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Abstract Within the Brazilian context, starting Resumo A reforma psiquiátrica apresentou a
at the end of the 20th century, the psychiatric re- necessidade de resgate dos direitos de cidadania
form presented the necessity to rescue the rights of para os doentes mentais, no contexto brasileiro, a
citizenship for the mentally ill. The objective was partir do final do século 20. Busca-se analisar a
to analyze citizenship as an instrument and an cidadania como instrumento e finalidade do pro-
end of the team work process at six institutions of cesso de trabalho das equipes de seis instituições
extra-hospital mental health care belonging to the de atenção extra-hospitalar em saúde mental, da
public network of Cuiabá (MT), in the second se- rede pública de Cuiabá (M)T, no segundo semes-
mester of 2001. Marxist dialectics was used as the tre de 2001. Utiliza-se a dialética marxista como
theoretical-methodological framework. It was ob- referencial teórico-metodológico. Apesar de se
served that, even though citizen rights are af- afirmar os direitos de cidadãos para os “pacien-
firmed for “patients”, now called service “users”, tes”, agora denominados “usuários” dos serviços,
the paradox between the concept of citizenship o paradoxo entre o conceito de cidadania e “doen-
and the “mentally ill patient” has not been dis- te mental” não foi problematizado e, portanto,
cussed as a problem and consequently has not re- não resulta em atitudes terapêuticas que possibi-
sulted in therapeutic attitudes that will permit or litem ou assegurem a participação cidadã de pro-
insure the participation of professionals and users fissionais e usuários. A cidadania corresponde a
as citizens. Citizenship is seen as an abstraction, uma abstração, excluída da esfera de trabalho
excluded from the sphere of work and/or treat- e/ou tratamento. No trabalho alienado não se ex-
ment. In an alienated work there is no explicit plicita a situação contraditória na qual os traba-
consideration of the contradictory situation in lhadores são agentes que operam saberes e práti-
which the workers are agents that apply tradi- cas tradicionalmente excludentes e, simultanea-
1 Departamento
tionally excluding knowledge and practices and mente, necessitam superar esse papel e produzir
de Enfermagem/FAEN at the same time must go beyond this role and práticas de atenção psicossocial que respeitem o
Universidade Federal produce practices of psychosocial care that will re- cidadão portador de transtorno mental.
de Mato Grosso/UFMT. spect the citizen with mental disorders. Palavras-chave Saúde mental, Processo de tra-
Rua Presidente Rodrigues
Alves 99/601, Bairro Key words Mental health, Working process, Cit- balho, Cidadania, Psiquiatria, Reforma psiquiá-
Quilombo, 78043-418, izenship, Psychiatry, Psychiatric reform trica
Cuiabá MT.
alicegbo@yahoo.com.br
2 Universidade
de Uberaba/UNIUBE.
192
Oliveira, A. G. B. & Alessi, N. P.
vezes incluindo a interdição e a imposição de car as relações saúde x doença mental e cidada-
um tratamento baseado na negação de direitos nia & doença mental tornam-se um enigma in-
civis (liberdade). Esse mecanismo de exclusão decifrável ou uma barreira intransponível. A
foi estruturante na psiquiatria, como já referi- percepção dos fenômenos mentais e sociais,
mos anteriormente. E, em sendo estruturante, aprisionados numa perspectiva evolucionista
negá-lo significaria, no limite, negar toda a linear composta de processos mecânicos, é um
“instituição-Psiquiatria”. Trata-se, portanto, de fator limitante para que se compreenda as am-
algo muito mais profundo do que mudanças plas e diversas modalidades, etapas e possibili-
administrativas e legais, é uma “nova constru- dades, seja de adoecer mentalmente, seja de
ção social/ cultural”, para um “novo objeto”. exercer a cidadania.
Não mais o doente mental a ser excluído da so- A psiquiatria – ciência e prática – funda-se
ciedade, mas a convivência com uma pessoa sobre o irreconciliável paradoxo da doença
que pode ser radicalmente diferente dos pa- mental versus cidadania, pois apreende a doen-
drões culturais mas que, ainda assim, pode ter ça mental a partir de uma ordem ou norma
direitos de cidadania, ou seja, de estar “incluí- desqualificadora. O ser humano desprovido de
do” como sujeito de direitos nesta sociedade. razão e, portanto, de direitos – doente mental –
Isso implica alterações profundas nas relações não pode aspirar a condição de exercício de di-
sociais em geral, muito mais amplas do que reitos. Há uma contradição intransponível nes-
modificações nas instituições que tratam os sa perspectiva.
doentes mentais (Birman, 1992). A Reforma Psiquiátrica, que além de redefi-
Num terceiro momento da Reforma Psi- nir práticas terapêuticas e administrativas no
quiátrica (o da desinstitucionalização), ao com- trato com pessoas que sofrem mentalmente,
preender a cidadania não mais como um atri- admite (pelo menos ao nível do discurso oficial
buto formal, mas um projeto aberto a ser cons- programático) um novo lugar social para o so-
truído cotidianamente e, após reconhecer que frimento mental, pode ousar a busca de uma
no Brasil, nos anos 80 (e ainda hoje), o mais outra relação, a da doença mental e cidadania.
importante não era reivindicar os direitos de ci- A ampliação da compreensão da cidadania,
dadania, mas construir essa cidadania, admitia- não mais restrita ao reconhecimento de direi-
se mais livremente a necessidade de desconstru- tos, mas ao processo ativo de ampliação da capa-
ção do manicômio em todas as suas estruturas cidade de todos e de cada um agirem de modo li-
– internas e externas. A Reforma Psiquiátrica vre e participativo (Bezerra Jr., 1992), permite e
passou a ser compreendida como um interlo- compõe a idéia de loucura/doença mental não
cutor indispensável no processo de construção mais como defeito, falha ou desqualificação.
da cidadania brasileira (Bezerra Jr., 1994). Entretanto, as condições sociais a partir das
Sinalizando para diferenças significativas, quais é possível (ou impossível) a concretização
tanto no que se refere à necessidade de se bus- dessas construções teóricas exigem aprofunda-
car no cotidiano e nas micro-relações a possi- mento conceitual e auto-crítica, além de condi-
bilidade de construção de cidadania para os ções objetivas que permitam o seu desenvolvi-
doentes mentais, tanto para o fato de que insti- mento. É desse momento de dificuldade rela-
tuições e técnicas não asseguram direitos de ci- cionada a uma determinação pragmática dos
dadania para doentes mentais, Saraceno (2001) objetivos de serviços de saúde mental, e da ne-
afirma a possibilidade de sua construção como cessidade de se manter uma utopia de maior so-
meta e instrumento de reabilitação psicosso- lidariedade humana que estamos falando quan-
cial, compreendendo que os seres humanos, os do abordamos a cidadania de doentes mentais.
doentes mentais inclusive, atuam em três cená-
rios: habitat, rede social e trabalho com valor
social. A habilidade ou “desabilidade” para os A cidadania dos portadores
exercícios contratuais nessas três esferas de re- de sofrimento mental
lações é o que deve ser analisado quando se tem nos serviços de saúde mental
em mente a reabilitação. A habilidade do indi-
víduo em efetuar plenamente suas trocas nes- A superação das práticas custodiais, caracterís-
ses três cenários é a medida de exercício de sua ticas do modelo médico de atenção psiquiátri-
cidadania, segundo este autor. ca e centradas no hospital psiquiátrico, rumo
Num cenário positivista e funcionalista, ao desenvolvimento de modos de cuidar/tratar
que predomina em nossa sociedade para expli- voltados para a atenção psicossocial é algo já
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porque esses conflitos não são evidentes. De ob- judicado e oprimido quanto os servidores de
servação realizada apresento essa maneira de nível médio que permanecem no serviço mes-
atuar profissionalmente que determina com mo na ausência do médico – é descartada em
que os conflitos (esperados) entre os membros favor de uma observação tácita e implícita de
das equipes ou entre os profissionais e usuá- que o mais forte/opressor é inacessível e inatin-
rios/familiares não sejam explicitados como tal. gível e, em sendo assim, resta se aliar a ele na
Relato de Observação – Serviço N o 1 Nu- opressão do outro.
ma manhã, um usuário acompanhado por um Situações de divergência relacionadas a con-
familiar chegou às 9 h. Não havia mais médico dutas terapêuticas despertavam, geralmente,
no serviço, pois o que constava na escala do pe- entre os profissionais, algum descontentamento
ríodo da manhã havia terminado o atendimento e a constatação de que não era possível fazer na-
há alguns minutos e havia ido embora. Foi infor- da para resolvê-las. Em se tratando de serviços
mado por um servidor do setor administrativo que não possuem uma gerência ou coordena-
que teria que esperar até a tarde para o atendi- ção técnica, isso é ainda mais acentuado. Em re-
mento. O familiar então perguntou para o servi- lação aos usuários, essa divergência só encon-
dor, em tom de crítica, qual era o horário do mé- trava uma possibilidade de encaminhamento: a
dico. Ele disse, de maneira educada, pausada e submissão do mais fraco ao mais forte. Em am-
ironicamente: “O horário do médico é de quatro bas, deduz-se uma percepção alienada do pro-
horas, no período da manhã, das 7 às 11 horas, cesso de trabalho, uma não inclusão da cidada-
mas, como em todo lugar, os médicos daqui che- nia como conceito norteador da assistência,
gam, atendem quem tiver marcado e vão embo- nem no sentido de possibilitar uma auto-crítica
ra, não cumprindo as 4 horas”. O usuário escu- pessoal, profissional, institucional, nem no sen-
tou calado e em seguida foi embora. O servidor tido de incluir a pessoa portadora de sofrimen-
então se dirigiu a mim e disse: “Quando chega to mental como cidadão – sujeito de direito –
alguém assim... olhando no relógio e perguntan- no seu processo assistencial.
do o horário do médico... ele tem razão... mas, Algum pressuposto de cidadania relaciona-
antes que ele diga algum desaforo pra mim, que do a uma concepção assistencialista pode tam-
estou aqui cumprindo o meu horário, eu já digo bém ser evidenciada em discurso de dirigente,
logo assim... que ele vai embora. Pro médico eles como observa-se a seguir: Para a Reforma [Psi-
nunca dizem nada...” quiátrica] dar certo é preciso que tenha profissio-
Essa conversa foi presenciada pelo segurança nais humanos [...] pessoas que lidam com o ou-
do local que então se aproximou e disse: É as- tro como companheiro, como colega, como uma
sim... Ontem à tarde, o doutor X, internou vários relação de seres humanos iguais e não de poder,
pacientes, e tinha um que ficou aqui fazendo ce- de profissional e paciente, aquela coisa distante
ra, conversando com a família, ele e a família di- [...] tem que ter um certo envolvimento, você
zendo que ainda ia ver se ia internar e tal... Daí atende o problema mental dele mas você sabe on-
a pouco, o doutor X saiu do consultório e disse: de ele mora, as condições de vida dele, você auxi-
“O que é que esse paciente tá fazendo aqui? Eu já lia num auxílio-doença, numa cesta básica, num
internei ele e lugar de paciente internado é lá emprego, você tem que ver ele como um todo e
dentro!” (apontando a porta da internação). Aí, pra isso você tem que ter uma certa afetividade,
o paciente entrou, a família foi embora... sem você não pode ver ele só como um diagnóstico
discutir mais nada. (Dirigente No 10).
Assim, por falta de espaço democrático pa- Nos serviços estudados, práticas que incor-
ra expressão, as divergências e conflitos não se poravam no seu fazer terapêutico o resgate da
evidenciam no cotidiano. Há um clima aparen- cidadania dos indivíduos acometidos por trans-
temente de “harmonia” entre os trabalhadores tornos mentais ainda eram bastante escassas.
e entre esses e os usuários. A submissão do Até mesmo discursos mais organizados, deno-
mais fraco ao poder do mais forte é tacitamen- tando responsabilidade técnica e envolvimento
te realizada, em função da percepção da reali- político com o dia-a-dia do serviço, com a vi-
dade, por parte dos usuários, de que não pode vência diária dos usuários no serviço, foram
haver qualquer outro encaminhamento para muito raramente expressados pelos profissio-
essas situações. Assim, o exemplo acima parece nais, como mostra a fala:
evidenciar que tentar uma aliança com o mais Faço algumas coisas específicas da minha for-
forte é o recurso comumente encontrado pelos mação, como atendimento psicoterápico indivi-
oprimidos; a aliança com o usuário – tão pre- dual, atendimento psicoterápico grupal, contudo,
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cientes”, agora considerados “usuários” dos ser- trica é necessária uma redefinição do processo
viços, parece que essa impossibilidade concei- de trabalho das equipes de saúde mental e é no
tual ou o paradoxo entre o conceito de cidada- cotidiano, nos confrontos e nas contradições
nia e de “doente mental” não foi adequada- entre o processo de reprodução e recriação,
mente problematizado pelos técnicos e, conse- próprios das práticas de assistência à saúde,
qüentemente, não resulta em atitudes terapêu- que pode se dar um processo contra-hegemô-
ticas – profissionais ou institucionais – que nico que resgate os envolvidos (trabalhadores e
possibilitem ou assegurem o posicionamento usuários) como sujeitos sociais e cidadãos. Por-
individual e social do sujeito – doente mental tanto, é principalmente nesse processo cotidia-
ou usuário do serviço – numa condição plena no de trabalho/assistência, que reside a poten-
de cidadania. Ao contrário, observa-se o dis- cialidade implícita de construção de cidadania
curso profissional e institucional neste sentido para trabalhadores e pacientes. É num processo
mas, as práticas terapêuticas são determinadas de constituição dos profissionais como sujei-
pelos profissionais com um espaço muito res- tos-sociais que, ao se perceberem criticamente
trito ou mesmo sem nenhum espaço de diálo- como co-responsáveis por um trabalho coleti-
go com o “paciente”/usuário a esse respeito; e vo, também se responsabilizam por todos os
também a finalidade ou o objetivo da terapêu- atos desse trabalho e utilizam (ou não utili-
tica/tratamento é definida a partir do referen- zam) as possibilidades de ruptura com os sabe-
cial do profissional e da instituição, com escas- res e práticas hegemônicas, que reside a possi-
sa participação do usuário/ “paciente”. bilidade de superação das práticas custodiais e
burocráticas do trabalho assistencial em saúde
mental, presentes ao longo da história (Olivei-
Considerações finais ra & Alessi, 2003). Percebendo-se como sujei-
tos/cidadãos integrantes de um aparato insti-
O movimento de Reforma Psiquiátrica é confor- tucional que representou, na história da civili-
mado nos diferentes locais mais ou menos de- zação ocidental, um importante mecanismo de
terminado pelo exercício ativo de cidadania de controle social, os trabalhadores/profissionais
profissionais e usuários dos serviços. A essa de saúde mental podem se perceber também
conformação – conquistada ou outorgada pela como agentes de mudança, na medida em que
imposição de um novo modelo assistencial – não se resignaram ao papel de agentes da
corresponderá uma maior ou menor efetivida- opressão e da exclusão. Entretanto, sem essa
de do exercício de práticas descentralizadas, in- consciência das contradições de sua prática, a
tegradas (e integradoras) e democráticas, que assistência será encaminhada no sentido de re-
respeitem a pessoa portadora de transtorno produção dessas práticas, ainda que em contex-
mental, enfim, que o inclua como sujeito de sua tos aparentemente diferentes do manicômio.
vida e de seu tratamento ou que perpetue a sua Afirmando a Reforma Psiquiátrica como
condição de objeto de uma intervenção médi- movimento, compreendemos que o “resgate dos
co-assistencial, excluindo-o da participação no direitos de cidadania” dos “portadores de sofri-
tratamento e das decisões sobre a sua vida. mento psíquico”, apresentado pela Reforma
Consideramos que a inclusão dos “pacien- Psiquiátrica, necessita de contínua e dedicada
tes” como cidadãos, no processo terapêutico, só exploração de suas contradições. É portanto,
será possível na medida em que houver corres- essa consciência das contradições de sua práti-
pondência com a percepção dos “trabalhado- ca, que possibilitaria aos trabalhadores consti-
res” como cidadãos, nesse mesmo processo de tuírem processos terapêuticos que respeitem a
assistência. No paradigma da Reforma Psiquiá- cidadania dos “doentes mentais”.
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