseja produzir um isolado como o isolado de CBD, CBG ou THC, não deve
escolher a extração subcrítica, pois ela requer muitas etapas adicionais para isolar as
moléculas desejadas.

Esse é um processo de extração de circuito fechado, em que todo o equipamento


de extração de CO2 tem três câmaras. A primeira câmara contém CO2, o líquido
pressurizado, no qual é resfriado e bombeado para a segunda câmara, onde está a
droga vegetal, o CO2 supercrítico passa pela droga vegetal e acontece a transformação
supercrítica para ocorrer o processo de extração, e a solução resultante é bombeada

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para a terceira câmara, onde o CO2 muda de volta para um gás, deixando o precioso
extrato com os princípios ativos no fundo e o CO2 pronto para ser reutilizado. Já na
terceira etapa é onde separa o produto extraído resultante.

O CO2 destaca-se por não ser tóxico, não inflamável e não poluente. Além disso, é
totalmente recuperável, de baixo custo e inerte, ou seja, não causa qualquer alteração
química nos compostos.

O CO2 apresenta seletividade na extração de compostos apolares, sendo o mais


indicado para a obtenção de terpenos e canabinoides. Outro ponto importante e
que deve ser destacado é a possibilidade de modulação das condições de extração
para a obtenção de frações de extratos específicas, ou seja, alterando as condições
de pressão e temperatura de processo podemos obter extratos ricos em diferentes
compostos, como terpenos, ácidos graxos, clorofila e canabinoides.

Essas características diferenciais da extração com CO2 supercrítico apresenta vantagens


frente aos métodos tradicionais, pois possibilita a produção de extratos ricos em
terpenos ou em canabinoides, especificamente.

O CO2 supercrítico é aquecido e passado pelos botões da cannabis. O líquido passará


por um separador para ajudar a remover o gás CO2 dos tricomas e terpenos, o
gás é empurrado por meio de um condensador que permite que ele se liquefaça
novamente e seja reciclado para que possa ser usado no processo de extração no
futuro, ajudando na sustentabilidade e economia no processo.

O método Dry sift também é muito bom, pois não há a presença de solvente, e é um
método mais simples e barato de ser executado.

Este método de extração, também conhecido como kief, keef ou kif, é um


concentrado com alto grau de pureza, livre de solventes ou qualquer outro
componente externo, o qual consiste em peneirar a droga vegetal por meio de uma
série de telas.

Esse método de peneiração a seco é um dos mais antigos de extração dos concentrados
de cannabis, muito comum em países como o Marrocos e o Afeganistão, Kief é um dos
mais antigos extratos de cannabis conhecidos.

Sua história remonta há milhares de anos. Telas usadas para extração manual foram
encontradas em escavações arqueológicas de 3.000 a. C. E o método de extração do
kief ainda é muito semelhante ao método usado há milhares de anos.

Atualmente, utilizam-se bags para o processo de extração.

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Revisão | UNIDADE iv

Para utilizar esse método de extração é necessário colocar dentro da bag a droga
vegetal, o gelo seco e agitar; no processo de agitação junto com o frio, os tricomas se
desprendem da planta e vão passar pelo orifício da tela da bag em um papel manteiga
ou superfície lisa e limpa.

Após realizar a extração dos tricomas, eles podem ser prensados e utilizados
posteriormente ou podem ser aquecidos sob agitação em um meio oleoso para
desprender os princípios ativos, após passar por esse processo, ele deve ser filtrado e
está pronto para o consumo.

Temos também os métodos de extração com hidrocarbonetos.

Nesse método de extração, os equipamentos utilizados, geralmente, são mais baratos


do que o equipamento de CO2 e etanol.

Sua capacidade de extrair derivados da cannabis com um alto grau de pureza chega à
concentração aproximada de 90% de canabinoides.

O extrato de cannabis feito com butano (BHO) é bastante utilizado, porém outros
veículos extratores também são utilizados, como propano (PHO), Dimetil éter (DHO),
entre outros.

O éter dimetílico tem um poder de extração mais forte do que o butano, o que significa
que fornece um rendimento maior, evapora mais rápido e é menos explosivo que o
butano. O líquido de extração esfriará muito rapidamente conforme o DHO evapora,
acelerando o processo de condensação que pode formar gelo no extrato.

Essas diferenças são possíveis devido à molécula de oxigênio encontrada no éter


dimetílico (DHO).

Para se obter um extrato de qualidade superior é preciso compactar o mínimo possível.

O sistema para esta extração contém butano líquido sob um ambiente pressurizado,
o qual se transforma em vapor antes de ser removido. Este butano vaporizado ajuda a
separar os canabinoides e os terpenos que fornecem o óleo de butano. Na aplicação
de calor, o óleo de hash butano perde uma grande parte de seu conteúdo de terpeno,
que é mais volátil do que os canabinoides, e se fragmenta.

A vaporização do butano ocorre rapidamente e a temperatura deve ser cuidadosamente


controlada neste sistema devido à natureza explosiva do butano. Essa é uma
das desvantagens desse tipo de extração. No entanto, há menos necessidade de
equipamentos complexos e o produto contém extratos cheios de sabor.

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UNIDADE iv | Revisão

Por ser um hidrocarboneto altamente volátil, o trabalho com o butano fora de um


laboratório de extração é muito perigoso, sendo uma técnica não recomendada para
tentar em casa.

Especialistas recomendam que além de ser uma extração indicada para realização em
laboratório ou ambiente preparado para esse tipo de atividade, o óleo extraído deve
ser testado em laboratório para garantir que níveis excessivos de butano não estejam
presentes.

Embora seja um método mais “perigoso”, o extrato produzido nesse tipo de extração
alcança níveis de 80 a 90% de THC.

Este método não é muito indicado para a produção de medicamento devido à


toxicidade do veículo extrator utilizado.

O método de extração com solvente orgânico – Quick Wash Ethanol (QWET), é um dos
métodos de exttração mais utilizados.

As extrações com solvente orgânico geralmente são feitas com etanol, e normalmente
são ingeridas em vez de inaladas. Obtemos o extrato mole por meio desse método de
extração. Usar etanol para extrair os compostos benéficos da cannabis é considerado
muito mais seguro e muito mais simples.

Extração de etanol (álcool, também conhecido como álcool etílico).

O etanol é um líquido incolor, volátil e inflamável e tem sido utilizado para extração
botânica por milhares de anos.

Quando feito devidamente, o processo de purificação não deixa nenhum solvente


residual no produto final, por isso é considerado um solvente limpo.

O etanol tem um risco muito menor de explosão do que os sistemas de extração com
CO2, que devem operar sob alta pressão, ou com hidrocarbonetos.

O equipamento de extração de etanol é muito mais barato do que o equipamento de


extração de CO2.

A extração de etanol permite um rendimento muito maior (quanta biomassa ou


material vegetal ele pode extrair em um determinado período de tempo ou lote) do
que CO2 mais lento.

O processo de extração de etanol começa embebendo a droga vegetal seca,


pré-triturada em partículas menores, em etanol refrigerado ou em temperatura

18
Revisão | UNIDADE iv

ambiente para extrair os terpenos e canabinoides. A solução resultante é, então,


evaporada para remover qualquer solvente residual usando calor e vácuo, resultando
em um extrato bruto.

O etanol é uma ótima escolha para a produção de alto volume, além de dissolver a
maioria dos compostos não polares e polares. É um líquido não viscoso à pressão
atmosférica, o que significa que é extraído rapidamente e ferve a temperaturas
relativamente baixas, o que permite a recaptura eficiente do etanol e a subsequente
separação dos compostos extraídos, porém tem afinidade por canabinoides quando
extraído em baixas temperaturas.

É relativamente seguro, fácil de operar e de fácil produção.

É uma das técnicas mais antigas de extração de canabinoides. Esta técnica consiste em
embeber a planta em etanol e depois usa-se um processo de purificação para remover
o etanol.

Esse método é considerado muito mais seguro e muito mais simples do que outros
métodos. Quanto menos tempo deixar a planta em contato com o veículo extrator,
mais puro será o seu extrato mole, pois quanto mais tempo a planta estiver em
contato com o veículo alcoólico mais extrairá componentes indesejáveis como
clorofila, ceras vegetais e óleo vegetal.

Um fator importante a se observar ao usar o método de extração com solvente


orgânico, para separar os componentes benéficos da cannabis, é evitar a água, devido
à polaridade do etanol que permite que ele se misture com a água e dissolva a clorofila.
A presença de clorofila, no entanto, dá à tintura um sabor amargo, por isso deve ser
evitada.

Esse método de extração também pode ser feito com equipamentos de laboratório,
como uma máquina chamada evaporadora rotativa, conhecida como Rotavapor, a qual
é usada para aquecer a solução de etanol com Cannabis, para evaporar o etanol e
recuperá-lo para uso posterior.

Os solventes usados neste sistema de extração podem causar destruição nos tecidos
vegetais, canabinoides e clorofila, por isso é preciso deixar o mínimo possível a droga
vegetal em contato com a solução alcoólica, para preservar mais os seus princípios
ativos.

O Método da Colofónia, também conhecido como Rosin, não precisa de solvente, o


que o torna mais atraente, como o produto final é semelhante a outros extratos, a
colofónia é na verdade um concentrado.

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UNIDADE iv | Revisão

Ele é criado usando calor e pressão. Sem um solvente ou máquina para executar o
referido solvente, a colofónia é muito menos dispendiosa de fabricar do que BHO
ou CO2. O processo de criação desse concentrado também é mais simples do que as
extrações por solvente.

Os criadores dos métodos caseiros foram os primeiros a descobrir o dom da colofónia.


Esses métodos usam alisadores de cabelo e bolsas de mícrons para extrair o suficiente
para o usuário doméstico. Com o sucesso da colofónia caseira, algumas máquinas de
colofónia foram criadas.

A colofónia e os extratos de colofónia vivos são derivados da cannabis, feitos ao expor


a droga vegetal ao calor e à pressão para extrair os princípios ativos, prensando os
tricôs da infrutescência feminina da Cannabis.

A colofónia “viva” é feita da mesma forma, mas a partir de material vegetal que foi
congelado imediatamente após a colheita, para reter os compostos vegetais “vivos”.

Este é um método popular de extração em pequena escala e sem solvente devido à


sua segurança relativa, curva de aprendizado rápida e baixo custo.

Enquanto os entusiastas domésticos da colofónia podem usar um alisador de


cabelo, os extratores de colofónia profissionais usam uma pequena prensa hidráulica
de colofónia com um controlador de calor para fabricar grandes quantidades de
colofónia.

Esse método de extração consiste em pressionar a droga vegetal seca e reduzida


em partículas menores de papel manteiga. Se estiver usando peneira seca ou haxixe,
você também pode colocar a matéria-prima em uma tela de resina ou saco de rede,
conhecido como rosin bag.

O método Rosin não precisa de solvente, a resina é, na verdade, um concentrado, o


qual chamamos de extrato mole. Ele é extraído usando calor e pressão no lugar de um
solvente.

Esse método de extração é muito simples, mais fácil que as extrações com solvente,
pode ser realizado em ambiente fora de laboratório sem riscos e sem altos custos.

Algumas pessoas utilizam a chapinha de alisar cabelo para fazer o método de extração,
o qual se obtém sucesso, porém sem controle de qualidade.

Outro método similar é quando a cannabis é prensada a frio, semelhante ao método


de extração do azeite de oliva prensado a frio ou qualquer outro extrato vegetal, o

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Revisão | UNIDADE iv

material vegetal é resfriado, colocado sob grande pressão e triturado para espremer
literalmente e extrair o extrato mole da droga vegetal.

Enquanto a prensagem a frio realizada em temperaturas mais baixas mantém os


terpenos, flavonoides e canabinoides desejáveis, o rendimento deste método de
extração é bastante baixo.

A cannabis prensada a frio e o óleo de cânhamo estão aparecendo em produtos para


saúde e estética, como tinturas e produtos tópicos.

A extração do extrato mole também pode ser feita pressionando as sementes de


cannabis.

O óleo de cânhamo vem sendo utilizado como ingrediente para produtos de saúde
e beleza, além de outras aplicações industriais. Na culinária, é utilizado apenas sem
aquecimento, pois queima facilmente.

Outro método que temos é o bubble hash, o qual não é bem um processo de extração,
mas, sim, um método de separação dos tricomas, o qual é bem simples e baseado
na utilização de água gelada, o que ocasiona uma extração por separação mecânica
e resfriamento. Este método funciona separando mecanicamente os tricomas onde
contém o princípio ativo da droga vegetal, desprendendo os tricomas por meio da
combinação de água e/ou gelo e uma força de agitação.

A separação com base em água gelada é ideal para produzir hash de água gelada,
também conhecido como hash de bolha. Este método é muito popular para produzir
hash de alta qualidade sem o uso de solventes químicos.

Essa flexibilidade é um dos segredos para minimizar a maceração do material e as


partículas indesejadas da planta em seu produto final. O resultado final é uma
separação máxima dos tricomas da superfície da planta.

Os tricomas, então, permanecem na água como sólidos suspensos e não dissolvidos,


por isso precisa-se passar pelo processo de filtragem, para separar os diferentes
tricomas, para isso as bags são utilizadas.

Este método de extração, feito a partir do resfriamento da planta por meio da utilização
de gelo, feito à base de água, geralmente é um método caseiro utilizado para a
extração do haxixe.

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UNIDADE iv | Revisão

A extração de água utiliza um método de extração sem solvente que submerge a


planta de cannabis na água gelada, acompanhada de gelo, a qual passa por um
processo de agitação intenso e constante, fazendo com que os tricomas se separem
da planta.

Após realizar esse processo, utilizam-se bags, em que cada uma tem uma tela com
uma espessura diferente e, conforme os tricomas saem da planta, eles passam por
uma série dessas telas, cada uma com uma espessura.

O resultado final é um produto com níveis de THC de 50% a 70%.

Outro método é o método de extração assistido por ultrassom.

Entre os benefícios temos, Influência no rendimento, Velocidade na extração, sendo


que uma extração típica pode levar de trinta minutos a alguns dias. O experimento
realiza o tempo de extração com ultrassom foi de 15 minutos. Além disso,
proporciona baixo custo; vasta gama de solventes; rápido, seguro e eficiente; baixo
consumo de energia; neutraliza bactérias, mofo e fungos do material extraído; não é
um processo térmico, sendo assim os terpenos e canabinoides não são desnaturados.

Uma outra maneira bem simples e utilizada pelos nossos ancestrais é por meio das
técnicas de culinária.

Este é um método bem simples de ser executado, como os canabinoides são lipídios,
é necessário outro meio lipídico.

Utilizam-se alguns veículos oleosos de origem vegetal que possam ser utilizados por via
oral, o azeite de oliva extra virgem, óleo de coco, manteiga e outros óleos comestíveis
podem ser usados para extrair os canabinoides solúveis em gordura, aquecendo
suavemente a infrutescência da cannabis, a qual será descarboxilada diretamente no
óleo vegetal comestível.

Este é um método de extração bem simples, porém bem caseiro e que não proporciona
um prazo de validade muito grande, além da desvantagem de aquecer os óleos, o que
muitas vezes não é muito benéfico, mas é um método de extração simples e de baixo
custo, e que se bem utilizado trará muitos benefícios.

Os óleos vegetais infundidos com cannabis são altamente perecíveis e, portanto,


devem ser consumidos rapidamente ou armazenados em um local fresco, escuro e
com temperatura controlada.

O método caseiro de extração consiste, simplesmente, em aquecer a droga vegetal com


um veículo oleoso, que geralmente é utilizado o azeite ou a manteiga, fazendo-se essa
base, todos os alimentos podem ser preparados com ela.

22
Capítulo 3
IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS METABÓLITOS
SECUNDÁRIOS DA CANNABIS SATIVA L

A cromatografia serve para a identificação de substâncias, purificação de compostos


e separação de componentes de misturas.

É um processo de separação e identificação de componentes de uma mistura, é


uma técnica baseada na migração dos compostos da mistura, os quais apresentam
diferentes interações por meio de duas fases, que é a fase móvel e estacionária.

A fase móvel é quando os componentes a serem isolados “correm” por um solvente


fluido, que pode ser líquido ou gasoso, e a fase estacionária é a fase fixa, na qual o
componente que está sendo separado ou identificado se fixará na superfície de outro
material líquido ou sólido.

O processo cromatográfico consiste na passagem da fase móvel sobre


a fase estacionária, dentro de uma coluna ou sobre uma placa. Assim,
os componentes da mistura são separados pela diferença de afinidade
através das duas fases. Cada um dos componentes da mistura é
seletivamente retido pela fase estacionária, resultando em migrações
diferenciais destes componentes (MAGALHÃES, [20--], on-line).

A análise de cromatografia pode ser em coluna, esta é a mais antiga técnica


cromatográfica. É uma técnica para separação de componentes entre duas fases,
sólida e líquida, baseada na capacidade de adsorção e solubilidade.

Assim, os diferentes componentes da mistura se moverão em velocidades distintas,


conforme a afinidade com o adsorvente e eluente. Isso torna possível a separação dos
componentes.

Ela também pode ser planar, que compreende a cromatografia em papel e a


cromatografia em camada delgada.

A cromatografia em papel é uma técnica para líquido-líquido, em que um deles é


fixo a um suporte sólido. Recebe esse nome porque a separação e identificação dos
componentes da mistura ocorre sobre a superfície de um papel filtro, sendo essa a fase
estacionária.

Cromatografia em camada delgada: técnica para líquido-sólido, na qual a fase líquida


ascende por uma camada fina de adsorvente sobre um suporte, normalmente, uma
placa de vidro colocada dentro de um recipiente fechado. Ao ascender, o solvente

23
UNIDADE iv | Revisão

arrastará mais os compostos que interagiram menos na fase estacionária. Diante disso,
haverá a separação dos componentes mais adsorvidos.

A cromatografia gasosa é um processo de separação dos componentes da mistura


por meio de uma fase gasosa móvel sobre um solvente.

Esse método ocorre em um tubo estreito, por onde os componentes da mistura irão
passar por uma corrente de gás, que representa a fase móvel, em fluxo do tipo coluna.
A fase estacionária é representada pelo tubo.

Os fatores que promovem a separação dos componentes são: a estrutura química do


composto, a fase estacionária e a temperatura da coluna.

As técnicas mais utilizadas da cromatografia de gás para analisar a concentração e a


estabilidade de compostos do canabinoide incluem o GC acoplado a um detector de
ionização de chama (GC/FID) e o GC-MS.

Quando GC/FID fornecer uma informação útil na estrutura e na estabilidade do


canabinoide, esta técnica é limitada devido ao calor da porta da cromatografia de gás.
A presença de calor neste sistema pode causar descarboxilação de canabinoides ácidos
e neutralizar estes compostos.

Por outro lado, GC-MS foi aceito extensamente como um método válido para
analisar o índice do canabinoide do cânhamo e de produtos comerciais do cannabis.
Um realce mais adicional de GC-MS foi conseguido acoplando esta técnica à
microextração da fase contínua do espaço livre (HS-SPME). Com o GC acoplado a
HS-SPME, os pesquisadores exploraram taxas temporárias completas da emissão
(VOC) de composto orgânico de 48 plantas diferentes do cannabis.

Na cromatografia líquida, a fase estacionária é constituída de partículas sólidas


organizadas em uma coluna, a qual é atravessada pela fase móvel.

A cromatografia líquida compreende a cromatografia líquida clássica e a


cromatografia líquida de alta eficiência:

» Cromatografia líquida clássica: a coluna é preenchida, geralmente, uma só vez,


pois parte da amostra usualmente se adsorve de forma irreversível.

» Cromatografia líquida de alta eficiência: é uma técnica que utiliza bombas de


alta pressão para a eluição da fase móvel.

Isso faz com que a fase móvel possa migrar a uma velocidade razoável por meio da
coluna. Assim, pode-se realizar a análise de várias amostras em pouco tempo, mas
são necessários equipamentos específicos.

24
Revisão | UNIDADE iv

A cromatografia líquida é considerada uma das técnicas analíticas mais importantes


para uma determinação de procedimentos de canabinoide na planta da cannabis.
Entre 2015 e 2018, diversas aproximações diferentes do LC foram identificadas, as
quais podem determinar exatamente o índice e a estabilidade dos canabinoides.

A cromatografia líquida pode igualmente ser usada para comparar toda a variação que
pode existir entre os compostos principais do canabinoide, assim como para determinar
qualquer atividade antioxidante potencial da planta da cannabis.

A cromatografia supercrítica caracteriza-se por utilizar, na fase móvel, um vapor


pressurizado acima de sua temperatura crítica.

O eluente supercrítico mais utilizado é o dióxido de carbono.

» Fase estacionária empregada: de acordo com a fase estacionária empregada, a


cromatografia pode ser líquida ou gasosa.

» Fase estacionária líquida: o líquido é adsorvido sobre um suporte sólido ou


imobilizado sobre ele.

» Fase estacionária sólida: quando a fase fixa é um sólido.

Métodos por cromatografia gasosa (CG) e CLAE são descritos na literatura para
determinação de canabinoides em diferentes matrizes, além de outros métodos ainda
pouco difundidos como a cromatografia em fluido supercrítico.

Os métodos por CG, apesar de rápidos, robustos e muito eficientes, requerem


derivatização dos canabinoides ácidos, pois o CG necessita de volatilidade e
substâncias termicamente estáveis, pois opera com altas temperaturas para favorecer
a separação e os canabinoides ácidos não atendem essa condição, necessitando de
transformação química.

A derivatização introduz erros, pois representa uma reação adicional prévia à análise,
sendo essa um desvantagem associada ao CG.

Assim, quando a análise de canabinoides se destina ao controle de qualidade


de produtos farmacêuticos e suplementos alimentares, os métodos por HPLC
representam a melhor alternativa de análise, pois permitem a análise simultânea
dos canabinoides ácidos e neutros, permitindo o controle de qualidade de extratos
vegetais de Canabis sativa.

Perfil cromatográfico de canabinoides obtidos por CG: maior eficiência e resolução,


porém necessidade de derivatização.

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UNIDADE iv | Revisão

O método a ser empregado precisa considerar a análise de CBD e THC para controle e
proteção de fatores de saúde pública.

Condições importantes a serem consideradas no método por CG.

Canabinoides com grupos carboxílicos e descarboxilados podem ser detectados em


cromatografia líquida em 228 nm, apesar da sensibilidade dos detectores UV e PDA
serem menores do que outros.

Algumas opções de métodos por HPLC para análise de canabinoides.

Assim, a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS) e à técnica


tandem (LC-MS/MS) permitem desempenhos de destaque em termos de melhoria
de seletividade e sensibilidade. Porém, é necessário o uso de padrões na forma de
isótopos estáveis para permitir um melhor resultado quantitativo e melhores exatidões,
contornando efeitos matriz. Entretanto, padrões deuterados de poucos canabinoides
estão comercialmente disponíveis, como: THCA-d3, CBD-d3, THC-d3 e CBN-d3. Os
padrões puros de canabinoides carboxilados tendem a ser instáveis em solução.

Em relação à técnica de ionização, tanto o eletrospray (ESI) quanto a ionização


química à pressão atmosférica (APCI) podem ser usados como interface no LC-MS,
porém, em geral, somente as moléculas protonadas são geradas, sendo necessário
o uso do LC-MS/MS para melhorar as características confirmatórias do método.
Além disso, como os canabinoides contendo os grupos fenólicos e carboxílicos não
são eficientemente ionizados por ESI e APCI, a sensibilidade da técnica de LC-MS é
reduzida quando comparada ao método que emprega a GC-MS.

Os desafios ainda são recentes e como para qualquer amostra, devemos investir em
desenvolvimento de métodos. Porém, os recursos e tecnologia hoje nos permitem
muitas opções promissoras de estabelecer condições realmente seguras para o uso
desta planta que apresenta tantas propriedades intrigantes e poderosas.

Com a disponibilidade comercial do cannabis, os produtos continuam a aumentar


em todo o mundo, é imperativo que as agências de saúde das nações executem
periodicamente verificações de controle de qualidade desta planta.

Um estudo recente, conduzido por pesquisadores na universidade do canal


de Suez, no Egito, forneceu um relatório detalhado das técnicas analíticas da
cannabis amplamente utilizadas entre 2015 e 2018. Essas técnicas variaram entre
a cromatografia líquida (LC), a cromatografia de gás (GC) e a espectroscopia
próximo-infravermelha.

26
Revisão | UNIDADE iv

Existem também algumas técnicas analíticas avançadas que foram empregadas para
uma análise do cannabis. Por exemplo, um estudo de 2018 utilizou a espectroscopia
infravermelha para determinar o índice do canabinoide da Cannabis sativa.

A espectrometria térmica da mobilidade da dessorção-íon foi usada igualmente em


2018 para discriminar entre os quimiotipos diferentes da Cannabis sativa, assim como
forneceu a informação quantitativa em seu índice do canabinoide. Adicionalmente,
a espectrometria de alta resolução da mobilidade do íon foi usada durante 2018
para extrair, isolar e executar o teste de potência nos vários canabinoides obtidos da
planta do cannabis.

Cromatografia é uma técnica analítica utilizada para separar uma mistura de substâncias
químicas em seus componentes individuais, de modo que esses componentes
individuais possam ser analisados separadamente.

Existem vários métodos de cromatografia, por exemplo, cromatografia líquida,


cromatografia gasosa, cromatografia de troca iônica, cromatografia de afinidade, mas
todas empregam os mesmos princípios básicos.

A cromatografia foi desenvolvida na Rússia pelo cientista italiano Mikhail Tsvet,


em 1900. Ele desenvolveu a técnica e cunhou o termo cromatografia na primeira
década do Século XX, principalmente para a separação de pigmentos vegetais,
como clorofila, carotenos e xantofilas. Como esses componentes se separam em
faixas de cores diferentes (verde, laranja e amarelo, respectivamente), inspiraram
diretamente o nome da técnica. Novos tipos de cromatografia desenvolvidos
durante as décadas de 1930 e 1940 tornaram a técnica útil para muitos processos
de separação. Estabeleceu os princípios e técnicas básicas da cromatografia de
partição, e seu trabalho encorajou o rápido desenvolvimento de vários métodos
cromatográficos: cromatografia em papel, cromatografia gasosa e o que viria a ser
conhecido como cromatografia líquida de alto desempenho. (ETTRE; SAKODYNSKII,
1993).

Nos métodos de cromatografia, temos a cromatografia plana, que é uma técnica de


separação em que a fase estacionária está presente como ou em um plano.

Esse plano pode ser um papel, servindo como tal ou impregnado por uma substância
como leito estacionário (cromatografia em papel ), ou uma camada de partículas
sólidas espalhada sobre um suporte como uma placa de vidro (cromatografia em
camada delgada). Diferentes compostos na mistura da amostra percorrem distâncias
variadas de acordo com a intensidade com que interagem com a fase estacionária em
comparação com a fase móvel. O fator de retenção específico (R f) de cada produto
químico pode ser usado para auxiliar na identificação de uma substância desconhecida.

27
UNIDADE iv | Revisão

A cromatografia em papel é uma técnica que envolve a colocação de um pequeno


ponto ou linha de solução de amostra em uma tira de papel de cromatografia. O papel
é colocado em um recipiente com uma camada rasa de solvente e lacrado. À medida
que o solvente sobe pelo papel, ele encontra a mistura da amostra, que começa a subir
no papel com o solvente. Este papel é feito de celulose, uma substância polar, e os
compostos dentro da mistura viajam mais longe se forem menos polares. Substâncias
mais polares se ligam ao papel de celulose mais rapidamente e, portanto, não viajam
tão longe.

A cromatografia pode ser planar ou em coluna, a cromatografia planar é sub-dividida


em cromatografia em camada delgada (também chamada de capa fina), cujo símbolo é
TLC (do inglês “Thin-Layer Chromatography”), e cromatografia em papel, PC (de “Paper
Chromatography”).

A cromatografia planar foi muito empregada no passado, nas áreas de toxicologia,


análise de corantes e determinação de metais. Uma forma mais atual desta técnica é
denominada HPTLC (“High Performance Thin-Layer Chromatography” – Cromatografia
em Camada Delgada de Alta Eficiência).

Segundo o estudo sobre “Desenvolvimento de método cromatográfico a gás para


determinação simultânea de canabinoides e terpenos em cânhamo”, realizado
por Zuri Zekic e Mitja Krisman, vários métodos para a análise de canabinoides na
cannabis já foram desenvolvidos; entre várias abordagens, a predominante é a análise
cromatográfica, em particular usando cromatografia gasosa (GC) ou cromatografia
líquida de alto desempenho (HPLC).

Segundo Zekic e Krisman, embora a cromatografia gasosa fosse a técnica mais


comum para análise de canabinoides em extratos de cannabis, a HPLC está
ganhando cada vez mais popularidade neste campo de aplicação. A determinação
de canabinoides por HPLC, em comparação com a análise com GC, tem algumas
vantagens significativas; acima de tudo, evita as circunstâncias agravantes
potenciais causadas pela alta temperatura de análise em GC, que afeta os resultados
principalmente durante a fase de injeção da amostra e também indiretamente
durante a própria análise. Os canabinoides são encontrados principalmente em
formas ácidas na planta, que eventualmente descarboxilam se forem expostos a
temperaturas elevadas (WANG et al., 2016).

A temperatura no cromatógrafo de gás também causa o processo de


descarboxilação, que se reflete nos resultados de duas maneiras: não podemos
determinar separadamente as formas ácidas e descarboxiladas de um

28
Revisão | UNIDADE iv

determinado canabinoide, mas apenas seu conteúdo total. Por outro lado, existe
uma probabilidade significativa de que a descarboxilação no injetor não ocorra
completamente (DUSSY et al., 2005).

Segundo apresentado por Zekic e Krisman, especialmente em concentrações mais


altas de canabinoides, isso pode se refletir em valores medidos aparentemente
mais baixos e, consequentemente, em resultados de análise irregulares. Ambos os
problemas podem ser resolvidos com sucesso pela derivatização de canabinoides
(incluindo suas formas ácidas) na amostra.

No entanto, isso representa uma etapa adicional que muitas vezes não é desejável,
porque aumenta a probabilidade de erro experimental e prolonga o tempo de
análise, o que pode ser uma desvantagem considerável em termos de adequação
do método para uso rotineiro. Com a HPLC, todos esses problemas foram evitados
com sucesso, pois alguns métodos relativamente rápidos, simples e eficazes para a
determinação de canabinoides ácidos e descarboxilados em amostras de cannabis já
foram desenvolvidos.

Conforme relatado no estudo, as duas abordagens principais para a análise


cromatográfica de canabinoides no cânhamo aparecem com mais frequência na
literatura; análise direta de um extrato de amostra adequadamente diluído por
cromatografia líquida ou derivatização preliminar do extrato e subsequente análise
por cromatografia gasosa.

Apesar de suas desvantagens mencionadas, a última abordagem ainda está em uso,


um pouco por razões tradicionais, mas também por razões inteiramente práticas, uma
vez que a instrumentação de GC é mais simples e menos cara do que a de HPLC e, às
vezes, consequentemente, é a única disponível.

Para a análise cromatográfica de gás direta de canabinoides, tradicionalmente, a fase


estacionária mais comumente usada é 5% fenil 95% dimetilpolisiloxano, seguido por
100% da fase dimetilpolisiloxano. Recentemente, fases estacionárias mais polares
como 35% fenil 65% dimetilpolissiloxano também têm sido usadas, com um ganho
potencial de seletividade (PHENOMENEX; RESTEK et al., 2020).

A Cannabis sativa é uma planta usada há milhares de anos pelos nossos ancestrais,
com inúmeras respostas terapêuticas, baixo índice de efeito colateral e nenhum
caso de morte.

Existem vários métodos de extração que podem ser utilizados para a extração
do princípio ativo que está localizado nos tricomas. Alguns métodos de extração

29
UNIDADE iv | Revisão

são mais simples e podem ser feitos em casa; porém outros necessitam de
equipamento e profissional especializado para executá-los, esses ativos extraídos
podem ser analisados por meio dos métodos de cromatografia, sendo assim vem
sendo uma ótima opção para a produção de medicamento farmacêutico.

Mas, mesmo com vários estudos na área já sendo realizados e comprovando sua
ação terapêutica essa planta continua sendo proibida e muitas pessoas perdem a
vida devido a essa proibição.

30
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