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Eça resume os objetivos que norteiam toda a literatura realista: uma representação da
realidade que permita compreender a origem das práticas e comportamentos sociais negativos.
Para fazer essa análise, os escritores realistas adotarão a razão e a objetividade como
lentes através das quais obervam a realidade. O que revelam é uma burguesia hipócrita e fútil,
que explora o proletariado enquanto professa o amor à justiça e a igualdade.
O Realismo e o público
O desejo de compreender as transformações sociais levava o público a procurar obras em
que a idealização romântica fosse substituída por uma postura racional. O que o leitor não
esperava era encontrar uma condenação do seu modo de vida. Por esse motivo, a reação do
público foi desqualificar os autores mais incisivos, como Gustave Fraubert e Eça de Queirós,
acusados de abordar temas imorais.
Para enfrentar esse problema, Machado de Assis estabelece desde o início de suas obras
um diálogo constante com o leitor. Por trás desse jogo de cena há um objetivo: conquistar os
leitores ao criar uma espécie de identidade entre eles, as personagens e os narradores dos
romances que escrevia.
Realismo e objetividade
Na literatura realista, o artista procura analisar a realidade que o cerca tendo a razão
como seu instrumento principal. O subjetivismo é substituído por um olhar mais objetivo.