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outros ofícios; (4) O segundo período intermediário e o treinamento que se refere a formação do homem político. O parentesco e a de-
ALERTA voção tornam-se mecanismos insuficientes de exercício do poder, e,
do guerreiro; (5) O Novo Império: generalização e consolidação da
escola; (6) O período demótico: testemunhos egípcios e gregos. MANACORDA (1996) alerta para nesse sentido, há a necessidade de uma formação mais sistemática,
o fato de que independente do para que alguém do povo não aluda a tal papel social. A escritura (o
O primeiro período ou Antigo Império (século XXVII a.C) é marca- discípulo ser filho carnal ou não
do por uma educação voltada à normatização de comportamentos, à do mestre, o termo “filho” é uti- texto escrito) passa a ser o principal instrumento da educação, que
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“uma outra multidão”. A Epopéia de Gilgamesh, escrita pelos sumérios (primeira socie-
dade a desenvolver uma civilização na Mesopotâmia) há mais de 4
(...) Existe, portanto, uma outra “multidão” de in- mil anos, é, possivelmente, o primeiro texto literário preservado pela
divíduos, aqueles que não têm nem arte e nem humanidade até nossos dias. Essa epopéia que revela as concepções
parte – como se costuma dizer –, para os quais
de uma cultura específica, sem deixar de fazer referência a temas da
obviamente não há nenhuma transmissão educa-
tiva, nem de técnicas, propriamente culturais ou
humanidade, como a morte, a busca do conhecimento e a fuga do
imediatamente produtivas. E esta será uma cons- destino comum (Disponível em: http://forum.valinor.com.br. Acessa-
tante da história de todos os povos. Somente a do em: 21/11/07), é a expressão de uma das primeiras civilizações a
“multidão” daqueles que exercem uma arte, da- produzir a escrita.
queles que conhecemos nas sátiras do ofício ou Marcada por uma rígida divisão social e por uma forte influência
nos Onomástica, recebe uma instrução intelectual, SAIBA MAIS
religiosa de caráter antropomórfico, a Mesopotâmia (palavra de ori-
isto é, um pouco de leitura e de escrita, e uma pre-
gem grega que significa “entre rios”) se desenvolveu com a presença O Código de Hamurábi foi cria-
paração profissional relativa ao ofício tradicional- do pelo rei amorita Hamurábi
mente exercido pela família. É o próprio exercício de diferentes povos (sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus)
(1728-1686 a.C) que governou o
profissional, manual, imediatamente produtivo, que invadiram a região de forma sucessiva, entrando em conflito com Império Babilônico de forma cen-
que exige um mínimo de conhecimentos da ins- os ocupantes anteriores e sedentarizando-se rapidamente. Esse fato tralizadora e autoritária, conquis-
trução formal, indispensável quer para a transmis- tando e unificando toda a Meso-
não propiciou a formação de um império unificado, embora não tenha potâmia. Durante seu governo,
são dos conhecimentos científico-técnicos parciais impedido grandes realizações, como: a revolução urbana por volta de a cidade de Babilônia tornou-se
e especializados, quer para as relações sociais que um dos maiores centros comer-
3.000 a.C, o surgimento da escrita, a criação do primeiro código de leis
o ofício, a aquisição das matérias-primas e a venda ciais da Antiguidade. O Código
escrito (o Código de Hamurábi). de Hamurábi, baseou-se na Lei
do produto supõem. (MANACORDA, 1996, p. 39)
A escrita, como já mencionada, foi um dos fatores que provocaram de talião (olho por olho, dente
uma transformação no processo educativo, pois o ensino-aprendiza- por dente), que determinava que
cada crime deveria ser punido
Assim, embora a participação na escola e a aprendizagem da gem da escrita e da leitura exige uma educação mais formalizada e com prática idêntica ao delito co-
leitura e da escrita permitissem uma mobilidade social, a educação do sistemática, requerendo um corpo de especialistas responsáveis por metido. (MOTA, 2002, p., 45).
antigo Egito também não deixa de revelar a diferenciação dos proces- essa transmissão. Entretanto, à escrita é atribuído um caráter divino, o
sos educativos destinados a determinadas classes sociais. que fez com que ficasse no domínio da classe sacerdotal.
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