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28/09/2022

UFCD 10380 UFCD 10380


S U BT Í T U LO RE P RS E NT A Ç Õ E S S OC I AI S

Origem Contextualização da teoria (I)

• Década de 60
 SergeMoscovici
 La psychanalyse: son image et son public (1961)
 Esta obra lançou uma problemática:
• específica
 Como é que o conhecimento científico é consumido,
transformado e utilizado pelo homem comum (leigo)
• geral
• Como constrói o homem a realidade
 Novo movimento teórico e metodológico.

•  Teoria das representações sociais começa com o estudo


acerca das RS da psicanálise na França

Contextualização da teoria (I) Contextualização da teoria (I)

• O problema da sociedade pensante:


 Wundt e a volkerpsichologie
 Le Bon e o comportamento das multidões
 Durkheim e as representações coletivas
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Contextualização da teoria (II) Objetivo de Moscovici


• Descrever como ocorreu a apropriação e socialização da T.
psicanalítica por diferentes grupos;
• Henri Tajfel & Serge Moscovici: • Como a T. psicanalítica era:
• O problema da relevância social e do • ~absorvida, transformada e utilizada pelo homem comum para
individualismo nos estudos da psicologia classificar as pessoas, condutas e eventos da vida diária

social • Como os conceitos psicanalíticos reelaborados se entrelaçavam nos


processos de comunicação e de intercambio social
• Como a teoria era transformada em uma RS.

Na época Moscovici Na época Moscovici


• Enfatizou as diferenças entre os modelos científicos e os • Enfatizou as diferenças entre os modelos científicos e os
não científicos no que se refere a psicanálise não científicos no que se refere a psicanálise
• Abordando o deslocamento de sentido de um modelo ao • Abordando o deslocamento de sentido de um modelo ao
outro outro
• No deslocamento do modelo científico para o não científico • No deslocamento do modelo científico para o não científico
que as RS aparecem como saber “ingênuo” em oposição ao que as RS aparecem como saber “ingênuo” em oposição ao
saber produzido pela ciência saber produzido pela ciência

Representação social Definição


• Resgate do social • “Um conjunto de conceitos, proposições e explicações
criado na vida cotidiana no decurso dacomunicação
• Novo modelo teórico e metodológico interindividual.
• Diferente da Psicologia social predominante nos EUA • São o equivalente, na nossa sociedade, dos mitos e sistemas
• Caráter individual, de crenças das sociedades tradicionais, podem ainda ser
vistas como a versão contemporânea do sensocomum”
• Ideológico
(Moscovici, 1981, p. 181).
• Centrado nos processos psicológicos
• Sua principal função é tornar familiar o não-familiar
• Dissociados do social e do
• Contexto histórico
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Representações Sociais Representações Sociais


• “forma pelos quais o senso comum expressa seu • Ato de pensamento na qual o sujeito se relaciona
pensamento (Jodelet, 1993) com o objeto (pessoa, idéia, evento social ou
natural)
• Não seria uma resposta individual emitida em
relação a um estímulo social,
• Mas a forma como os grupos sociais constroem e
organizam diferentes significados dos estímulos do
meio social e as possibilidades de respostas que
podem acompanhar esses estímulos.

Representações Sociais Representações Sociais


• Como: • O objeto fica representado simbolicamente na
• Através de operações mentais (atenção, percepção e memória)
mente dos indivíduos.
esse objeto é substituído por um SÍMBOLO que se • RS não é uma simples reprodução do objeto implica
faz presente quando o objeto está ausente. sua transformação ou construção

Representações Sociais São sociais em sua origem


• Sãos construídas nos processos de interação e
comunicação social.
• Devido ao significado para os grupos sociais as RS:
• Circulam nos meios de comunicação de massa;
• Nas conversas entre as pessoas e;
• Se cristalizam nas condutas
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São compartilhadas, mas não homogêneas


São sociais em sua origem para a sociedade
• Os meios de comunicação: • RS podem variar de um grupo para outro;
• levam a informação a população; • Origem da variação:
• Complexidade social;
• Nas relações interpessoais
• Diversidade de categorias
• trocam-se opiniões, se reafirmam conceitos e idéias, se
debate e se consolida o processo de comunicação • Valores,
sobre o objeto. • posição social;
• Experiência com o objeto da RS;
• Contexto histórico, cultural e social dos grupos.

São compartilhadas, mas não homogêneas


para a sociedade Construções simbólicas da realidade
• As RS vinculam se a sistemas de • As RS implicam um significado comum de objetos ou eventos sociais
para os membros de uma comunidade;
• pensamentos mais amplos, • Os significados dependem das:
• ideológicos ou culturais, • normas sociais
• valores
• a um estado de conhecimento científico,
• da história comum da comunidade.
• a condição social e
• Um objeto é imediata e simultaneamente percebido e
• a esfera de experiências prévias e afetivas dos conceitualizado em termos de sua simbólica e significativa realidade.
indivíduos (Jodelet, 1991)

EXERCICIO
• «Rock in Rio» e «diversão»
• primeira palavra em que pensam a propósito do
termo «comportamentos aditivos»
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Síntese: Por que as RS são sociais? Funções das RS

• Critério quantitativo: são compartilhadas por um grande • As RS permitem que os indivíduos transformem uma realidade
número de pessoas e grupos. estranha, desconhecida em uma realidade familiar;

• Critério genético: são construídas socialmente. • As RS permitem a comunicação entre os indivíduos;


• O pensamento social é construído nas e pelas interações sociais; • Quando as pessoas dividem significados sobre eventos e objetos
existe a possibilidade de que se estabeleçam relações entre eles;
Portanto, o objeto da PS é o “Social
• As RS guiam a ação social;
• Critério funcional: são guias para a comunicação e para a
ação. • As RS servem para justificar as decisões, posições e condutas
adotadas diante de um evento.

Processos das RS Etapas da objetivação

• Objetivação: forma como se organizam os • Construção seletiva: seleção, descontextualização e


elementos constituintes da representação e ao simplificação (normas e crenças)
percurso através do qual tais elementos adquirem • Parte da informação disponível é retida

materialidade. • Processo depende das normas e valores grupais

• Processo que se transforma o abstrato em concreto. • Esquematização: estruturação das relações dos elementos
da representação
• Exemplo: TEAMS • Naturalização: aquisição da materialidade
• Os conceitos tornam-se equivalentes à realidade
• O abstrato torna-se concreto através da expressão em imagens emetáforas

Ancoragem
Ancoragem
• Ancoragem: processo de assimilação do novo ao que já existe
• Serve à instrumentação do saber conferindo-lhe um valor
funcional para a interpretação e gestão do ambiente.
• Precede: qualquer tratamento da informação exige pontos de
referência • Tem afinidades com o conceito de:
• A partir das experiências e dos esquemas já estabelecidos que o objeto da RS é • Categorização:
pensado • ambos funcionam como estabilizadores do meio e
• Segue: função social das representações
• Redutores de novas aprendizagens
• Permite compreender a forma como os elementos representados contribuem
para exprimir e constituir as relações sociais • Assimilação e acomodação (Piaget)
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Tipos de representações sociais Funções sociais das RS (Doise )

• Hegemônicas: compartilhadas por todos os membros de um • Seletiva: traduz-se na seleção dos conteúdos que
grupo altamente estruturado (um partido, uma nação, etc.)
sem terem sido produzidas pelo grupo. são centrais para o encontro entre grupos e
• Ex.: RS do indivíduo como uma entidade autônoma e livre. indivíduos.
• Emancipadas: são compartilhadas por membros de • Justificadora: serve para justificar o tipo de
diferentes grupos que estão em contato.
relação que será desenvolvida.
• Ex.: RS sobre a loucura compartilhadas por diferentes profissionais.

• Controversas: são geradas a partir do conflito entre os • Antecipatória: serve para descrever e prescrever
grupos. o tipo de relação ou comportamento que será
• Ex.: RS sobre as cotas raciais na universidades públicas. desenvolvido.

Conclusões
• Grande popularidade do conceito porque pode ser
utilizado para investigar diferentes fenômenos
sociais:
Comportamentos
• Na saúde Aditivos
• No trânsito
• No processo de exclusão-inclusão social

O que são Comportamentos Aditivos? Tipos


• O Comportamento Aditivo é um comportamento • Consumo de drogas (incluindo o tabaco);
repetitivo (compulsão e obsessão) face a • Consumo excessivo de álcool;
• um objeto, • Comida;
• substância • Sexo;
• ou atividade.
• Compras;
• Que, se transforma no foco principal da vida de • Jogo;
um sujeito, excluindo-o de outras atividades e/ou
• Internet;
rotinas diárias como o convívio social, trabalho,
escola, família, entre outros. • Exercício físico.
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Mecanismo Objetivo
• É a forma como a pessoa se comporta perante • O prazer imediato!
qualquer uma destas atividades, substâncias,
objetos ou comportamentos que define se é ou
não, um comportamento aditivo.
• Qualquer um destes comportamentos pode existir
de forma saudável.
• Passando a ser considerada como uma adição
quando repetida frequentemente e causando
danos na vida da pessoa que a pratica,
trazendo-lhe sofrimento.

As dependências caracterizam-se por Sintomas mais Comuns


• Uma compulsão - quando a compulsão se sobrepõe ao • Muita ansiedade;
prazer; • Dificuldade de concentração;
• Manutenção do comportamento - apesar das • Desejo constante e persistente pela fonte do vício;
consequências negativas desse comportamento • Problemas de sono;
negativo, a pessoa não consegue parar;
• Alteração significativa na alimentação;
• Uma obsessão – Relativa a esses mesmos • Inquietude;
comportamentos;
• Mau humor;
• Uma culpabilidade posterior – A pessoa repete
• Irritabilidade e impaciência;
sucessivamente os comportamentos negativos, no
entanto, posteriormente, culpa-se pelos mesmos. • Agressividade

Mecanismo
• Inicialmente o sujeito percebe que, ao agir de determinada forma,
sente uma satisfação imediata.
• Necessidade de estar sempre a jogar;
• Um sujeito saudável, vai encontrar várias formas de encontrar
• Prazer e alívio quando está a jogar, com eventual perda
satisfação em tudo o que faz, tendo ou não tendo uma resposta
de noção da passagem do tempo;
satisfatória de imediato.
• Necessidade de jogar cada vez por períodos mais longos
• Por outro lado, um sujeito com algum tipo de “vazio emocional”,
de tempo;
tenderá a procurar esta resposta de prazer num
• Mal-estar, inquietação e desconforto quando não se comportamento/atividade/objeto com muito mais frequência.
pode jogar Tornando-se assim num comportamento aditivo.
• Esta é a diferença entre um comportamento saudável e um
comportamento aditivo
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Fatores que potenciam o


Questoes comportamento aditivo
• O sujeito teve sempre este comportamento? • Biológico: aumento da atividade
• Se sim, identificar o tipo de comportamento e questionar: é neurotransmissora, que leva à sensação de
possível, tendo em conta a sua frequência e danos causados satisfação (ex: dopamina);
na sua vida, considerar uma adição?
• Para perceber se é uma adição, podemos pensar se este
• Psicológico: é necessária a compreensão
comportamento influencia de forma negativa as suas rotinas do grau de vulnerabilidade para o
diárias e a sua vida no geral. desenvolvimento da perturbação da
• Identificado o prolema, é urgente procurar ajuda síndrome de dependência;
especializada para uma avaliação mais exaustiva e
profissional.

Fatores O que fazer


• Social: perceber todo o contexto social em • Frequentemente, estes comportamentos são
desenvolvidos ao longo da vida.
que o sujeito está inserido. Os fatores de risco
(violência, alcoolismo, negligência, pobreza • Podem passar despercebidos no seio familiar,
extrema, ausência de afetos) potenciam o contexto de trabalho e relações de amizade.
aparecimento de comportamentos aditivos; • É importante perceber quando um sujeito passa a
usar determinado comportamento para satisfação
• Ambiental: Escola, trabalho, atividades em imediata.
grupo, convívio, toda a informação é • Usando alguma impulsividade e racionalização (ex:
importante para perceber o que pode ter consumo de bebida alcoólica para relaxamento, ao
desencadeado o comportamento. fim do dia) do seu comportamento perante os outros.

Alteração do funcionamento do
sistema nervoso central
• As substâncias psicoativas são todas as que, sendo • Decerto, esta conduta repetitiva pode ser
naturais ou sintéticas, quando consumidas, alteram o
funcionamento do sistema nervoso central. motivada por uma substância ou não –
• O seu consumo, cultivo ou fabrico pode ser legal ou
caso das perturbações associadas ao jogo
ilegal em função de regulamentação nacional e de ou à dependência de tecnologia.
convenções internacionais.
• “Uma adição (…) é toda a conduta repetitiva que
produz prazer e alívio tensional, sobretudo nas suas
primeiras etapas, que leva a uma perda de controlo
da mesma, perturbando severamente a vida
quotidiana, a nível familiar, laboral ou social.
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Importância da prevenção na
sociedade
• As perturbações associadas ao jogo englobam o • Tradicionalmente a prevenção assentava na distribuição de
gambling, que envolve mecanismos de apostas, folhetos informativos e na dinamização de atividades lúdicas.
montantes financeiros, risco
• Dirigida sobretudo a jovens, os seu objetivos passavam pelo
• o gaming, que pressupõe interatividade e aumento dos níveis de informação e de ocupação dos
indicadores de sucesso e de progressão
sujeitos.
• Assim como as perturbações associadas à
dependência de tecnologia envolvem um • Embora a generalidade destas ações não tenha tido uma
consumo abusivo e/ou descontrolado das avaliação de resultados, pode afirmar-se que tiveram um
plataformas e redes digitais (por exemplo, redes fraco impacto na alteração de comportamentos e atitudes
sociais, jogos online). dos sujeitos a quem se dirigiram

Exercicio
• Nos últimos anos a conceção de • Plano de prevenção
prevenção tem vindo a evoluir e é hoje
entendida como
• processo complexo que se institui como
parte da missão educativa,
• intervindo em domínios como, por exemplo,
o desenvolvimento do espírito crítico ou a
preparação para a tomada de decisão
consciente, autónoma e de natureza ética.

Prevenção Competencias dos profissionais


• estratégias adequadas às vulnerabilidades particulares
dos públicos a quem se dirige
• I) Competências gerais, pessoais e sociais,
• abrangência a intervenção preventiva pode ser dirigida à
• comunicação,
sociedade • de interação;
• contexto de intervenção
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• II) Competências de intervenção, • III) Competências transversais


• estratégias preventivas, necessárias para adaptar as
• desenvolvimento pessoal e social,
estratégias preventivas
• adequando-as às reais necessidades dos
• processos de tomada de decisão,
sujeitos
• gestão de projetos de intervenção –
• e contextos
• monitorização e
• avaliação; • sensibilidade para as questões da
diversidade (cultural, de género e outras).

conceito de dependência
• DSM – V • 1) Tolerância - definida ou pela necessidade de quantidades
crescentes de substância para atingir a intoxicação ou pelo efeito
desejado, ou definida como a diminuição acentuada do efeito com a
• padrão desadaptativo da utilização de utilização continuada da mesma quantidade de substância;
substâncias levando a défice ou sofrimento
clinicamente, manifestado por três (ou mais) • 2) Abstinência - manifestado por síndrome de abstinência
dos seguintes sintomas, ocorrendo em qualquer característica da substância ou quando a mesma substância (ou outra
ocasião, no mesmo período de 12 meses: relacionada) é consumida para aliviar ou evitar os sintomas de
abstinência;

• 3) A substância - é frequentemente consumida em quantidades • 5) É despendida grande quantidade de tempo em atividades


necessárias à obtenção e utilização da substância e à recuperação
superiores ou por um período mais longo do que se pretendia;
dos seus efeitos;
• 4) Existe desejo persistente ou esforços, sem êxito, para
• 6) São abandonadas importantes atividades sociais, ocupacionais
diminuir ou controlar a utilização da substância;
ou recreativas devido à utilização da substância;

• 7) A utilização da substância é continuada apesar da existência de


um problema persistente ou recorrente, físico ou psicológico,
provavelmente causado ou exacerbado pela utilização da substância
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consumidor de substâncias aditivas pode ser


respostas diferenciado em
• a) Cognitivas, referem-se a pensamentos, ideias, opiniões, crenças • a) Experimental, consome devido à curiosidade, à influência de
que ligam o objeto de atitude aos seus atributos ou consequências e amigos ou por motivos contestatários;
que exprimem uma avaliação mais ou menos favorável;
• b) Esporádico, consome normalmente com a finalidade de
• b) Afetivas, referem-se às emoções e sentimentos provocados pelo socialização ou recreação;
objeto de atitude;
• c) Habitual, geralmente está ligado a motivações de uso cultural, do
• c) Comportamentais, referem-se aos comportamentos ou às círculo social, ou de faixas etárias onde o uso recreativo tem uma
intenções comportamentais em que as atitudes se podem manifestar. constância maior;

Os diferentes níveis de
intervenção
• d) Abusivo, quando inicia um consumo intenso da substância, mas
mantendo-se vinculado ao círculo social e tendo um controlo mínimo
do uso e do seu estado psíquico;

• e) Dependente, quando a substância e o seu uso passam a ocupar


um espaço principal na vida do indivíduo, normalmente fazendo com
que perca o interesse pelos aspetos sociais, com uma falta de
motivação psicológica para outras situações não ligadas ao consumo
ou obtenção da droga.

Prevenção Universal, Seletiva e Indicada -


fatores de risco e fatores protetores
• a) - Apoiar o membro do Governo responsável pela área da saúde na definição da
estratégia nacional e das políticas de redução do consumo de substâncias
psicoativas, de prevenção dos comportamentos aditivos e da diminuição das
dependências e sua avaliação;

• b) - Planear e avaliar os programas de prevenção, redução de riscos e minimização


de danos, de reinserção social e de tratamento do consumo de substâncias
psicoativas, dos comportamentos aditivos e das dependências, designadamente
definindo normas, metodologias e requisitos a satisfazer para garantir a qualidade;
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• c) - Planear a intervenção no âmbito dos comportamentos aditivos e das • e) - Desenvolver mecanismos de planeamento e coordenação
dependências, através de uma rede de referenciação entre cuidados primários,
efetivos conducentes à definição das políticas para as
centros de respostas integradas e unidades de internamento ou unidades
hospitalares, consoante a gravidade da dependência ou dos consumos de
intervenções no âmbito dos comportamentos aditivos e
substâncias psicoativas; dependências;

• d) - Desenvolver, promover e estimular a investigação científica no domínio das • f) - Efetuar diagnósticos de necessidades de intervenção de
substâncias psicoativas, dos comportamentos aditivos e das dependências e manter
âmbito nacional, definir as prioridades e o tipo de intervenção a
um sistema de informação sobre o fenómeno da droga e das toxicodependências;
desenvolver;

MODELOS, RESPOSTAS E INTERVENÇÕES


• g) - Definir as linhas de orientação técnica e normativa para a
intervenção nas áreas dos comportamentos aditivos e das
dependências.

• h) - Promover a formação no domínio das substâncias


psicoativas, dos comportamentos aditivos e das dependências;

TECNICO APOIO PSICOSSOCIAL


• - Através dos Cuidados de Saúde Primários – Unidades Funcionais: • -Através dos Cuidados de Saúde Especializados no
de acordo com a organização de cada Agrupamento de Centros de
Saúde, estas consultas podem ocorrer nos vários tipos de Unidades
âmbito dos comportamentos aditivos e dependências:
Funcionais existentes. Têm como objetivo a avaliação, diagnóstico a intervenção em unidades especializadas, resultante
precoce dos comportamentos aditivos e dependências, de referenciação ou de iniciativa do próprio, determina
nomeadamente do seu nível de gravidade. A partir deste diagnóstico, uma avaliação inicial por médico/psiquiatra.
em termos de intervenção, está prevista a possibilidade de realização
de Intervenções Breves quando o nível de risco avaliado é baixo. Frequentemente avaliações na área da psicologia,
Quando é detetada situação de maior gravidade (consumo de risco, serviço social e enfermagem são igualmente
consumo nocivo, dependência), destas consultas deverá resultar importantes e requeridas. Esta resposta constitui o
referenciação através do Médico de Família, para cuidados de saúde núcleo da intervenção terapêutica integrada
especializados no âmbito dos comportamentos aditivos e
dependências
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RECURSOS PRIMARIOS RECURSOS SECUNDARIOS


• Consultas de Psicologia • Áreas de Dia/ Centros de Dia
• Consulta de Psicoterapias • Unidades de Desabituação
• Consulta de Enfermagem • Comunidades Terapêuticas
• Grupos de suporte terapêutico • Unidades de Alcoologia
• Programa de tratamento com antagonista de opiáceos • Serviços de Saúde Mental
• Programa de tratamento com agonistas opiáceos • Serviços de Especialidades Médico‐cirúrgicas Hospitalares

Reinserção social e comunitária - programas de


intervenção;

• Colocar o utente no centro da ação, onde a abordagem tem que ser • Estabelecer uma relação significativa com o utente – a
baseada nas necessidades do utente, nos sistemas sociais envolventes, no
confiança existente entre técnico e utente permitirá o exercício
seu nível de severidade face ao consumo/dependência e nos recursos
dos direitos e deveres dos utentes em todo o processo de
pessoais que possui;
reinserção;
• Avaliar as necessidades multidimensionais específicas de um utente – a
elaboração de um diagnóstico social completo, que contemple a • Negociar e contratualizar o Plano Individual de Inserção;
inventariação das necessidades e os recursos e potencialidades pessoais
• Intervir numa lógica de resposta integrada, em equipa e
do utente, bem como os recursos familiares e sociais disponíveis articulação interinstitucional e intrainstitucional

AREAS DE INTERVENÇÃO
• Assegurar o acompanhamento sistemático e
continuado do utente no processo de autonomização
e de inserção;

• Garantir o desenvolvimento de práticas de mediação


social
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• 1. Acolhimento - onde se inicia o processo de reinserção; • 3. Implementação ou acompanhamento social – ocorre através do
acompanhamento regular da pessoa e/ou outro elemento significativo,
• 2. Diagnóstico social - conhecer a realidade do indivíduo identificando as
promovendo a articulação com os parceiros da comunidade e a mobilidade
necessidades, as suas capacidades e fragilidades e os fatores que
dos sistemas sociais envolventes;
potenciam ou possam condicionar o processo:
• 4. Avaliação final do PII – avaliação dos encaminhamentos, das
a) Planeamento e implementação do Plano Individual de Inserção, no qual se
necessidades, do cumprimento dos objetivos contratualizados, avaliando-se
definem as áreas e as necessidades onde se vai atuar e se estabelecem
a continuidade da intervenção,
prioridades, que culmina com a contratualização do PII

• 5. Alta social – após análise das necessidades identificadas, do


PII cumprido, a não identificação de novas necessidades fará
com que a pessoas deixe de ser acompanhada ao nível social;

• 6. Follow up - após 1 ano da alta social é feita uma avaliação do


impacto da intervenção.

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