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Manual
David Wechsler
L*Escala de Inteligência de
Wechsler a Idade Pré-
Escolar e Primária
Edição Revista
David Wechsler
MANUAL
cegoc
Investigação e Publicações Psicológicas
Título Original:
VVPPSI-R, Wechslcr Prcschool and Primary Scale ofIntelligence - Revised
Acóninistralion and Scoring Manual, by The psychological Corporation, USA _
Adaptação Portuguesa:
Maria João Seabra-Santos e Mário Simões: Fac. de Psicologia e Ciências da Educação, U. C.
António Menezes Rocha e Carla Ferreira: Departamento de Investigação c Publicações
Psicológicas, CEGOC-TEA.
A redacção deste Manual foi realizada por Maria João Seabra-Santos e Carla Ferreira_
População
Procedimento
Estratificação
Interpretação qualitativa . .
Capítulo 2. Adaptação e aferição portuguesas 17
Natureza das modificações introduzidas relativamentc à versão original Americana . 17
Capítulo 3. Considerações gerais de administração e cotação . 39
procedimentos estandardizados Condições físicas de administração
Relação e motivação
Administração da WPPSI-R
Sequência dc apresentação Início e interrupção dos subtestes
Cronometragem .
Aprendizagem da tarefa
Repetição
de itens
Manuseamento
Cotação das respostasdosFolha de registo .
e idades-teste .
Instruções dos oresultados brutos em resultados padronizados - . . . .
Conversãopara ...52
Cálculo dos somatórios de resultados padronizados . . 51
52
Cálculo dos QIs . . . 53
Cálculo da idadc-teste 54
l. Composição de Objectos .
2.
Capítulo 4. Instruções de administração e cotação
149
...154
Informação
3. Figur•cus Geométricas .
4. Compreensão
5. Quadrados
6. Aritmética .
7. Labirintos
8. Vocabulário .
9. Completamento de Gravuras . IO. Semelhanças
11. Tabuleiro dos Animais
12.Frases Memorizadas
Índice Geral
Anexos189
Anexo A. Tabelas . . . . . . . 191
Anexo B. Critérios dc cotação para os itens de Desenho Geométrico . . . . 227
Anexo C. Critérios de cotação para o subleste Labirintos . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
Anexo D. Lista de Colaboradores . . . . . 259
Referências bibliográficas .
263
Índice de Tabelas
amostra dc aferição — ••
.......176
Tabela 17. Análise factorial em eixos principais com rotação ortogonal, por idades.
178
Tabela 18. Resultados médios e coeficientes de correlação entre subtestes e QIs da
WPPSI-R e da wsc.-lll............„.179
T±ela 19. Coeficientes de correlação entre os resultados na WPPSI-R e nas
Matrizes Progressivas Coloridas de — .181
Tabela 20. Resultados médios e coeficientes de correlação entre os QIs da
WPPSI-R e os Quocientes de Desenvolvimento da Escala Griffiths .....„.182
21. Coeficientes de correlação entre os resultados da WPPSI-R e as
apreciações das edueadoras: crianças com 5 anos . „. .....183
Tabela 22. Coeficientes de correlações entre os resultados da WPPSI-R e as
apreciações dos professores: crianças com 6 anos (n=60) 184 T.bela
23. Resultados na WPPSI-R obtidos por criançtts em situação de risco ambiental„186 VIII
WPPSI-R
Tabela 24. Resultados brutos para o subteste Tabuleiro dos Animais .com base no
Tempo + Omissões). .......192
Tabela 25. Conversão de resultados brutos cm resultados padronizados, por grupo
normativo... ....194
Tabela 26. Cálculo proporcional das somas dos resultados padronizados para as
subescalas de Realização e Verbal . ...208 Tabela
27. Conversão da soma dos resultados padronizados em QI:
Subescala de Realização — .....209
Tabela 28. Conversão da soma dos resultados padronizados em QI:
Subescala Verbal .....210
Tabela 29. Conversão da soma dos resultados padronizados em QI:
Escala Completa .....211
A WPPSI ou Weschler Preschool and Primary Scale of Intelligence foi a última das
Escalas de Weschler a surgir, tendo sido publicada em 1967. Esta primeira edição
apresentava características estruturais similares à WISC, mas destinava-se a idades
inferiores, ou seja, dos 4 aos 6 anos.
A Escala revista ou WPPSI-R, que agora apresentamos adaptada à população portuguesa, foi
publicada em 1989. A revisão da Escala compreendeu uma maior adequação dos vários itens
às características das crianças em idade pré-escolar e um aumento do intervalo de idades. Esta
última alteração acabou por reflectir uma sobreposição de idades entre a WISC-III e a WPPSI-
R. Ambas as Escalas, na versão original americana, partilham um intervalo de I ano e 3 meses,
se tivermos em consideração que a WPPSI-R avalia crianças entre os 3 anos e os 7 anos e 3
meses e a WISC-III abrange as faixas etárias dos 6 anos aos 16 anos e 11 meses.
Na base do projecto de adaptação da WPPSI-R esteve 0 trabalho desenvolvido pela Prof Maria
João Seabra Santos para a sua tese de doutoramento, e que constava, essencialmente, da
tradução c adaptação dos conteúdos da Escala à realidade portuguesa, de estudos exploratórios
visando a análise de itens, bem como de pesquisas rclativas à p:ccisáo e à validade da versão
portuguesa da WPPSI-R.
Racional da Escala
A Escala de Inteligência de Wechsler para a Idade Pré-Escolar e Primária — Edição Revista
(WPPSI-R) é um instrumento clínico administrado individualmente dos 3 anos aos 6 anos e
6 meses. Tal como a sua predecessora (WPPSI, Wechsler, 1967), a WPPSI-R fornece
medidas estandardizadas de uma séric de aptidões, que reflectem Os diferentes aspectos da
inteligência. À semelhança das outras Escalas de Inteligência de Wechsler, a selecção das
tarefas e o desenvolvimento dos subtestes destinados a medir essas aptidões basearam-se na
concepção da inteligência enquanto construto global c multidimensional. Deste modo, a
WPPSI-R mede a inteligência do indivíduo avaliando as suas competências em várias
tarefas. O desempenho das crianças nestas tarefas é resumido num resultado global, que
funciona como uma estimativa da capacidade do indivíduo para compreender e lidar com o
mundo exterior.
Natureza da inteligência
A natureza, definição e medida da inteligência têm suscitado ao longo dos anos considerável
debate. Deste tem resultado uma multiplicidade de abordagens, cada uma dando ênfase a
determinada metodologia Ou a um conjunto de hipóteses subjacentes, reflectindo uma
Orientação teórica particular. A blvve exposição que se segue, sobre teorias da inteligência,
não pretende ser completa, mas sim funcionar como pano de fundo para a discususão sobre a
wppsr-R.
Uma das abordagens quc tem contribuído para a definição e medição da inteligência tem
origem na teoria da aprendizagem. Os teóricos da aprendizagem têm dado ênfase
maleabilidade e à possibilidade de treino da inteligência (Ferguson, 1954; Feuerstein, 1980).
Ao contrário de muitos outros, estes investigadores percepcionam a inteligência corno uma
competência que pode progredir e scr aperfeiçoada consoante as experiências de cada um.
Introducâo
Uma revisão das investigações relativas a esta temática sugere haver fraca correlação
entre as medidas de compclências de crianças nos primeiros anos de vida e as dê
crianças em idade pré-escolar, nos casos de inteligência norrnal (Lewis & Sullivan,
1985). Uma razão para estas baixas correlações poderá ser o facto de o leque e a
natureza das aptidões medidas ser diferente, consoante se trate de crianças nos
primeiros anos de vida ou de crianças mais velhas. As medidas utilizadas para
avaliar as competências infantis nos primeiros anos parecem apreender capacidades
que, embora estejam relacionadas Com aquelas que são avaliadas pelos testes pré-
escolares são, dc alguma forma, diferentes delas. A correlação reduzida não reflecte,
pois, uma falha nos instrumentos de avaliaç:io, mas antes a natureza do
desenvolvimento infantil e a diferença existente entre os repertórios
comportamentais de crianças muito novas c os de crianças em idade pré -escolar.
A título de exemplo, podemos avaliar, tanto nos primeiros anos de vida como na
idade pré-escolar, competências intelectuais tún vastas como a memória, a
compreensão de conceitos verbais e numéricos, a percepção de semelhanças e
diferenças, a antecipação de consequências, a resolução de problemas novos e a
visualização de forrnas no espaço. Porém, são necessárias tarefas marcadamente
distintas para medir as competências nestes dois grupos, atendendo às diferenças
existentes entre os respectivos repertórios comportamentais. As tarefas cognitivas
incluídas nas escalas de desenvolvimento vão-se tornando progressivamente mais
complexas, ao mesmo tempo que mais semelhantes às tarefas que encontranlos nas
escalas de inteligência para crianças mais velhas (Bayley, 1969). Na verdade, a
investigação nesta área sugere que os resultados obtidos em escalas dc
desenvolvimento por crianças dos 18 aos 30 meses de idade são preditores
razoavclmente bons do futuro QI (Rose & Wallace, 1985; Siegel, 1979).
Elaboração da WPPSI-R
Organização da escala
8 WPPSI-R
Realização Verbal
Introdução
9
Composição dc Objectos 2. Infonnação
3. Figuras Geométricas 4. Compreensão
5. Quadrados 6. Aritmética
7. Labirintos 8. Vocabulário
9. Completamento de Gravuras IO. Semelhanças
Tabuleiro dos Animais Frases
Memorizadas
Composição de Objectos
No subtestc Composição de Objectos são apresentadas à criança peças de um
puzzle dispostas de acordo com uma configuração estandardizada. A criança
deverá encaixar as peças de modo a formar um todo com significado, dentro
de um determinado limite de tempo. Este subteste baseia-se no subteste
Composição dc Objectos de outras Escalas de Inteligência de Wechsler,
sendo os puzzles da WPPSI-R impressos a cores.
Informação
NO subteste Informação a criança deverá demonstrar 0 Seu conhecimento
acerca dc factos ou objectos do seu meio. A resposta aos primeiros itens do
teste consiste somente em apontar para uma imagem. Os restantes itens são
breves questões orais acerca de objectos e factos, às quais a criança responde
verbalmente.
Figuras Geométricas
O subteste Figuras Geométricas inclui dois tipos distintos de tarefas. A
primeira parte é uma tarefa de reconhecimento visual: a criança observa urn
desenho simples e, ainda com o estímulo à vista, escolhe, dc entre um
conjunto de quatro desenhos que lhe são apresentados, aquele que é
exactamente igual ao primeiro. Numa segunda parte a criança deverá copiar
desenhos geométricos, a partir de modelos apresentados em cartões.
10 WPPSI-R
Compreensão
No subteste Compreensão a tarefa da criança consiste em expressar oralmente a sua
compreensão acerca das razões de uma acção elou das consequências de um
acontecimento.
Quadrados
O subtesle Quadrados requer, da parte da criança, a capacidade de analisar c reproduzir
desenhos, dentro de um tempo limitado. A criança utilizará, para esse efeito, blocos
planos e bicolores.
Aritmética
Neste subtestc a criança deverá demonstrar compreensão de conceitos quantitativos
básicos. O subteste começa com um conjunto de itens de imagens, prossegue com
tarefas simples de contagem e termina com problemas mais complexos, apresentados
oralmente.
Labirintos
No subteste Labirintos a tarefa da criança consiste em percorrer, com um lápis,
labirintos progressivamente mais corpplexos_ Tem limite de tempo.
Vocabulário
O subteste Vocabulário é constituído por duas parles: a primeira parte é composta por
uma série de itens de imagens, consistindo a tarefa da criança em identificar e designar
verbalmente a figura representada; nos itens é pedido à criança que explique o
significado de palavras apresentadas oralmente.
Completamento de Gravuras
Neste subteste, a criança deverá identificar o elemento que falta em imagens que
representam objectos ou situações comuns.
Semelhanças
No sublestc Semelhanças, a criança deverá demonstrar compreensão do conceito de
semelhança, de três maneiras diferentes. Nos itens iniciais, deverá escolher, de entre um
conjunto de imagens representando objectos de diversas categorias, aquela que mais sc
parece com um outro conjunto de imagens que partilham entre si uma característica
comum. Esta tarefa não exige qualquer tipo de verbalização: a resposta consiste
Introdução
11
simplesmente em apontar. No segundo grupo de itens, a criança deverá
completar uma frase apresentada verbalmente, que reflecte uma semelhança ou
analogia entre dois elementos. Na parte final desle subteste, a criança deverá
explicar a semelhança entre dois objectos ou factos apresentados verbalmente.
Idades de aplicação
A versão portuguesa da WPPSI-R foi desenvolvida para ser utilizada em
crianças com idades compreendidas entre Os 3 anos e os 6 anos e 6 meses. No
entanto, poderão surgir situações em que se torne necessário utilizar a Escala
fora deste intervalo etário, tais como crianças mais novas com capacidades
elevadas ou mais velhas com capacidades mais fracas. Os materiais de teste. as
tarefas e as instruções de administração foram pensadas para crianças com
idades compreendidas entre os 3 anos e os 6 anos e 6 meses, sendo os
resultados padronizados e as normas de QI fornecidos apenas para estas
12 WPPSI-R
Adaptação e aferição
portuguesas
28 25
18
25
34
22
Frases Memorizadas
Nesta tabela podemos ver como, partindo de um número alargado de itens c ao longo dos vários
estudos, se foi ajustando o conteúdo da WPPSI-R, por eliminação dos itens avaliados
como menos apropriados, até se obter a versão final da prova.
Esta primeira versão foi, então, utilizada num estudo exploratório, sendo aplicada a uma
pequena amostra constituída por crianças portugucsas de idades compreendidas entre os
3 e os 7 anos Na selecção desta amostra houve a preocupação de garantir uma certa
hctcrogeneidade, de modo a que estivessem representadas as categorias das diver
variáveis habitualmente tidas em consideração em estudos de aferição (idade, sexo, grau
dc urbanidade da área de residência e zona geográfica litoral ou interior). Esta
Adaptação e aferição portuguesas 19
amostra incluiu crianças dos distritos de Coimbra e Viseu. Os dados recolhidos neste
primeiro estudo permitiram aperfeiçoar as instruções dc administração e cotação, fazer
uma avaliação crítica, essencialmente qualitativa, dos itens e recolher um conjunto de
respostas, nos subtestes verbais, que pudesse funcionar posteriormente como auxiliar na
cotação. Procedeu-se, igualmente, a uma cuidada verificação do grau de adequação dos
critérios de início e de interrupção, dos limites de tempo e das bonificações. A introdução
deste conjunto de modificações conduziu à versão preliminar 2 da WPPSI-R portuguesa
(cf. Tabela 1).
A segunda fase da adaptação teve como objectivo chegar a uma versão final da WPPSI-R
portuguesa. Para tal. a versão preliminar 2 foi aplicada a uma amostra de maiores
dimensões, constituída por 150 crianças residentes nos distritos de Coimbra e Castelo
Branco, distribuídas em igual número por ambos os sexos e por cinco escalões etários, dos
3 aos 7 anos, tendo-se incluído apenas crianças cujas idades se situavam dentro do
primeiro quadrimestre de cada ano. As características desta amostra, no que toca ao grau
de urbanidade do meio de residência, à zona geográfica (litoral/interior) e ao tipo de
ensino frequentado (oficial/particular ou cooperativo) aproximavam-sc bastante das
verificadas a nível nacional. Com base nos resultados desta amostra procedeu-se à análise
dos itens, quer do ponto de vista quantitativo (nível de dificuldade, poder discriminativo e
presença de enviesamentos em função do sexo), quer ao nível qualitativo (dúvidas quanto
à cotação, ou sobreposição, em termos de conteúdo, com outros itens desse ou de outro
subteste). Os resultados obtidos através destas várias análises permitiram, finalmente,
proceder à selecção e reordenação dos itens, por forma a reter os mais adequados. Os
critérios de início e de interrupção foram, igualmente, redefinidos. partindo da avaliação
da distribuição intra-individual dos êxitos e fracassos. Chegou-se, deste modo, à
versüofinal da WPPSI-R portuguesa. Secundariamente, foram, ainda, efectuadas análises
preliminares de algumas propriedades psicométricas dos diversos subtcstes, quer verbais
quer de realização (sensibilidade ao desenvolvimento, eventuais enviesamentos em função
do sexo, nível médio de dificuldade e consistência interna).
comb010 e também podemos viajar de..." (item 8 do subteste envolvem experiências que são
comuns a crianças portuguesas c Para tal contribuem, para além de alguma afinidade cultural entre
as duas populações, o facto de a Escala se destinar a uma faixa etária na qual as influências do
meio escolar são ainda relativamente pouco relevantes, em comparação com as verificadas em
idades mais avançadas.
Registe-se, igualmente, o facto de a reorganização dos itens em cada subteste passar pela adopção
de alguns deles como exemplos não cotados, em provas onde se verificou haver Ilma maior
dificuldade inicial na compreensão da tarefa. Tal situação ocorreu, nomeadamente, no subleslc
Semelhanças (Analogias Verbais) e no subteste Frases Memorizadas.
Ainda no que toca aos subtcstes verbais, foi necessário rever e alterar substancialmente os
exemplos de respostas destinadas a auxiliar a cotação.
No que diz respeito aos sublestes de realização, não se tendo detectado aspectos críticos que
pudessem pôr em causa a validade da avaliação no caso português, optou-se por manter os itens tal
como na versão original, tanto no que diz respeito ao conteúdo como à ordenação.
Uma outra alteração relativamente à versão americana, ao nível das normas de administração,
consistiu na supressão da cronometragem nos subtesles Aritmética e Completamento de Gravuras_
Uma vez que a grande maioria das crianças, au responde de imediato (isto é, em menos de 5
segundos) aos itens destes subtestes. já não responde, o recurso ao cronómetro complica
demasiado a avaliação acrescenta à sua precisão, não se mostrando mais necessário que
cronometrados.
Neste sentido, a cronometrav_-etll parece ser pertincntc
introduzidos alguns ajustamentos nos critérios de início e de interrupção, tal como adiante se
exporá.
População
WPPSI-R
A decisão dc não incluir, nas amostras dos estudos realizados, crianças em idade pré-escolar que
não estejam a frequentar jardins dc infância, prende-se com várias razões. Por um lado, os pedidos
de avaliação das competências intelectuais, nestas idades, são feitos sobretudo pelos
educadores, quer do ensino regular, quer do ensino especial, e estão relacionados com
questões de natureza psicopedagógica como, por exemplo, a preparação para ingressar no
ensino básico. Portanto, ao nível pré-escolar, serão provavelmente as crianças que frequentam
instituições educativas aquelas a quem a WPPSI-R virá futuramente a ser aplicada
(população-alvo). Por outro lado, é previsível que 0 alargamento da rede de educação pré-
escolar venha a favorecer uma percentagem cada vez mais expressiva de crianças. Convém,
pois, salientar que, no que diz respeito às crianças em idade pré-escolar, os dados da presente
aferição se reportam somente àquelas que frequentam instituições educativas c não são
generalizáveis às outras, enquanto não se dispuser de elementos sobre a equivalência ou não
dos dois grupos quanto às variáveis em estudo.
Adaptação e aferição portuguesas 23
uma breve descrição do conteúdo da avaliação, pedidos estes que foram deferidos. Os pais das
crianças seleccionadas para avaliação foram também abordados através de cartas em que
se apresentavam os objectivos gerais da investigaçio, se expunha 0 tipo dc trabalho a
realizar com as crianças e se manifestava disponibilidade para futuros esclarecimentos (ou
para não efectuar a avaliação, se assim o entendessem).
Uma vez terminada a fase de adaptação dos materiais, os dados para a aferição nacional,
bem como para a realização de estudos relativos à precisão e à validade da WPPSI-R,
foram recolhidos entre Janeiro e Dezembro de 2000. Todas as avaliações foram levadas a
cabo por licenciados em Psicologia, aos quais foi dada formação específica, num total de
26 técnicos agrupados em torno de três equipas de coordenação regional: Norte, Centro e
Sul (Ilhas).
A selecção desta amostra foi baseada num plano de amostragem estratificado, com base
em dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Ministério da
Educação, tendo como objectivo assegurar a representatividade de todas as categorias de
crianças. Assim, foram tidos em conta os seguintes critérios de estratificação: idade, sexo,
meio de residência e localização geográfica. Na faixa etária dos 6 anos teve-se ainda em
conta o nível escolar frequentado (pré-escolar ou IO Ciclo do Ensino Básico). Dada a
enorme dificuldade em obter dados relativos à profissão e habilitações académicas dos
pais, a caracterização socio-económica da amostra foi feita somente a posteriori.
WPPSI-R
No total foram recolhidos 1296 protocolos, incluindo não só as avaliações feitas no contexto dos
estudos exploratórios e da aferição, como também aquelas que tiveram como objectivo a realização
de estudos de validade. As normas foram derivadas com base na avaliação de 809 crianças.
Idade
Foram considerados 7 grupos etários, com amplitudes de 6 meses cada (Cf.Tabela 2). A
planificação inicial contemplava a recolha de 100 casos em cada uma das 7 faixas etárias (700 no
total). Contudo, este número veio a ser ultrapassado em todas elas: uma vez eliminados os
protocolos que apresentavam erros de administração ou outros, optou-se por utilizar todos os
restantes nos estudos de aferição, o que acabou por traduzir-se numa amostra um pouco mais
numerosa do que o inicialmente previsto, tal como consta na Tabela 3,
Para efeitos de derivação das normas, cada grupo etário de 6 meses foi posteriormente subdividido
em dois grupos. Assim, Os quadros normativos, num total de 14, incidem sobre períodos etários de 3
meses (cf. Tabela 2). Ambas as formas de organização da amostra são
representativas da população infantil em idade pré-escolar.
24
3 anos e 6 meses
anos
3 anos 1/2 3 anos, S meses e 13 dias
4 anos e 6 meses
3 anos, 8 meses c dias
5 anos e 6 meses
4 anos, 2 meses e 16 dias
4
5 anos, I I nleses e 16 dias anos
6 anos
6 anos, 2 meses e 15 dias 1/4
6 anos 4
6 anos, 2 meses e 16 dias
6 anos 114 anos,
6 anos, 5 Ine.sc„s c 15 dias
5
meses e 15 dias
4 anos, 5 meses e 16 dias
4 anos, 8 meses C dias
4 anos, S meses e 16 dias
4 anos 3/4 4 anos, II meses e 15 dias
4 anos. I I mc.•c.s e 15 dias
5 anos 5 anos, 2 meses e 15 dias
anos
4 anos, 2 meses c 16 dias
5 anos 1/4
5 anos, 5 meses c 15 dias
5 anos, 5 meses e 16 dias
5 anos, S e 15 dias
3 anos, 8 meses e 16 dias 5 anos 3/4
WPPSI-R
Sexo
A distribuição de acordo com a variável sexo é equilibrada em todas as idades, tal como pode ver-
se na Tabela 3, sendo o número total de raparigas observadas (Ip405) praticamente igual ao
nÚmero de rapazes
Tabela 3. Distribuição da amostra em função daAdaptação
idade e sexo
aferição portuguesas 27
Nível escolar
Dentro da faixa etária dos 6 anos (isto é, 5 anos 11 meses e 16 dias a 6 anos 5 meses e 15
dias) a criança tanto pode encontrar-se a frequentar a educação pré-escolar como 0 10 ano do
Ensino Básico, dependendo do seu mês dc nascimento e do mês cm que é feita a avaliação.
Por tal motivo, [oram incluídos na amostra de aferição casos representativos dos dois tipos
de situação, em proporções idênticasi_
Meio de residência
A Tipologia de Áreas Urbanas adoptada foi a aprovada pela 158a Delll)eração do Conselho Superior
de Estatística em Julho de 1998. Conciliando critérios estatísticos com critérios de ordenamento e
planeamento do território, estes últimos com carácter marcadamente
qualitativo, a Tipologia compreende os seguintes três níveis, dos quais dois são urbanos:
Num primeiro momento do processo de aferição pretendeu-se derivar. para as crianças com 6 anos. normas Separadas consoante
frequentassem a educnçáo pré-escolar ou 0 10 Ciclo do Easino Básico (facto que justificou a inclusáo de um número dc casos
substancialmente superior no grupi etário dos 6 anos do que nos restantes, tal como se pode observar Ita Tabela 3). Porém. os
dados ncn-r-nativos derivados separadamente para as duas subamostras mostraram-sc praticamente coincidentes, pelo que se optou
por apresentar normas Conjuntas, para a localidade da amostra com 6 anos.
Tabela 4. Distribuição da amostra em função da Tipologia de Áreas t-
rbanas
'
M:deradamente Urbanas 1542715 16.5 16.4
DadosPredominantemente
cedidos pelo INE (1998) relativos aportugal Contimenlal,
Rurais 1457052Na ausência
15.5de dados estatísticos
126espzcif:cos para crianças compreendidas
164
Total 9375926 100.0 757 100.0
os e. os 6 e5 valores à residente
Adaptação e aferição portuguesas 29
Como ponto de aproximado. Sendo os dados disponíveis relativos a Portugal Cominental, comparaçáo não sc consideração as crianças
Obser,'adas
Os dados relativos à distribuição das crianças da amostra de aferição, em função desta tipologia, são
apresentados na Tabela 4. Procurou-se que o número de sujeitos a observar em cada uma das áreas
fosse proporcional aos valores nacionais, tal como constam nas Estatísticas Demográficas (INE,
1998). Tal como se pode verificar, os valores percentuais observados são muito próximos dos valores
esperados, no que toca às três categorias da variável "meio de residência".
Localização geográfica
Procurou-se que a amostra de aferição fosse representativa em lermos geográficos, quer no que toca
à região do país, quer quanto à proximidade relativamente ao mar_ No que diz (espeito à região
tomou-se como referência a divisão do território nacional por NUTS II, a qual considera as seguintes
regiões: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarvc, Açores e Madeira. Quanto à
proximidade relativamentc ao mar teve-se em conta a divisão do território por NUTS III (que
discrimina 32 unidades territo riais) e consideraram-se litorais todas as unidades geográficas que
tocam o mar, c interiorcs todas as outras. O número de sujeitos a obsewar em cada zona geográfica
foi cal culado por forma a garantir a proporcionalidade l?lativamente aos valores nacionais, em
função dos dados mais recentes disponíveis no momento da definição da amostra (dados cedidos
pelo Ministério da Educação referentes ao ano lectivo de [996/1997).
Dados cedidos pelo Minatério da Educaçáo, referentes a 1996/1907, Sendo os dados disponíveis relativos a crianças resi• dentes em Portugal
Continental, a frcquentar a educação pré-escolar. nesta cmypa.--aç50 náo teve em crianobservadas nas Ilhas (n=42) nem as crianças que
frequentavam o I ano do Ensino Básico (n=64).
Nas tabelas apresentadas anteriormente, é possível verificar uma correspondência acentuada entre as
percentagens observadas e as percentagens esperadas, sobretudo no que toca à comparação referente
zona geográfica (litoral/interior). Relativamente à distribuição da amostra pelo território nacional
verificam-se alguns ligeiros desfasamentos, relacionados com ajustamentos que houve necessidade
dc fazer, no decurso da recolha de dados_ Nomeadamente: i) as aplicações previstas para o Alcnlejo
Litoral foram efectuadas no Algarve: ii) parte das aplicações previstas para o Norte Interior foram
levadas a cabo no Centro Interior. Contudo, tais giustamentos não comprometem a
representacividade geográfica da amostra, a qual cobre uma vasta área do território de Portugal
Continental, apresentando-se dispersa pelos distritos de Braga. Porto, Aveiro, Viseu, Guarda,
Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Évora e Faro. Para além das crianças observadas no
Continente, foram ainda recolhidos 42 protocolos na Região Autónoma dos Açores (Ilha de S.
Miguel), o que corresponde a 5.2% do número total de
WPPSI-R
Nível socio-económico
A profissão do pai é tida como o melhor indicador isolado para a avaliação do nível
socio-económico e, por conseguinte, foi adoptada como referência para efeitos dc
classificação. Esta variável foi codificada de acordo com a versão portuguesa da
Classificação Intcrnacional de Profissões, adoptada nos Censos 91 (INE, 1996) c
[Ctomada nos Censos 2001.
Crianças observadas
Grupo Profissional
Adaptação e aferição portuguesas 33
99.9
Cálculo
dos resultados brutos
Critérios de cotação
Os critérios de cotação dos diversos subtestes encontram-se expostos com bastante dctalhc
no Capítulo 4 deste Manual. NO essencial, são idênticos aos adoplados na versão original
americana da WPPSI-R, e comportam apenas alterações de pormenor nas situações em que
a cotação se apresentou menos objectiva. Assim, foram feitos alguns aditamentos e
especificações pontuais às instruções de cotação de alguns subtestes. Sendo os itens de
desenho do subteste Figuras Geométricas aqueles que suscitavam mais dúvidas quanto à
cotação, introduziu-se, aqui, um maior número de especificações, no sentido de ultrapassar
as ambiguidades detectadas.
Tal como foi referido anteriormente, procedeu-se a uma completa revisão dos exemplos de
respostas a constarem no Manual, para facilitar a cotação dos itens verbais. Em muitas
situações pode revelar-se difícil optar por uma ou Outra cotação. Foi por este motivo que
foram seleccionadas para Constar no Manual não só as respostas mais frequentes, mas
34 WPPSI-R
também as dc mais difícil apreciação. Assim, com base no comportamento das amostras estudadas
nas fases preliminares da adaptação da WPPSI-R para a população portuguesa, muitos novos
exemplos foram acrescentados, enquanto outros foram retirados. Noutros casos, foi 0 modo de
valorizar as várias respostas possíveis que sofreu alterações, no sentido de ajustar os critérios à nossa
realidade socio-cultural.
Critérios de início e de interrupção
Foi realizado um estudo empírico com o objectivo de determinar os critérios de início e de
interrupção para cada subteste. O objectivo deste estudo consistiu em examinar a probabilidade dc
uma criança perder pontos em função de vários critérios dc início possíveis, elou de obter pontos
extra em função de diversos critérios de interrupção. Diferentes critérios de início e de interrupção
foram testados para os vários subtestes o que, nalguns casos, se traduziu em pequenas modificações
relativamente aos critérios adoptados na aferição original americana. Assim, enquanto no subteste
Aritmética se adoptou o mesmo critério de início para lodos os sujeitos, passando o subteste a ser
aplicado sempre a partir do item l, o subtcste Completamento de Gravuras passou a ser iniciado,
pelos sujeitos mais velhos, num ponto mais avançado (item 5 em vez de 3). Por sua vc•4 os critérios
de interrupção foram dilatados em um item nos subtestes Completamento de Gravuras,
Compreensão, Vocabulário e Semelhanças, por forma a não penalizar uma percentagem
considerável de crianças que apresenta uma maior dispersão dos êxitos nestes subtesces.
Pontos de bonificação
Uma nova característica introduzida na revisão da WPPSI consiste em pontos de bonificação.
Atribuem se pontos suplementares às crianças que realizam com rapidez e exactidão as tarefas dos
subtestes Composição de Objectos c Quadrados. A atribuição de pontos de bonificação baseia-se na
distribuição dos tempos de realização das crianças que compõem a amostra de aferição americana,
os quais se revelaram suficientemente discrimmativos c apropriados para as crianças portuguesas.
Para cada um dos 7 grupos etários foram construídas normalizadas as respectivas distribuições de -
brutos. Partindo deslas distribuições foram derivadas as distribuições _ azamuladas dos gru-
pos etários, tendo em consideração os seguintes _ médias dentro de cada subleste, desvios-padrüo,
simetria e L. Recorreu-se a este mesmo procedimento para os _ Os resultados padronizados
correspondentes foram. -
Adaptação e aferição portuguesas 35
Para cada subteste, incluindo os dois Opcionais, Os resultados padronizados variam entre I e 19,
cobrindo, assim, uma amplitude de 3 dcsvios-padráo acima e abaixo da média.
Adaptação e aferição portuguesas 37
Para construir as tabelas de QIs da WPPSI-R foram calculados três somatórios de resultados
padronizados (Realização, Verbal e Escala Completa) para cada um dos sujeitos da amostra
de aferição. Estes somatórios dizem respeito, respectivamente, aos 5 subtestes de realização,
aos 5 subtestes verbais e ao total destes IO resultados. Os dois subtestcs opcionais,
Tabuleiro dos Animais e Frases Memorizadas, não foram tidos cm consideraçüo nestes cálculos.
Estes valores apresentam uma grande similitude nos vários grupos etários, para cada uma
das três escalas. Foi efectuada uma análise de variância que não revelou qualquer
tendência significativa cm função da idade nas notas médias de cada escala. Além
disso, os resultados do teste de Bartlett para a homogeneidade da variância,
38 WPPSI-R
Interpretação quantitativa
As distribuições dos QIs de Realização, Verbal c da Escala Completa apresentam, todas
elas, média igual a desvio-padrio igual a 15. Um QI de cada uma das 3 escalas representa,
pois, o desempenho médio de uma criança com uma determinada idade. QIs de 85 e 115
situam-se, respectivamente, um desvio-padrão abaixo c acima da média, e cerca de dois
terços de todas as crianças obtém QIs situados dentro desta amplitude. Cerca de 95%
obtém QIs situados entre 70 e 130 (isto é, 2 desvios-padrao abaixo e acima da média).
Mais de 99% obtém QIs entre 55 e 145 .com um afastamento de 3 desvios-padrão em
relação à média).
A Tabela 9 facilita a interpretação dos QIs, quer em função do desvio em relação à média,
expresso em unidades de desvio-padrão, quer em percentis. Esta Tabela foi construída a
partir dos valores teóricos de uma distribuição normal. As distribuições dos três QIs (de
Realização, Verbal e da Escala Completa) observadas na amostra de aferição encontram-
se muito próximas desta distribuição teórica.
Tabela 9. Correspondência entre QIs, desvios em relação à média e
percentis
16
9
média em unidades de desvio-padrão
40 WPPSI-R
95
90
85
80 - 1 1,5
75
70 -2 2
55 - 21h
60 -22h 0.4
550.1
Os percentis representam valores teóricos, para uma distribuiçao norrnal.
Interpretação qualitativa
A maioria dos psicólogos recor:z a um sistema qualitativo, para além de um sistema quantitativo,
para interpretar o desempenho de uma criança. A classificação qualitativa da WPPSI-R foi definida
de forma estatística, tal como acontece, aliás, com as restantes Escalas de Inteligência de Wechsler.
A Tabela 10 estabelece a relação entre a classificação qualitativa c diagnóstica e os respectivos
limites em valores de QI. Os limites estabelecidos nesta classificação não se aplicam,
necessariamente, a todas as situações possíveis. Contudo, se forem utilizados limites diferentes, a
respectiva fundamentação estatística deverá ser claramente especificada.
Adaptação e aferição portuguesas 41
42 WPPSI-R
CAPÍTULO 3
Considerações gerais de
administração e cotação
A WPPSI-R, versão portuguesa, foi concebida para ser utilizada com crianças dos 3 anos aos 6
anos e 6 meses de idade. Os itens, materiais e instruções dc administração da Escala foram
seleccionados atendendo à sua adequação e eficiência com crianças destes grupos etários. As
directrizes e procedimentos dc administração da WPPSI-R, expostos neste capítulo, poderão
funcionar corno quadro geral de referência para o examinador que avalia uma criança pequena.
Procedimentos estandardizados
A Escala poderá ser administrada numa escola, num gabinete, num consultório ou numa qualquer área
calma e livre de distracções externas. Seja qual for o local, os factores susceptíveis de distrair a criança
devem Ser minimizados, para que a sua atcnção possa focar-se nas tarefas apresentadas e não em sons
ou imagens exteriores, no seu próprio descontõrto físico ou cm brinquedos ou outros materiais de teste
que não estejam a ser utilizados no momento. Se possível, a criança não deverá ser colocada em frente
de
3
9
40 WPPSI-R
janelas que dêem para zonas movimentadas. Por outro lado, a sala deverá possuir
iluminação adequada.
As provas deverão ser aplicadas sobre uma mesa suficientemente baixa para que a criança pos
trabalhar confortavelmente. Esta deverá sentar-se numa cadeira que lhe permita apoiar os pés no chão. Se
possível e as suas pernas ficarem a baloiçar acima do nível do Chão, será conveniente fornecer-lhe um estrado p
O examinador deverá sentar-se, de preferência, em frente da criança, já que as ilus trações do Manual e as
Resposta (por exemplo, dos subtestes Labirintos e Figuras Geométricas) parlem deste pressuposto.
não ror possível, dcvcrá posicionar-se de modo a poder observar o comportamento da criança durante o teste e
cotação imediata das respostas- Este aspecto é particulannente importante quando o subteste implic
da criança, acções como o apontar ou outras respostas não verbais.
Por vezes, as crianças mostram-se relutantes em ficar a sós com um examinador que não conhecem. Em tais
deverá procurar tranquilizá-la dizendo-lhe, por exemplo: "A tua mãe vai estar sempre na sala ao lado. p
quereres eslar com ela". Se, ainda assim, não ror possível convencer a crian
sozinha com o examinador, poderá aceitar-se a prcsença do adulto que a acompanha (um do
progenitores ou um professor), na condição de que este permaneça em silêncio e fora do al
da criança, durante todo o período do exame.
Relação e motivação
O comportamento e a atitude do examinador para com a criança são tão importantes como
as condições materiais. Ao estabelecer e manter uma boa comunicação, o examinador
conseguirá que a criança esteja mais disponível para cooperar e responder às exinências
impostas pela situação de leste, enquanto ele a encoraja a dar o seu melhor.
O examinador deverá começar a sessão de teste colocando a criança à vontade, por exemplo através de
uma conversa infonnal acerca dos seus intcresscs c actividades, ou explicando-lhe o que se vai passar
de seguida. Se a criança é tímida, hesitante ou está assustada, poderá ser necessário mostrar-lhe um
brinquedo (que não faça parte dos materiais de teste) ou encorajá-la a falar sobre algum aspecto da sala
onde se encontram como, por exemplo, um quadro da parede. O tempo necessário ao estabelecimento
de uma boa relação depende de factores con10 a idade ou o temperamento da criança. O examinador
deverá recorrer à sua experiência e intuição para encontrar o modo mais efi caz de estabelecer uma
boa relação com cada examinando.
Isogo que a criança pareça estar ',ontade, o examinador poderá apresentar brevemente o teste, no
sentido de a tranquilizar. Poderá, por exemplo referir que lhe serão propostas
gerais de administração e cotação 41
tarefas que agradam à maior parte das crianças. Poderá também dizer que algumas tarefas serão
fáceis e outras mais difíceis. Atém disso, poderá referir à criança que não se espera que ela
consiga responder correctamente a todas as questões, mas sim que faça o melhor que for
capaz em todos os itens. Poderá dizer, por exemplo, "Vantos fazer algumas coisas juntos. Vai
haver coisas fáceis e outras mais difíceis. Tu vais tentar fazer o melhor que conseguira'.
Uma vez iniciada a aplicação do teste, o examinador deverá manter um ritmo regular,
permanecendo atento a possíveis mudanças no humor da criança ou na sua disposição para
colaborar. Por vezes. introduzir, entre dois subtestcs, uma breve conversa com uma criança que
manifesta ansiedade ou aborrecimento, poderá facilitar o trabalho na tarefa seguinte. Se a criança
se mostrar irrequieta poderá permitir-se que circule um pouco pela sala, se espreguice ou
faça um intervalo fora da sala de teste. No caso de crianças muito jovens poderá ser
necessário recorrer a mais do que uma pausa antes de concluir a aplicação da Escala.
Algumas crianças interessam-se de lal modo pelos materiais de teste, que preferem brincar
com eles a passar à tarefa seguinte. Nestes casos, algumas palavras simpáticas, invocando
outras imagens c materiais que ainda não foram utilizados são, habitualmente, meios
eficazes para voltar a captar a atenção da criança para o teste.
Administração da WPPSI-R
Esta secção resume as regras gerais de administração da WPPSI-R.
Podc acontecer que o examinador não tenha a certeza se a criança falhou ou não um
determinado item. Em tais casos, dever-se-á considerar o item como correcto, ainda que
provisoriamente, e aplicar os itens adicionais até que o critério de interrupção lenha sido
alcançado sem margem para dúvida. Se a revisão posterior da colação revelar que foram
aplicados itens para além do ponto em guc o subteste deveria ter sido interrompido, o
examinador não deverá contabilizar os créditos relativos a esses itens, no cálculo do
resultado do subteste.
I Os subtestes Tabuleiro dos Animais e Frases Memorizadas colocados no final da Escula para facilitar a
administração e cotação, uma vez que estes subiestes m. esta razão. os respectivos dos não sio
incluídos no cálculo do QI de Realizaçúo.
Considerações gerais de administração e cotaçáo 43
A Tabela I I resume as regras de início e de interrupção dos subtestes, bem como detalhes
adicionais de administração.
WPPSI-R
Tabela II. Sumário das regras de administração dos subtestes
l. CompQsiçâo de Objectos Começar pelo sucedida Cm 2 desenhos consecutivos,
Item l. Se a criança acerta o Item l, passar ao 12 ensaio.
ao Item 2. Se a criança falha o Item 1, São permitidos 2 ensaios para cada
administrar 0 2e ensaio deste item (este desenho. Ambos os ensaios são
20 ensaio não é cotado). Cada item é demonstrados nos desenhos I a 7 e 9.
cronometrado individualmente. Nos desenhos 8 e IO a 14 apenas 0
Interromper após 3 insucessos 20 ensaio é demonstrado. Cada
consecutivos. ensaio é cronometrado
separadamente. Interromper após 3
2. Informação insucessos consecutivos.
Começar pelo Item l, Ia parte. Se a
criança falha no Item I , fornecer a 6. Aritmética
resposta correcta. Interromper após 5 Começar pelo Item l, 10 parte. Cada
insucessos consecutivos. pergunta pode scr repetida uma vez,
a pedido da criança. Interromper
3. Figuras Geométricas Começar pelo Item após 5 insucessos consecutivos.
l, Ia parte. Se a criança falha no Item l, 7. Labirintos
mostrar a resposta correcta. Interromper a Começar pelo Labirinto IA, com crianças
l" parte após 3 insucessos consecutivos e entre os 3 anos e os 4 anos e II meses.
passar 24 parte (Item 8). Inter romper a Começar com 0 Labirinto 3A, com
parte após 3 insucessos consecutivos. crianças com 5 anos ou mais velhas. Os
Labirintos 1 e 2 são de demonstração
4. Compreensão para crianças mais novas e para aquelas
Começar pelo Item 1. Se a criança não dá com 5 anos ou mais velhtks que tenham
uma resposta de 2 pontos, fornecer-lhe ralhado nos Labirintos 3A ou 313. O
uma resposta de 2 pontos. Respostas Labirinto 3 A é uma demonstração para
vagas devem ser questionadas de acordo as crianças com 5 anos ou mais velhas. O
com as instruçócs do Capítulo 4 deste examinador efectua a primeira metade
Manual. Interromper após 5 insucessos dos labirintos de demonstração. Se uma
criança com 5 anos ou mais velha comete
consecutivos.
algum erro em algum dos ensaios do
5. Quadrados Labirinto 3, administrar os Labirintos I e
Começar pelo Desenho I , com Crianças 2_ Cada ensaio é cronometrado
entre Os 3 anos e os 5 anos e II meses. separadamente. [ntermmper após
Começar pelo Desenho 6, com crianças insucesso em 2 labirimos consecutivos.
com 6 anos ou mais velhas. Se uma
criança com 6 anos ou mais velha é bem S. Vocabulário
sucedida no 12 ensaio do Desenho 6, Começar pelo Item I . Se a criança
passar ao Desenho 7 e atribuir a cotaçãô falha o Item l, fornecer a resposta
correspondente aos Desenhos I a 5. Se a correcta. As respostas vagas devem
criança falha o IP ensaio do Desenho 6, ser questionadas, de acordo com as
administrar 0 2e ensaio desse item. instruções do Capítulo 4 deste
Quer a criança seja ou não bem sucedida Manual. Interromper após 6
no 22 cnsaio do Desenho 6, administrar insucessos consecutivos, a partir do
os desenhos anteriores, em ordem Item 4.
inversa, até que a criança seja bem
Considerações gerais de administração e cotaçáo 45
Cronometragem
As respostas à maioria dos subtestcs de realização devem ser
cronometradas. A cronomeIragem deverá ser o mais discreta possível, para
não distrair a criança. Nos itens com tempo limite, a Cronometragem
inicia-se de acordo com as instruções apresentadas no Capítulo 4
WPPSI-R
deste Manual. O tempo utilizado para repetir uma questão ou para clarificar instruções gerais é
incluído no tempo total registado para o desempenho nesse item.
Se uma criança está prestes a concluir o seu trabalho quando o tempo limite acaba. o examinador
dewerá permitir que ela termine o item, no sentido dc manter uma relação positiva. No entanto, a
cotação dirá respeito somente ao trabalho que é completado dentro do tempo limite.
Para os subtestes que não comportam limites de tempo, dar-se-á à criança cerca de 15 a 20
segundos para iniciar a sua resposta. Porém, a menos que haja alguma•indicação explícita nas
instruções que constam no Capítulo 4, este intercalo de tempo pode variar dependendo de cada
criança e da sensibilidade do examinador para compreender se ela está ou não a procurar
activamente a resposta. Se a criança não começar a responder dentro de um intervalo de
tempo razoável ou a seguir à repetição da questão (quando permitido), o examinador deverá
registar um resultado de 0 pontos e passar ao item seguinte ou ao próximo subtesle. se o
critério de interrupção tiver sido alcançado.
Aprendizagem da tarefa
Todos os subtcstcs da WPPSI-R, excepção de Aritmética, se iniciam com itens em que é
de:nonslrada ou ensinada a resposta desejada, no caso de a criança não a dar
esponlaneamente. O objectivo dcsle "treino" é dar à criança um modelo dc resposta correcta,
no sentido de assegurar que ela compreende as exigências do subteste.
Treinar a criança para responder aos itens ou fornecer as respostas correctas, quando tal não
está especificado nas instruções, é inadequado na medida em que viola as condições em que
a Escala foi estandardizada.
assim 0 indiquem. Os questionamentos são essenciais, pois sem eles não seria possível
cotar algumas das respostas. Porém, o examinador deverá evitar um questionamento
excessivo. O objectivo é clarificar aquilo que a criança diz para facilitar o processo de
cotação. Não Se trata, portanto, dc pressionar os conhecimentos da criança aos Seus limites ou de
inflacionar os seus resultados.
Considerações gerais de administração e cotaçáo 47
Sempre que uma resposta é questionada, o examinador deverá assinalar um na Folha de
Registo, seguido da segunda resposta da criança. Este procedimento indica que aquilo
que se segue à resposta inicial não foi dito espontaneamente. Os critérios de cotação
para a Compreensão, Vocabulário e Semelhanças que constam no Capítulo 4 deste
Manual Incluem vános exemplos de respostas seguidos da letra "(Q)" (E
questionamento). Isto indica que esta resposta, ou qualquer outra equivalente, deverá ser
ques Lionada.
Por vezes, os examinadores têm dificuldade em distinguir uma resposta pouco clara de
uma resposta errada, isto é, um insucesso. A familiaridade com as regras de cotação dos
itens verbais dará aos examinadores uma noção de quais os elementos importantes numa
resposta e, assim, uma maior confiança no reconhecimento da necessidade de
questionar.
Manual;
> Folhas de Registo;
Caderno de Estímulos grande, contendo as imagens para os subtestes Informação,
Aritmética, Vocabulário e Semelhanças;
Caderno de Estímulos pequeno, contendo as imagens para os subtestes Figuras
Geométricas, Quadrados e Completamento de Gravuras;
Puzzles para o subteste Composição de Objectos (6 caixas);
Biombo de Apresentação para o subteste Composição de Objectos, também designado por
Cartão de Composição de Objectos: trata-se de um cartão com 17 por 22 cm que se coloca na
posição vertical e onde está impresso o modo estandardizado de apresentação das peças de
Composição de Objectos; é por detrás deste Biombo que se dispõem as peças dos subtestes
Composição de Objectos e Quadrados; Bloco de papel para o subteste Figuras Geométricas;
Grelhas de correcção para os subtestes Figuras Geométricas e Labirintos;
Caixa com blocos quadrados;
Caderno de Labirintos;
Lápis de carvão;
Manter a mala de teste numa cadeira ao lado do examinador e fora do campo de visão da
criança constitui um modo eficaz de favorecer a sua concentração sobre a tarefa em
curso. Por outro lado, é recomendável que materiais como os cadernos de estímulos. os
puzzles do subteste Composição de Objectos, lápis, etc., estejam guardados na mala
quando não estão a ser necessários.
Acontece, por vezes, que a criança dá duas ou mais respostas a uma questão. A cotação destas
respostas múltiplas subordina-sc aos seguintes princípios:
l. Se a intenção da criança é substituir uma resposta anterior, a resposta inicial é ignorada e cotada
somente a última.
4. Se-a criança der duas ou mais respostas que difiram entre si quanto à qualidade, sem
que, no entanto, nenhuma delas seja considerada errada ou ponha em causa a resposta
global, é cotada a melhor das respostas.
Por vezes, acontece screm administrados à criança itens que não deveriam ter sido pas-
definido pelo critério de início adequado idade da criança, ou pode ter continuado para
além do critério de iutenupção. Nestes casos, torna-se necessário decidir se os insucessos
em itens anteriores ao ponto de início e se os êxitos em itens posteriores ao ponto de
interrupção devem ou não ser tidos em conta na cotação final do subtcste_
As regras de início e internpção da aplicação dos itens de cada subteste foram
desenvolvidas empiricamente, tendo como base os dados da estandardização da WPPSI-R. Em
geral, elas foram de modo a que: praticamente nenhuma criança que seja bem
sucedida nos primeiros itens administrados, falhe nos itens precedentes, que são mais fáceis;
praticamente nenhuma criança que falhe numa série de itens consecutivos seja bem sucedida nos
itens seguintes, que são mais difíceis. Por conseguinte, as respostas aos itens que não deveriam ter
sido administrados devem scr ignoradas no processo de cotação, ta! como foi feito aquando do
desenvolvimento das normas da WPPSI-R.
Por outro lado, o examinador poderá verificar que, inadvertidamente, fez a criança iniciar o
subteste num item posterior ao recomendado para a Sua idade. Se o examinador se aperceber deste
erro, poderá voltar atrás e administrar Os itens omitidos. Se, pelo contrário, apenas descobrir o
WPPSI-R
erro após 0 final da sessão, o subteste que foi incorrectamente administrado deverá ser anulado c o
desempenho da criança na Escala, deverá. se possível, ser estimado proporcionalmente.
Folha de registo
A Folha de Registo da WPPSI-R dispõe de espaços para registar c cotar as respostas da
criança aos itens de cada subleste. No Sentido de facilitar o trabalho do examinador, a
folha inclui, tambénl, algumas informações relativas à adequada administração dos
subtcstes, tais Como critérios de início e de interrupção, limites dc tempo e indicações
sobre 0 conteúdo dos itens,
idade da criança e na medida em que este elemento determina o ponto dc início para
muitos dos subtesles, o examinador deverá calculá-la com exactidão antes de iniciar a
aplicação da Escala, o que pressupõe 0 registo da data de avaliação e da data de
nascimento da criança, no quadro apropriado. Se as provas são aplicadas em duas
Os dias de idade não são arredondados para o mês mais próximo, mas sim conservados
tal e qual: por exemplo, uma idade cronológica de 4 anos, 3 meses e 28 dias não é
Em muitos subLestes, o leque possível da cotação para cada item estú indicado no topo
da coluna reservada à cotação, na Folha de Registo. Deste modo, o examinador anota,
simplesmente, a cotação dc cada item no espaço apropriado. Noutros subtestes, como por
exemplo no de Quadrados, as diferentes cotações possíveis estão indicadas para cada
item. Nestes casos, o examinador assinala a cotação apropriada colocando um círculo à
volta do respectivo algarismo, e calcula o resultado bruto total somando os números
assinalados.
Considerações gerais de administração e cotaçáo 51
Na administração da WPPSI-R, o examinador deverá fazer algum tipo de anotação, na Folha dc
Registo, que permita diferenciar os itens que a criança tentou resolver daqueles que não foram
aplicados. O apontamento poderá consistir na colação do item, na indicação do sucesso ou
insucesso, ou no registo da própria resposta da criança. Nos sublesles Compreensão, Vocabulário
e Semelhanças, o examinador deverá esforçar-se por registar textualmente as respostas da criança,
uma vez que estas serão avaliadas com precisão após a sessão de teste (e, por vezes, também
posteriormente, para efectuar outros tipos de análise).
NS - Não Sabe (a criança diz "não sei" ou indica de qualquer forma a sua incapacidade de
responder ao item).
NR - Não Responde (a criança não responde ao item, nem verbalmente nem por gestos).
AI - Aponta Incorrectamente (se a criança aponta para uma parte da gravura diferente
daquela onde falta algo).
WPPSI-R
Instruções para o cálculo dos resultados brutos, resultados
padronizados, QIs e idades-teste
Uma vez atribuídas cotações a todos os itens dos subtestes, 0 examinador deverá seguir
diferentes etapas para determinar os resultados brutos, resultados padronizados e QIs (dc
Realização, Verbal c da Escala Completa). Apesar das etapas deste trabalho não
representarem mais do que uma simples tarefa de transcrição, existe sempre a
possibilidade de su:girern erros, cujas consequências poderão ser bastante graves. Daí
que estas tarefas devam ser realimdas ctlidadosamente e verificadas com exactidão. As
seguintes sugestões poderão ser úteis:
3.
Verificar a adição das pontuações dos itens aquando do cálculo dos resultados brutos dos
subtestcs. Verificar o resultado bruto do subtestc Tabuleiro dos Animais na Tabela
24 do Anexo A.
4. Copiar correctamente os resultados brutos de cada subtestc para o espaço
apropriado, na Folha de Registo. Verificar a exactidão desta transcrição.
Os resultados brutos iguais a 0 nos subtestes da WPPSI-R merecem uma atenção particular. Se a
criança obtém um resultado brulo de 0 pontos isso não significa que ela é totalmente desprovida
da aptidão medida por esse subteste, mas somente que a capacidade do sujeito não pode ser
apreciada através das tarefas especfficas da WPPSI-R. Uma criança pode, por exemplo, obter um
resultado de 0 pontos no Vocabulário e, ainda assim, conhecer o significado de algumas palavras
mais simples. No entanto, para que seja possível efectuar o cálculo do QI Verbal, a criança deverá
obter resultados brutos superiores a O pontos em pelo menos 3 subtestes verbais. Esta mesma
regra aplica-se também à determinação do QI de Realização. De igual modo, o QI da Escala
Completa só poderá ser calculado se a criança obtiver resultados brutos superiores a 0 pontos em
pelo menos 3 subtesles de realização e em pelo menos 3 subtcstes verbais.
Cálculo da idade-teste
Ocasionalmente pode ser útil comparar as resultados obtidos na WPPSI-R com as normas por
idades de outras escalas. Os métodos para obter uma idade média e uma idade mediana na WPPSI-
R são descritos em seguida. A Tabela 30 (p_ 213) apresenta, para cada um dos subtestes, os
resultados brutos equivalentes a diversas idades-teste.
A Tabela 30 foi construída do seguinte modo: para cada faixa ctária, o resultado bruto
correspondente a um resultado padronizado de 10 pontos representa o resultado médio dessa idade.
Para cada subteste, a Tabela apresenta esses resultados brutos para cada uma idades-tcste
indicadas. Nos casos em que o mesmo resultado bruto apareceu em duas sucessivas, este
foi atribuído à idade inferior. Quando o mesmo resultado bruto em três idades sucessivas
foi atribuído à idade intermédia. Nas situações em que sobreposição dos leques de
resultados brutos em mais do que I ponto, a • foi dividida igualmente pelas duas idades
- -L: esta Tabela, procura-sc o resultado bruto obtido num determinado subteste
- • - -—±spondente a esse subteste. A partir do resultado bruto, o examinador deve-
'eitura horizontal até ao extremo esquerdo da Tabela, onde encontrará
—.•spondentc- Este procedimento deve ser repetido para cada um dos subbruto se
situa fora dos limites da Tabela, o examinador deverá •.2. uma idadc-tcste 'l
inferior a 3 anos", caso o resultado se situe ou "superiora 6 anos e meio", caso o
resultado seja mais ele-
de
Para Obter uma idade-tcste média*, adicionam-se as idadcs-teste correspondentes aos diferentes
subtestes e divide-se essa soma pelo número de subtestes.
WPPSI-R
Para obter uma idade-teste mediana3, ordenam-se as idades-teste por ordem crescente e procura-se
0 valor central.
WPPSI-R
CAPÍTULO 4
Instruções de administração e
cotação
1.
Composição de Objectos
Materiais
6 puzzles da Composição de Objectos, cada um deles numa caixa separada;
Biombo de Apresentação da Composição de Objectos; Régua da grelha B;
Cronómetro.
Início
Começar pelo Item 1 para todas as crianças.
Interrupção
Interromper após 3 insucessos consecutivos. Um insucesso é nrn resultado dc O (isto é, não há
nenhuma pcça do puzzle correctamente justaposta, dentro do limite de tempo).
Instruções
Usar o Biombo de Apresentação da Composição de Objectos como um guia para a
apresentaçüo correcta de cada puzzle e para dissimular as peças do puzzle antes da sua
apresentação. Quando a disposição das peças estiver terminada, retirar o Biombo de
Apresentação para mostrar as peças à criança.
Nos Itens 1 e 2 a criança tem que encaixar as peças do puzzle em espaços dentro
duma moldura. Os Itens 3 a 6 são puzzles Sem moldura-
39
-c limite para cada item é dado neste Manual c na Folha de Registo. Para cada
...2.. contagem do tempo inicia-se imediatamente após ter sido pronunciada a última das
instruções. Os tempos de execução devem ser registados com precisão, uma vez que, em alguns
itens, a uma execução rápida e perfeita se atribuem pontos de bónus (cf. abaixo o ponto referente à
Cotação).
Pode-se interromper a criança quando termina o tempo limite. Contudo, para manter uma
boa relação, poderá não ser muito aconselhável interrompê-la se ela ainda está a trabalhar
quando termina o tempo limites sobretudo se parece estar quase a completar o puzzle.
Nestes casos, registar a disposição das peças no final do tempo limite, tal como está
descrito no ponto relativo à Cotação. Este aspecto é importante, uma vez que é dada
pontuação por execuções parciais.
Se a criança vira uma peça ao contrário, tornar a virá-la discretamente para cima.
Nota: Ter atenção para que os desenhos do Manual não fiquem à vista da criança.
Item 1. Rectângulos
Ensaio 1: Colocar o Biombo de Apresentação entre si e a criança, com o diagrama de
apresentação das peças virado para si e fora da vista da criança. Dispor as peças atrás do
Biombo de Apresentação, sobre a mesa, perto da criança, dc acordo com o esquema
seguinte, representado no próprio Biombo.
Criança
Disposição de Disposição apresentação completa
Número de cortes 3
Cotação máxima = 3
Examinado:-
Composição de 61
Objectos
Retirar, então, o Biombo dc Apresentação para expor o conjunto de peças, apontar para os
três rectângulos e dizer:
Estas peças encaixam todas aqui (apontar para a peça que serve de moldura). Olha como é que eu
faço.
Pomos a peca grande no espaço grande, depois esta peça neste espaço, e esta peça neste
espaço. (Pausa). Vês, todas as peças encaixam.
etirar as peças da moldura e dispô-las por detrás do Biombo de Apresentação, tal como antes, de acordo
com 0 esquema. Mostrar o conjunto e dizer.
Se a criança perde tempo Ou parece estar simplesmente a brincar com as peças, dizer:
Vamos, despacha-te!
Item 2. Flores
Dispor as peças por detrás do Biombo de Apresentação, de acordo com oesquema que
Se segue.
Criança
Disposição de Disposição
apresentação completa
Número de cortes = 4
Estas peças vão formar um desenho de flores. Junta-as o mais depressa que conseguires. Diz-me
quando tiveres acabado. Vá lá.
limite: 2 minutos
despacha-te!
Composição de 63
só pode ser dado uma vez neste Item.
Item 3. Carro
Dispor as peças por detrás do Biombo de Apresentação de acordo com o esquema que se
segue.
Criança
Disposição de Disposição
apresentação completa Número de cortes 2
Cotação base = 2
Bónus:
Tempo Pontos
Quando juntares estas peças como deve ser, elas vão formar um desenho.
Junta-as 0 mais depressa que conseguires. Diz-me quando tiveres acabado.
Vá lá.
Criança
Disposição de Disposição
apresentação completa
Exami
nador
Examinador
Item 5. Face
Tempo limite: 2 minutos, 30 segundos
Criança
Bónus:
Tempo Pontos
Bónus:
Tempo Pontos
41" ou mais nenhum
2
-3
Cotação máxima = 8
Item 6. Cão
Tempo limite: 2 minutos, 30
segundos
Criança
Disposição dc Disposição
apresentação completa
Composição de 67
Examinador
Cotação
Objectffs
Bónus:
Tempo Pontos
41" ou mais nenhum
26"-40"
16"-25" 2 3 Cotação máxima = 6
WPPSI-R
Registar o tempo exacto que a criança demora a terminar cada item, independentemente do Seu êxito,
desde que seja dentro do tempo limite.
Para cotar um item, assinalar na Folha de Registo, na coluna indicada, 0 número de justaposições
correctas e os pontos, incluindo os bónus. Atribuir crédito por cada corte correctamente justaposto
dentro do tempo limite, independentemente do aspecto geral ou da orientação da composição. Não
são penalizados os pequenos intervalos iguais ou inferiores a 0,5 cm entre as peças, desde que estas
estejam correctamente justapostas. Também não São penalizadas as translações ou rotações das peças
umas em relação às outras, se forem inferiores a 05 cm. Contudo, as peças afastadas, deslocadas ou
rodadas entre si mais de cm não se consideram Correctamente justapostas. Se a criança coloca bem
uma peça e depois, inadvertidamente, dá um encontrão ao puzzle e desloca a peça, atribuir a cotação
como sc ela estivesse correctamente colocada. Os [tens I e 2 comsideram-se bem sucedidos desde
que as peças estejam colocadas nos espaços certos, mesmo que não estejam perfeitamente encaixadas
(registar a ocorrência desta situação).
O Item I merece especial atenção. De notar que, para este item, são indicados dois ensaios na Folha
de Registo. O Ensaio 2 só é administrado caso a criança não coloque correctamente as 3
peças no Ensaio 1. Contudo, mesmo que seja administrado, 0 Ensaio 2 nunca é cotado.
Destina-se, somente, a ajudar a criança a compreender os requisitos da tarefa. Patu efeitos de
Interrupção, o Item I é considerado mal sucedido se a criança obtém a pontuação de 0 no
Ensaio 1, mesmo que o Ensaio 2 seja correctamente realizado.
Justaposições Cotação
Item Correctas Máxima
Materiais
Os Itens de Imagens (Itens a 6) encontram-se no Caderno de Estímulos grande. Os Itens
Verbais (Itens 7 a 27) estão incluídos neste ManuaL
Início
Começar pelo Item I para todas as crianças.
Interrupção
Interromper após 5 insucessos consecutivos.
Instruções
O subteste Inforrnaçio é composto por duas partes, com diferentes modos de apresentação e de
resposta, tal como se indica em seguida:
Parte l, Itens de Imagens (Itens 1 a 6): A criança responde a uma pergunta oral apontando
para o objecto correcto de entre uma série dc objectos representados.
Parte 2, Itens Verbais (Itens 7 a 27): A criança responde verbalmente a questões colocadas
oralmente.
(tem I
Eolocar o Caderno de Estímulos grande em frente da criança, com o bordo livre voltado para ela.
Olha para estas imagens. Aponta para aquilo onde se faz a comida.
Se a criança apontar para o fogão, dizer:
Item 2
Apresentar o Item 2 e dizer:
Olha para estas imagens. Aponta para aquilo que se pode ler.
e dizer:
para o quadrado.
Resposta correcta: Quadrado
WPPSI-R
Item 4
Apresentar o Item 4 e dizer:
Item 5
Apresentar o Item 5 e dizer:
Agora, aponta para aquilo com que ouves.
Item 6
Apresentar o Item 6 e dizer:
Guardar o Caderno de Estímulos e passar ao Item 7, a menos que tenha sido atingido o critério de
interrupção.
Cada pergunta pode scr repetida uma vez SC a criança o solicita ou parece não ter prestado
atenção.
Item
7
0
7. M nomeie
três
resposta
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de
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Item
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Informação
Item
16.
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Item
Respo
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72
Informação
73
Cotação
Atribuir I ponto por cada resposta correcta e 0 pontos por cada resposta incorrecta. As respostas
ão apresentadas acima, para cada item. A excepção dos Itens I I e 16, é suficiente que a criança dê uma
a para receber crédito. Terá de dar três respostas ao Item I I e duas respostas ao item 16 para que cies
derados bem suced idos.
WPPSI-R
Cotação máxima: 27 pontos
3.
Figuras Geométricas
Materiais
16 figuras do Caderno de Estímulos pequeno; I bloco de
folhas dc desenho;
2 lápis de cawão com borracha;
Folha dc cartão ou outra superfície firme e lisa, se o tampo da mesa não o for: Grelhas A e
B para a cotação dos Itens de Desenho Geométrico.
Início
Começar pelo Item 1 para todas as crianças.
Interrupção
Parte 1 (Itens 1 a 7): Interromper após 3 insucessos consecutivos; qualquer que
seja o desempenho, prosseguir com o Item 8.
Instruções
O subteste Figuras Geométricas é composto por duas partes envolvendo tarefas diferen
les, tal como está indicado em seguida:
Mostra-me qual é.
Nestes itens, se a criança aponta para mais do que um desenho mas inclui o desenho certo. dizer:
Pode encorajar-se as crianças que dizem não conseguir desenhar as formas, nos Itens de
Desenho do subtestc (Itens 8 a 1 6), dizendo:
Apontar sucessivamente para cada um dos quatro desenhos na parte inferior da página e
perguntar:
Qual destes desenhos é igual a este aqui em cima? (Apontar novamente para o desenho no
topo da página).
85
Mostra-me qual é.
SLAScriança faz a escolha correcta, quer seja de imediato quer após ser incentivada,
dizer:
É isso mesmo.
Se a criança faz a escolha errada, quer seja dc imediato quer após o incentivo, dizer:
Não, é ESTE aqui. (Apontar para o desenho correcto). Vês, estes dois são mesmo
iguais. (Apontar sucessivamente para o desenho do topo e para a resposta correcta).
Item 2
Mostrar o desenho do topo da página e dizer:
Depois dizer:
Qual destes desenhos é que é igual a este aqui? (Apontar novamente para o
deseIlho no topo da página).
-
As esu_ corrigidas neste item nem nos seguinTes.
Itens 3 a -
Administr¿-- _ atingido o
86 WPPSI-R
gue o Item 2.
Quer a
criança tenha
ou não passar
ao Item 8.
87
Figuras Geométricas
Item 9
Quando a criança tiver concluído o desenho do Item 8, virar a folha
dobrada de modo a expor a metade inferior da página. O "E" e a seta
devem ficar orientados da mesma forrna que anteriormente. Assinalar
discretamente com um círculo o número 9 da folha, apresentar o Item 9,
e dizer:
88 WPPSI-R
Faz um desenho igual a este.
Acabaste?
Cotação
Parte 1 (Itens 1 a 7): Atribuir I pomo a cada resposta correcta.
Cotação máxima: 7 pontos.
4. Compreensão
Materiais
Todos os itens do subteste Compreensão estão incluídos neste Manual.
Início
Começar pelo Irem I para todas as crianças.
Interrupção
Interromper após 5 insucessos consecutivos. Um insucesso é uma cotação de O pontos.
Instruções
Ler cada pergunta lentamente. Se a criança está distraída Ou parece não ter compreendido
bem, pode-se repetir a pergunta mas sem a abreviar ou modificar. Repetir a pergunta caso a
criança não dê nenhuma resposta após IO ou 15 segundos, mas não fornecer nenhum Outro
tipo de ajuda, excepto a indicada abaixo para os Itens l, 2 e 5.
Sim ou Continua.
Os critérios de cotação referidos abaixo, para cada item, incluem vários exemplos dc
respostas de O e I ponto seguidas da notação "(Q)". Este "(Q)" indica que a resposta que o
precede, ou qualquer uma do mesmo tipo, deve sempre ser questionada.
Nenhuma outra ajuda ou sugestão deve ser dada, excepção feita para os Itens l, 2 e 5, tal
como está indicado abaixo-
Compreensão 91
No Item 5 a criança deverá dar duas respostas correctas para merecer o crédito. Se dá uma só resposta
correcta, pedir uma segunda resposta, dizendo:
Isso é verdade. Agora diz-me outra razão por que as casas têm janelas.
Se a criança dá, de início, uma lesposla de 0 pontos, não pedil uma segunda resposta a este item.
Cotação
92 WPPSI-R
Compreensão 93
Para cada item é apresentado, abaixo, uln critério geral de cotação, seguido de respostas típicas para
cotações de 2, I ou O.
Nota: Se a criança não responde ou dá uma resposta de 0 ou I ponto, espontaneamente ou após ser
questionada, dizer:
Porque é que
4. uma planta precisa de água?
Nota: A criança deve dar duas respostas correctas para obter 2 pontos. Se dá apenas uma resposta
correcta, pedir-lhe uma segunda. Di7±r:
Isso é verdade. Agora diz-me outra razão por que as casas têm janelas.
Em geral: Ideias de ventilação, segurança, iluminação, aquecimento, comunicação
visual com o exterior. Aceitar igualmente razões menores tais como *'sacudir tapetes" ,
"estender a roupa" e "ficarem mais bonitas"
Porque é que
: indicando pelo menos duas razões gerais)
pelo menos uma das razões gerais apontadas)
entrarem
frio
1 ponto: * Ficavam com fome (Para não terem fome, não passar fome) (Q)
* Porque estão com fome (Q)
* Para não ficarem com o estômago vazio (Q)
* Ficavam doentes (Para a nossa saúde) (Q)
* Porque morrem (desmaiam) (Q) * Para ficar gordo (engordar)
2 pontos: * Derrete (ou uma palavra com som idêntico, desde que seja claro que a criança
quer dizer "derrete")
* Fica mole
* Parece leite, derrete
Compreemsão 97
Porque é que
* Fica como papa (em água)
* Escorre
Em geral: Para não fazer chichi na cama ou para evitar levantar-se durante a noite.
Porque é que
2 pontos: * Para poderem aprender o que é preciso (Para aprender) * Para aprenderem
e poderem trabalhar * Para aprenderem a ler, escrever...
* Para terem educação
1 ponto: Para ele estar bom (Senão ele fica mau) (Q)
* Fica estragado (Q)
* Para o manter frio
* Para não ficar quente
2 ponto: * Perguntar o que é que se passa (porque é que está a chorar) (Q)
Dizer à professora (mãe,
* Levá-lo a casa
* Dizer para ele não chorar
Materiais
6 blocos quadrados planos, vermelhos dc um dos lados e brancos do outro;
8 blocos quadrados planos, vermelhos de um dos lados e metade vermelho, metade branco
do outro;
6 desenhos do Caderno de Estímulos pequeno; Biombo de
Apresentação; Cronómetro.
Início
Idades de a 5:11 Desenho 1
A partir de inclusive — Desenho 6
Se uma criança com 6 anos ou mais velha é bem sucedida no Ensaio I do Desenho
6, passar ao Desenho 7 c atribuir a cotação máxima pelos Desenhos I a 5.
In terrupção
após 3 insucessos consecutivos. Um item só é considerado mal
sucedido se respectivos ensaios o forem, resultando numa colação dc
Instruções
criança trabalha directamente a partir dc
modelos em blocos consOs padrOes usados na
construção desses modelos são apresen2
Registo. cade us zonas sombreadas representam o vermclho. Os 9 a süo
apresentados à criança no Caderno de Estímulos.
104 WPPSI-R
Para os Desenhos 1 a 5, usar os seis blocos que são completamente vermelhos dc um lado e
completamente brancos do outro. Para os Desenhos 6 a 14, usar os oito blocos que são completamente
vermelhos de um lado e metade vermelho, metade branco do outro lado.
São permitidos dois ensaios para cada desenho. Se a criança é bem sucedida no Ensaio 1.
passar para o desenho seguinte. Se a criança falha o Ensaio l, proceder a uma demonstração do
desenho c depois apresentar o Ensaio 2 desse mesmo desenho.
Deve-se prestar especial atenção às instruções relativas à demonstração dos ensaios. Em alguns
desenhos são demonstrados ambos os ensaios, enquanto que noutros só é demonstrado o
Ensaio 2. A tabela seguinte resume, para cada desenho, quais os ensaios em que pode haver
demonstração.
Na Folha dc Registo,
uma coluna
especial .com o título
D/ND) indica se um
ensaio deve ser
demonstrado ou não; esta coluna pode ser usada como referência rápida.
Ponho um quadrado vermelho c outro vermelho aqui„. aqui tenho que usar
um quadrado vermelho e branco.
Para cada ensaio, a cronometragem começa quando é pronunciada a última palavra das
instruções. Parar a cronometragem quando for evidentc que a criança terminou, mcsmo
que continue a olhar para os blocos, ou mesmo que se esqueça dc dizer que acabou.
É fundamental registar com precisão o tempo de desempenho da criança para cada ensaio
efectuado-
Intervalos
Se a criança coloca os blocos correctamente, mas deixa inter.'alos evidentes entre eles (2
mm ou mais), perguntar:
É assim?
Considerar o desenho correcto quer a criança feche os intervalos, quer não, desde que estes
não excedam os 5 mm (neste último caso o desenho será considerado incorrecto). Contudo,
se a criança não fecha os intervalos, o examinador deve demonstrar o ajuslamento perfeito
nas duas primeiras situações cm que tal ocorra. Deve também tomar nota delas.
Vês, é assim.
O examinador só deve corrigir as duas pnmeiras rotações que ocorram. Deve também
1101a delas. Usar 0 símbolo para indicar uma rotação de 300 ou mais. A figura
ilustra uma rotação de 300.
106 WPPSI-R
Para os desenho 1 a 5, usar os seis blocos que são vermelhos dc um lado e brancos do outro.
Desenho I
ocar o Biombo de Apresentação a 20-25 cm da criança, com o lado em branco virado para ela. Por detrás do
dispor dois blocos, tal como cstá representado no esquema do Desenho l, na Folha de Registo.
Biombo e mostrar o modelo à criança. Mantendo o modelo no mesmo sítio, pegar em dois blocos iguais e
Mostrar as duas faces dos dois blocos. Depois, colocá-los em frente à criança, de maneira a
que os blocos não fiquem cm linha recta e deixando uma face vermelha e ulna branca à vista.
Dizer:
Vou j" ntá-los para fazer um desenho igual a este. (Apontar para o modelo). Vê corno e
que eu faço.
Primeiro ponho um quadrado branco aqui e depois outro branco ao lado. Vês, agora estão
Depois de uma breve pausa, baralhar esta segunda composição, mantendo o modelo no
mesmo sítio. Certificar-se de que os blocos usados na segunda composição são apresentados
com uma face vermelha e outra branca à vista. Dizer:
Agora, faz tu um desenho igual a este. Pára quando tiveres um igual a este. (Apontar para
0 modelo). Diz-me quando tiveres acabado. Vá lá.
Começar a cronometrar.
Desenho 2
Quer a criança tenha sido ou não bem sucedida no Desenho l, construir o modelo para
o Desenho 2, por detrás do Biombo de Apresentação, usando dois dos blocos. Retirar o
Biombo e expor o modelo à criança. Colocar dois dos blocos restantes em frente dela.
(Os blocos não devem estar dispostos em linha recta e devem estar à vista duas faces
vermelhas). Depois proceder como para o Desenho l, fazendo uma demonstração e
explicando a construção do desenho. Se a criança não é bem sucedida no Ensaio 1,
demonstrar mais uma vez a disposição correcta antes de passar ao Ensaio 2
Desenho 3
sido bem sucedida no Desenho 2, construir o modelo para
Bioinbo de Apresentação, usando Ires dos blocos. Dispor os
frente da criança, de modo a que fiquem visíveis unia
Depois, proceder como para os Desenhos 1 e 2,
demonsc:iança não é bem sucedida no Ensaio 1, fazer uma
— de apresentar 0 Ensaio 2.
ensaio
Quadrados 109
Desenhos 4 e 5
Construir o modelo apresentado na Folha de Registo fora da vista da criança, e depois
mostrar-lho. Pegando nos outros três blocos, dizer:
Desta vez, alguns quadrados ficam em cima e outros em baixo. (Apontar para 0 modelo). Vê
como é que eu facoJuntar os blocos. Depois dizer:
Vês, os dois desenhos sáo iguais. (Apontar para o modelo e para a sua composição).
Mantendo o modelo no mesmo sítio, baralhar os blocos de demonstração. (Fazer de modo
a que os blocos não fiquem dispostos em linha recta; devem ficar à vista duas faces
vermelhas e uma branca para o Desenho 4, e duas brancas e uma vermelha para o Desenho
5). Dizer:
—d Agora fazes tu um desenho igual a este. (Apontar para 0 modelo). Diz-me quando tiveres
acabado. Vá lá.
Desenho 6
Pegar em dois blocos e, por detrás do Biombo de Apresentação, construir 0 modelo aprcsentado na
Folha de Registo. Retirar o Biombo c mostrar o modelo à criança. Depois, usando dois outros blocos,
mostrar ambas as faces dizendo:
Aqui estão dois quadrados; Cada um deles é vermelho de um lado e (fazer uma pausa c acentuar)
metade vermelho e metade branco do outro lado. Vou pô-los um ao pé do outro para fazer um
desenho igual a este. (Apontar para o modelo). Vê como é que eu faço.
Primeiro ponho um quadrado vermelho e branco aqui e depois ponho outro vermelho e branco ao
lado. Vês, agora estão iguais. (Apontar para o modelo e depois para a sua plúpria composição).
Mantendo o modelo no mesmo sítio, baralhar os blocos de demonstração. (Fazer de maneira a que os
blocos não fiquem dispostos em linha recta; devem ficar à vista uma face vermelha, e umaface
metade vermelha e metade branca). Dizer:
Agora fazes tu um igual a este. (Apontar para o modelo). Diz-me quando tiveres acabado. Vá lá.
Se a criança não consegue completar o desenho dentro do tempo limite, ou sc dispõe mal os blocos,
dimr:
Fazer uma segunda demonstração, explicando cada passo. Depois, mantendo o modelo no mesmo
sítio, baralhar os blocos de demonstração e dizev_
Quadrados 111
Agora faz tu um desenho igual a este. (Apontar para o modelo). Diz-me quando tiveres acabado.
Vá lá.
Começar a cronometrar.
Se uma criança com 6 anos ou mais velha é bem sucedida no Ensaio I do Desenho 6, atribuir a
cotação máxima aos Desenhos 1 a 5 e prosseguir com o Desenho 7-
Se uma criança com 6 ou mais velha falha no Ensaio I do Desenho 6, fazer uma demonstraçüo e
proceder a segundo ensaio. Qualquer que seja o desempenho da criança no Ensaio 2. as precedentes
na ordem inversa (5, 4, 3...) até que a criança seja te::'_ desenhos consecutivos, ao primeiro ensaio.
Quando este critério rc.- cotaçüo máxima a todos os itens precedentes
não administrados e p2ss-2.de
interrupção_ Note que tenha
atingido o critério base.
112 WPPSI-R
Desenho 7
Utilizar quatro blocos. Fora da vista da criança, construir um modelo a partir do desenho
apresentado na Folha de Registo; depois mostrá-lo à criança. Pegar nos quatro blocos
restantes c espalhá-los ao acaso, em frente dela- Não é necessária nenhuma disposição
especial, mas deve-se ter o cuidado de não apresentar os blocos todos com a mesma face
à vista. Dizer:
Agora faz tu um desenho igual a este. (Apontar para o modelo). Diz-me quando
tiveres acabado. Vá lá.
Começar a cronometrar.
Desenho 8
Por detrás do Biombo de Apresentação, construir um modelo igual ao da Folha de
Registo e mostrá-lo à criança. Colocar os blocos restantes, baralhados, em frente dela.
Desta Vez sem demonstração, dizer;
Agora faz tu um desenho igual a este. (Apontar para o modelo). Vais fazê-lo
sozinho(a). Diz-me quando tiveres acabado. Vá lá.
Se a criança falha, fazer uma demonstração com explicação. Depois, deixando o mode
Io no mesmo sítio, espalhar os blocos de demonstração em frente da criança e dizer:
Agora vais fazer outra vez. Diz-me quando tiveres acabado. Vá lá.
Começar a cronometrar.
Tempo limite: 1 minuto e IS segundos para cada ensaio
Para os Desenhos 9 a 14, utilizar o Caderno dc Estímulos e quatro dos blocos usados para
Desenho 9
Apesentar o Desenho 9 (o bordo livre do Caderno de Estímulos deve estar a 20-25 cm
da criança) e dizer:
Agora, quero ver se és capaz de juntar estes quadrados para fazer um dese- Ilho igua
que eu faço.
Juntar os blocos, indicando por gestos e palavras que se está a guiar pelo desenho do cartão. Após ter
terminado a demonstração, espalhar os blocos em frente da criança dizer.
Agora faz tu um desenho igual a este. Diz-me quando tiveres acabado. Vá lá.
Desenhos 10 a 14
Apresentar o desenho do Caderno de Estímulos c os blocos senz demonstração, e
dizer.
Junta estes quadrados para fazer um desenho igual a este. (Apontar para o cartão).
Diz-me quando tiveres acabado. Vá lá.
Sc a criança falha, fazer a demonstração e explicar- Depois, deixá-la fazer um segundo ensaio.
Quadrados 115
otação
Para cada um dos desenhos, a criança recebe:
* 2 pontos se for bem sucedida no Ensaio I ; * I ponto se falhar no Ensaio I mas
for bem sucedida no Ensaio 2;
8 16"-30" 3
* O pontos Se falhar em1"-15"
ambos os ensaios_ 4
além disso, 9 16"-30" 3 nos Desenhos 8 a 14, sc a execução for
logo no 1"-15" 4 primeiro ensaio, podem ser
bónus em10 16-30" função da rapidez. Os pontos de bónus
3
apresentados na tabela que se segue e na Folha de
1"-15" 4 desempenho é considera do bem
Um
se o modelo11 21"-35' 3 tiver sido reproduzido correctamente e
tempo 1"-20" 4 limite. Para registar a cotação obtida
criança, assinalar com um círculo o resultado
12 21"-35" 3 correspondente, na Folha de Registo.
1"-20" 4
13 31"-50' 3
1"-30" 4
31"-50
1"-30"
6. Aritmética
Materiais
Os Itens de Imagens (Itens 1 a 7) encontram-se no Caderno de Estímulos grande.
Os Itens de Contagem (Ilens 8 a II) e os Itens Verbais (12 a 23) estão incluídos neste
Manual.
9 blocos quadrados planos, com uma das superfícies vermelha.
Início
Começar pelo Item I para Iodas as crianças.
Interrupção
Interromper após 5 insucessos consecutivos.
Instruções
O teste de Aritmética é composto por três panes, envolvendo diferentes tipos de tarefas:
Parte 1, Itens de Imagens (Itens 1 a 7): A criança deve apontar, de entre um conjunto
de objectos apresentados visualmente, para aquele que possui uma característica
quantitativa enunciada verbalmente (tal como, por exemplo, maior ou mais alto).
Para esta parte é usado o Caderno de Estímulos grande.
Ao longo do sublesle. qualquer questão pode repetida vez, a pedido da criança ou se for
evidente que ela não compreer:deu larefa. Cada pergunta não pode ser repetida mais do
que uma vez.
Se a criança muda espontaneamente a Sua resposta, é cotada esta segunda resposta. Se a criança
não indica claramente qual duas respostas é a sua escolha final, perguntarDisseste... E disseste-.
Qual é que tu achas que é a resposta?
Pode acontecer que crianças tímidas ou verbalmente limitadas respondam aos Itens de
Contagem ou aos Itens Verbais mostrando um ou mais dedos. Se isso acontecer num
Item dc Contagem, quer o número de dedos esteja certo Ou errado, é necessário
encorajar a criança a apontar para ou manipular Os blocos, dizendo: Conta-os com o
dedo ou Dá-me todos os blocos menos 4 (Item I I). sc a criança responde a um Item
Verbal.mostrando dedos, quer 0 seu número esteja certo ou errado, deve-se encorajá-la a
verbalizar a sua resposta, dizendo: Isso quantos são? sc, depois, a criança dá uma
resposta verbal incorrecta, atribuir a cotação de O. Contudo, se ela continua a não
verbalizar a sua resposta, tendo mostrado um número correcto de dedos, atribuir crédito
ao item correspondente.
Cotação
Atribuir um ponto a cada resposta correcta.
Olha para estes coelhos. Qual é o MAIOR? Mostra-me com o teu dedo.
Item 2. Árvores
Dizer:
Olha para estas árvores. Qual é a MAIS ALTA? Mostra-me com 0 teu dedo.
Item 3. Rebuçados
Dizer:
Olha para estes rebuçados. Qual é o MAIS COMPRIDO? Mostra-me com o teu
dedo.
Item 4. Livros
Dizer:
Olha para estes livros nas suas prateleiras. Olha para os livros que estão nesta
prateleira. (Apontar para a imagem no cxfrcmo esquerdo, do ponto de vista da
criança). Agora olha para os livros que estão nestas prateleiras. (Apontar para as
imagens das outras prateleiras). Qual destas praceleiras tem MAIS livros do que esta
aqui? (Apontar outra vez para a imagem no extremo esquerdo do ponto de vista da
criança).
Item 5. Estrelas
Dizer:
Olha para estas caixas com estrelas dentro. Em qual das caixas é que há MAIS
estrelas? Mostra-me com o teu dedo.
Item 6. Crianças
Dizer:
Aritmética
Olha para estas crianças. Qual é a criança MAIS BAIXA? Mostra-me com 0 teu dedo.
Item 7. Maçãs
Dizer:
Estas taças têm dentro algumas maçãs. Quais são as taças que têm O MESMO NUMERO de
maçãs? 310stra-me quais são com o teu dedo.
Para os I,'ens 8 a ] I usar os blocos quadrados, com aface vermelha voltada para cima.
Agora, dá-me todos os quadrados menos 4. Deixa ficar 4 quadrados aqui. (Apontar para a superfície
da mesa onde os blocos estão dispostos).
E mesmo este o número de quadrados que queres deixar aqui? (Apontar para a superfície da mesa
onde estão os blocos restantes).
Nota: Se a criança levanta um ou mais dedos para responder à pergunta, quer o número de dedos esteja
certo ou errado, dizer: Isso quantos são? Se a criança dá uma resposta verbal incorrecta, atribuir a
cotação de O. sc a criança continua a não dar uma resposta verbal, mas deu a resposta correcta
levantando o número de dedos exacto, atribuir I ponto pelo item correspondente.
Item Resposta
13. O João tem I berlinde. Compra mais 2. Com quantos é que fica?
15. O Paulo tem 5 botões no casaco. Perde 2. Com quantos é que fica? 3
16. A Rosa tem 9 lápis. O Tiago tem o mesmo número de lápis. Quantos lápis tem o
Tiago?
Aritmética
Item Resposta
Materiais
Caderno dc folhas de labirintos;
2 lápis de carvão Sem borracha para a criança;
2 lápis vermelhos para o examinador;
Cronómetro;
Folha de cartão ou outra superfície firme e lisa, se o tampo da mesa não o for.
Início
Idades de 3:0 a 4:11 — Labirinto IA
A partir de 5:0, inclusive — Labirinto 3A
WPPSI-R
Há dois procedimentos dc administração para o Labirinto 3.
Um é utilizado quando este é o primeiro labirinto a ser
administrado (para crianças com 5 anos e mais velhas). O
outro é usado quando este labirinto é administrado depois do
2B (para crianças Com menos dc 5 anos). A versão "de
começo" do Labirinto 3 é apresentada, nas Instruções
abaixo, imediatamente após a versão "dc continuação"_
Interrupção
Inlezromper após insucesso em 2 labirintos consecutivos. Os
LabirinTos I a 4 só são considerados mal sucedidos se os dois
respectivos ensaios o foren:.
Instruções
Deve-se utilizar uma superfície de desenho lisa. Sc a mega tiver uma
superfície rugosa, a folha de labirintos deve ser colocada sobre uma
folha de cartão ou outra superfície firme e lisa. AO longo do teste, o
examinador faz as demonstrações com um lápis vermelho e a criança
trabalha com um lápis de carvão, sem borracha. Pode-se ajudar a
criança a segurar no lápis, se ela tiver dificuldade, mas só "0 primeiro
labirinto tentado_ O examinador deve ter disponíveis dois lápis de
cada tipo para 0 caso de um dos bicos se partir no decurso do teste.
Para uma criança muito pequena. a parte mais difícil deste teste consiste em compreen- de
0 que esperam dela. O examinador deve, pois, explicar o sentido das palavras uti-
lizadas, recorrendo a ilustrações e fazendo gestos. Particularmente difícil para a
criança é a expressão "caminho sem saída", para a qual parece não haver um termo
equivalente quc seja simples de entender. De um modo geral, o melhor será mostrar
Labirintos
125
do que se trata apontando convenientemente para os desenhos ao mesmo tempo que se
forneçguyas explicações.
As recomendações que se seguem podem ser feitas para qualquer labirinto, se neces- Sário.
Contudo, cada uma delas só pode ser feita uma vez durante o teste, a menos que tal esteja
Não pares. Continua até encontrares a saída. Podes voltar para trás.
Se, depois de cruzar uma linha ou depois de entrar por um caminho sem saída,
a criança levanta o lápis e começa outra vez do início, dizer:
Não comeces outra vez. Continua a partir daqui. (Apontar para o ponto onde
ela parou).
Se uma criança com 5:0 ou mais velha não alcança a pontuação máxima em ambos os
ensaios do Labirinto 3, administrar os Labirintos IA a 2B, servindo-se das instruções
usadas para crianças com 3:0 a 4:11.
Os Labirintos IA a 213 são itens de demonstração para as crianças mais novas e para
mais velhas que não tenham Sido bem sucedidas nos Labirintos 3A ou 3B. O
Labirinto
- FA de demonstração para as crianças com 5:0 c mais velhas, que começam
As demonstrações têm por objectivo ajudar as crianças a compreender no subteste
Labinntos. Ao apresentar estes labirintos, são explidas paredes do labirinto e evitar ca-
Para além disso, os três labirintos de demonstração insistem na ideia de que a criança
tem que começar no ponto de partida e percorrer todo o caminho até à saída.
Vês este esquilo? (Apontar para o esquilo). Quer chegar a esta árvore aqui.
(Apontar para a árvore). Tem que chegar lá sem sair do caminho e sem entrar por
nenhum caminho fechado, como este. (Apontar para o primeiro caminho sem
saída). Olha como eu faço. O esquilo começa aqui e depois vai por aqui.
IOS
Agora vais fazer este sozinho(a). Não te esqueças, não vás por nenhum caminho
fechado. Não saias do caminho. Começa aqui. (Fazer uma marca com o lápis no
esquilo). Não te esqueças que tens que ir mesmo até à árvore. Vá lá.
Labirinto 2 (A e B)
e, L_abirinto 2A em frenic da criança e dizer:
WPPSI-R
Vês este esquilo? (Apontar para o esquilo). Ele quer chegar a esta árvore aqui. a
árvore). Tem que chegar lá sem sair do caminho. Olha como eu faço. O L'<quilo
começa aqui e depois vai por aqui.
Agora o esquilo tem que ir por aqui porque não pode sair do caminho.
Prosseguir até ao meio do labirinto (Figura 2), depois dar um lápis de carvão à criança
dizendo:
110
WPPSI-R
Idades de a 4:11, na sequênciazo Labirinto
2
Labirinto 3 (A e B)
Colocar o Labirinto 3A em frente da criança. Dizer".
Está aqui um esquilo (apontar para o esquilo) que quer chegar alé esta árvore aqui
(apontar para a íwore). Começa aqui (apontar para o esquilo) e leva o esqui10 até à
árvore o mais depressa que conseguires e sem entrar por um caminho fechado.
Agora faz tu sozinho(a) e não te esqueças de ir mesmo até à árvore. Vá lá.
Lembra-te bem, náo saias do caminho e não vás por um caminho fechado. Começa
aqui. (Fazer uma marca a lápis no esquilo). Vá lá.
Vês este esquilo? (Apontar para o esquilo). Quer chegar a esta árvore aqui. (Apontar
para a árvore). Não deve nunca sair do caminho. E não pode ir por um caminho fechado
como este. (Apontar para 0 primeiro caminho sem saída). Olha como eu faço. O esquilo
começa aqui (apontar novamente para 0 esqtiilo) e vai por aqui.
Usando um lápis vermelho, mostrar como se traça o trajecto. Começar no esquilo e avançar
lentamente. Parar em frente do primeiro caminho sem saída e, sem entrar por ele nem
levantar o lápis, dizer:
Apontar com a mão livre para o caminho sem saída. Continuar a traçar o trajecto e parar na
primeira curva, dizendo:
Lembra-te bem, o esquilo não pode sair do caminho, por isso tem que vir aqui por
cima.
Agora o esquilo tem que ir por aqui, porque não pode sair do caminho.
Avançar até ao meio do labirinto (Figura 3). Depois, dar à criança um lápis dc carvão sem
borracha e dizer:
Agora fazes tu o resto sozinho(a). Lembra-te que não podes sair do Caminho e não vás
por nenhum caminho fechado. Está bem? Vá lá.
Labirintos 133
e mais indica
Figura 3. Demonstração do Labirinto 3A para crianças de vermelha velhas.oAcaminho
linha
traçado pelo examinador.
Quer a criança tenha sido bem sucedida quer não, colocar o Labirinto 3B em frente dela e
dizer:
Agora vais fazê-lo todo sozinho(a). Lembra-te, náo saias do caminho e náo vás por
um caminho fechado. Está bem? Começa aqui. (Fazer uma marca a lápis no esquilo).
Tens que ir mesmo até à árvore. Vá lá.
Labirinto 4 (Ã e B)
Colocar o Labirinto 4A em frente da criança e dizer:
Aqui está mais um. O esquilo quer ir daqui (apontar para o esquilo) até esta árvore aqui
(apontar para a átwore). Começa aqui (apontar para o esquilo) e leva 0 esquilo até à árvore
0 mais depressa que fores capaz. NáO o deixes sair do caminho e náo o deixes ir por
nenhum caminho fechado. Está bem? Vá lá.
Se a criança não comete qualquer erro no Labirinto 4A, atribuir a cotação máxima ao
Labirinto 4B e passar ao Labirinto Exemplo. Se a criança comete algum erro ou falha o
labirinto; deixá-la terminar e depois dizer:
Começa aqui. (Apontar para 0 esquilo). Lembra-te bem, não podes ir por um caminho
fechado. Vá lá.
Vês este menino, aqui no mciO? (Apontar para 0 menino). Elc quer sair para a rua.
(Apontar para a saída). Vou-te mostrar como é que ele pode sair sem ficar preso. Olha
como eu faço.
Labirintos 135
Demonstrar traçando 0 trajecto correcto a partir do centro do labirinto. Ao chegar à entrada
do caminho sem saída, fazer uma pausa c, sem levantar o lápis, dizer.
Não, não é por aqui. Vês, ficava preso se fosse por este caminho. Não pode atravessar a
parede (Apontar para a parede no fim do caminho sem saída). Tem que ir por aqui para
sair.
Terminar 0 traçado.
Labirinto 5
Apontar para o Labirinto 5 e dizer:
Agora vê se és capaz de sair deste sozinho(a). Começa aqui (apontar para a menina no
centro do labirinto). Vais-me mostrar como é que consegues sair sem ficar preso(a).
Tenta não levantar o lápis do papel alé teres acabado. Vá lá.
(Estas recomendações só podem ser feitas uma vez para os labirintos nem caixa"). Se a
criança comete algum erro no Labirinto 5, fazer a demonstração do Trajecto correcto
antes de passar ao Labirinto 6.
Labirinto 6
Apontar para o Labirinto 6 e dizer:
Agora tenta tu fazer este. Começa aqui no menino pura o menino) e vê se encontras a saída,
sem ficar preso(a). Va lá.
Labirintos 137
Tempo limite: 45 segundos
Tempo Limite
Labirinto (em min. e seg.) Erros tolerados
1:15 10
2: 15 10
2:15 10
10
2
11 2
Cotação
Para cada ensaio dos I.abirintos 1 a 4 e para os Labirintos 5 a I l , registar o tempo que a
criança demorou, 0 número de erros cometidos, e se o desempenho foi bem ou mal
sucedido (instruções dc cotação detalhadas no Anexo C, p. 251). Se o labirinto tiver sido
inteiramente percorrido, colocar um círculo à volta da cotação correspondente ao número
de erros cometidos. Se 0 labirinto foi mal sucedido, colocar um círculo à volta do O, na
Folha de Registo.
8. Vocabulário
Materiais
Os Itens de Imagens (Itens I a 3) encontram-se no Caderno dc Estímulos grande. Os Itens Verbais
(Itens 4 a 24) estão Incluídos neste Manual.
Início
Começar pelo Item I para todas as crianças.
Interrupção
Interromper após 6 insucessos consecutivos, a partir do Item 4.
Instruções
O subteste Vocabulário é composto por duas partes, com diferentes modos de apresentação e de
resposta:
Parte 1, Itens de Imagens (Itens 1 a 3): A Cl iança dene nomear objectos apresentados em imagens.
Parte 2, Itens Verbais (Itens 4 a 24): A criança deve dar definições verbais de palavras apresentadas
oralmente.
Se alercriança
compreendido bem, pode-se repetir a palavra. Lie pista para a resposta. A palavra é,
simplesmentc, repetida, se u resposta após IO ou 15 segundos, mas o
examinador
Se a criança ou se o exarninador
pedir à criança um outro
Labirintos 139
não conste
em
dicionários, em linguagem
familiar,
140 WPPSI-R
Vocabulário
Nalguns casos, a criança poderá dar uma definição que se adequa a uma palavra com pronúncia
semelhante à que é dada como estímulo. Estas definições, mesmo que correctas, não são
creditadas, devendo 0 examinador perguntar:
Somente o Item I e o Item 4 são demonstrados em Cd.so de fracasso, como se explica abaixo,
para ajudar a criança a compreender Os requisitos das respectivas tarefas.
Cotação
Parte l: 1 ponto por cada resposta correcta. Cotação máxima:
3 pontos.
Os princípios gerais que se seguem podem ser úteis na cotação dos Itens Verbais.
De um modo geral, para os Itens Verbais todos os sentidos da palavra são aceitáveis, sem se ter
em conta a elegância da expressão. Todos os significados reconhecidos pelos dicionários
tradicionais são aceitáveis (e cotados com 2 ou I , de acordo com a qualidade da definição).
2 pontos
Um bom sinónimo.
Um emprego principal-
Uma classificação geral à qual a palavra pertença.
Um ou vários traços característicos determinantes.
Várias características menos específicas mas correctas que, cumulativamente,
indiquem que a criança compreendeu a palavra.
Para verbos, um exemplo característico de acção ou de relação causal.
I ponto
Em geral, uma resposta correcta mas cujo conteúdo é pobre.
141
Um sinónimo vago ou menos pertinente. Um uso menor, não
elaborado.
O pontos
Respostas obviamente erradas.
Verbalismos, sem demonstrar qualquer compreensão da palavra, após o
questionamento.
Respostas que, não estando totalmente incorrectas, permanecem muito vagas ou
banais ou denotam uma grande pobrem de conteúdo, mesmo após
questionamento.
Não aceitar a resposta "miau", a menos que ela seja melhorada na sequência da seguinte
questão: Que outro nome tem o miau?
Itens 2 e 3
Apresentar os itens, um após 0 outro, perguntando:
O que é isto?
Item 2: Árvore
Aceitar também nomes de álWores (como, por exemplo, castanheiro, oliveira, etc.).
Item 3: Chave
Passar ao Item 4.
Item 4
Dizer:
Agora vou-te perguntar 0 que é que algumas palavras querem dizer. Vamos começar pela
palavra "pincel". O que é um pincel?
4. O que é um PINCEL?
5. O que é um CHAPÉU?
Acordo interavaliadores
O sistema de cotação da maioria dos subtestes da WPPSI-R é directo e
perfeitamente objectivo. Contudo, a cotação de alguns subtestes está
sujeita a uma certa subjectividade e, por tal motivo, mais sujeita a erros
de cotação. Para estes subtestcs, que incluem Compreensão,
Vocabulário, Semelhanças (Analogias Verbais), Frases Memorizadas e
Labirintos, tornou-se necessário avaliar a fidelidade interavaliadores, no
que diz respeito à cotação. Acresce que uma pesquisa anterior com a
WPPSI havia demonstrado uma taxa de acordo fraca no subteste
Figuras Geométricas (Sattler, 1976). Foi então criado. para este
subtestc, um conjunto de regras c procedimentos de cotação mais
objectivo, tendo sido igualmente avaliado o seu efeito sobre o acordo
entre coladores.
Estabilidade teste-reteste
A estabilidade temporal da WPPSI-R foi estudada com base numa
amostra constituída por 70 crianças distribuídas pelas faixas etárias de
3, 4, 5 e 6 anos (20 em cada idade, dos 3 aos 5 anos, e IO nos 6 anos).
Das crianças avaliadas, .39 eram raparigas e 31 rapazes. O intervalo
de tempo entre as duas aplicações da Escala foi de 28 dias (± IO dias).
Tabela 13. Coeficientes de estabilidade dos subtestes e
QIs, para 70 crianças com 3 anos a 6 anos e 6
meses, testadas duas vezes
Primeira Segunda aplicação aplicação
Corrigido
Composição de Objectos 9.5 3.2 10.4 3.4
Resumo da fidelidade
A WPPSI-R é um instrumento dc elevada fidelidade, especialmente ao nível dos QIs.
Os valores médios dc consistência interna estimados para os QIs de Realização,
Verbal e da Escala Completa são, respectivamente, iguais a ,93, .94 e -97. Em relação
aos subtestes, os valores de consistência interna, quando sc consideram as médias dos
diversos grupos etários, variam entre para o subteste Composição de Objectos e para
o subteste Completamento de Gravuras, sendo superiores a .80 para 9 dos 12
subtestes. O acordo inleravaliadores é elevado no que diz respeito aos subtestes
seleccionados, variando os valores dos coeficientes entre .97 para o subteste Figuras
170 WPPSI-R
A significância estatística duma difeltnça entre pontuações, por exemplo, entre o QIR
e o QIV, remete para a probabilidade do aparecimento de tal diferença como
consequência de flutuações Ou da falta de fidelidade dos rcsultados. Dito de outra
forma, uma fraca probabilidade (i_c. p<.05) associada a uma determinada diferença
entre 0 QIR e o QIv indica que é muito pouco provável que tal diferença seja obtida se
a "verdadeira" diferença entre Os resultados for zero,
sentam, respectivamente, a variância (primeira aplicação) e o coeficiente de estabilidade para a amostra reteste e
oi e rp são as estimativas correspondentes para a população.
A frequência da diferença entre dois resultados remele para a incidência de uma tal
diferença na população. Muitas vezes, a diferença QIR-QIv de um sujeito é
significativa do ponto de vista estatístico, mas não é rara na população. As
informações relativas à significância estatística de uma diferença entre resultados e as
relativas à frequência ou à raridade dessa diferença não são da mesma ordem e, por
isso, não têm o mesmo tipo de implicações sobre a interpretação dos resultados.
d
os 7 grupos
Tabela 15. Frequência das diferenças entre o QIR e o QIv, por grupo
etário
172 WPPSI-R
% que Obteve Grupo etário Valor médio uma diferença dos 7 grupos
i
gual ou superior etários
10 22 23 21 22 20 23 22
22
25 26 25 27 23 26 23
2 29 37 36 33 27 33 29
32
3
7
Uma análise mais detalhada do perfil dos resultados padronizados, obtidos nos
diversos subtcstes, pernlitirá identificar a existência ou não de uma variabilidade
apreciável entre estes valores. Tal como acontece com a interpretação das diferenças
entre os QIs, a interprelação do resultado dc um subtesle, como sendo
excepcionalmente elevado ou baixo, deverá ser precedida por considerações acerca da
significância estatística das diferenças obtidas, assim como sobre a frequência com
que tais diferenças são observadas na amostra de aferição.
A Tabela 31 (pp. 214-215) apresenta os valoucs das dilerenças obtidas por diversas
percentagens da amostra de aterição. Esta tabela Foi construída a partir das
distribuições de frequências acumuladas das diferenças entre os resultados obtidos em
cada um dos subtestes e a média dos resultados alcançados nas subescalas de
Realização, Verbal e na Escala Completa. O exemplo seguinte ilustra a utilização
desta tabcla_ Uma criança que obtenha um resultado padronizado de 6 no subteste
Figuras Geométricas e uma média de IO na subescala de Realização, tem uma
diferença dc 4 pontos padronizados entre ambos os valores. A Tabela 31 mostra que
174 WPPSI-R
uma diferença de tal magnitude foi obtida ou ultrapassada somente por cerca de 3% da
amostra de aferição tratando-se, pois, de uma diferença pouco frequente, quc dcvc ser
tida em conta na interpretação.
Propriedades estatísticas da Escala
Diferenças entre resultados padronizados
Para cada um dos sete grupos etários da amostra de aferição foi calculado o erro-padrüo da
medida da diferença entre resultados padronizados, para Iodas as 66 combinações possíveis
de pares de subtestcs da WPPSI-R. Estes valores foram multiplicados por I .44 para
determinar os valores das diferenças significativas a um nível de .15, e por I para
determinar os valores das diferenças a um nível de .05.
Uma vez que 0 EPM varia de subteste para subtesle e, entre os grupos etários, num mesmo
subteste, é necessário ser prudente quando se comparam e interpretam diferenças dentro de
um mesmo perfil ou entre perfis. Quanto mais baixo for o coeficiente de fidelidade (e
consequentemente mais elevado for 0 EPM) maior será a probabilidade de que as
diferenças cntre pontuaçóes se dcwarn ao acaso e não a uma diferença real entrc as
aptidões da criança. No caso dc uma Criança com 3 anos, por exemplo, a diferença
necessária para scr considerada estatisticamente significativa é mais clevada quando
comparamos as resultados padronizados dos subtestes Composição de Objectos e
WPPSI-R
Aritmética .com coeficientes dc fidelidade de -66 c .65, respectivamente) do que quando
comparamos os resultados dos subtestes Completamento de Gravuras e Informação .com
coeficientes de fidelidade de .87 e .88, respectivamente).
Validade
Um dos critérios psicométricos mais importantes para qualquer instrumento de medida, incluindo os
testes, é a prova da sua validade. Tal critério permite determinar quantitativamente e
qualitativamente o que é que cada teste realmente avalia. Vários métodos estatísticos poderão ser
utilizados para avaliar a validade de um teste.
Os estudos de validade realizados para a WPPSI-R incluem análises factoriais, correlações com
outras medidas de aptidões intelectuais e com apreciações das educadoras/protkssores, e estudos
sobre a capacidade do teste para discriminar entre vários tipos de populações especiais.
Fui aptidão medida QE. A à
idade nem ao dispersão, que
deverá ser sua idade ou aível de
Propriedades estatísticas da Escala
para detenninar se o
scalter variava COIII o grupo
etário ou Com a de variância
sugere que não existem
diferenças significativas, nem
devidas Daí gue se tenha optado
por fornecer um único conjunto
de frequências de nu dos
resultados de todos os su]eitos,
independentemente da
WPPSI-R
A Tabela 35 põe em evidência 0 elevado grau de rclação catre os subtestes dentro de cada subescala
(de Realização e Verbal) c uma maior independência entre os subtcstes pertencentes a subescalas
diferentes. As médias das correlações entre subrestes pertencentes à subescala de Realização e à
subescala Verbal são, respectivamente, iguais a -40 e a .48, enquanto que a média das correlações
entre subtesles pertencentes a subescalas diferentes é igual a ,32. Tal como podíamos antecipar, as
médias das correlações entre os subtestes e a respectiva subescala são mais elevadas, sendo iguais
a .51 e a ,59, para as subescalas de Realização e Verbal, respectivamente.
Por outro lado, os valores moderados das correlações encontradas sugerem que cada subteste avalia,
simultaneamente, aspectos específicos do funcionamento cognitivo. A título de cxemplo, mesmo no
caso do coeficiente de correlação de .53 entre os subtestes Informação e Compreensão (que são dois
dos subtestcs mais correlacionados), da variância permanece inexplicada, podendo ser atribuída a
uma certa quantidade de variância única e de erro de medida.
NO conjunto, a análise das correlações na WPPSI-R sugere que as dimensões Realização e Verbal
não só partilham componentes de variância comum, mas também apresentam componentes de
variância específica a cada uma delas. Estes resultados fornecem suporte a interpretações, quer ao
nível das subescalas, de Realização e Verbal, quer ao nível dos subtestes individuais, enquanto
avaliadores de aspectos específicos do funcionamcnto cognitivo (embora nem todos, e não em todas
as idades).
Propriedades estatísticas da Escala
Análise factorial
Foi efectuada uma análise em eixos principais, com mtação ortogonal, incidindo sobre
os resultados padronizados dos 12 sublestes, para o conjunto da amostra de aferição.
Ariimética .57
Vocabulirio .66
guras
.59
.65
Quadrados .43 .58
Labirintos -14 .61
Complcramento dc Gravuras .40
IV = 809
180 WPPSI-R
Tendo como objectivo explorar a consistência desta estrutura factorial em diversas
idades, foram realizadas análises factoriais cm eixos principais para dois grupos
distin10s da amostra de aferição: Grupo I (3-4 anos) e Grupo 2 (5-6 anos). Os
resultados
177
destas análises são apresentados na Ihhela 17. Tal como acontece na análise factorial
realizada para 0 conjunto da amostra de aferição, as análises por grupos etários,
utiLizando o mesmo critério de retenção (valores próprios superiores à unidade),
identificam também soluções de dois factores: um primeiro factor Verbal e um segundo
factor de Realização. A distribuição dos subtestcs pelos dois factores é idêntica à
encontrada para a arnoslra total, verificando-se, neste caso, que o subteste Tabuleiro dos
Animais, aos 5-6 anos, apresenta saturações baixas cm ambos os factores e que o
subteste Completamento de Gravuras apresenta uma maior saturação no Factor Verbal
do que no de Realização aos 5-6 anos, mas não aos 3-4 anos. Este último dado,
igualmente registado noutros estudos factoriais Com a WPPSI-R (1.0Bello & Gulgoz,
1991; Milrod & Rescorla, 1991; Stone, Gridley & Gyurkc, 1991), aponta para a
importância do recurso a estratégias verbais mediadoras no Completamento de
sobretudo pelas crianças mais velhas.
Tab
uleiro dos Anilnais -43
Inform .26
182 WPPSI-R
Composição de Objectos 27 .55 Figuras Geométricas .14 .58
Quadradcxs
Labirintos -17
Completamento de Gravuras
Tabuleiro dos Animais .28 .29
179
Estudos comparativos
Os estudos comparativos efectuados entre a WPPSI-R e outros instrumentos mostram
que se trata de uma medida válida da inteligência em idade pré-escolar. Estes estudos
são descritos em seguida.
3.0 3.0
Nota: As correlações foram calculadas separadamente para cada um dos dois grupos aos quais a WPPSI-R e a
WISC-IIT foram aplicadas em ordem alternada. Os coeficientes foram corrigidos em função da variabilidade dos
resultados na WpPSl-R (Guilford & 1978). Finalmente. foram calculadas as médias dos coeficientes para as duas
ordens dc aplicação, usando a transformação cm : de Fisher.
correlação parciais.
Tal como se pode observar na Tabela 19, todos Os coeficientes de correlação entre Os
resultados na WPPSI-R e nas MPCR são positivos c apresentam valores moderados a
elevados (de .37 a .86), sinalizando um grau apreciável de sobreposição entre os
construtos avaliados pelos dois instrumentos, o qual tende a acentuar-se com a idade
(cfaumento dos valores com a idade). Os coeficientes parcializados respeitantes à
subescala de Realização são superiores aos relativos subegcala Verbal, quer nos vários
escalões etários analisados, quer tomando a amostra no seu conjunto (para a amostra
total os coeficientes corrigidos sio iguais a -58 e a ,48, respectivamente). Este dado pode
explicar-se atendendo a que as capacidades visuo-perceptivo-espaciais implicadas no
desempenho das tarefas de Icalizaç50 da WPPSI-R são mais determinantes para o
sucesso nas MPCR do que as aptidões verbais.
Propriedades estatísticas da Escala
Correlação com a Escala de Desenvolvimento de GriffithsS
As correlações entre a WPPSI-R e a Escala de Desenvolvimento de Griffiths foram
estudadas com base no desempenho de uma amostra constituída por 30 Crianças (17
Na ausência dc dados normativo< das MPCR para as crianças portuguesas Com 4 e 5 anos, axlos os cálculos
foram feitos partindo de resultados brutos em ambos os instrumentos. A parcializaçào da variável "idade" tornou-
se, pois, necessária: tendo em conta que o desempenho das crianças melhora com a idade. tanto na WPPSI-R
como nas MPCR, esta variável poderá explicar uma proporção considerável da Variabilidade dos resultados cm
ambas instrumentos Assú", quando se analisa a amostra no seu conjunto, os coervcientcs de correiaFo simples
replesemam uma sobrestimação da relação entre os dois tipos de resultados.
f
Uma descrição mais detalhada deste estudo pode ser consultada cm Albuquerque. Senbra-Santos & Lança
(2(M11b).
WPPSI-R E. D. de Griffiths
tS3
A análise das correlações entre os resultados obtidos nos dois instrumentos evidencia
uma acentuada sobreposição entre ambos no que diz respeito aos resultados globais,
sendo o coeficiente de correlação entre 0 QIEC da WPPSI-R e 0 Quociente Geral de
Desenvolvimento da Griffiths igual a -77- Considerando as subescalas da WPPSI-R, é
de assinalar que a Verbal apresenta uma correlação elevada com o Quociente Geral de
Desenvolvimento da Griffiths e superior à que se verifica para a subescala de Realização
(coeficientes iguais a -76 e a ,55, respectivamente). O QIEC da WPPSI-R correlaciona-
se moderadamente com todas as subescalas da Griffiths (,59 a ,67), à excepção da
Locomotora, com a qual não apresenta qualquer afinidade em termos de conteúdo. Ao
nível das subescalas da WPPSI-R, estas correlacionam-se mais acentuadamente com as
subescala.s da Griffiths que mais se lhes assemelham em termos de actividades e de
competências necessárias ao desempenho das respectivas tarefas. Mais especificamente,
a superioridade dos coeficientes de correlação ocorre entre a subescala de Realização da
WPPSI-R e as subescalas Olho-Mão (.64) e Realização (.62) da Griffiths, bem como
entre a subescala Verbal da WPPSI-R e as subescalas Pessoal-Social (.67kAudição e
Linguagem (.79) e Raciocínio Prático (.74) da Griffiths.
A. Linguagem .38
B_ Motricidade .01
C. Coordenação motora fina .35 .27 .36
D. Atcnçã0/Concentração -19
E. Socializaçio 09 .15
F. Autonomia .18 .19
G. Criatividade
H. Capacidade cognitiva .55 .43 .57
Global (A-H) 35
: Somatórios dc resultados z, sem os subtestes orrionais.
185
No que diz respeito à comparação entre 0 QIR e O QIV não se observa diferença
significativa entre ambos. à semelhança do que ocorre no estudo congénere descrito no
manual da aferição francesa da WPPSI-R, mas contrariamente aos resultados do estudo
americano, que mostram valores mais elevados na subescala de Realização do que na
Verbal, em crianças apresentando dificuldades de aprendizagem. Esta diferença de resul
tados poderá ser devida a efeitos de amostragem, pelo que se recomenda prudência na
sua generalização, tendo em conta a dimensão reduzida das amostras utilizadzLs nestes
estudos.
Risco ambiental
A WPPSI-R foi utilizada para caracterizar o funcionamento intelectual de um grupo de
crianças de idade pré-escolar, consideradtLs em risco ambiental. Como grupo de
contro10 para este estudo tomou-se uma amostra constítuida por crianças provenientes
de famílias com estatuto sócio-económico idêntico, ou seja, baixo (cf. Albuquerque,
Seabra-Santos & Lança, 2001a).
190 WPPSI-R
Ambos os grupos eram constituídos por 38 crianças (16 raparigas e 22
rapazes) cujas idades cronológicas estavam compreendidas entre Os 3 e
os 6 anos (idade média nos dois grupos = 4A: 9M). O grupo cm risco
foi identificado, através de entrevistas a técnicos, em instituições e em
estabelecimcntos de educação pré-escolar frequentados por crianças
oriundas dc meios sócio-cconómicos e culturais muito desfavorecidos.
Esce grupo compreendia 18 crianças vítimas de maltrato (negligência
elou abandono; maltrato conjugado) e 20 crianças sujeitas a vários
outros factores de risco ambiental que não o maltrato (por exemplo,
problemas de saúde mental parental, alcoolismo, família monoparental,
divórcio ou separação, desemprego, etc.). O grupo de controlo foi
seleccionado a partir da amostra normativa da WPPSI-R.
Propriedades estatísticas da Escala
Tabela 23. Resultados na WPPSI-R obtidos por crianças em situação de
risco ambiental
84
92
16 16
8591 -1.54
15 15
82 90
estatísticas da Escala
Pro riedades 187
Os dados que constam da Tabela 23 revelam que o desempenho médio das crianças em risco ambiental
é sistematicamente inferior ao de crianças oriundas do mesmo estatuto sócio-económico desfavorecido.
Estes resultados levam-nos a inferir que a influência negativa dos factores de risco ambiental é distinta
mas se acrescenta aos efeitos igualmente negativos de contextos de vida carenciados e pouco
estimulantes.
A inferioridade dos resultados das crianças em risco ambiental é estatisticamente significativa no QIEC
e no QIv. No que respeita ao QIEC verifica-se que, se adoptarmos como referência as classificações da
inteligência na WPPSI-R, 68% do grupo em risco obtém um QI inferior à média (29% "Médio
Inferior", 18% "lnferior" c 21% '"Muito Inferior"), enquanto que o mesmo só ocorre em do grupo dc
controlo (18% '"Médio Inferior", 18% "lnfcrior" e 8% "Muito Inferior"). Além disso, o restante 32% do
grupo de risco alcança um QI "Médio", ao passo que o restante 55% do grupo de controlo obtém
um QI "Médio" (47%) ou "'Médio Superior" (8%).
Em relação ao QIv e à subcsrala Verbal, assinala-se que as dificuldades das crianças em risco
ambiental se situam, sobretudo, nos subtestes Compreensão e Vocabulário.
Inteligência superior
A subescala Verbal da WPPSI-R foi administrada a todas as crianças residentes na zona Centro,
candidatas a antecipação do ingresso no I P Ciclo do Ensino Básico nos anos lectivos de 99/00 a
02/03 (árca escolar da DREC). Trata-se de crianças que, de acordo com a legislação em vigor,
foram sinalizadas pelos respectivos educadores/pais como tendo um desenvolvimento global
excepcional. Das crianças avaliadas neste contexto retiveram-se, para o presente estudo, todas
aquelas que alcançaram na WPPSI-R um QI Verbal igual ou superior a 120. A amostra ficou,
assim, constituída por 49 crianças, com idades compreendidas entre 4A:09M e 5A:06M (média
5A:04M), incl uindo 29 raparigas e 18 rapazes.
Analisando as médias e desvios-padrão dos resultados obtidos por subteste, verifica-se que os mais
elevados são alcançados nos subtestes Informação (média=15.24; desvio-padrão=l.27) e, cm menor
grau, Aritmética (média=14.52; desvio-padrá0=l.89) e Vocabulário desvio-
padrão=2.28). Tal padrão de resultados é particularmente previsível, atendendo a que estes são os
subtestes cujo conteúdo mais se relaciona com os conhecimentos académicos os quais, por sua vez,
poderão tcr servido como critério para a sinalização destas crianças como candidatas a antecipação
escolar. Da mesma forma, também poderão scr um bom indicador de uma maior motivação para o
desempenho, constituindo prova de que csttLs crianças investem muito na aprendizagem,
nomeadamente escolar. Assinale-se, por último, que os subtcstes Informação e Aritmética são, na
subescala Verbal, aqueles que mais saturam em factor g, não só na amostra de aferição
portuguesa, como também na generalidade das investigações factoriais sobre a WPPSI-R (por
exemplo, LoBello & Gulgoz, 1991; Miller & Vernon, 1996).
188--%'WPPSI-R
Os resultados alcançados na subescala Verbal da WPPSI-R indicam um QI verbal médio 'de 121
(desvio-padrão•1d.66) o que, em termos médios, situa o grupo num nível de inteligência "Superiorf',
cerca de 1.5 desvio-padrao acima da média normativa. Contudo, no plano individual, observa•se uma
grande diversidade nos QIs, que variam entre 94 e 145. Tomando como referência as classificações da
Inteligência na WPPSI-R, verificase que este, grupo é heterogéneo, sendo composto por crianças cujo
QI é considerado "Médio" (18%), "Médio Superior" (23%), "Superior" (40%) e "Muito Superiof'
(18%).
Estes resul%ldos indicám que algumas das crianças sinalizadas como muito inteligentes através
dos,dois critérios mencionados não são classificachs como tal com base no resultadó da subescala
Verbal da WPPSI-R quc representa, nalguns casos, um critério mais exigente, na identificação de
crianças com estas características. Estes dados podem 'traduiir,. em pane, o facto de as normas recentes
da WPPSI-R reflectirem dc uma forma mais precisa o nível de aptidão das crianças de hoje. Contudo,
esta conclusão não é compleramente• eatisfatória uma vez que, na população dg crianças candidatas a
antecipação escolar, se encontram outros casos em que a situação se inverte, traduzindo os resulta dos
na WPPSI-R um nível desempenho superior ao verificado nas Matrizes. No con-junto, estes resultados
vêm.confirmar os obtidos no estudo da relação entre a WPPSI-R e as MPCR, Os quais apontam para
uma correlação somente -moderada entre os dois instrumentos.
O grupo etário dos 5A:09M a 6A:02M é o mais Baixo para o qual existem normas das MPCR para a população portuguesa- Na
ausência de normas para as idades pretendidas (4A:IOM e 5A•06M) as normas para as crianças espanholes constituem um ponto de
referência importante a considerar: de acordo com estas normas, 19 progressivas de Raven ao 95 para a eléria dos
4A:09M aos 5A:08M
ANEXO A
Tabelas
Tempo (em Erros + Omissões
Minutos:
Segundos) 2 3 4 7 9 10
0:01 -009
70 66 63 59 56 52 49 45 42 38 35
0:10 - 68 64 61 57 54 51 47 44 40 37 34
0:20 - 0.29 66 62 59 56 52 49 46 42 39 36 33
0:30 - 0 39 64 60 57 54 48 44 41 38 32
0:40- 0:49 62 58 55 52 49 46 43 40 37 34 31
0:30 - 0:59 60 57 51 48 45 36 33 30
54 42 39
55 52 49 46 43 40 37 34 31 29
53 50 47 44 42 39 35 33 30 28
1:10- 1:19 56
48 45 43 40 37 35 32 29 27
1:20. 1:29 54
49 46 44 41 39 36 33 31 28 26
1:30- 1:39 52
47 45 42 40 37 35 32 30 27 25
1:40- 1:49 50
1:59 48
45 43 40 38 36 33 31 28 26 24
43 41 39 36 34 32 29 27 23
41 39 37 35 33 30 28 26 24 22
39 37 35 33 31 29 27 25 23 21
38 36 34 32 30 28 26 24 22 20
Tabela 24. Resultados brutos para o subteste Tabuleiro dos
Animais .com base no Tempo + Omissões)a
02
Tabela 24 (continuaçâo)
Erros + Omissöes
Tempo (em
14 Minutos:
12 13 1.5 16 18 19 20 Scgundoş)
31 17 14 10 0:01 - 0:09
30 17 13 10 0:10 - 0-19
29 16 0:20 • 0:29
23 19 13
28 19 16 12 0 39
26 22
27
25 21 15 12 0:40 0 49
24 21 18 15 12 0:50 - 0:59
26 23 20 17 1:00- 1:09
25 22 19 16 1:îÖ - 1 19
21 18 16 1:20 - 1:29
13
23 20 ıs 15 13 10 1:30 - 1:39
22 20 17 15 12 10 1:40- 1:49
21 19 16 14 12 10 1:50- 1:59
20 18 16 13 2:00 - 2:09
19 17 15 13 2:10 - 2:19
16 14 12 10 2:20 - 2:29
18 16 14 12 10 2:30 2.39 2:40
15 13 11 - 2 49
16 14 12 10 2:50 - 2:59
13 11 10
15 3:00 - 3.09
14 12 10
3:10- 3.19
12
13 3,20 - 3.29
12 3:30 - 3,39
10 3:40 - 3:49
10 3:50 - 3:59
4:00 - 4-09
4 10: - 4: 19
4:20 - 4-29
4,30- 4:39
4:40 - 4-49
4:50 - 4.59
193
-
197
4 Anos, 2 eses; 16 Dias
4 Anos, S eses, IS D • tas
4 Anos, 5 Meses, 16 Dias — 4 Anos, 8 Meses, 15 Dias
4 Anos
1/2
eses, 16
eses, 16
eses, 16
5 Anos, S Meses, 16 Dias-5 Anos, 8 Meses, 15 Dias
5 Anos
1/2
5 Anos, 8 Meses, 16 Dias - 5 Anos, 11 5 Anos
Meses, 15 Dias 3/4
「즈
S Anos, 11 Meses, 16 Dias — 6 Anos, 2 Meses, IS Dias
6 Anos
6 Anos, 2 Meses, 16 Dias — 6 Anos, 5 Meses, 15 Dias
6 Anos
1/4
Tabela 26.
Cálculo proporcional das somas dos resultados
padronizados para as subescalas de Realização e Verbal
Tabela 28. Conversão da soma padronizados em QI:
e4 Soma de 4
os Resultado proporcional resultados Resultado proporcional
ados para 5 subtestesa padronizados para 5 subtestes"
Conversäo da padronizados e
51
42
53
43
45
58
59
49 61
50 63
11
10 13 51
14 52
12 15 53
13
14 18
15 19 70
56 71
16 20 57 73
21 58
74
18 23 59
19 60
25 76
61
21 26 79
22
80
24 81
30
31 83
33 84
26 85
35 86
28 36 88
29 38
30 71 89
72
31 91
93
33 75
35 76 95
舅
豸
WPPSI-R
Tabelas 225
WPPSI-R
1十
WPPSI-R
ANEXO
B
Figura 4. Extrapolação de uma bitola para medir se uma linha é recta. O ponteado mostra a
extrapolação.
Figura 5. Exemplos de linhas rectas e não rectas. A linha "A" é uma linha recta; as linhas
"B" e '*C" são consideradas não rectas.
c
WPPSI-R
Medição da orientação de uma linha
Antes dc mais, escolher o ângulo apropriado na grelha de correcção B. Se a orientação da linha for
horizontal, tal como acontece no Item 8, utilizar o bordo inferior ou o superior da página sobre a qual
a criança desenhou como referência do plano horizontal. Se a orientação da linha for vertical, tal
como acontece no Item 9, utilizar um dos lados da página como referência do plano vertical. Para os
Itens 8 e 9 alinhar a linha tracejada que atravessa o ângulo da bitola com o bordo superior, o bordo
inferior ou um dos lados da página, conforme o caso, e alinhar o ponto onde se cruzam os dois
ângulos somb:eados da bitola com uma extremidade da linha desenhada (a que for mais favorável).
Se a linha fica contida dentro dos limites do ângulo sombreado, está orientada correctamente. A
Figura 6 mostra como proceder a esta medição para o Item 8 e a figura 7 indica como medir no caso
do Item 9.
Figura 6. Medição do afastamento em relação à horizontal (Item 8). O bordo superior da página sobre a qual a criança
desenhou é alinhado com a linha tracejada do ângulo de 200. O ponto onde se cruzam os dois ângulos
sombreados da bitola é alinhado com um dos extremos da linha. Uma vez que a linha desenhada sai fora
da zona sombreada, não é considerada horizontal.
Para os Itens IO, II e 14, proceder do mesmo modo mas colocando o centro da bitola no ponto de
intersecção das linhas, tal como se mostra na Figura 8. Nos Itens 10 e II a linha deve ficar
contida dentro dos limites do ângulo sombreado, para se considerar que está orientada
correctamente. No Item 14, ao contrário dos casos anteriores, a linha deve sair do ângulo
sombreado, para sc considerar que não é nem horizontal nem vertical.
Figura 8. Medição da orientação nem horizontal nem vertical (Item 14). Usar o bordo superior ou o
inferior da página sobre a qual a criança desenhou Como indicação para a horizontal. Usar
Critérios cotação para os itens de Desenho Geométrico 251
um dos lados da página como indicação para a vertical. Alinhar a linha tracejada do ângulo de
100 com a horizontal, como em "A" Ou com a vertical como em "B". Se a linha cai fora do
ângulo sombreado (como nestes dois casos) considera-se que satisfaz o critério.
Para medir a
amplitude de
afastamento
dos lados do
quadrado
interior em
relação aos
lados do
quadrado
exterior, no
252 WPPSI-R
Item 15, colocar a linha tracejada do angulo de 450 sobre um lado do quadrado cxterior. O lado do
quadrado interior deve cair no limite da área sombreada, com uma aproximação de 100 (cf. Figura 9).
de
Figura 11.
Medição de hiatos nas intersecções, pontos de fechamento e cantos.
A, C e E são
aceitáveis. B, D e F
não são.
(Item 10)
Critérios cotação para os itens de Desenho Geométrico 253
Medição dos excedentes
Calcular qual o excedente aceitável com base nos critérios dc cotação. Utilizar a régua da
grelha B para medir o excedente (cf. Figura 12). Se o excedente é curvo, deve ser medido
dc uma extremidade à outra, ao longo duma linha recla (cf. Figura 13).
254 WPPSI-R
Figura 12. Medição dos excedentes. Um excedente é um prolongamento para além de um ponto especificado pelos
critérios de cotação.
Ponto de fechamento
Critérios de cotação para os itens de Desenho Geométrico 255
Anotações gerais
Atribuir I ponto por cada critério Satisfeito pelo desenho. Utilizar as grelhas para estimar se
uma linha é recta e para medir hiatos, ângulos e comprimentos, consoante as necessidades-
Se for evidente que uma característica do desenho satisfaz um critério ou não o preenche,
não é necessário utilizar grelha. As grelhas são usadas para auxiliar a definir casos
duvidosos.
8. Linha horizontal
• Presença de uma só linha (não incluindo linhas que fazem parte de outras
tentativas; se houver mais do que uma linha, cotar cste critério com 0 pontos e
considerar a melhor linha na cotação dos restantes critérios). A linha podc ser
curva e/ou conter hiatos, mas não pode ser fechada.
• A linha tem, pelo menos, I -2 cm de comprimento. (Se este critério for cotado com
0 pontos, cotar o último critério para este -item também com 0).
• A linha é aproximadamente horizontal (não se desviando mais do que 200 em
relação à horizontal), recta e sem hiatos (não contendo nenhum hiato que exceda I
mm).
• As duas linhas são verticais (nenhuma delas se desvia mais do que 200 em
relação à vertical), rectas e sem hiatos (não contendo nenhum hiato que
exceda I mm).
10. T invertido
• As duas linhas são rectas, não interrompidas (não contêm hiatos superiores a 1 mm, sem contar
com os hiatos no ponto de contacto) e de comprimento aproximadamente igual (o comprimento da
linha mais comprida é menor do que uma vez e meia o da linha mais curta).
• Uma das linhas é aproximadamente horizontal (não se desviando mais do que 200 da horizontal).
• As linhas formam entre si ângulos aproximadamente rectos (± 100).
• A linha vertical situa-se sobre a horizontal e toca-a aproximadamente no ponto médio (0
comprimento de um dos lados do ponto de contacto é menos do que o dobro do comprimento do
outro lado; se a figura está rodada ou invertida, cotar este critério com O pontos),
• Não há hiato (superior a 3 mm) nem excedente (superior a 1/10 do comprimento da linha mais
curta) no ponto dc contacto entre as duas linhas.
• Duas linhas cruzam-se formando aproximadamente um sinal "mais" (uma linha é horizontal e a
outra é vertical, com uma aproximação de 200; as linhas podem ser curvag, onduladas ou
interrompidas; pode haver um hiato no ponto de intersecção não superior a IO mm, e este pode
estar descentrado, não devendo, contudo, o compri mento de um dos segmentos assim formados
ser mais do que quatro vezes superior ao comprimento do outro). (Se este critério for cotado com
0 pontos, atribuir a cotação O a todos os restantes critérios para este item.)
258 WPPSI-R
•• As duas linhas são rectas, não Interrompidas (não contêm hiatos superiores a I
mm, sem contar com os hiatos na intersecção) e de comprimento aproximadamente
igual (o comprimento da linha mais comprida é menos do dobro do da mais curta).
• Os hiatos no ponto de intersecção das duas linhas não excedem os 3 mm.
• As duas linhas Intersectam-se aproximadamente no ponto médio de cada linha
(para cada linha, o comprimento de um dos lados da intersecção é menos do
que 0 dobro do comprimento do outro lado).
Círculo
• A figura é mais cimular do que oval (o diâmetro mais longo da figura tem
um comprimento menor do que duas vezes o do diâmetro mais curto) (cf.
Figura 15); Desenhos em espiral ou não circulares, tais como os da Figura
16, são cotados com 0 pontos. (Se este critério for cotado com O pontos,
atribuir a cotação O aos restantes critérios referentes ao círculo e passar à
cotação do triângulo).
• A figura circular não contém mais do que uma secção côncava ou convexa
(angulosa) (cf. Figura 17).
• A figura circular não contém hiatos (superiores a 3 mm) ou excedentes (o
desenho não se prolonga para além do ponto de fechamento por uma
distância superior a 1/10 do comprimento do diâmetro mais curto).
Figura 15. Figuras ovais e circulares. O diâmetro maior da Figura A tem mais do dobro do
comprimento do diâmetro menor. Assim, a Figura A receberia D pontos pelo
Critérios de cotação para os itens de Desenho Geométrico 259
segundo critério do Item 12. O diâmetro maior da Figura B tem menos do dobro do comprimento do
diâmetro menor. Assim, a Figura B receberia I ponto por este critério.
Côncava
Côncava
Côncava
Angulosa
Angulosa
Angulosa
Triângulo
• Três linhas reúnem-se numa figura triangular (os cantos podem ser redondos ou
conter hiatos não superiores a 5 mm; as linhas podem ser curvas, onduladas ou
interrompidas)- (Se este critério for cotado com O pontos, atribuir a cotação 0 aos
restantes critérios referentes ao triângulo; se este critério ou o primeiro critério
referente ao círculo for cotado com 0 pontos, atribuir a cotação 0 aos critérios da
"'relação entre círculo e triângulo").
• As linhas são rectas e sem hiatos (não contendo nenhum hiato que exceda 1 mm,
• Um dos ângulos do triângulo toca, penetra ou aponta na direcção do círculo, com um hiato ou
penetração não superior a 3 mm (cf. Figura 20). Caso o ângulo não esteja perfeitamente
desenhado, extrapolá-lo tal com se mostra na Figura I g.
• Os pontos mais baixos do círculo e do triângulo situam-se sobre o mesmo plano horizontal .com
uma aproximação de 200 relativamente horizontal; cf. Figura 21
Figura 19. Cotação do primeiro critério para avaliar a relação entre o círculo e o triângulo do Item 12. Embora
o triângulo esteja à direita do círculo, ele cruza o diâmetro vertical do círculo (indicado pela
linha tracejada). Assim, este critério é cotado Com O pontos.
262 WPPSI-R
Figura 20. Avaliar se o triângulo toca, penetra ou aponta para o círculo (Item 12). Embora dois
ângulos do triângulo da Figura A csLejam próximos do círculo, não apontam
para ele. A Figura A receberia O pontos pelo segundo critério da "relação entre
círculo e triângulo". A Figura B receberia I ponto pelo mesmo critério.
Critérios de cotacño os itens de Desenho Geométrico 263
Figura 21. Medição do afastamento de uma parte do desenho em relação ao plano horizontal (Item 12). A
horizontal (indicada pela linha inferior tracejada) é a linha paralela ao bordo superior ou
inferior da folha onde a criança desenhou, e sobre a qual repousa o ponto mais baixo da
figura. A linha de afastamento é traçada entre o ponto mais baixo da figura inferior (o
círculo nas figuras A e C; o triângulo nas Figuras B e D) e o ponto mais baixo da figura
superior. Medir o ângulo formado entre 0 plano horizontal e a linha de afastamento.
Afastamento
Afastamento
WPPSI-R
c
• Presente uma figura formada por quatro linhas e quatro Cantos. A figura
é aproximadamente quadrada. (Pode ser rectangular, em forma de
losango ou de qualquer outra figura com quatro lados; os lados podem
ser curvos, ondulados ou interrompidos; os cantos podem ser
arredondados Ou conter hiatos (cf. Figura 22). (Se este critério for cotado
com O pontos, atribuir a cotação O a todos os restantes critérios para este
item.)
• A figura no seu conjunto não está rodada mais do que 300 (cf. Figura
23).
Critérios de cotação para os itens de Desenho Geométrico 265
• As quatro linhas são rectas e não interrompidas (nenhuma linhas contém hiatos
que excedam I mm, sem contar com os hiatos nos cantos).
• As linhas são aproximadamente iguais em comprimento (o comprimento da linha
mais comprida é menos de uma vez e meia o da linha mais curta).
• Pelo menos três dos cantos são ângulos rectos distintos (± 10 0; nem curvos nem
interrompidos).
• Não há hiatos (superiores a 3 mm) nem excedentes (superiores a 1/10 do
comprimento da linha mais curta) nos cantos.
Figura 22. "Quadrados" aceitáveis (Item 13 e Item 15). Estas figuras receberiam I ponto pelo
primeiro critério de cotação dos Itens 13 e 15. Os cantos arredondados, as linhas
onduladas ou curvas e os hiatos não são penalizados.
Figura 23. Rotação do desenho ( Item 13)- A Figura A receberia a cotação 0 pelo segundo critério do Item
13, já que o todo apresenta uma rotação superior a 300. As Figuras B e C receberiam cada
uma I ponto por este critério; embora contenham algumas partes orientadas
incorrectamente, no seu conjunto não estão rodadas.
14. x
• Duas linhas cruzam-se em forma aproximada de "X" (nenhuma das linhas está a menos
dc 100 da horizontal ou da vertical, as linhas podem ser curvas, onduladas ou
interrompidas; pode haver um hiato no ponto dc intersecção (não superior a IO mm) e
este pode estar descentrado, não devendo, contudo, o comprimento de um dos
segmentos assim formados ser mais do que quatro vezes superior ao comprimento do
outro). (Sc cstc critério for cotado com O pontos, atribuir a cotação 0 a todos os
restantes critérios para este item.)
• As duas linhas são rectas e não interrompidas (não contêm hiatos superiores a I
• As linhas têm comprimento aproximadamente igual (o comprimento da linha mais
comprida é menos de uma vez e meia o da linha mais curta).
• As duas linhas cruzam-se aproximadamente no ponto médio de cada linha (para as duas
linhas, o comprimento de um dos lados da intersecção é menos do que uma vez e
meia o comprimento do outro lado).
duas figuras, cada uma delas formada por quatro linhas e quatro cantos.
A figura mais pequena está situada no interior da maior, mas pode exceder a maior nos
pontos de contacto (as figuras podem ser rectangulares, em forma de losango ou de
Critérios de cotação para os itens de Desenho Geométrico 267
qualquer outra figura com quatro lados; os lados podem scr curvos, ondulados ou
interrompidos; os cantos podem ser arredondados ou conter hiatos). (Se este critério for
cotado com 0 pontos, atrlbuir a cotação O a todos os restantes
• As quatro linhas do quadrado exterior são rectas, não interrompidas (nenhuma das
linhas contém hiatos superiores a I mm, sem contar com os hiatos nos cantos) e
aproximadamente iguais em comprimento (o comprimento da linha mais comprida é
menos de uma vez e meia o da linha mais curta).
• Pelo menos três dos cantos são ângulos rectos distintos (± 100; nem curvos nem in-
Figura 24. Medição dos pontos médios do quadrado exterior (Item 15). Os cantos do quadrado
interior devem apontar para os pontos médios dos lados do quadrado exterior
dentro dos limites de 5 mm. Na figura A, um canto do quadrado interior satisfaz
este critério; na Figura B, dois cantos satisfazem este critério.
Figura 25. Hiatos e excedentes nos pontos de contacto do quadrado interior com os lados do
quadrado exterior (Item I S). A
Figura
A
mostra
um
hiato
superior
a 3 mm
entre o
canto
superior
do quadrado interior e o lado do
quadrado exlerior. Na Figura 13, o canto
superior do quadrado interior excede o quadrado exterior em mais dc 3 mm.
• Presença de uma figura alongada (a dimensão maior da figura tem que ter pelo menos o
triplo do comprimento da mais pequena), aproximadamente "hexagonal A figura deve
ter um ângulo em pelo menos uma das extremidades (podendo este ser formado ou por
linhas que não as mais longas, ou pela aproximação e intersecção daquelas linhas; neste
último caso, as duas linhas, e não uma só, devem aproximar- se para formar o ângulo)
(cf. Figura 26). (Se este critério for cotado com 0 pontos, atribuir a cotação O a todos os
restantes crltérios para este item.)
• Estão presentes duas linhas e estas são horizontais (nenhuma delas se desvia da hori
zontal mais de 100) e aproximadamente paralelas (cf. Figura 27).
• Presença de pelo menos cinco linhas, rectas e sem hiatos (nenhuma das linhas contém
hiatos superiores a I mm, sem contar com os das intersecções das linhas).
• Pelo menos uma das extremidades é formada por duas linhas (diferentes das
horizontais) que se encontram para formar um ângulo (cf. Figura 28).
• As duas extremidades são formadas por duas linhas, diferentes das horizontais (cf.
Figura 28), que se encontram para formar um ângulo, e pelo menos um dos
ângulos é recto (± 100).
• Os dois ângulos das extremidades são rectos I
• Presentes seis ângulos distintos (três em cada extremidade), apontados para o extc-
• Quatro ou mais dos pontos de intersecção das linhas não contêm hiatos (superiores a 3
mm) nem excedentes (nenhuma das linhas se prolonga para além da intersecção por
uma distância superior a 1/10 do comprimento da linha mais curta).
Figura 26. A. Figuras "hexagonais" alongadas aceitáveis (Item 16). Embora estas figuras não tenham 6
um hexágono alongado e pelo menos uma das extremidadcs é angular. Receberiam cada uma I ponto
Figura 27. Figuras contendo linhas paralelas que não se cruzam (Item 16).
Critérios de cotação para os itens de Desenho Geométrico 271
Figura 28. Avaliação da formação de ângulos nas extremidades (Item 16). A Figura A contém
duas linhas paralelas que Curvam ligeiramente e depois se cruzam. Recebe 0
pontos pelo quarto critério do Item 16 porque os ângulos das extremidades são
formados pela intersecção das linhas paralelas. A Figura B contém, nas
extremidades, ângulos que são formados por linhas adicionais (e não as linhas
paralelas) e por isso recebe I ponto por esse critério.
WPPSI-R
Critérios de cotação
para o subteste
Labirintos
Erros
No subteste Labirintos consideram-se três tipos de erros. Os erros
ocorrem quando a criança sai do caminho correcto, c cada um destes
desvios é cotado como um erro distinto,
Figura 29. Entrada por um caminho sem saída. O primeiro desvio do caminho
correcto (legendado como "erro") é uma entrada óbvia num
caminho sem saída e, por isso, conta como um erro. O desvio
legendado "não há erro" é um excesso e, portanto, não é contado
como erro.
1 Erro Não há erro
252 WPPSI-R
Figura 30. Cotação de traçados múltiplos no mesmo caminho sem saída. Em A,
só é contado um erro porque, embora o traçado deambule dentro
do caminho sem saída, não sai e volta a entrar nesse caminho.
Em B, o traçado entra num caminho sem saída, volta ao caminho
correcto e depois torna a entrar no caminho sem saída: são
contados dois erros.
25
1
1Erro
As entradas Cm caminhos sem saída são cotadas duma forma rigorosa, sem qualquer
tolerância em relação a deslizamentos do lápis devidos a uma coordenação pobre.
Contudo, se o traçado da criança aflora a entrada do caminho sem saída, sem que seja
facilmente discernível se realmente entrou ou não, tal não é considerado erro.
• Um segundo tipo de erro consiste em atravessar claramente uma parede para entrar
num caminho sem saída (cf. Figura 31). Considerar que ocorreu um erro de cada
vez que o traçado atravessa uma parede c entra por um caminho sem saída.
Critérios de cotação para o subteste Labirintos 253
Figura 31. Atravessar uma parede e entrar num caminho sem saída- Em A, o traçado
atravessa a parede mas a porção de caminho eliminada é pequena; o labirinto
é considerado bem sucedido mas com um erro. Em B. o traçado atravessa
uma parede eliminando, assim, uma porção significativa do caminho correcto
(indicada pela linha tracejada); o labirinto é considerado fracassado-
Figura 32. Atravessar urna paredc e entrar num caminho aberto. Em A, conta-se um erro
porque o traçado atravessa a parede em direcção a um caminho aberto; 0
labirinto é considerado bem sucedido porque apenas uma pequena porção do
caminho correcto foi eliminada. Em B, o corte através da parede elimina uma
parte importante do trajccto correcto; 0 labirinto é considerado fracassado.
Fracass
o
Se o traçado passa através de uma parede para voltar a entrar no caminho correcto, 0
corte para reentrar (e só esse) não é contado como erro (cf. Figura 33).
Se, ao atravessar uma parede, a criança elimina uma porção significativa do caminho
correcto, o labirinto é considerado fracassado (cf. Figuras 31 B e 32 B).
Excepções
Quando o traçado aflora a entrada de um caminho sem saída ou atravessa uma parede
como resultado evidente de um excesso, não contar um erro (cf. Figuras 29 e 35). Os
excessos ocorrem habitualmente nos cantos (cortar os cantos) e no fim dos caminhos;
são pequenos desvios do caminho correcto. Se o traçado atravessa uma parede e
continua fora do caminho Correcto por uma distância de 1.2 cm ou superior, tal é
considerado como erro e não como excesso. Se 0 traçado sc sobrepuser à parede, Sem
propriamente a atravessar, tal não conta como erro.
Critérios de cotação para o subteste Labirintos 255
3B
da contagem dos erros, cada labirinto é avaliado como bem ou mal sucedido.
Um labirinto é considerado mal sucedido ou fracassado (cotação de O) quando ocorre
qualquer uma das falhas seguintes:
• O traçado da criança atravessa uma parede para alcançar a saída, eliminando, assim,
uma porção significativa do labirinto (cf. Figuras 31 B e 32 B).
Figura 38. Saída correcta. Embora 0 traçado entre por um caminho sem saída no final, tal não é
penalizado mas é considerado um excesso à saída. O labirinto é considerado bem
não há fracasso
Lista de Colaboradores
A CEGOC agradece a todos aqueles que colaboraram e deram o seu Contributo ao
projecto dc aferição da WPPSI-R para a população portuguesa.
Campbell, E A. & Ramey, C. T. (1986). High risk infants: Environmental risk factors. In
J. Berg (Ed.), Science and senice in mental ratardation, London: Methuen.
Cattell, R. (1971). Abilities; Their structure, growth, and action. Boston: Houghton
•yr-n, J. R. (1984). The mean IQ of americans: Massive gains 1932 to 1978. -hological
Bulletin, 95, 29-51.
"Askins, R. (1986). Social and cultural factors in risk assessment and mild mental
retar•on. In D. C. Farran & J. D. McKinney (Eds.), Risk in intellectual and
psychosocial :elopment. Orlando: Academic Press.
ler, J. (1976). Scoring difficulty Of the WPPSI Geometric Design subtest. Journal
of - Psychology, 14, 230-234.
Stone, B. L, Gridley, B. E. & Gyurke, J. S. (1991). Confirmatory factor analysis Of the WPPSI-R
at the extreme end of the age range (Special Issue: Wechsler Preschool and
'Primary Scale of Intelligence - Revised (WPPSI-R)J. Journal of Psychoeducational
Assessment, 9, 263-270.
Thurstone, L (1938). Primary mental abilities. Chicago: University of Chicago Press.
Referencias bibliogråficas 267
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York: The Psychological Corporation.
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The Psychological Corporation.
Wechsler, D. (1989). WPPSI-R Manual. san Antonio, TX: The Psychological Corporation.
Wechsler, D. (1995). Manuel: Echelle d' Intelligence de Wechsler pour ra période Préscolaire et
Primaire - Forme révisée. Paris: Centre de Psychologie Appliquée.
Werner, E. E. (1985). Stress and protective factors in children's lives. In A. R. Nicol (Ed.),
Longitudinal studies in child Psychology and Psychiatry: Practical lessons from research
experience. Chichester: John Wiley & Sons.