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ESCOLA DE DIREITO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ABSTRACT
The purpose of this work is to analyze the flexibility of carrying and possessing a
firearm in Brazilian society, highlighting the positive and negative consequences. A
firearm is na object that can be used for defense and offense. The citizen, even having
the weapons in his residence, does not have the element of surprise. The criminal, when
he has the intention of robbing a house, projects the attack exactly for the time that the
victim does not expect. As the handlig of a weapon for self-defense requires legal
recommendations so that the weapon is always in a safe and difficult to access place,
due to the risk it exposes to the family, the citizen rarely manages to pick it up in time to
protect himself. In this sense, the general objective of this research is to demonstrate
how the possession and carrying of a firearm can contribute to self defense and a
probale decrease in crime. The methodology used comprised a theoretical research, with
a qualitative approach, based on the perception of the context phenomenon. Therefore,
the regulations provided for in the decree that made the circulation of weapons more
flexible should be better monotored by the security forces in view of the change in
legislation, the penalities for those who fail to comply whith the legislation should be
more severe, both for the legal prossessor and for the criminal who puts people’s lives
at risk.
Keywords: Fire Gun. Self Defense. Gun Possession and Carring.
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Graduandos em Direito pelo Centro Universitário dos Guararapes (UniFG/PE).
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Graduandos em Direito pelo Centro Universitário dos Guararapes (UniFG/PE).
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INTRODUÇÃO
O Estatuto do Desarmamento, que foi uma lei sancionada no ano de 2003, tinha
o objetivo de complexificar a aquisição de arma de fogo para os cidadãos civis. Alguns
especialistas como Melina Risso, uma das diretoras do Instituto Igarapé (ONG
dedicada à segurança pública e aos direitos humanos) acredita que o governo tem a
responsabilidade de proteger a sociedade, e que colocar armas nas mãos de civis é uma
forma de se eximir dessa obrigação (AGÊNCIA SENADO, 2018).
Um posicionamento contra a liberação das armas no Brasil se dá por causa da
grande taxa de homicídios e criminalidade. Ainda que os dados estatísticos não revelem
que esses atos são cometidos por criminosos ou indivíduos com atitudes violentas, aos
quais não teriam acesso as armas legalizadas (WALDON, 2018).
O Brasil, por ser um país com grandes desigualdades sociais, pode ter um
aumento da violência caso mais armas sejam adquiridas pela população. Crimes como
o feminicídio, que acontecem nos lares brasileiros, contra as mulheres tendem a
aumentar (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2018).
Ainda há o problema da fiscalização que seria falha, pois o número de agentes
profissionais que fariam a fiscalização é reduzido no Brasil, sendo uma medida que não
possui muita popularidade. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em dezembro de
2022, onde 7 (sete) de cada 10 (dez) entrevistados se declarava contra a liberação do
porte de armas (DATAFOLHA,2022).
Em territórios onde há uma maior restrição as armas, os índices se mostram
menores, em relação aos crimes violentos cometidos por elas, de acordo com ma
pesquisa Global de Mortalidade por Armas de Fogo, 1990-2016, os países com mais
restrição como Alemanha, Japão e Austrália mostram que a cada 100 mil habitantes no
10
ano, um número abaixo do que era proposto pela regulamentação anterior. conforme os
autores, o governo considera a redução a parte fácil do processo, visto que pessoas que
não são criminosas só procuram obter armas com o objetivo de se auto defender, e
geralmente seguem a lei. A parte considerada difícil, é conseguir desarmar os
criminosos e fazer com que esse público cumpra a o Estatuto do Desarmamento. Sendo
assim chegaram à conclusão de que “a lei só pune o cidadão cumpridor da lei, e não
retira as armas dos criminosos” (QUINTELA; BARBOSA, 2015, p. 44).
Com base no Decreto 9.785, de 7 de maio de 2019, é possível notar que seu
objetivo era facilitar a posse de armas para a sociedade geral e o porte para alguns
profissionais que em seus trabalhos pudessem ser necessário o uso de armamento por
questão de segurança, como advogados, agentes de trânsito e conselheiros tutelares
(AGÊNCIA SENADO, 2021).
Com o Brasil sendo um país com uma alta taxa de mortes violentas
intencionais, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2017), houve um
aumento na taxa de mortes violentas, onde o crescimento foi de quase 3% no ano de
2017 em relação ao ano anterior, onde se contabilizava aproximadamente 175 pessoas
mortas por dia no ano de 2017 (FÓRUM SEGURANÇA, 2017).
Para aqueles que cometem crimes, o Estatuto do Desarmamento se mostrou
ineficiente, pois com a facilidade de adquirir armamento ilegal os marginais continuam
armados com armas de fogo, enquanto a população se torna mais instável se sentindo
insegura.O Atlas de Violência 2019, mostra que em 2016 não houve alteração
significativa no índice de mortes causadas por armas de fogo em relação ao ano de
2003, o ano em que a lei foi criada (ATLAS DA VIOLÊNCIA, 2019).
No Brasil existem outras perspectivas relacionadas a criminalidade, que são
elas, sociais, econômicas e históricas que influenciam diretamente nos crimes, e da
mesma forma, nos crimes que envolvem arma de fogo. Conforme aponta Albuquerque
(2013), a Lei do Desarmamento alcança a criminalidade até certo ponto, mas essa ótica
pode ser colocada à prova quando se considera desarmar o cidadão, mas não consegue
diminuir os atos criminosos.
Observando todos os números, é possível constatar que a lei não contribuiu
de maneira significativa para a redução de homicídios, provocando ainda um
grande desequilíbrio no fluxo de armas no país, causando um efeito
essencialmente contrário ao que se esperava. A real execução dessa
ideologia experimental do desarmamento terminou por revelar que a
diminuição das armas com circulação legal no país estimulou um crescente
considerável na quantidade de mortes propositalmente violentas
(ALBUQUERQUE, 2013, p.96).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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AGRADECIMENTO