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CALCULO DO CUSTO

INDUSTRIAL OUTRO
METODO COMPLETO
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO MATERIAL
CONTABILIDADE DE CUSTOS E ANÁLISE DE CUSTOS(INACILMA ANDRADE
2009)
Para elaborar os produtos e serviços que serão disponibilizados aos seus clientes, a empresa
precisa dispor dos insumos necessários para a produção destes produtos e serviços. Estes
insumos precisam ser adquiridos de fornecedores e irão compor os gastos totais de produção.
Todos os gastos da empresa são incorporados à produção do bem (produto) ou do serviço,
como o transporte dos materiais, o seguro, a armazenagem, recepção, vigilância, dentre
outros.
No caso da compra de materiais diretos (matéria-prima, materiais secundários e materiais de
embalagem), se os impostos forem recuperáveis não podem ser acrescidos ao custo de
aquisição se estes e impostos não forem recuperáveis, assim como o Imposto de Importação,
eles devem ser considerados como custo de aquisição. Como forma de avaliação dos
estoques, a empresa pode optar pelo Inventário Permanente e utilizar, como critério de
avaliação o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), o UEPS (Último que Entra,
Primeiro que Sai) ou o Custo Médio Ponderado. Caso a empresa faça a opção pelo
Inventário Periódico, o consumo será avaliado pela fórmula:
CM = EI + CSP – EF
Em que:
EI = Estoque Inicial
CM = Custo da Mercadoria
CSP = Custo Simplificado de Produção
EF = Estoque Final
Segundo Crepaldi (2002), outro método de avaliação dos estoques é o Sistema ABC
dos Estoques. Neste método, os itens do estoque são avaliados de acordo com o que
representa seu valor em relação aos demais itens. E são classificados em grupos (A, B e
C).
• Grupo A os estoques de maior valor têm um controle mais rigoroso; deve ser
inventariado diariamente, semanalmente ou mensalmente;
• Grupo B seu valor não é tão relevante quanto os itens do grupo A, mas também
representam elevada aplicação de recursos; podem ser inventariados mensalmente,
trimestralmente ou semestralmente.
• Grupo C são itens numerosos e em quantidade, contudo, com valores irrelevantes, em
relação aos itens dos grupos A e B. Podem ser inventariados por ocasião do balanço
(anualmente)
As Perdas de Materiais As Perdas são gastos não intencionais. Podem ser classificadas
em:
• normais – são as inerentes ao processo produtivo e fazem parte do custo de
produção;
• anormais – são perdas aleatórias e involuntárias. Podemos citar como exemplo um
incêndio na fábrica. Os materiais perdidos podem, às vezes, ter seu valor recuperado
pela empresa, através da venda de sucatas ou refugos (VICENCONTI, 2001).
Discutiremos esse assunto posteriormente, no tópico sobre os custos da produção
conjunta, subprodutos, sucatas e perda de materiais.
MÃO-DE-OBRA

• Conforme Crepaldi (2002), a mão-de-obra é o custo de qualquer trabalho humano. Se


este custo for facilmente identificável e mensurado com o produto, é denominado
como mão-de-obra direta. Caso este custo não possa ser facilmente mensurável ao
produto, se houver necessidade de utilizar qualquer critério de rateio para apropriar
este custo com a mão-de-obra ao produto, então é denominado como mão-de-obra
indireta.
• A mão-de-obra direta é o gasto relativo ao pessoal que trabalha diretamente na
produção do bem ou do serviço, que é facilmente identificável pelo tempo gasto na
elaboração do produto ou do serviço e que não tem necessidade de utilização de
nenhum critério de rateio para sua apropriação.
• A mão-de-obra indireta refere-se aos gastos relativos com o pessoal que trabalha
indiretamente na elaboração do produto ou do serviço e necessita de critérios de
rateio para sua apropriação. Podemos citar como exemplo o supervisor da produção,
que trabalha com diversas máquinas.
• Tempo ocioso é o tempo em que o funcionário está nas dependências da empresa,
mas não está em atividade laborativa. Por exemplo, o horário do almoço, do
cafezinho ou do batepapo, está na jornada de trabalho prevista contratualmente, mas
não é hora produtiva
CUSTOS INDIRETOS GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO

• Conforme Crepaldi (2002), são os custos que não podem ser identificados
diretamente nos produtos e serviços, necessitando da aplicação de algum tipo de
rateio para a sua apropriação
• Entendemos então que Custos Indiretos são aqueles gastos que para serem
apropriados aos produtos ou serviços, necessitam da utilização de RATEIO.

RATEIO
Segundo Crepaldi (2002), rateio é um artifício empregado para a distribuição dos
custos, ou seja, é o fator pelo qual vamos dividir os Custos Indiretos de Fabricação
(CIFs). Formas de Rateio Primeiro é preciso determinar o critério (ou a base) de rateio
que será utilizado para a apropriação do custo indireto e depois, aplica-se uma regra de
três simples.
Exemplificando:
Exercício extraído e adaptado do livro Curso básico de Contabilidade de Custos, 2 ed.
De Crepaldi, 2002. Determinada empresa tem os seguintes Gastos:
GASTOS PRODUTO A PRODUTO B

Matéria-Prima 35.000,00 26.800,00


Mão-de-Obra 14.350,00 9.620,00
Custos Indiretos de Fabricação 58.970,00
TOTAL 49.350,00 36.420,00

A empresa produziu 2.600 unidades do seu produto do A e 1.800 unidades do produto


B, calcule o custo indireto que deve ser apropriado a cada unidade, sabendo que a
empresa utiliza como critério de rateio o total dos custos direto. Primeiro vamos separar
os custos diretos dos custos indiretos 36420 ∗ 100
𝑥=
85.770 100 49.350 ∗ 100 85770
𝑥= 𝑥 =57,54%
49.350 X 85770 𝑥 = 42,46%

GASTOS PRODUTO PRODUTO B TOTAIS


A
Custos Directos 49.350,00 36.420,00 85.770,00
Percentual de Representação 57,54% 42,46% 100%
Custos Indiretos de 33.929,92 25.040,08 58.970,00
Fabricação
Custo de produção
Descrição Produto A Produto B Total
Custo Directos 49 350,00 36 420,00 85 770,00
Custos Indirectos 33 929,92 25 040,08 58 970,00
Custo Total 83 279,92 61 460,08 144 740,00
Produção
Quantidades 2600 1800 4400
Custo Unitários 32,03 34,14 32,90
Observamos, de que forma os custos indiretos podem ser apropriados aos
produtos (rateio) e os critérios ou bases de rateio utilizadas, bem como a
forma de cálculo. Estes conceitos e definições são relevantes para a
compreensão dos próximos tópicos
Exemplo 2
• Para melhor entendimento, vamos resolver, passo a passo, um
exercício extraído e adaptado do livro Curso Básico de
Contabilidade de Custos, 2 ed. de Crepaldi, 2002,
exemplificando de que forma se realiza a alocação dos custos
indiretos, tomando por base uma empresa IRSA 2000, que
produz dois produtos A e B, e possui a seguinte estrutura de
gastos:
• Gastos em Dolares
• Salário da Fábrica 85.000,00
• Comissão de Vendedores 45.000,00
• Matéria-prima 320.000,00
• Salários da Administração 56.000,00
• Honorários da Diretoria 42.000,00
• Depreciação 25.000,00
• Seguros da Fábrica 12.000,00
• Materiais Diversos – Fábrica 32.000,00
• Manutenção 18.000,00
• Despesas de Entrega 8.000,00
• Material de Expediente 12.000,00
• Totais 655.000,00
Outras Informações

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