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ESCOLA ESTADUAL BERILO WANDERLEY

PROJETO DE VIDA - 2020


SEGUNDOS ANOS – MATUTINO
ROTEIRO DE AULA

AULA 1
“O que é um projeto de vida e para que serve?”

# TEMAS/CONCEITOS

1. PROJETO (contingências, propósito, objeto, planejamento, escopo e ação


intervencionista)
2. VIDA (zoé, biós e contingência)
3. RELAÇÃO PUBLICO/PRIVADO (narcisismo privado e pragmatismo público)
4. CAMINHO DA CRENÇA (desejo, valor e visão de mundo)
5. AUTO-CRIAÇÃO (abertura revisionista, narrativas de auto-posse e habituação)

1. PRIMEIRO ATO: “O que é um projeto?

1.1 O reconhecimento do caráter contingencial da existência humana: as


condicionalidades incontroláveis e o inesperado como regra.
1.2 Planejamento que reconhece a contingencialidade e orienta a ação de uma
intervenção com escopo, prazo e objetivo específicos.
1.3 Qual é o objeto da intervenção de um projeto de vida?

2. SEGUNDO ATO: “O que é a vida?”

2.1 Zoé é a vida natural, regida pelas normas da natureza e dos instintos puramente
animais, livre da cultura, da vontade e da liberdade humana. Responde a uma
contingencialidade não-humana, um jogo em que a natureza, antes das civilizações
humanas, jogou sozinha.
2.2 Biós é uma vida baseada na práxis do sujeito e historicamente elaborada. Segundo
Aristóteles, por uma qualidade própria, que é a linguagem, o ser humano passa de zoé
a politikòn zôon, isto é, animal político, o que lhe possibilita uma vida política.
Responde a uma contingencialidade cujas condicionalidades dos acontecimentos é
fruto do conjunto das ações humanas, das ações propriamente políticas. A nível
pessoal, não se tem domínio sobre as condicionalidades do embate do jogo entre
desejos no campo da deliberação política.
2.3 Mas a cultura reservou ao homem apenas a dimensão política? Ou há outra
dimensão que ela nos legou?

3. TERCEIRO ATO: “A relação público-privado”

3.1 A dimensão particularizada da existência humana: narcisismo privado.


3.2 A dimensão geral: pragmatismo público.
3.3 Qual a forma mais interessante de realizar essa relação: narcisismo privado aberto
e pragmatismo público solidário?

4. QUARTO ATO: “O caminho da crença”

4.1 A definição do homem como ser desejante.


4.2 O desejo é orientado por um conjunto de valores provenientes de uma visão de
mundo, de uma perspectiva que organiza as ideias em que se deposita crença.
4.3 Qual é a forma mais interessante de realizar o caminho da crença?

5. QUINTO ATO: “A arte de cuidar de si e do outro se autocriando”

5.1 Autocriar-se como exercício da liberdade. Exige estar aberto à mudança e revisão
constante. Sua prática de base é a introspecção, isto é, a reflexão consigo mesmo
sobre a ação.
5.2 Pensar sobre a ação pressupõe pensar sobre o caráter e o contexto. Exige,
portanto, o cultivo de duas competências: a capacidade de narrar a história pessoal,
conferindo sentido (coerência) às ações pregressas e vindouras; e a capacidade de
interpretar os contextos de ação, obtendo dessa interpretação orientação de
intervenção nos elementos contextuais transformáveis que emperram a realização.
5.3 Exige também o cultivo da capacidade não só de renunciar velhos hábitos, aqueles
que sabotam o que desejamos, como também de habituar novas práticas em
correspondência com as revisões de caráter e as transformações de contextos com
vistas ao que é desejado.

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