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fTnT?y?niT7i?^ H L V
Miguel Bispo dos Santos
I a edição
5a impressão - 2 mil exemplares
Tiragem acumulada: 13 milheiros
2010
Apresentação .................................... 5
O Conflito ................................................................................. 9
Despertando para um d o m ..............................................11
O livramento do anjo ......................................................14
O contrato ........................................................................ 15
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Apresentação
Não há como evitar; quando ela atinge nossos ouvidos pa
rece ser impossível não reagir. A indiferença é mera ilusão,
pois um poder de atração logo começa a tomar conta das nos
sas expressões e, num instante, somos levados aos mais distan
tes lugares da nossa própria alma. Lugares esses, onde senti
mentos ocultos, sonhos curtidos e até a vontade impossível de
ser uma outra pessoa, se concretizam por alguns mágicos mi
nutos. A música é assim: um poder que tem uma fórmula cer
ta e programada para despertar impressões no profundo do
nosso íntimo, que só ela pode trazer até a superfície.
N a combinação da poesia com os sons e ritmos, muitos bilhões
de seres humanos das mais diversas culturas, nos mais variados
países e com os mais difusos objetivos, são embalados para a paz
ou para a guerra, desabafo ou repressão, êxtase, frustração, excita
ção, calma, sexo, fidelidade, traição, prisão, liberdade, amor ou
ódio, ofensa ou louvor. Todos os dias as ondas musicais nos envol
vem junto com esses sentimentos e, dizer que não são importan
tes, é o mesmo que enfiar a cabeça na areia, pensando que aquilo
que está lá fora deixará de existir só porque não vemos mais.
A idéia, aqui, não é apresentar um estudo acadêmico, cien
tífico ou uma grande análise técnica sobre o assunto. E ofere
cer um painel de experiências pessoais e informações gerais que
levem você a uma posição menos inconsciente e passiva quan
do estiver ouvindo alguma música. Na verdade, este livro é um
testemunho pessoal e o resultado de pesquisas sobre o tema. O
objetivo da obra não é ser um alicerce no assunto, mas apenas
mais um tijolo na construção da opinião própria do leitor. Afi
nal, é como se diz: “Somos, em muito, a música que ouvimos”.
Os editores
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Agradecimentos
Agradeço aos meus amigos e familiares que, com muito des
prendimento e paciência, me apoiaram em decisões importan
tíssimas. Por muitas vezes eles foram meus conselheiros, ajuda-
dores e incentivadores.
A todos, minha eterna gratidão.
Dedico esta obra aos milhões de jovens que todos os dias li
gam seus aparelhos de som para ouvir música e não fazem a
menor idéia das forças e influências a que estão expostos.
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O conflito
Livre das garras do sucesso
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N
ão sei como explicar. Era uma sensação estranha e
incômoda. Parecia haver alguém ali ao meu lado e
bem próximo à minha cama. Eu estava pronto para
dormir, após ter tido momentos de meditação pro
funda sobre minha vida e passado pela leitura de al
guns versos bíblicos. Essa presença se achegou devagarinho
conforme se aproximava mais, era como se minhas forças fos
sem indo embora. Não era a fase entre a consciência e o sono
V comum. Eu estava acordado, estava consciente. Depois de al
guns momentos, o silêncio foi quebrado em minha mente.
- Se você me seguir darei tudo o que quiser. Você terá fama,
poder, muita gente sob sua influência, mas para isso terá que
seguir-me até o fim e deixar aquele povo.
- Deixe-me em paz! Já sei quem você é!
- Sabe mesmo, Miguel? Se não me aceitar agora, vou des
truir você aqui mesmo, pois do ponto em que você está não
pode haver mais volta.
Realmente eu não me sentia mais em casa. Mesmo sem ter
saído do meu quarto, sentia como se estivesse em um lugar
completamente diferente de qualquer outro em que já tinha
estado. Era horrível!
- Deixe-me em paz. A única coisa que quero é estar com
Cristo e ajudar as pessoas.
- Não fale esse nome aqui! Aonde você chegou não há
mais volta.
- Você está mentindo! Cristo! Vem me ajudar!
Decidi naquele instante não dialogar mais com o diabo e
fechar meus pensamentos para as suas tentações. N o esconde
rijo da minha mente (Satanás não pode ler nossos pensamen
tos) eu buscava desesperadamente a Jesus. Mas o tentador
continuava a me abordar com muitas ameaças que não acres
centam em nada serem mencionadas. Senti uma pressão terrí
vel em meu corpo, como se ele estivesse sendo espancado qua
se ao esmagamento. Gritei: “Você pode me destruir, mas vou
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0 conflito
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Livre das garras do sucesso
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_I ' m
Livre das garras do sucesso
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O livramento do anjo
Era madrugada fria. As ruas desertas inspiravam um senti
mento de insegurança. Eu e um amigo, que me acompanha
va, voltávamos de mais um show. Aparentemente sozinhos,
não nos apercebemos de que estávamos sendo seguidos por
marginais. A situação foi ficando cada vez mais tensa. Como
naqueles filmes de animais em que a caça é espreitada pelo
u caçador, nós dois estávamos sendo cercados pelos bandidos.
Contudo, inexplicavelmente, senti a presença do meu anjo
da guarda ao meu lado. Não era uma impressão. Era percepti-
velmente presente aquele poder. Eu o vi. Sem nenhum moti
vo aparente, aqueles marginais pareciam não conseguir nos
atacar. Foi um milagroso salvamento. Só quem passa por isso
pode entender a angústia e o alívio que tivemos quase que si
multaneamente naquela madrugada. Por algum tempo receei
contar o que havia acontecido, pois achava que ninguém iria
acreditar na história. Até que um dia, falando para um senhor
cristão sobre o ocorrido, ouvi algo dele que começou a fazer
diferença em minha existência: “Miguel, Deus tem um propó
sito para a sua vida. Um dia você vai saber qual é.” Esse fato
aconteceu em 1986.
Em 1988, dois anos depois daquela madrugada fria, percebi
que minha vida iria passar por uma mudança completa. Esta
va diante de uma grande decisão que não poderia mais ser
adiada. Ao mesmo tempo que eu me envolvia cada vez mais
com a música e fazia bons contatos com gravadoras, sentia que
Deus queria me mostrar outros caminhos.
Certa noite sonhei com a segunda vinda de Cristo. Estra
nho sonho para quem tinha na cabeça só rock e música po
pular. Eu tinha a sensação de que Deus queria dizer algo es
pecial para mim. Mas onde estava Deus? Ele não passava de
uma lembrança da infância, de alguém perdido em minha
própria história. Com falta de visão, não havia percebido que
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0 conflito
O contrato
Justamente nessa época de um novo despertar espiritual,
um telefonema pareceu ser a resposta de todos os meus pedi-
dos. Era uma gravadora de discos solicitando para eu compa- y
recer a uma entrevista, em que minhas letras seriam aprecia-
das. A festa foi geral! Amigos, parentes, todos me parabeniza
vam dizendo que eu estava diante da grande oportunidade da
minha vida e, sem vacilar, fui radiante para o local marcado.
Após cumprimentos e uma calorosa recepção, o empresário
da gravadora me apresentou a quatro jovens músicos que for
mavam uma banda a ser lançada pela empresa. Eles precisavam
de letras inéditas e gostariam de ouvir algumas das minhas para
compor seu repertório. Expus algumas delas e, para minha sur
presa, foram aceitas de imediato. Eu quase não podia acreditar
no que estava acontecendo. Tudo estava indo tão bem!
- Por favor, Miguel, poderiamos conversar em particular? -
disse o empresário que nos ouvia.
- Certamente! - respondi de imediato.
Entramos numa sala ao lado daquela onde estava a banda.
Com um ar amigo e de muito interesse, aquele homem elogiou
meu trabalho e falou por alguns instantes das grandes possibi
lidades que o futuro me vislumbrava.
- Miguel, você usa álcool? Usa drogas ou outros tipos de en
torpecentes? - perguntou ele com total naturalidade.
- De forma alguma - respondi. - A educação que recebi em
minha casa foi a de recusar qualquer coisa que faça mal à mi
nha saúde, inclusive cigarros, bebidas e drogas.
- Então, Miguel, como você se agüentará em pé durante
uma noite inteira de show?
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Livre das garras do sucesso
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Livre das garras do sucesso
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D
dia 13 de agosto de 1998 sem sequer ter dormido.
Passou a noite inteirinha embalado por muita músi
ca rock das grandes bandas dos anos 70. Música po
pular brasileira e latas de cola de sapateiro que chei
rava vertiginosamente. Seu grande plano para aquele dia era
gravar, pela manhã, o programa de clássicos do rock, na MTV.
Pouco antes da esperada programação, Dona Maria de Fátima,
V 44 anos, mãe de Donald, chega à casa, cansada de trabalhar a
noite toda. Nervosa com a situação, desliga a TV.
Enfurecido, o moço perdeu a razão e com uma banqueta
atacou a própria mãe. Posteriormente, ele mesmo contou fria
mente: “Primeiro fiquei pisando nela e dando golpes em sua
cabeça com o banco. Depois joguei cola em cima do seu cor
po. Daí peguei a faca e enfiei no pescoço dela.”
O rapaz, que era guitarrista, dizia que seu maior sonho era
montar uma banda e cair na estrada fazendo shows.
Segundo os vizinhos, Donald era uma pessoa calada e não
tinha muitos amigos na rua. Vivia trancado em casa escutan
do música bem forte.
N a delegacia, Donald contou aos jornalistas que seus ídolos
são Pink Floyd e Led Zeppelin. Tal era seu apego aos astros do
rock que seu cachorro chamava-se Bob Marley, em homena
gem ao rei do reggae.
“Minha mãe não gostava de nada que eu fazia. Agora eu já
era. Não sei nem se vou poder tocar mais guitarra”, desabafou
o roqueiro acusado de assassinato.
Minha intenção não é fazer sensacionalismo, mas gostaria
que você parasse para refletir um pouco sobre as poderosas in
fluências que músicos e suas músicas podem ter sobre as pes
soas que os ouvem.
Quando minha amiga, ao me presentear com uma pequena
Bíblia, me disse que Deus não permitiría que eu fosse destruído
pela “música do mal”, eu fiquei intrigado com a expressão que
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Música do mal?
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Livre das garras do sucesso
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Música do mal?
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Livre das garras do sucesso
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O rock de Deus
Para mim, a música que eu fazia era a expressão de mim
mesmo. Como num retrato musical dos meus pensamentos,
imagens que antes de serem compostas por filme ou papel,
eram compostas por notas, ritmos e poesia.
Todo músico ou compositor inspira-se em outros para fazer
suas músicas (lembra-se quando eu disse que ficava no quarto
lendo e ouvindo tudo o que podia para encontrar inspiração?).
Partindo desse ponto, fica claro que até mesmo os composito
res e músicos cristãos receberam influência de outro músico ou
cantor, ou de seu estilo musical.
A palavra-chave aqui é influência. Diz a Bíblia: “Anda com
os sábios e serás sábio.” Provérbios 13:20.
Seria possível louvar o nome de Deus e evidenciá-lo na
vida das pessoas por meio da música baseada em coisas que
não fazem parte da inspiração divina? Poderia uma pequena
dose de permissividade ser tolerada com o intuito de cativar
pessoas que estão fora da igreja? Ao olhar o que está aconte
cendo hoje, parece que para muitos a resposta é sim.
Em nome de “levar Jesus às pessoas onde quer que elas es
tejam”, estamos vendo espetáculos verdadeiramente bizarros
que, ao contrário de transformá-las, parece mais que são adap
tados às suas anteriores influências.
Todos sabem que o Carnaval é uma festa pagã, inspirada
pelo mal para desvirtuar pessoas dos caminhos de Deus e sujei
tá-las às baixas paixões. Pois bem, que tal comunicarmos Jesus
para o povo que vai aos desfiles das escolas de samba, criando
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Música do mal?
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Livre das garras do sucesso
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Música do mal?
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Um encontro
no auditório
Livre das garras do sucesso
S
emanas depois do encontro na gravadora, eu estava
voltando de uma feira livre. Exausto de carregar uma
pesada sacola, parei na calçada por alguns instantes
para descansar as mãos. Enquanto estava ali, minha
^ atenção foi atraída para grandes lonas espalhadas pelo
chão. Parecia que iam montar um circo no bairro. De repente
senti meu braço formigar estranhamente. Não era um formi-
gamento motivado pelo cansaço, era como se alguém o esti-
vesse apertando, e inexplicavelmente ele se levantou sozinho
e apontou para uma placa onde estava escrito: “Auditório
Vida Feliz. Venha com a família”. Simultaneamente, ouvi uma
voz falar em minha mente: “Miguel, aqui é o seu lugar. Um dia
você estará aqui.” Assustado, peguei a sacola e me retirei rapi-
damente dali. Mas aquela voz havia sido gravada em meu cé
rebro e, por isso, continuava a se repetir.
Algum tempo depois, ao procurar um amigo guitarrista
em sua casa, ouvi da mãe do rapaz que ele não estava, pois
havia semanas que estava assistindo às palestras sobre vícios
numa tenda armada no Jardim Luso (zona sul da cidade de
São Paulo). Fiquei intrigado e saí dali pensando: “Estranho...
ele não bebe nem fuma... que interesse pode ter nisso?” R e
solví procurá-lo na tenda.
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Um encontro no auditório
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Livre das garras do sucesso
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Um encontro no auditório
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O encontro com
Satanás no ônibus
> e o livramento
de Deus
Livre das garras do sucesso
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V
latei aquele momento de desespero que senti sozi
nho em meu quarto e como estava sendo literalmen
te pressionado pelo diabo a tomar uma decisão em
minha vida?
A oferta era dinheiro, sucesso, influência e tudo o que eu
pudesse desejar. O pagamento era a minha alma depositada em
suas garras.
Quando eu clamei a Jesus por livramento, uma pequena luz
brilhou na escuridão terrível em que eu estava mergulhado e,
conforme ela ia aumentando e rompendo as trevas, eu ia sen
tindo paz como nunca tinha sentido antes.
Lá, em meu quarto, sem poder fazer qualquer movimento,
eu ouvi em minha mente o Espírito de Deus falando comigo:
- Levante, Miguel! Você venceu. Você é um dos Meus fi
lhos. Muitos são os que caem, mas você é forte. Eu vou estar
com você como sempre estive.
- É o Senhor? - perguntei.
- Vim porque escutei o seu clamor - disse a voz em mi
nha mente.
Naquele instante senti como se a vida retornasse ao
meu corpo.
Um grito horrível e penetrante ecoou por todo o quarto.
Era o inimigo indo embora. Mas graças ao Senhor a última
coisa que ouvi foi a promessa maravilhosa de que Ele jamais
me abandonaria.
Aquela batalha havia sido vencida, mas ainda teria uma
outra mais dramática.
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0 encontro com Satanás no ônibus e o livramento de Deus
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Livre das garras do sucesso
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0 encontro com Satanás no ônibus e o livramento de Deus
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fazer diferente do que se fazia na música do seu tempo. Deci-
diu sair do rebanho manipulado.
A verdade é que há males que a gente pode minimizar, mas
nunca eliminá-los. Podemos resistir a eles e formar nosso am
biente em vez de sermos moldados por eles.
O rock e a música popular dominam o mundo; contudo,
você não precisa ser dominado por eles. N ão precisa ter sua
mente estimulada com seus entorpecentes refrões, e seu pen
samento dirigido por suas letras vazias de inspiração do alto e v
cheias das paixões baixas. Não há como eliminá-los do mun
do, mas há como anulá-los em sua vida.
Você vencer a si próprio - isto é, suas fraquezas - é a maior
vitória que poderá conseguir.
Lembre-se sempre de uma coisa: a torcida pode vaiar, os
companheiros de jogo podem reclamar, o juiz ameaçar uma
expulsão de campo, mas se você estiver certo de que o que está
decidindo é da vontade de Deus - isso você pode descobrir
com muita oração e leitura da Bíblia - então segure na mão
dEle e avance. A vitória é certa!
O milagre do ônibus
Todo aquele conflito em meu quarto aconteceu no mês de
setembro de 1988.
Eu tinha sentido o desejo de compor um poema onde as
pessoas fossem convidadas a deixar os vícios, e imaginei que
ele pudesse ser lido pelo Pastor Alcides Campolongo no final
de mais uma das suas empolgantes palestras.
Escrevi:
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Livre das garras do sucesso
Pare de beber
Pare de fumar
Sigam todos esse mesmo exemplo
Pare de beber
Pare de fumar
Pois os vícios só trazem sofrimento
Peça a Deus, Ele pode ajudar
Pare de fumar
Deixe os vícios para lá.
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0 encontro com Satanás no ônibus e o livramento de Deis
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Livre das garras do sucesso
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0 encontro com Satanás no ônibus e o livramento de Deus
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O dia da entrega
e a perseguição
no trabalho
Livre das garras do sucesso
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0 dia da entrega e a perseguição no trabalho
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Livre das garras do sucesso
“Pai, sinto que algo me diz para não ir a essa excursão, mas eu
não sei o que fazer. Não quero deixar meus amigos frustrados.
Senhor, se não for da Tua vontade que eu vá, então me deixa
de cama.” Lembro-me de que pensei comigo: “Se alguma coi
sa der errado nesse passeio é um sinal de que Deus me quer ser
vindo a Ele em Seu evangelho.”
N o dia seguinte saí para o trabalho. Chegando lá, meus co
legas perceberam umas manchas estranhas em meu rosto, pa-
u recidas com sarampo. Fui imediatamente até a enfermaria e o
médico me mandou ficar cinco dias em casa, sem tomar nada
de sol e ficar em repouso absoluto. Perguntei-lhe:
- Não posso ir à praia, doutor?
Ele virou-se para mim e, com um olhar de repreensão, falou
ironicamente:
- Se quiser morrer, pode ir.
Aquilo me soou como um alerta.
Dois dias depois, quando o pessoal voltou de viagem, Ro-
sely e Josuel, guitarrista e arranjador das minhas músicas (as
que eu apresentei na gravadora), vieram me contar como foi o
passeio.
- Miguel - disseram eles - foi muito bom você não ter ido
conosco. Só deu confusão! Houve briga, problemas e, ainda
por cima de tudo, aconteceu uma desgraça: uma pessoa mor
reu afogada.
Acredite se quiser, mas no dia em que a turma retornou do
passeio à praia, eu não estava mais doente.
Só posso dar glórias ao nome de Jesus, pois fui livrado do
vale da sombra da morte. E como disse Davi no Salmo 23:4 (o
Salmo do Pastor): “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra
da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a
Tua vara e o Teu cajado me consolam.”
Ter o consolo de Deus é dizer definitivamente não ao dia
bo e isso torna você um incômodo para muita gente que está
longe de Jesus.
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0 dia da entrega e a perseguição no trabalho
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A mudança de ambiente no trabalho
Após meu batismo, de um funcionário respeitado e até ad
mirado pelos colegas, passei a ser alvo de todo tipo de gozação.
Certo dia eu estava descendo ao andar térreo da empresa
para ir ao banco. Ao chegar e entrar na fila, senti que o am
biente em volta de mim mudou. Um sujeito veio até onde eu
estava, pegou em meu braço e, apertando-o com muita força,
olhou-me fixamente com um olhar de ódio. Foi como se dis- w
sesse de boca fechada: “Vou destruir você! Eu o odeio!”
Minha reação foi atender a uma ordem que veio à minha
mente: “Fale de Mim para ele.” E eu disse: “Jesus te ama. A cei
ta-O.” Aquela pessoa soltou-me imediatamente o braço e, vi-
rando-se, foi embora.
Alguns dias depois, esse jovem que me apertou o braço na
fila do banco procurou-me e perguntou se eu era evangélico.
Respondi que era um cristão recentemente batizado e pergun-
tei-lhe por que havia feito aquilo comigo na fila do banco. Ele
me respondeu: “Eu sou dos orixás. Sou pai-de-santo e eles o
odeiam, não querem me ver ao seu lado e me mandaram segui-
lo até que você deixe essa idéia de ser cristão.”
Passei por muitas situações difíceis no meu trabalho por
causa da amizade que tinha com Jesus. Minha fé foi testada.
Mas o momento em que tive mais apreensão, foi quando cin
co colegas de setor aproveitaram a ausência do encarregado
para passar a zombar de mim e do Senhor. Um deles, no calor
das “brincadeiras”, pegou uma corda de náilon e dando uma
volta por trás de onde eu estava, apertou-a ao meu pescoço.
Percebi que a situação estava saindo do controle, pois em seus
olhos havia ódio e da sua boca só saía xingamento contra
mim. Ele estava possesso. Dizia entre os palavrões: “Abando
ne esse Jesus ou eu mato você.”
Os outros que estavam ali, riam muito e, querendo ver o
circo pegar fogo, colocaram em minhas mãos um estilete para
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Livre das garras do sucesso
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0 dia da entrega e a perseguigão no trabalho
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Nas mãos
do
Livre das garras do sucesso
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N
o mundo de hoje, parece que só há espaço para as
coisas sobrenaturais que o inimigo opera. As pessoas
acreditam em coisas absurdas como duendes, fadas,
magia negra, mandingas, curas por meio de espíritos
de mortos, astrologia e todas as formas de adivinha
ção e macumba. Mas quando alguém fala abertamente dos
lagres maravilhosos de Deus, parece que um certo ceticismo
paira no ambiente.
De duas uma: ou Deus não tem tanto poder assim ou as pes
soas é que estão dessintonizadas e insensíveis às Suas manifes
tações. Creio que há muito mais lógica em acreditarmos na se
gunda possibilidade.
Não sou diferente de nenhuma pessoa, mas tenho tido ex
periências maravilhosas com o Senhor e, a cada momento que
me firmo ainda mais nelas, percebo que abro caminho para ou
tras de maior significado.
Fazer distinção entre a música que Deus aprova e aquela
que não é inspirada por Ele, não é tão difícil assim. Quando
você está sintonizado com as coisas do Céu, é natural que
sua inclinação e percepção se voltem para elas. Isso faz com
que qualquer coisa fora disso pareça estranho. Contudo,
hoje em dia, as pessoas praticamente só recebem influências
das coisas baixas de Satanás. Talvez você possa comprovar
isso analisando seu dia. Logo que levanta da cama, os pri
meiros pensamentos são referentes às inúmeras tarefas que o
aguardam durante o dia. O café da manhã é tomado às pres
sas (quando é tomado) e entre os solavancos do ônibus, os
congestionamentos dos cruzamentos e o terrorismo do reló
gio, que insiste em continuar andando, você tem seus pen
samentos cativos no estresse, nas dificuldades que agora são
ainda aumentadas e no cansaço que já é grande. Alguns ain
da ficam sintonizados nas notícias desanimadoras dos jor
nais e em suas esperanças desfeitas.
O trabalho mal se inicia e já parece que o dia está acaban-
Nas mãos do sucesso
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Livre das garras do sucesso
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tinha absoluta certeza de que estaria da mesma forma me ilu
dindo - a música “religiosa” que faz sucesso é, muitas vezes, tão
mundana como qualquer outra.
Como comentei anteriormente, em 1990 tive a oportuni
dade de fazer algo que nunca pensei antes: ser um representan
te de literatura religiosa.
O despertamento para esse chamado aconteceu de forma
curiosa. Dois anos antes, um moço pediu à minha mãe para ela
1 1 fazer o favor de guardar uma caixa lá na garagem de casa. Dei
xou a caixa dizendo que era só por algum tempo, mas sumiu e
nunca mais voltou para buscar o que era seu. Muito tempo de
pois, mexendo nas coisas da garagem, abri essa caixa e encon
trei ali dentro vários folhetos falando sobre a volta de Jesus, al
gumas Bíblias e um livro por título “O Colportor-Evangelista”
- colportor é uma palavra de origem francesa e quer dizer: ven
dedor de livros. Abrindo o livro, vi uma figura que me chamou
muito a atenção: era uma pintura de um colportor jovem que
tinha ao seu lado um anjo apontando para uma cidade a ser
evangelizada. Aquele quadro gravou fundo em meu pensa
mento.
Meses depois, num sábado de manhã, fui assistir ao culto
em minha igreja e lá estava um jovem senhor que dirigiu o cul
to. Em sua mensagem fez um apelo para que se alguém sentis
se o chamado para uma obra divina, seria bem-vindo à missão
de colportor-evangelista. Naquela manhã eu e um amigo deci
dimos atender ao chamado e fazer o trabalho.
Foi um período incrível na minha vida! Sentia Deus ao
meu lado! Dependia completamente dEle e passei por expe
riências inesquecíveis. Logo no primeiro dia que saí para tra
balhar, presenciei o livramento do anjo do Senhor.
Eu e um companheiro estávamos visitando algumas casas
no Jardim Selma, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo.
Após ter tocado a campainha de uma residência, meu amigo
entrou no quintal da casa, achando que seria melhor visto pela
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Nas mãos do_________
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_ Livre das garras do sucesso
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ÓO
Nas mãos do sucesso
O conceito de sucesso
Você acha que Deus não pode também fazer coisas incríveis
em sua vida? Pode sim! Ele quer fazer tudo que for preciso para
você ter sucesso.
Hoje o conceito de sucesso é algo completamente desvir
tuado. Para a maioria esmagadora dos quase 7 bilhões de pes
soas que vivem no mundo, essa palavra está associada à obten
ção de posses materiais, juntando ao redor de si tudo o que a
propaganda e a sociedade consumista dizem ser bom e útil. Su
cesso para eles é estar em cima de palcos, ter as câmeras volta
das para eles mesmos, sobressair da média, custe o que custar.
Mas isso sem Deus é fracasso, é euforia que antecede a agonia.
Diz a Palavra de Deus: “Melhor é o pouco havendo o te
mor do Senhor, do que grande tesouro onde há inquietação.”
Provérbios 15:16.
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Livre das garras do sucesso
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Não existe sucesso verdadeiro sem paz com Deus. Não exis
te paz com Deus sem obediência. Não existe obediência sem
humildade. Não existe humildade sem lutas contra nossa pró
pria natureza orgulhosa. Isso quer dizer que sucesso, na ótica
de Deus, é vencer os falsos conceitos do mundo e, principal
mente, a nós próprios. E sujeitar nossas ambições à Sua vonta
de, é conduzir nossos passos em Seus caminhos, é vencer onde
o mundo fracassa, e finalmente é herdar a vida eterna, onde
v tudo aquilo que as pessoas mais buscaram durante seus poucos
e vãos anos de vida na Terra estará à disposição dos filhos de
Deus para toda a eternidade.
Sucesso é viver uma vida com Jesus!
Hoje, vivo uma vida de realização e certeza. Deus me pro
porciona tudo o que preciso para vencer cada dia. Mesmo com
lutas, momentos de provação e muitas vezes lágrimas. Ele tem
sido meu braço forte, tem sido a mão que não falha nas horas
difíceis e tem me levado a repousar na certeza da Sua miseri
córdia. Tenho minha família e vivo muito feliz.
Praticamente, todas as semanas visito escolas e igrejas para
contar a minha experiência e de como escapei das garras do
sucesso do diabo. Falo do amor de Deus e tenho ajudado, com
o meu testemunho, muitos jovens que estão na mesma situa
ção de decisão em que eu estive alguns anos atrás.
Deixo sempre a certeza de uma coisa: nada pode valer mais
do que a vida eterna. Estamos nos últimos momentos da his
tória deste mundo e, logo mais, quando Jesus estiver regressan
do nas nuvens do céu, aqueles que foram fiéis a Ele, nos passa
geiros anos desta vida, receberão essa maravilhosa e indescri
tível recompensa. Isso é que é sucesso!
Ó2
Música
em perguntas
e respostas
Livre das garras do sucesso
' ■------------------------------------------------------------------------------- ^
A
intenção deste livro está longe de ser a resposta fi-
nal sobre o que é certo ou errado na música. Trata-
se de um testemunho pessoal, um estímulo ao pen
samento e um incentivo a se ter uma opinião pró
pria sobre o tema.
Esta última parte é dedicada às perguntas mais comuns que
surgem na mente das pessoas ao se falar em música. As respos
tas foram apoiadas nas muitas literaturas, entrevistas e maté-
u rias sobre o assunto. Contudo, sua própria experiência pessoal
pode enriquecer essas questões e dar ainda mais sentido às res
postas.
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Música em perguntas e respostas
#
Deus não pode usar alguns dos meios de Satanás para levar
você a decidir-se. Ele não pode mentir, enganar, ludibriar, usar
meios ilícitos, disfarçar, enfim: Deus não pode oferecer uma
coisa e entregar outra. Ele é a plenitude da verdade, da vida e
do amor. Quando Ele usa um meio de comunicação com você,
não pode manipular esse meio para enganá-lo. O mal é algo
completamente desconhecido na personalidade de Deus - em
bora seitas espiritualistas e a Nova Era digam que o Bem e o
Mal são partes do mesmo todo que compõe aquilo que cha- v
mam de deus. A verdade é como o óleo que não se mistura
com a água, pois não existe a menor possibilidade de união en
tre o Bem e o Mal.
Quando Deus inspira um compositor ou cantor com Sua
música, essa música nunca leva a marca do sexo distorcido,
das tendências animalescas e da conivência com o erro. Ela
não é hipnótica e não possui mensagens que induzem às
práticas ruins.
A música de Deus nos chama a uma escolha. Ela mostra o
Seu incrível amor por nós e toca no fundo do nosso ser. A mú
sica de Deus é um instrumento do Espírito Santo para nos
conduzir à vida eterna. Ela nos leva ao arrependimento, nos
leva ao encontro com Jesus.
A música do diabo é o oposto.
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zir uma infinidade de sons (as vibrações que saem das cordas
vocais) nos mais diferentes tons e timbres. As pessoas podem
usar a voz para emitir sons agudos ou graves, fortes ou fracos e
em ritmos variados. Dizem que até mesmo quando se fala exe
cuta-se música - a musicalidade da língua.
Não é apenas o ser humano que produz sons. A natureza faz
isso também. A chuva na mata e no lago, os insetos, os ani
mais, as plantas ao agitar do vento, o vento entre as monta-
1 1 nhas. Quase tudo à nossa volta é som. Contudo, somente nós,
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Segundo a visão que tivemos nos versículos citados, se
ria correto dizermos que a bateria ou a guitarra são instru
mentos do mal? Logicamente que não! O mal não está ne
les, mas sim nas pessoas que os tocam, e também na manei
ra como são tocados.
Ninguém diria que o piano é um instrumento indigno de
estar numa igreja, mas o que dizer quando analisamos a his
tória e vemos que ele era o mais popular instrumento tocado
nos saraus, cabarés, salões de dança e lugares mundanos do v
passado? Que astros do blue, jazz e rock o usam nos seus su
cessos? O que dizer do rock embalado por Elton John em seu
piano de cauda?
Não faz muito tempo, estive numa igreja - na verdade um
pequeno barracão erguido num distante bairro da região me
tropolitana de São Paulo - onde o louvor era acompanhado
por três cavaquinhos e um violão. Havia reverência ali e mú
sica inspiradora.
Os contrastes até aqui apontados servem para chegarmos a
outra conclusão. Qualquer instrumento pode ser um desrespei
to à presença de Deus ou uma boa ferramenta de adoração (a
voz humana está incluída nisto também) se for usada com de
cência. Sobre esse assunto, Paulo escreveu aos coríntios, quan
do fez diretas referências à forma de condução das reuniões re
ligiosas, no seguinte alerta: “Portanto, façam tudo com decên
cia e ordem.” I Coríntios 14:40.
Decência e ordem são as condições básicas para as reuniões
na igreja serem proveitosas. Neste prisma, uma música em que
o guitarrista faz sons frenéticos e dissonantes, onde o som pode
ser escutado no outro quarteirão, não é uma música decente
nem ordeira. Da mesma forma, quando o baterista marca o rit
mo constantemente a ponto de transformar um hino num ba
tuque tribal, ou o grupo musical numa banda de danceteria.
Outro aspecto importante é o do bom senso. Pessoas di
rigidas pelo Espírito Santo são cheias de equilíbrio, e isto se
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Ávida por novidades intensas - característica bem comum
de quem está insatisfeito e frustrado - a pessoa envolvida nes
sa teia não desenvolve um senso crítico, alerta e atuante em
todos os ângulos da sua vida. Quando menos espera, está assis
tindo ao programa-lixo da TV na ansiedade de descobrir, no
próximo quadro, algo que lhe preencha o vazio, ou então ou
vindo uma música que lhe dê algum prazer.
Seja você o senhor da sua escolha. Não permita que a má
quina do marketing escolha por você, que ela dite suas prefe- v
rências. Coloque-a no seu devido lugar: uma divulgadora de
opções.
Aqui vão algumas sugestões para você escolher bem a mú
sica que lhe trará verdadeiros benefícios:
1. Se a música for acompanhada de uma letra, procure ana
lisar racionalmente a mensagem que ela transmite. Com
preenda o que realmente está sendo cantado e como isso exer
cerá influência sobre você. Se essa letra fala apenas de roman
ce vazio, sexo, drogas, satanismo, agressividade ou simples
mente não diz nada, então é melhor você fechar os ouvidos
aos três ou quatro minutos de péssima influência que ela esta
rá lhe comunicando, mesmo que o ritmo seja envolvente.
2. Se tiver condições, analise o compositor da música, pois
certamente ele, como pessoa, estará representado na sua obra.
Se ele for uma pessoa desatinada, com forte relacionamento,
com valores que fogem aos verdadeiros princípios de uma vida
correta, ouvir suas composições será o mesmo que sujeitar-se à
sua influência.
3. Observe os efeitos que a música que você está ouvindo
causa no seu egoísmo ou mesmo em seu comportamento. Se
ela apelar para a excitação de sentimentos baixos, “machucar”
seus ouvidos, confundir o seu raciocínio e inviabilizar sua con
centração ou relaxamento, ligue o sinal vermelho. E quase
certo que você esteja se sujeitando a um risco real.
4- N ão acredite que tudo que parece bom seja realmen-
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te bom. N ão é porque uma música está sendo apresentada
no culto da igreja, que isto significa que ela seja boa. Tam
bém não é porque uma composição está sendo tocada
numa guitarra, que isso vá significar que ela não preste.
Leve em consideração os outros fatores já mencionados, e
você poderá fazer sua escolha adequadamente. Contudo,
fica uma última sugestão: na dúvida, peça sinceramente a
Deus para lhe orientar e, como Ele nunca nega orientação,
u certamente colocará em sua mente a visão daquilo que
normalmente não se vê.
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Do que falam as letras do rock?
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A letra de uma música tem tudo a ver com o que seu
autor tem na cabeça. Ela é uma expressão dos seus sentimen-
tos e um campo bastante livre para ele revelar o que geral men
te não diria de outra forma. Portanto, prestar atenção nela e
não só na melodia, pode ser uma boa maneira de selecionar o
que você vai ouvir.
Em regra geral, o rock fala sobre sexo livre, violência, vadia
gem, satanismo, sentimentos confusos e drogas. Mas alguns
deles falam também sobre coisas mais leves, romance e até
possuem mensagens ditas como positivas. Será?
David Bowie, em entrevista à revista Rolling Stones, prestou
o seguinte depoimento: “O rock sempre foi a música do demô
nio. Eu acredito que o Rock and Roll seja perigoso. Sinto que
estamos brincando com algo mais assustador do que imagina
mos.” Por certo ele fez essa declaração bem consciente.
Nos Estados Unidos, pais preocupados com a influência no
civa da música na vida dos seus filhos fundaram uma organiza
ção chamada Parents Music Resource Center (PMRC), com o
objetivo de reduzir a força do rock na vida dos filhos.
No ano passado, depois de seis meses de polêmicas que le
varam inclusive à realização de audiências no Congresso dos
Estados Unidos, esse grupo conseguiu que, a partir daquela
data, as gravações com letras explícitas sobre sexo, violência e
drogas tivessem, obrigatoriamente, na capa um rótulo alertan
do para o seu conteúdo, e na contracapa as letras impressas.
Os integrantes da PMRC acreditam que muitos dos cinco
mil suicídios de adolescentes registrados anualmente nos Esta
dos Unidos são provocados, em parte, pelas letras explícitas de
rock, que incitam à violência e ao sadomasoquismo. E isso é
confirmado pelo psicólogo Bruno Bettecheim, professor da
Universidade de Chicago e autor de vários livros.
Aqui vão algumas letras traduzidas de rocks famosos e bre
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Comentário
Interessante como esta música apresenta de maneira crua e
fria a realidade daqueles que estão cativos do álcool. Contudo,
ela não sugere uma saída ou um desestimulo ao vício. Afirma,
sim, que a única saída dele é a morte. Como você acha que um
dependente da bebida se sente quando ouve uma música dessa?
Esta música foi escrita quando o vocalista do AC/DC, Bom
Scott, morreu de coma alcoólico.
Comentário
Robert Johnson foi um artista de blues da década de trinta,
de carreira tão influente quanto curta. Gravou pouco mais de
20 músicas antes de ser morto por um marido ciumento, mas
influenciou todo o blues e rock que se fez desde então. Johnson
afirmava ter feito um pacto com o demônio. Sua história, es
tilizada, é abordada no filme A Encruzilhada (Crossroads, com
Ralph Machio, ator também do filme Karatê Kid).
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Use toda a sua bem estudada educação
Ou vou deixar a sua alma penando
Me diga, baby, qual o meu nome
Me diga, querida baby, qual o meu nome?
Me diga, baby, qual o meu nome?
Eu vou te dizer uma vez, você é a culpada
Comentário
Esta música teria sido inspirada por Anthony La Vey, o \t
mais influente satanista do século 20, fundador e líder da Igre
ja de Satã.
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Comentário
Triste realidade de alguém que não tem controle sobre seu
futuro e que se sujeitou ao controle do diabo.
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Comentário
Com uma melodia envolvente, a letra traz um forte apelo à
união de todos. Esse tipo de música funciona como um cosmé
tico, pois mais do que pregar a paz mundial, acaba promoven
do a imagem “politicamente correta” de muitos cantores que
dela participam. É que vários deles cantam exatamente o con
trário nas suas músicas e shows.
Interessante ressaltar o erro (certamente inspirado) conti
do na terceira linha da segunda estrofe, onde se diz que Deus w
ensinou a transformar pedras em pães. Isto, na verdade, nun
ca aconteceu. Deus nunca disse, a quem quer que fosse, que
usasse pedras para formar pães. N a verdade, essa insinuação faz
parte da tentação que Satanás lançou contra Jesus Cristo, no
deserto. Mateus 4:3 e 4 diz assim: “Então o diabo chegou per
to dEle e disse: ‘Se você é o Filho de Deus, mande que estas
pedras virem pão.’ Jesus respondeu: ‘As Escrituras Sagradas
afirmam: O ser humano não vive só de pão, mas vive de tudo
o que Deus diz.’”
Seria essa distorção da Palavra de Deus um tipo de marca
ou assinatura do verdadeiro inspirador dessa música?
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Wall” (com músicas Good bye cruel world e Waiting for the
worms) tocava continuamente.
• Em San Antonio, Texas, um garoto de 16 anos matou
uma tia a punhaladas e contou à polícia que, no momento do
crime, estava hipnotizado com a música do Pink Floyd, não
podendo nem sequer lembrar do ocorrido.
• Em 9 de janeiro de 1988 Thomas Sullivan, 14 anos, fã
de Ozzy Osbourne, cortou a garganta da mãe e se suicidou em
u seguida.
• Os pais do garoto Steve Boucher, que se suicidou com um
tiro na cabeça, tentaram processar a banda A C/D C, dizendo
ser a música Schoot to Thill a responsável. O garoto se suicidou
sentado sobre um pôster do AC/DC.
• Em 12 de abril de 1985, um garoto fanático por heavy me
tal, de 14 anos, matou três pessoas. O garoto (que tinha tatua
do um grande 666 no peito) informou estar dominado por Ed-
die (mascote do íron Maiden) quando cometeu os assassinatos.
O rock pode ser um elemento na construção das atitudes
violentas dos jovens. Ele é poderoso para liberar adrenali
na, minimizar o controle da autoconsciência, doutrinar um
conjunto de pensamentos libertinos e excitar atos de ação
sem razão. Lógico que a tudo isso acrescentam-se as drogas,
conflitos sociais e familiares, desilusões pessoais e um am
biente propício para se tomar a atitude final. Entretanto,
deve ser levado em consideração que o rock tem a capaci
dade de doutrinar pensamentos, ajudar na construção das
suas estruturas e, para muitas mentes em formação, ser um
tipo de consciência.
A seguir apresentamos a tradução dos nomes de algumas
bandas estrangeiras, para que você possa analisar o signifi
cado dos seus nomes e fazer uma avaliação das suas propos
tas musicais.
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corpo leva um grupo mais desconfiado a supor que Kurt foi as
sassinado (por não ser possível a alguém tão dopado colocar a
arma na cabeça e puxar o gatilho).
• Rick Nelson
Rival de Elvis, que fez sucesso com a música country nas dé
cadas de 70 e 80. Acabou explodindo o avião que pilotava ao
acender um freebase (cigarro de maconha e cocaína).
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• Marvin Gaye
Morto a tiros pelo próprio pai durante uma briga.•
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• Felix Pappalardi
ir Assassinado pela esposa.
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Como usar a música para vencer
Cjv uma tentação?
A Bíblia diz: “Portanto, obedeçam a Deus e enfrentem o
diabo, que ele fugirá de vocês.” Tiago 4:7. Enfrentar o diabo ou
resistir a ele é algo impossível de ser feito por nós mesmos. E
necessário a ajuda de Deus. Jesus deixou isso bem claro quan
do usou a figura dos ramos, dizendo: “Eu sou a videira, e vocês
v são os ramos. Quem está unido comigo e Eu com ele, esse dá
muito fruto porque sem Mim vocês não podem fazer nada.”
João 15:5. Essa é a grande solução! Se estamos com Jesus, tudo
nos é possível!
Nenhuma música em si pode levar-nos a tomar alguma
decisão ou assegurar-nos vitória sobre o mal. Som ente Je
sus é o Todo-poderoso. Som ente por meio dEle podemos
vencer o inimigo.
E lógico que a música inspirada por Deus é um instrumen
to usado para sermos alcançados por Seu Espírito. Contudo,
ela mesma não nos pode santificar, não pode deixar-nos mais
espirituais, mais resistentes ao diabo. Para que isso aconteça,
Jesus tem que trabalhar em nossa mente e nos conduzir a acei
tar Seu sacrifício no Calvário e Sua intercessão diária por nos
sa vida. Portanto, quando alguém aprecia música sacra, gospel
ou religiosa sem um objetivo maior, além de curtir aquele som,
está na verdade passando tempo e pouco preparado para ven
cer as tentações.
A música é uma poderosa arma contra Satanás em três con
dições básicas: quando é usada para louvar e engrandecer o
nome do Senhor, quando é executada com reverência e quan
do se transforma numa oração musicada.
Analisando o primeiro aspecto, temos que nos lembrar de
que louvar a Deus deve ser o principal motivo da nossa vida.
Davi, o pastor poeta e compositor, deixou isso bem claro num
dos seus lindos salmos: “Que todo o meu ser louve o Senhor, e
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