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GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO


ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE TANCREDO NEVES

PROFESSOR(a) HERICA CASTRO DISCIPLINA: FILOSOFIA

CONTEÚDO: ÉTICA E MORAL NÚMERO DA ATIVIDADE: 08 /2º BIM/2022

DATA DA ENTREGA: PRAZO PARA DEVOLUÇÃO:

ALUNO(A) TURMA: SÉRIE: 3º ANO

ATIVIDADE 8 - ÉTICA E MORAL PENSAMENTOS FILOSÓFICOS

ARISTÓTELES

Os conceitos de moral e ética, embora sejam diferentes, são com freqüência usados
como sinônimos. Aliás, a etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, moris,
que significa “maneira de se comportar regulada pelo uso”, daí “costume”, e de moralis,
morale, adjetivo usado para indicar o que é “relativo aos costumes”. Já ética vem do
grego ethos, que tem o mesmo significado de “costume”. Segundo Adolfo Sánchez Vásquez,
tanto ethos como mos indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é
natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou
conquistado por hábito”.
Lembrando a afirmação de filósofos como Aristóteles, para o qual o homem é um
animal por natureza social, político, e Thomas Morus, que afirmava que “nenhum homem é
uma ilha”, podemos afirmar que a moral tem um papel social, afinal, é o conjunto de regras
que determinam como deve ser o comportamento dos indivíduos em grupo, mas, ademais, é
preciso ressaltar que ela também está relacionada com a livre e consciente aceitação das
normas. Dessa forma, o homem ocupa um papel ambíguo, de herdeiro e criador de cultura,
só conseguindo ter uma vida autenticamente moral quando, a partir da moral herdada, é capaz
de propor uma moral forjada em suas experiências de vida. Já a ética é a parte da filosofia
que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida
moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de
homem que se toma como ponto de partida e, ao longo da história, filósofos foram
responsáveis por diversas concepções de vida moral, como veremos a seguir.

A concepção de ética e moral ao longo do tempo


No período clássico da filosofia grega, os sofistas rejeitam a tradição mítica ao
considerar que os princípios morais resultam de convenções humanas. Embora na mesma
linha de oposição aos fundamentos religiosos, Sócrates se contrapõe aos sofistas ao buscar
aqueles princípios não nas convenções, mas na natureza, o que se apreende em inúmeros
diálogos de Platão, nos quais são descritas as discussões socráticas a respeito das virtudes
e da natureza do bem. Resulta daí a convicção de que a virtude se identifica com a sabedoria
e o vício com a ignorância: portanto, a virtude não pode ser aprendida. Platão, como Sócrates,
combate o relativismo moral dos sofistas. Sócrates estava convencido que os conceitos
morais se podiam estabelecer racionalmente mediante definições rigorosas. Estas definições
seriam depois assumidas como valores morais de validade universal. Platão atribui a estes
conceitos ético-políticos o estatuto de Idéias (Justiça, Bondade, Bem, Beleza etc.),
pressupondo que os mesmos são eternos e estão inscritos na alma de todos os homens. Para
Platão a Justiça consiste no perfeito ordenamento das três almas e das respectivas virtudes
que lhe são próprias, guiadas sempre pela razão. A felicidade, portanto, consiste neste
equilíbrio.

Herdeiro do pensamento de Platão, Aristóteles aprofunda a discussão a respeito das


questões éticas, mas, para ele, o homem busca a felicidade, que consiste na vida teórica e
contemplativa cuja plena realização coincide com o desenvolvimento da racionalidade. O que
há de comum no pensamento dos filósofos gregos é a concepção de que a virtude resulta do
trabalho reflexivo, da sabedoria, do controle racional dos desejos e paixões.Além disso, o
sujeito moral não pode ser compreendido ainda, como nos tempos atuais, na sua completa
individualidade. Os homens gregos são antes de tudo cidadãos, membros integrantes de uma
comunidade, de modo que a Ética se acha intrinsecamente ligada à política.

ATIVIDADE

Questão 1

Indique as alternativas corretas (C) e incorretas (I):


a) A palavra moralidade vem do latim “mos” ou “moris” e significa “costumes”.
b) As palavras “ética” e “moralidade” são sinônimas e correspondem à mesma ideia.
c) As normas morais não variam a depender da cultura e do período histórico.
d) A palavra “ética” vem do grego éthikos e significa modos de ser.

Questão 2

“As normas morais variam a depender da cultura e do período histórico. Também podem
ser questionadas e destituídas”. Isso significa que:
a) Nós não podemos pensar sobre as normas morais que são impostas;
b) Nós temos que concordar com as normas morais porque são as normas da nossa
cultura;
c) A moral é um conjunto de valores pelos quais as pessoas guiam seus comportamen-
tos e, por isso, está sujeita a mudanças a depender do país e do momento histórico em
que as pessoas estão inseridas.
d) Não agimos de forma “moral” se obedecermos às regras que a sociedade estabelece.
Questão 3

Como podemos diferenciar “moral” e “ética”?


a) Não podemos diferenciar, são palavras sinônimas.
b) Moral é um conjunto de valores, e Ética é a reflexão sobre esses valores.
c) Moral é a prática da Ética no nosso dia a dia.
d) Moral é sinônimo de “ética aplicada”.

Questão 4

Leia o fragmento abaixo:


“Os homens não são maus, mas submissos aos seus interesses... Portanto, não é da
maldade dos homens que é preciso se queixar, mas da ignorância dos legisladores que
sempre colocam o interesse particular em oposição ao geral. […] Até hoje, as mais belas
máximas morais não conseguem traduzir nenhuma mudança nos costumes das nações.
Qual é a causa? É que os vícios de um povo estão, se ouso falar, escondidos no fundo
de sua legislação.” Helvetius
Quais são as ideias principais contidas no fragmento acima?
a) Não há nenhuma relação entre as leis e os costumes, pois sãos os homens que fazem
as leis que os beneficiam.
b) Para limitar os interesses humanos particulares, é preciso haver leis que prefiram os
interesses gerais.
c) Os homens buscam seus interesses e isso não significa que eles sejam maus;
d) Há uma relação entre as leis e os costumes, pois as leis permitem ou impedem que
os homens cometam erros.

Questão 5

Leia os dois fragmentos abaixo:


“... Por outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade.
[…] Não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o com-
portamento. Assim, não temos nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio lumi-
noso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas. É o que
traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não
criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável
por tudo o que fizer.” Jean-Paul Sartre
“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem
como circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam direta-
mente, legadas e transmitidas pelo passado”. Karl Marx
a) Enquanto Sartre defende que há determinismo, Marx defende que o homem é livre
independente das circunstâncias.
b) Sartre defende que não há determinismo e Marx estabelece um meio termo entre o
determinismo e a total liberdade do homem;
c) Quando Sartre afirma “o homem está condenado a ser livre”, diz o mesmo que Marx
quando defende que “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como
querem”.
d) Sartre diz que o homem está limitado pela sua própria existência, enquanto Marx
afirma que o homem está limitado pelas condições históricas.

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