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FACULDADE VIASAPIENS - FVS

SEMANA DO DIREITO

CRIME AMBIENTAL: A FUNÇÃO DA JURISDIÇÃO BRASILEIRA NA


RESPONSABILIZAÇÃO POR INCÊNDIOS FLORESTAIS

Lana Belle Campos Cavalcante¹;


Débora Lucas Mota²;
Stephany Coutinho da Silva³;
Raphael Gomes Viana

Introdução: O crime ambiental é definido por ações que lesam o meio ambiente e que podem causar
danos sérios à saúde humana. Assim, a Constituição Federal Brasileira de 1988 tem como direito
fundamental à vida, sendo o meio ambiente o principal fator de influência. Em exemplo, no art. 225 da
Constituição afirma: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Esse artigo foi precursor da
criação da Lei 9605/98, que dispõe de sanções penais e administrativas para os infratores, como o art.
41: “Provocar incêndio em mata ou floresta: pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.” Entretanto,
mesmo com os benefícios que um ambiente saudável gera à sociedade e com medidas protetivas a esse
bem, os incêndios criminosos continuam crescendo. Acredita-se que esse aumento tem relação com o
Princípio da Insignificância que se relaciona com o Princípio da Intervenção Mínima contido no Direito
Penal, no qual é definido que esse ramo não deve punir condutas em que o resultado não é grave o
suficiente. Portanto, conclui-se que o meio ambiente é protegido pela Constituição, porém neste mesmo
sistema há também os princípios mostrados, ocasionando uma colisão entre normas, sendo necessário
uma ponderação de interesses. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo a análise da eficiência da
jurisdição brasileira na responsabilização dos autores de incêndios e queimadas criminosas e, também
em como a ponderação de direitos é gerenciada. Metodologia: A abordagem metodológica utilizada foi
a leitura de artigos e pesquisas teóricas elaboradas por fontes confiáveis sobre o tema escolhido.
Resultados/Discussão: A jurisdição, por mais eficiente que seja, não dispõe de mecanismos eficientes
para criminalização desses atos, confirmando que o resultado da ponderação é o princípio da
insignificância, mesmo que haja consequências maléficas no futuro. Conclusão: Diante dos artigos
selecionados e da discussão realizada, conclui-se que a Constituição enfatiza a proteção ao meio
ambiente, mas com penas pequenas e insuficientes que causam o não cumprimento da norma, além do
apoio na justificativa do princípio da insignificância. Logo, é necessário uma seriedade ao cumprir a lei,
além de uma averiguação sobre a possibilidade de destituir esse princípio em atos realizados contra a
natureza, já que o conjunto de lesões na flora pode gerar danos a longo prazo à sociedade.

Palavras-chave: Crime ambiental. Incêndios criminosos. Queimadas.

¹ Acadêmico de Direito – FVS


² Acadêmico de Direito – FVS
³ Acadêmico de Direito – FVS
4
Diretor Acadêmico da Faculdade ViaSapiens-FVS (desde 2022). Coordenador Geral da Faculdade ViaSapiens - FVS (2021-2022),
Graduado em Direito pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA (2009), advogado (desde 2010), Diretor Secretário Geral da
OAB Subsecção Sobral - CE (2016-2018).

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