Você está na página 1de 11

Resumo de psicologia e sociedade 1ªprova

A construção social da realidade

Introdução – O problema da sociologia do conhecimento

• A realidade é construída socialmente

• A sociologia do conhecimento deve analisar o processo em que


este fato ocorre

• “realidade”-

• “conhecimento”- a certeza de que fenômenos são reais e


possuem características especificas.

• O sociólogo é responsável por compreender que diferentes


realidades (a nossa X a do cara da rua ou mesmo entre
sociedades não pode ser compreendida da mesma maneira), não
pode ser compreendida pela simples comparação entre as duas
“realidades”

• O filosofo é obrigado a não considerar nada como verdadeiro e


tentar entender como o homem da rua acredita ser a “realidade”
e o “conhecimento” ou seja, ele tem a função de estabelecer
entre as afirmativas validas e invalidas relativas ao mundo.

• Sociologia do conhecimento- o termo foi criado por Max Scheler


em 1920 na Alemanha, trata das relações entre o pensamento
humano e o contexto social dentro do contexto que surgiu.Essa
disciplina não era aceita por muitos sociólogos.

Marxista –que declara ser a consciência do homem determinada


por um ser social

• Sociologia do conhecimento Nietzschiano- não teve uma


contribuição muito participativa

Historicista-Whilhlem Dilthey

• Os conceitos de Marx-

1) ideologia- idéias que servem de armas para os interesses


sociais.

2) Falsa consciência- pensamento alienado do ser social real do


pensador

3) “Infra-estrutura e superestrutura” - a superestrutura era


reflexo direto da infra-estrutura
“O pensamento humano esta baseado na atividade humana
(“trabalho” no sentido mais amplo da palavra) e nas relações
sociais produzidas por essas atividades

• Os conceitos de Nietzsche

1) Anti-idealismo- via o pensamento humano como instrumento


na luta pela sobrevivência e poder

2) “falsa consciência”- significação do engano e do auto-engano,


afirma que a ilusão como condição necessária para a
sobrevivência.

3) Sociologia do conhecimento= arte da desconfiança

• Conceitos do historicismo

 Afirmava que nenhuma situação histórica poderia ser


entendida exceto em seus próprios termos prestava-se a ser
facilmente traduzida na acentuação do pensamento social.

 Contribuiu para a aproximação entre a sociologia do


conhecimento e a historia.

• Scheler- Sociologia do conhecimento moderada

não se interessou por muito tempo, pela sociologia do


conhecimento.

 Segundo ele, a sociologia do conhecimento deveria ultrapassar


os pontos estabelecidos para a historia e sociologia.

 A relação entre fatores reais (Idealfacktoren)e fatores ideais


(Realfktoren). Era uma ação regulativa.

 Os fatores reais regulavam as condições nas quais certos


fatores idéias podem aparecer na historia, porem não podem
afetar seus conteúdos.

 A sociologia do conhecimento – é o processo pelo qual deve


ser estudada a seleção sócio-historica dos conteúdos
ideativos, ficando compreendido que os conteúdos são
independentes por isso não é possível fazer uma analise
sociológica deles.

 Analisou como o conhecimento humano é formado pela


sociedade.
 “Relativa e natural forma de conhecer o mundo” – o
conhecimento humano é dado na sociedade como a priori da
experiência individual.

• Karl Mannheim- Sociologia do conhecimento radical

 sua obra era menos filosófica que a de Scheler por isso teve
uma maior difusão

 Quando os sociólogos vão criticar ou defender a sociologia do


conhecimento se baseiam na formulação dele

 A sociedade era vista determinando não somente a aparência


mas também o conteúdo da ideação humana

 Sociologia do conhecimento- Tornou-se uma faceta para quase


todas as facetas do pensamento humano.

 Ideologia : procura separar seu problema central do contexto


do uso político e tratá-lo como problema geral da
epistemologia e da sociologia histórica

1) Particular- um segmento do pensamento do adversário

2) Total- constituindo a totalidade do pensamento do


adversário e do próprio pensador = “falsa consciência”-
marx-

3) Geral- a compreensão de que não há pensamento humano


sem as influencias do contexto social (Sociologia do
conhecimento)

 Relativismo- termo criado para dar a perspectiva


espitemologica de sociologia do conhecimento

 Pensamento utópico- produz uma imagem distorcida da


realidade social

 Acreditava que diferentes grupos sociais variam enormemente


na sua capacidade de transcender

 Inteligência socialmente descomprometida –acreditava estar


livre dos interesses da classe
• Robert Merton – sociólogo americano

 Fez uma obra condensando a sociologia do conhecimento

 “manifestas”:funções conscientes e intencionais das idéias

 “lactentes”:funções inconscientes; não intencionais.

 Parsons e Merton criticaram Mannheim e a sociologia do


conhecimento.

“A sociologia do conhecimento deve ocupar-se de tudo que é


considerado conhecimento na sociedade”

• Em todas as sociedades apenas uma pequena parte dos


indivíduos participa do conhecimento construído por esta
sociedade.

• O foco central da sociologia do conhecimento deve estar no


“conhecimento” do senso comum e não as “idéias”, tratando
assim da construção social da realidade

• Algumas contribuições para entendermos a sociologia do


conhecimento.

• 1ª Durkheim- “Considerar os fatos sociais como coisas”

• 2ªWeber- “ Tanto para a sociologia no sentido atual quanto


para a historia do objeto de conhecimento é o complexo de
significados da ação”

• A sociedade é construída pela atividade que expressa um


significado subjetivo.

I- Os fundamentos do conhecimento na vida cotidiana

• A realidade da vida cotidiana

• O objetivo é fazer uma analise sociológica da realidade da vida


cotidiana.

• O método que julgamos mais conveniente para esclarecer os


fundamentos do conhecimento da vida cotidiana é a analise
fenomenológica (método puramente descritivo)
• A consciência é sempre intencional –“tende para” ou é dirigida
para

• O querer eu – representa a autoconsciência

• O que nos interessa aqui é o caráter intencional comum a toda


consciência

• A consciência é capaz de transitar por diferentes esferas da


realidade.Uma ilustração simples disso é o ato acordar de um
sonho.

• A realidade cotidiana tem uma posição privilegiada por isso pode


ser chamada de realidade predominante.

• Tensão da consciência-

• Atitude natural- estado de total vigília de existir na vida


cotidiana.é a atitude da consciência do senso comum
precisamente porque se refere a um mundo comum a muitos
homens

• A realidade da vida cotidiana aparece já objetivada foi constituída


por uma ordem de objetos que foram designados antes da minha
entrada em cena.

• “aqui e agora” é o foco da minha atenção a realidade cotidiana.

• A intersubjetividade diferencia nitidamente a vida cotidiana de


outras realidades das quais tenho consciência.

• Existir na vida cotidiana significa interagir com os outros.

• Atitude cotidiana atitude teórica = essa transição não eh


fácil exige muito esforço, porque a vida cotidiana proclama-se a si
mesma.

• A vida cotidiana apresenta dois setores:

1)Problemático-quando questionamos o novo conhecimento

2)Não- problemático- novo conhecimento

• Consciência realidade dos sonhos

Dominante pensamento teórico

Essas comutações ocorrem o tempo todo.


• O uso da linguagem nos leva a traduzir as experiências
pessoais(vida diária) para a vida cotidiana.

• O problema dos sonhadores, dos físicos, dos artistas e dos


místicos, é interpretar a coexistência da realidade cotidiana com a
sua realidade.

• O mundo da vida cotidiana é estruturado

1)Espacial

2)Temporalmente-fluxo interior do tempo, ritmos fisiológicos, ela


também é responsável pela minha historicidade no mundo.

* Nasci em tal ano, no fim de tal coisa

• O tempo da vida cotidiana é continuo e finito.

• Saber dessa finitude faz com que me torne ansioso em relação


aos meus projetos.

• Quando ocorre uma desorientação sinto necessidade de me


reorientar.

• A interação social na vida cotidiana.

• Como a realidade cotidiana é partilhada?

• Na interação face- face, que é o protótipo da interação social.

• Nessa interação o outro é aprendido por mim por mim no


presente partilhado.

• Isso significa que na situação face-face a subjetividade do outro


me é acessível mediante ao maximo de sintomas.

*somente nessa relação a subjetividade do outro eh


expressivamente próxima.o outro eh plenamente real.somente
nessa relação o outro existe em sua plenitude.

• `Todas as outras formas de relacionamento com o outro são em


graus variáveis remotas

• É através do contato com o outro, com uma reflexão nos


conhecemos melhor.

• “aquilo que ele é”- é acessível o tempo todo, precede a reflexão


• “aquilo que eu sou”- não é acessível assim. É necessário que eu
volte a minha atenção para mim mesmo. Em geral ocorre pela
atitude com relação a mim que o outro manifesta.

• É possível que o outro seja hipócrita ou esconda suas reais


intenções numa interação face a face porem é mais difícil do que
em outras formas de relação social.

• A vida cotidiana cotem os esquemas tipificadores

 O modo como lidamos com o outro na interação face a face. As


tipificações são mantidas ate que uma nova ordem passe a
determinar minhas ações. É recíproco, gerando assim uma
espécie de negociação.

 Ex:”homem” “europeu” “comprador”

 Típica de compradores e vendedores.

 No entanto essa generalização é necessária para


compreendermos o outro.

Graus de anonimato: acontece pela freqüência que temos


interação com o outro, alem do grau de interesse e grau de
intimidade.

*grau de interesse +grau de intimidade, podem aumentar ou


diminuir o grau de anonimato.

 Prováveis conhecidos (cara do comercial)

 Improváveis(rainha da Inglaterra)

• O anonimato dificulta a individualização. Por isso ao conhecermos


alguém por correspondência, fazemos a generalização (inglês),
quando temos um contato face a face (John)

• A realidade social é aprendida através das tipificações, que se


tornam anônimas com o distanciamento do aqui e agora “situação
face-face”

• Estrutura social: a soma dessas tipificações e dos processos da


interação por meio delas.

• Relaciono-me com contemporâneos, predecessores e sucessores.

 As vezes essas tipificações entram na realidade cotidiana de


forma decisiva.
 EX: sacrificar pelos seus bisavós, ou não abusar de água pelas
gerações futuras

 Meus predecessores são tipificações anônimas e não um


falecido amigo.

• A linguagem e o conhecimento na vida cotidiana

• A expressividade humana é capaz de objetivações.


Manifestando-se em produtos de atividade humana, tanto para
quem a produziu como para os outros homens.

• É na interação face-face que temos acesso a subjetividade do


outro.

• Podemos objetivar nossos sentimentos (subjetivos)

Ex: cólera arma

Essa objetivação da subjetividade do outro pode ser acessada


por mim e pelos outros homens, que chegaram a conclusão
que alguém esteve com raiva.

• “A realidade da vida cotidiana não é cheia de objetivações, eh


somente possível por causa delas”

• Os objetos são produto da objetivação de nossa subjetividade,


isso pode ser observado no trabalho de um arqueólogo,
etnólogo quando tentam descobrir para que servia
determinado objeto. Esse questionamento ocorre por que se
não conhecemos esse homem e sua subjetividade tal artefato
poderia ter outra significação para este homem.

• X

• X

• A objetivação pode ser observada especialmente na


significação (produção de sinais), os sinais tem a intenção
explicita de servir aos significados subjetivos.

Produzida p/

 Ex: Arma caçar animais

Pode receber uma nova significação

Arma sinal de agressividade/violência

• Sinais
 Gesticulatorios:

 Movimentos corporais padronizados:dança  intenção


agressiva

 Conjuntos de objetos materiais:

• Os sinais e os sistemas de sinais são objetivacoes, no sentido


de serem subjetivamente acessíveis alem da expressão de
intenções subjetivas “aqui e agora”

• Ex dança :

1) Dançar é totalmente diferente de dar berros.

2) Dançarino- a dança pode ser destacada da subjetividade do


dançarino

Posso fazer parte da dança sem estar zangado porque me


pagam para fazer isso

3) Louco berrando – é objetivamente acessível

Esta ligado diretamente ao aqui e agora.

• Linguagem: sistemas de sinais vocais

o É o mais importante sistemas de sinal das sociedades


humanas.

o Grunhos, uivos, assobios: são capazes de se tornarem


lingüísticas, quando ligadas a um sistema de sinais
objetivamente praticáveis.

o Torna possível a capacidade de criarmos um repertorio


sem estarmos em contato com ele

o Não é exclusivo da interação face –face .

o Por meio da fala posso acessar minha subjetividade

o Podemos atualizar o mundo todo a qualquer momento.

“As objetivações comuns da vida cotidiana são mantidas primordialmente


pela significação lingüística, a vida cotidiana é sobretudo a vida com a
linguagem e por meio dela, de que participo com meus semelhantes. A
compreensão da realidade da vida cotidiana”
• A linguagem tipifica as experiências, agrupando em categorias
que fazem sentido para mim e para os outros.

• “ao mesmo tempo em que a linguagem tipifica também torna


anônima as experiências, pois experiências tipificadas podem
em principio ser repetidas por qualquer pessoa incluída na
categoria em questão”

• A linguagem não se prende ao “aqui –agora” e por isso faz


pontes entre diferentes zonas da realidade da vida cotidiana e
as integra em uma realidade dotada de sentido.

• “Minha interação com os outros na vida cotidiana é por


conseguinte constantemente afetada por nossa participação
comum no acervo social disponível do conhecimento.”

• Acervo social do conhecimento: o conhecimento da minha


situação, e dos meus limites

a. A participação no acervo social do conhecimento


permite assim a “localização” dos indivíduos na
sociedade e o “manejo” deles de maneira apropriada.

b. Não tenho muito interesse alem do pragmaticamente


necessário, o interesse só surgi se não consigo resolver
meus problemas por meio deles.

c. Eu me contento com o conhecimento necessário para o


meu trabalho.

• O importante para a vida cotidiana é ter conhecimento do que


é importante para mim e para os outros

• O conhecimento na vida cotidiana é socialmente distribuído.


Ou seja é compartilhado por diversos membros da sociedade.
Porem esse conhecimento não é compartilhado com todos de
maneira igual, e existem conhecimentos que eu não partilho.

• A distribuição social do conhecimento acontece simplesmente


porque não tenho conhecimento sobre tudo que os outros
conhecem e vice-versa.

• “Na vida cotidiana sei, ao menos grosseiramente, o que posso


esconder de cada individuo , a quem recorrer sobre
determinada informação, e quem possui cada tipo de
conhecimento.”
FALTA:

II- A sociedade como realidade objetiva (item 1)

III- A sociedade como realidade subjetiva (item 1)

Você também pode gostar