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Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco. Leticia Veloso.

Fernando Zantedeschi

Câmara Municipal de Petrolina do Estado de Pernambuco

PETROLINA-PE
Agente Administrativo

MR059-19
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OBRA

Câmara Municipal de Petrolina do Estado de Pernambuco

Agente Administrativo

Edital nº 001/2019, de 19 de março de 2019.

AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Conhecimentos Gerais - Profª Letícia Veloso
Conhecimentos Específicos - Prof Fernando Zantedeschi

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina
Erica Duarte
Leando Filho
Karina Fávaro

DIAGRAMAÇÃO
Elaine Cristina
Thais Regis
Danna Silva

CAPA
Joel Ferreira dos Santos

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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Interpretação de texto................................................................................................................................................................................... 86
Ortografia oficial. ............................................................................................................................................................................................ 01
Acentuação gráfica. ........................................................................................................................................................................................ 04
Pontuação. ......................................................................................................................................................................................................... 72
Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção:
emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ............................................................................................. 22
Vozes verbais: ativa e passiva. .................................................................................................................................................................... 22
Colocação pronominal. ................................................................................................................................................................................. 22
Concordância verbal e nominal.................................................................................................................................................................. 08
Regência verbal e nominal. ......................................................................................................................................................................... 14
Crase. ................................................................................................................................................................................................................... 19
Sinônimos, antônimos e parônimos. ....................................................................................................................................................... 78
Sentido próprio e figurado das palavras................................................................................................................................................ 78

CONHECIMENTOS GERAIS
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade,
educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia,
suas inter-relações e suas vinculações históricas................................................................................................................................ 01

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Noções da Administração pública......................................................................................................................................................................... 01
Noções de Direito Administrativo.......................................................................................................................................................................... 08
Licitações.......................................................................................................................................................................................................................... 10
Noções de Atos Administrativos............................................................................................................................................................................ 17
Contratos Administrativos......................................................................................................................................................................................... 23
Serviços Públicos.......................................................................................................................................................................................................... 33
Servidores Públicos...................................................................................................................................................................................................... 56
Controle da Administração. ..................................................................................................................................................................................... 68
Correspondência Oficial. Redação Oficial. Formas De Tratamento. Expressões e Vocábulos Latinos de uso frequente nas
Comunicações Administrativas Oficiais. Modelos e/ou Documentos utilizados................................................................................. 73
Cuidados com o ambiente de trabalho: Noções de segurança e higiene do trabalho.................................................................... 91
Lei nº 8.666/93.............................................................................................................................................................................................................101
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA
Ortografia. .................................................................................................................................................................................................................................01
Acentuação gráfica. ...............................................................................................................................................................................................................04
Flexão nominal e verbal. ......................................................................................................................................................................................................06
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. .....................................................................................................................................22
Emprego de tempos, modos e aspectos verbais. ......................................................................................................................................................22
Vozes do verbo. .......................................................................................................................................................................................................................22
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção: emprego e
sentido que imprimem às relações que estabelecem. .............................................................................................................................................22
Concordância nominal e verbal. .......................................................................................................................................................................................08
Regência nominal e verbal. .................................................................................................................................................................................................14
Ocorrência de crase. ..............................................................................................................................................................................................................19
Sintaxe: coordenação e subordinação............................................................................................................................................................................63
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................................72
Compreensão de texto. ........................................................................................................................................................................................................75
Sinônimos, antônimos e parônimos. .............................................................................................................................................................................78
Sentido próprio e figurado das palavras. ......................................................................................................................................................................78
 Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
ORTOGRAFIA tamorfose.
 Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera,
quis, quiseste.
 Nomes derivados de verbos com radicais termi-
Ortografia
nados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão /
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da corre- empreender - empresa / difundir – difusão.
ta grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem  Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
grafados segundo acordos ortográficos.  Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren-  Verbos derivados de nomes cujo radical termina
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras – pesquisar.
é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções
e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de São escritos com Z e não S
etimologia (origem da palavra).  Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de
adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo –
1. Regras ortográficas beleza.
Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori-
A) O fonema S gem não termine com s): final - finalizar / concreto
São escritas com S e não C/Ç – concretizar.
 Palavras substantivadas derivadas de verbos com  Consoante de ligação se o radical não terminar
radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal
- pretensão / expandir - expansão / ascender - as- Exceção: lápis + inho – lapisinho.
censão / inverter - inversão / aspergir - aspersão /
submergir - submersão / divertir - diversão / impelir C) O fonema j
- impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repul- São escritas com G e não J
sa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir  Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
- sensível / consentir – consensual. gesso.
 Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento,
São escritos com SS e não C e Ç gim.
 Nomes derivados dos verbos cujos radicais termi-  Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
nem em gred, ced, prim ou com verbos termina- poucas exceções): imagem, vertigem, penugem,
dos por tir ou - meter: agredir - agressivo / impri- bege, foge.
mir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão Exceção: pajem.
/ exceder - excesso / percutir - percussão / regredir -
regressão / oprimir - opressão / comprometer - com-  Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
promisso / submeter – submissão. litígio, relógio, refúgio.
 Quando o prefixo termina com vogal que se junta  Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fu-
com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simé- gir, mugir.
trico - assimétrico / re + surgir – ressurgir.  Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir,
 No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. surgir.
Exemplos: ficasse, falasse.  Depois da letra “a”, desde que não seja radical ter-
São escritos com C ou Ç e não S e SS minado com j: ágil, agente.
 Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
 Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, São escritas com J e não G
Juçara, caçula, cachaça, cacique.  Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
 Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça,  Palavras de origem árabe, africana ou exótica:
uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, car- jiboia, manjerona.
niça, caniço, esperança, carapuça, dentuço.  Palavras terminadas com aje: ultraje.
 Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção
/ deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção. D) O fonema ch
 Após ditongos: foice, coice, traição. São escritas com X e não CH
 Palavras derivadas de outras terminadas em -te,  Palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
to(r): marte - marciano / infrator - infração / absor-
LÍNGUA PORTUGUESA

caxi, xucro.
to – absorção.
 Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu,
lagartixa.
B) O fonema z
 Depois de ditongo: frouxo, feixe.
São escritos com S e não Z
 Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.
 Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é
Exceção: quando a palavra de origem não derive de
substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárqui-
outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
cos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa,
princesa.

1
São escritas com CH e não X ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS
 Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, sal- 1. Por que / por quê / porquê / porque
sicha.
POR QUE (separado e sem acento)
E) As letras “e” e “i”
 Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. É usado em:
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. 1. interrogações diretas (longe do ponto de interro-
 Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar gação) = Por que você não veio ontem?
são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Es- 2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale
crevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por
-oer e -uir: trai, dói, possui, contribui. que faltara à aula ontem.
3. equivalências a “pelo(a) qual” / “pelos(as) quais” =
Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
FIQUE ATENTO!
Há palavras que mudam de sentido quan- POR QUÊ (separado e com acento)
do substituímos a grafia “e” pela grafia “i”:
área (superfície), ária (melodia) / delatar Usos:
(denunciar), dilatar (expandir) / emergir 1. como pronome interrogativo, quando colocado no
(vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de fim da frase (perto do ponto de interrogação) =
estância, que anda a pé), pião (brinquedo). Você faltou. Por quê?
2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por
quê?

#FicaDica PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfico)


Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto Usos:
à ortografia de uma palavra, há a possibili- 1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale
dade de consultar o Vocabulário Ortográfi- a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na escri-
co da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado ta (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até ponto
pela Academia Brasileira de Letras. É uma final) = Compre agora, porque há poucas peças.
obra de referência até mesmo para a criação 2. como conjunção subordinativa causal, substituível
de dicionários, pois traz a grafia atualizada por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu por-
das palavras (sem o significado). Na Internet, que se antecipou.
o endereço é www.academia.org.br.
PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfico)

2. Informações importantes Usos:


1. como substantivo, com o sentido de “causa”, “ra-
Formas variantes são as que admitem grafias ou pro- zão” ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). Ge-
núncias diferentes para palavras com a mesma significa- ralmente é precedido por artigo = Não sei o porquê da
ção: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/quatorze, discussão. É uma pessoa cheia de porquês.
dependurar/pendurar, flecha/frecha, germe/gérmen, in-
farto/enfarte, louro/loiro, percentagem/porcentagem, re- 2. ONDE / AONDE
lampejar/relampear/relampar/relampadar.
Os símbolos das unidades de medida são escritos Onde = empregado com verbos que não expressam
sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar a ideia de movimento = Onde você está?
plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg,
20km, 120km/h. Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L. que expressam movimento = Aonde você vai?

Na indicação de horas, minutos e segundos, não 3. MAU / MAL


deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h,
22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três mi- Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se
LÍNGUA PORTUGUESA

nutos e trinta e quatro segundos). como qualificação = O mau tempo passou. / Ele é um
O símbolo do real antecede o número sem espaço: mau elemento.
R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma bar-
ra vertical ($). Mal = pode ser usado como
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”,
“logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu.
2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi
mal na prova?

2
3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou 10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático,
não compensa. geo-história, neo-helênico, extra-humano, semi-hos-
pitalar, super-homem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa termina com a mesma vogal do segundo elemento:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-obser-
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- vação, etc.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. O hífen é suprimido quando para formar outros termos:
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira #FicaDica
Yousseff, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo:
Saraiva, 2002. Lembrete da Zê!
Ao separar palavras na translineação (mu-
SITE dança de linha), caso a última palavra a ser
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or- escrita seja formada por hífen, repita-o na
tografia próxima linha. Exemplo: escreverei anti-in-
flamatório e, ao final, coube apenas “anti-”.
4. Hífen Na próxima linha escreverei: “-inflamatório”
(hífen em ambas as linhas). Devido à diagra-
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para mação, pode ser que a repetição do hífen na
ligar os elementos de palavras compostas (como ex-presi- translineação não ocorra em meus conteú-
dente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a verbos dos, mas saiba que a regra é esta!
(ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para fazer a
translineação de palavras, isto é, no fim de uma linha, se-
B) Não se emprega o hífen:
parar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo ter-
mina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
A) Uso do hífen que continua depois da Reforma
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes:
Ortográfica:
antirreligioso, contrarregra, infrassom, microssistema,
1. Em palavras compostas por justaposição que for- minissaia, microrradiografia, etc.
mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos 2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
que se unem para formam um novo significado: fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se
tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-co- com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coedu-
ronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, ar- cação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico,
co-íris, primeiro-ministro, azul-escuro. plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abó- “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” ini-
bora-menina, erva-doce, feijão-verde. cial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re- 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, o segundo elemento começar com “o”: cooperação,
recém-casado. coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, coedi-
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas ção, coexistir, etc.
exceções continuam por já estarem consagradas pelo 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé- de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para-
-de-meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. quedista, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas com- to, benquerer, benquerido, etc.
binações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria,
Angola-Brasil, etc. Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspon-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- dentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
per- quando associados com outro termo que é ini- não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
LÍNGUA PORTUGUESA

ciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-ra- pressuposto, propor.


cional, etc. Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-huma-
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. no, super-realista, alto-mar.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, an-
-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. tisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, ul-
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- trassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, au-
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. toajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.

3
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa cadas como:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba: café – coração – Belém – atum – caju –
SITE papel
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ Paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima síla-
ortografia ba: útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível
Proparoxítonas - a sílaba tônica está na antepenúlti-
ma sílaba: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
EXERCÍCIOS COMENTADOS Há vocábulos que possuem uma sílaba somente: são
os chamados monossílabos. Estes são acentuados quando
1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal – Ces- tônicos e terminados em “a”, “e” ou “o”: vá – fé – pó - ré.
pe – 2013 – adaptada)
2 Os acentos
A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatena-
dos são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos A) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”
de comunicação, os quais são indispensáveis para que e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que estas letras
os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí,
acontecidos no correr do procedimento e se habilitem a público. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicida-
exercer os direitos que lhes cabem e a suportar os ônus de, timbre aberto: herói – céu (ditongos abertos).
que a lei lhes impõe. B) acento circunflexo – (^) Colocado sobre as letras
Disponível em: <http://jus.com.br> (com adaptações). “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
tâmara – Atlântico – pêsames – supôs.
No que se refere ao texto acima, julgue os itens seguin- C) acento grave – (`) Indica a fusão da preposição “a”
tes. com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto D) trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi total-
nem para seu sentido caso o trecho “A fim de solucionar mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado
o litígio” fosse substituído por Afim de dar solução à de- em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros:
manda e o trecho “tomem conhecimento dos atos acon- mülleriano (de Müller)
tecidos no correr do procedimento” fosse, por sua vez, E) til – (~) Indica que as letras “a” e “o” representam
substituído por conheçam os atos havidos no transcurso vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã
do acontecimento.
2.1 Regras fundamentais
( ) CERTO ( ) ERRADO
A) Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas
Resposta: Errado. “A fim” tem o sentido de “com a terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plu-
intenção de”; já “afim”, “semelhança, afinidade”. Se a ral(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.
primeira substituição fosse feita, o trecho estaria in- Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
correto gramatical e coerentemente. Portanto, nem há Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
a necessidade de avaliar a segunda substituição. guidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
B) Paroxítonas: acentuam-se as palavras paroxítonas
terminadas em:
i, is: táxi – lápis – júri
Acentuação. us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –
Quanto à acentuação, observamos que algumas pa- fórceps
lavras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
Por isso, vamos às regras! não de “s”: água – pônei – mágoa – memória
LÍNGUA PORTUGUESA

1. Regras básicas
#FicaDica
A acentuação tônica está relacionada à intensida-
de com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que
Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se esta palavra apresenta as terminações das
como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U
com menos intensidade, são denominadas de átonas. (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
ficará mais fácil a memorização!

4
ÍNDICE

CONHECIMENTOS GERAIS
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, educação,
saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas
vinculações históricas............................................................................................................................................................................................................01
TÓPICOS RELEVANTES E ATUAIS DE DIVERSAS ÁREAS, TAIS COMO SEGURANÇA,
TRANSPORTES, POLÍTICA, ECONOMIA, SOCIEDADE, EDUCAÇÃO, SAÚDE, CULTURA,
TECNOLOGIA, ENERGIA, RELAÇÕES INTERNACIONAIS, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
E ECOLOGIA, SUAS INTER-RELAÇÕES E SUAS VINCULAÇÕES HISTÓRICAS.

1 - Febre amarela

Desde 2016, algumas regiões do Brasil têm enfrentado um surto de febre amarela, mas foi em 2018 que a crise se
intensificou, com aumento de casos da doença. A febre amarela é transmitida por mosquitos silvestres, que ocorre em
áreas de florestas e matas. Na área urbana, o mosquito transmissor é o Aedes aegypti.
A única forma de se prevenir é recorrer à vacinação, disponível nos postos de saúde, por meio do Sistema Único de
Saúde (SUS). Segundo dados do Ministério da Saúde, entre de 1º julho de 2017 a 28 de fevereiro, foram 723 casos e 237
óbitos. Em 2017, houve 576 casos e 184 óbitos. Por isso, uma das indicações segundo especialistas na área da saúde,
é evitar áreas rurais, caso a pessoa ainda não esteja vacinado. A vacina dura cerca de 10 anos.
As áreas mais atingidas pela febre amarela são os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São Paulo. De
acordo com os especialistas, os índices atuais apontam que a atual situação supera o surto dos anos 80. Os principais
sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dores musculares, fadiga, náuseas, vômitos, entre outros.

#FicaDica
Um dos pontos de mais destaque na mídia, quando se trata de febre amarela, é a falta de vacinas nos
postos de saúde, devido à alta procura pela vacina, em janeiro de 2018. Na ocasião, as vacinas foram fra-
cionadas para conter a alta demanda pelo serviço, por parte da população.

FIQUE ATENTO!
As provas em concursos públicos podem tratar sobre a alta procura pela vacina, motivada pela escassez,
em meio à euforia popular em se vacinar, por conta dos índices de mortes. Vale também manter atenção
quanto às formas de transmissão e de que a vacina, de fato, é melhor forma de se prevenir.

2 - Questão das armas nos EUA

Historicamente, os Estados Unidos têm políticas mais flexíveis de porte armas para os cidadãos, uma questão bas-
tante inserida na cultura do país, diferentemente de nações como o Brasil.
Contudo, com os altos índices de ataques e tiroteios em escolas e outros locais publicados, na maioria das vezes crimes
causados por civis com porte de armas, tem suscitado a discussão sobre endurecer o acesso às armas, com políticas menos
flexíveis.
No governo de Barack Obama (2009-2017), essas discussões foram intensificadas. O então presidente demonstrava ser favorá-
vel à implantação de medidas mais rígidas, mas encontrou grande resistência de seus oponentes no Partido Republicano.
No atual governo de Donald Trump, que assumiu em 2017, essa discussão é tida pela Casa Branca como um assunto que
pode esperar, por não se tratar de prioridade para o atual governo. A camada da sociedade norte-americana inclinada a leis mais
rígidas, defende que haja restrição na venda de armas.

#FicaDica
É importante ressaltar que a questão das armas é um tema que divide a sociedade dos Estados Uni-
CONHECIMENTOS GERAIS

dos. Camadas da sociedade, desde ONGs e pessoas da esfera política, defendem o controle das armas
como forma de minimizar os ataques recentes. Porém quem é contra a ideia, acredita que o momento
é propício para armar ainda mais a população.

1
4 - Crise na Venezuela
FIQUE ATENTO!
Não é difícil de imaginar que algumas ques- Pelo menos há quatro ou cinco anos, a Venezuela
tões previstas em concursos relacionem o tem enfrentado instabilidade econômica, principalmente
tema a Donald Trump, que claramente se pelo desabastecimento de produtos básicos para consu-
mostrou favorável a ao direito de armar a mo diário e crescente pobreza populacional. Também
população. Além disso, é possível que seja é preciso considerar que a queda no valor do preço do
relacionado ainda a polêmica de envolve a petróleo contribuiu para o empobrecimento do país, le-
indústria de armas, ou seja, para os críticos vando em conta de que se trata da principal economia
da flexibilidade de armamento, manter as da nação.
atuais leis interessa esse mercado milioná- Os conflitos políticos também ganharam espaço, em
rio, que vive um bom momento em 2018. meio a protestos violentos entre manifestantes contrá-
rios e favoráveis ao governo de Nicolás Maduro, o atual
presidente do país. A rivalidade entre os grupos se in-
3 - Guerra comercial - China e EUAw tensificou após a morte de Hugo Chávez e chegada de
Maduro ao poder.
De um lado os gigantes norte-americanos, de outro Em 2018, a situação econômica se agravou trazendo
a poderosa China. O embate comercial entre as duas mais miséria à população e busca por melhores condi-
potências tem influenciado o mercado de outros países. ções de vida em outros países, especialmente o Brasil.
Em resumo, ambas as nações implementaram no final do A quantidade diária de venezuelanos que chegaram ao
primeiro semestre de 2018 políticas mais rígidas e restri- país, a partir de Roraima, tem suscitado conflitos na re-
ções de produtos dos dois países no mercado interno do gião, com crescimento de hostilidade da população em
oponente. relação aos vizinhos sul-americanos.
A primeira polêmica começou com imposição de tari-
fas dos EUA sobre cerca de US$ 34 bilhões em produtos
da China, em julho de 2018. A justificativa da Casa Branca #FicaDica
é que a medida fortalece o mercado interno. A nação ain- A crise venezuelana é complexa e traz mui-
da acusou a China de roubo de propriedade intelectual tas narrativas, mas é preciso considerar um
de produtos norte-americanos. tema de muito destaque em 2018: a imigra-
O governo chinês retaliou e aplicou taxas compatí- ção. A chegada maciça de venezuelanos ao
veis em relação a centenas de produtos dos Estados Uni- Brasil enfatiza mais um cenário de xenofobia
dos, o que representa também cerca de US$ 34 bilhões. em território nacional, em meio à rejeição da
Esse cenário trouxe a maior guerra comercial de todos população de Roraima à chegada dos imi-
os tempos. grantes.
As medidas afetam a exportações de diversos pro-
dutos no mundo, desde petróleo, gás e outros produtos
refinados. Numa economia globalizada, embates como
esse causam turbulência no mercado. FIQUE ATENTO!
Pode haver questões de atualidades com
enunciados que requerem atenção e inter-
#FicaDica pretação de texto. Uma boa compreensão
Antes das medidas, o presidente dos Esta- do enunciado pode ser fundamental para
dos Unidos, Donald Trump, já havia anun- chegar à resposta correta.
ciado a necessidade de rever as políticas
comerciais com a China dando sinais de que 5 – Matrizes energéticas
seria rígido quanto às taxas. Nesse mesmo
cenário, os chineses defenderam políticas O conceito de matrizes energéticas implica na soma
mais favoráveis à integração, em um mun- e poderio de fontes de energias produzidas ou contidas
do o qual vigora economias globalizadas. numa nação. No caso do Brasil, o país detém a matriz
energética mais renovável do mundo.
Cerca de 45% de suas fontes de energia são sustentá-
FIQUE ATENTO! veis, como hidrelétrica, biomassa e etanol. A matriz ener-
gética mundial tem a média de 13% de fontes renováveis,
CONHECIMENTOS GERAIS

É importante manter atenção quanto à in- no caso, para países desenvolvidos e industrializados.
fluência desse tema em relação ao Brasil. Há No Brasil, em 2018, muitas usinas produtoras de açú-
quem defenda que a situação favorece a co- car têm intensificado suas atividades na produção de eta-
mercialização de commodities para o merca- nol, em busca de destaque no mercado mundial, disputa-
do chinês. do juntamente com os Estados Unidos. Com o anúncio da
China, em dezembro, sobre aumentar sua cota de etanol
na gasolina para 10%, esse mercado tende a crescer mais.

2
Um dos momentos mais tensos quanto às políticas
#FicaDica de imigração no país ocorreu quando o governo Trump
Brasil e EUA são os dois grandes produtores decidiu separar crianças pequenas de seus pais, na situa-
e consumidores de etanol no mundo. ção em que ocorre detenção de adultos ao atravessar
a fronteira de forma ilegal. A medida faz parte do pro-
grama “Tolerância Zero”, que busca reduzir o índice de
imigrações ilegais no país.
FIQUE ATENTO! Essa prática que separa pais e crianças foi duramente
Existem dois tipos de etanol no mercado: criticada por entidades e organizações internacionais. A
anidro (sem água, vem misturado à gasoli- justificativa do governo quanto à ação era de que não se-
na) e hidratado (com até 7% de água, etanol ria possível abrigar as crianças junto aos pais, nos centros
puro comprado direto da bomba). de detenção federal reservados aos adultos. Por isso, os
menores foram encaminhados a abrigos.
Além disso, as instalações foram consideradas
6 – Desmatamento atinge recordes em 2018 precárias para receber as crianças, na opinião de críticos
da medida. Após a repercussão negativa desse caso, a
Pesquisa divulgada em setembro de 2018, pelo Ins- Casa Branca voltou atrás quanto à separação das famílias,
tituto Ibope Inteligência, cita que 27% dos brasileiros mas críticas prevalecem quanto à tolerância zero.
acreditam que o desmatamento é a maior ameaça para
o meio ambiente. As informações são da Agência Brasil.
Além desse estudo, um relatório da revista Science #FicaDica
mostra que o desmatamento não tem reduzido quan-
A política de imigração nos Estados Unidos
do se trata de espaço para produção de commodities.
demonstra uma tendência por parte de na-
Esses produtos, em geral, requerem grande espaço para
ções ricas quanto aos imigrantes, em meio
cultivo.
à intolerância que pode culminar em xeno-
Porém em entrevista à BBC, o analista de dados Philip
fobia. Na Europa, por exemplo, destino de
Curtis, colaborador da organização não governamental
milhões de imigrantes de várias partes do
The Sustainability Consortium, afirma que os commodi-
planeta, a aversão ao estrangeiro, sobretudo
ties não podem ser culpados. Levando em conta que a
em relação a países pobres e marginalizados,
produção desses produtos é necessária para suprir o au-
tem aumentado significativamente.
mento populacional.
Cerca de 27% do desmatamento é causado pela pro-
dução de commodities. Além disso, 26% dos impactos
ambientais se referem ao manejo comercial florestal, e FIQUE ATENTO!
24% corresponde à agricultura, com produção de produ-
tos para subsistência. Quando se fala de imigração e xenofobia, é
importante ressaltar que mesmo mantendo
historicamente uma cultura que recebe to-
#FicaDica dos, o Brasil tem registrado casos dessa na-
tureza nos últimos anos, como hostilização e
O estudo cita ainda que incêndios florestais preconceitos em relação a haitianos, bolivia-
correspondem a 23% dos danos. No caso, a nos e venezuelanos.
urbanização chega a menos de 1%.

8 - Gillets jaune
FIQUE ATENTO! Os gillets jaune (coletes amarelos, em francês) foram desta-
Nos países ao Norte e mais desenvolvidos, que no cenário mundial ao realizarem protestos e atos contra
o desmatamento é causado principalmente aumento no preço de combustíveis, no início de dezembro,
por incêndios florestais. Na porção mais ao na França. Especialistas ressaltam que desde os anos 60 não
Sul, entre as nações em desenvolvimento, surgiam protestos tão violentos quanto os realizados nesse
a produção de commodities e a agricultura período.
têm impacto no desmatamento. A alta dos preços, segundo o governo francês, é mo-
tivada para desestimular o uso de combustíveis fósseis,
CONHECIMENTOS GERAIS

7 - EUA e questão imigratória como estratégia de sustentabilidade. A ideia é investir


mais em fontes renováveis. Para conter os atos, o gover-
Historicamente, os Estados Unidos têm mantido polí- no cancelou o aumento de preços.
ticas rígidas quando se trata de imigração, num comba-
te à entrada ilegal de estrangeiros no país, em busca de
uma vida melhor. Com a eleição do republicano Donald
Trump, em 2017, a política imigratória tem sido endu-
recida, o que trouxe críticas por parte da comunidade
internacional em relação às medidas adotadas.

3
10 - Brexit e UE
#FicaDica
Marine Le Pen, líder do partido de extrema- O Brexit, o processo de saída do Reino Unido da
-direita francês, se posicionou favorável aos União Europeia, foi aprovado em referendo britânico, em
protestos. 2016, mas a saída oficial pode ser concluída a partir de
2020. Internamente, há certa pressão para que os britâni-
cos recuem da decisão e se mantenham no bloco.
Ainda existe um debate sobre a possibilidade de rea-
FIQUE ATENTO! lizar um segundo referendo para consulta popular, em
A avaliação é de que as manifestações não relação à saída ou não do Reino Unido. Se houver a apro-
estão ligadas a partidos e surgiram essen- vação do Brexit, o bloco europeu perde os seguintes paí-
cialmente por meio de mobilizações popu- ses: Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte.
lares.

9 - Inteligência artificial cada vez mais presente na #FicaDica


sociedade
A decisão de sair foi motivada pela direi-
Num mundo cada vez mais conectado e imerso nas ta britânica, com intuito de fechar mais as
redes sociais, as inovações tecnológicas estabelecem fronteiras do Reino Unido também para
novas configurações nas relações sociais e de trabalho. outros países da Europa, sobretudo, nações
A inteligência artificial se constitui num mecanismo que que exportam imigrantes.
traz mudanças nas formas como as pessoas se relacio-
nam e nas funções que exercem.
No campo profissional, por exemplo, a inteligência FIQUE ATENTO!
artificial – por meio de máquinas ou robôs –, já realiza A União Europeia é o bloco econômico mais
de forma automatizada funções anteriormente exercidas rico e influente do mundo.
por pessoas. Hoje, por exemplo, softwares e máquinas
realizam relatórios e análises que eram feitas por profis-
sionais preparados para essa função. 11 - Ministério do Trabalho no governo Bolsonaro
Outro exemplo é o uso de atendentes virtuais em
chats de relacionamento com clientes. A GOL Linhas Aé- Em dezembro, o então presidente eleito, Jair Bolso-
reas mantém uma atendente- robô em sua página para naro, anunciou o desmembramento do Ministério do
esclarecer dúvidas mais freqüentes do usuários. Trabalho. As competências da pasta serão direcionadas a
Uma das questões mais complexas quando se fala três ministérios: Justiça, Economia e Cidadania.
nessa tecnologia, é a perda de profissões que passam a Justiça cuidará da concessão das cartas sindicais e
ser exercidas por máquinas. Num futuro nem tão distan- Economia assume questões como o FGTS (Fundo de Ga-
te assim a tendência é essa. E de certa forma, as carreiras rantia do Tempo de Serviço). E a pasta Cidadania cuidará
profissionais vão se adaptando à tecnologia e passam de políticas de geração de renda e emprego.
por transformações intensas para saber lidar com essas
mudanças.
#FicaDica
#FicaDica As cartas sindicais concedidas pelo governo
autorizam o exercício e funcionamento de
Em julho de 2018, uma equipe de cientistas
entidades para práticas sindicais.
estrangeiros assinou um acordo em que se
comprometiam a não criar máquinas e ro-
bôs que possam ameaçar a vida e integrida-
de da raça humana. FIQUE ATENTO!
Governo eleito diz que desmembramento
viabilizará diálogos entre as pastas.
FIQUE ATENTO!
Inteligência artificial é um tema bem con-
CONHECIMENTOS GERAIS

12 – Agrotóxicos
temporâneo e está ligado à realidade das
pessoas, à medida que interfere nas ativida-
Como um dos maiores exportadores de produtos
des profissionais e formas de se relacionar.
como soja, açúcar e laranja, o Brasil é ainda considerado
Por isso, é um assunto bem relevante.
um dos países que mais utilizam agrotóxicos no culti-
vo agrícola. Os setores do agronegócio há algum tem-
po reivindicam a flexibilização na regulamentação. E em
contrapartida, movimentos sociais e ONGs nutrem apoio
a políticas mais rígidas quanto ao uso desses produtos.

4
ÍNDICE

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - AGENTE ADMINISTRATIVO


Noções da Administração pública....................................................................................................................................................................................01
Noções de Direito Administrativo.....................................................................................................................................................................................08
Licitações.....................................................................................................................................................................................................................................10
Noções de Atos Administrativos.......................................................................................................................................................................................17
Contratos Administrativos....................................................................................................................................................................................................23
Serviços Públicos.....................................................................................................................................................................................................................33
Servidores Públicos.................................................................................................................................................................................................................56
Controle da Administração. ................................................................................................................................................................................................68
Correspondência Oficial. Redação Oficial. Formas De Tratamento. Expressões e Vocábulos Latinos de uso frequente nas Comu-
nicações Administrativas Oficiais. Modelos e/ou Documentos utilizados........................................................................................................73
Cuidados com o ambiente de trabalho: Noções de segurança e higiene do trabalho...............................................................................91
Lei nº 8.666/93....................................................................................................................................................................................................................... 101
dos segundo a interpretação das normas jurídicas. Além
NOÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. disso, os princípios administrativos podem ser constitu-
cionais, ou infraconstitucionais.

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1. Princípios constitucionais

Administração Pública é uma expressão que pode São os princípios previstos no Texto Constitucional,
comportar pelo menos dois sentidos: na sua acepção mais especificamente no caput do artigo. 37. Segundo o
subjetiva e formal, a Administração Pública confunde-se dispositivo:
com a pessoa de seus agentes, órgãos, e entidades públi-
cas que exercem a função administrativa. Já na acepção “A administração pública (observe que o texto legal
objetiva e material da palavra, podemos definir a admi- não fez questão de colocar a expressão em letras maiús-
nistração pública (alguns doutrinadores preferem colo- culas, embora esteja claramente dissertando sobre a en-
car a palavra em letras minúsculas para distinguir melhor tidade que exerce a função administrativa) direta e indi-
suas concepções), como a atividade estatal de promover reta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
concretamente o interesse público. Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
Também podemos dividir, na acepção material, em de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
administração pública lato sensu e stricto sensu. Em sen- eficiência [...]”
tido amplo, abrange não somente a função administrati-
va, como também a função política, incluindo-se nela os Assim, esquematicamente, temos os princípios constitu-
órgãos governamentais. Em sentido estrito, administra- cionais da:
ção pública envolve apenas a função administrativa em
si. a) Legalidade: fruto da própria noção de Estado de
Direito, as atividades do gestor público estão sub-
missas a forma da lei. A legalidade promove maior
EXERCÍCIO COMENTADO segurança jurídica para os administrados, na me-
dida em que proíbe que a Administração Pública
1. (CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG – CON- pratique atos abusivos. Ao contrário dos particu-
SULTOR LEGISLATIVO – CONSULPLAN – 2018) lares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não
Quanto aos fundamentos do direito administrativo, assinale proíbe, a Administração só pode realizar o que lhe
a afirmativa correta. é expressamente autorizado por lei.
b) Impessoalidade: a atividade da Administração
a) Dentre as prerrogativas advindas do regime jurídico- Pública deve ser imparcial, de modo que é vedado
-administrativo, destaca-se o dever de prestar contas haver qualquer forma de tratamento diferenciado
ao cidadão. entre os administrados. Há uma forte relação entre
b) As prerrogativas públicas decorrem do princípio da a impessoalidade e a finalidade pública, pois quem
indisponibilidade, enquanto as sujeições decorrem da age por interesse próprio não condiz com a finali-
supremacia do interesse público. dade do interesse público.
c) Dentre as sujeições advindas do regime jurídico-ad- c) Moralidade: a Administração impõe a seus agen-
ministrativo, destacam-se o poder de polícia e a inter- tes o dever de zelar por uma “boa-administração”,
venção do estado na propriedade. buscando atuar com base nos valores da moral co-
d) O regime jurídico-administrativo sustenta-se nos pila- mum, isso é, pela ética, decoro, boa-fé e lealdade.
res da supremacia do interesse público e da indisponi- A moralidade não é somente um princípio, mas
bilidade dos interesses e bens públicos. também requisito de validade dos atos adminis-
trativos.
Resposta: Letra D. A supremacia do interesse públi- d) Publicidade: a publicação dos atos da Adminis-
co e a indisponibilidade dos bens públicos são mui- tração promove maior transparência e garante
tas vezes denominadas “pedras de toque” do Direito eficácia erga omnes. Além disso, também diz res-
Administrativo pelos doutrinadores, pois são basilares peito ao direito fundamental que toda pessoa tem
para fundamentá-lo. A supremacia do interesse públi- de obter acesso a informações de seu interesse pe-
co gera as prerrogativas públicas, enquanto a indispo- los órgãos estatais, salvo as hipóteses em que esse
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

nibilidade gera as sujeições. Lembre-se que o poder direito ponha em risco a vida dos particulares ou
de polícia e a intervenção do Estado na propriedade o próprio Estado, ou ainda que ponha em risco a
são prerrogativas da Administração Pública, e não su- vida íntima dos envolvidos.
jeições. e) Eficiência: Implementado pela reforma adminis-
trativa promovida pela Emenda Constitucional nº
19 de 1988, a eficiência se traduz na tarefa da Ad-
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ministração de alcançar os seus resultados de uma
forma célere, promovendo melhor produtividade
Os princípios que regem a atividade da Administra- e rendimento, evitando gastos desnecessários no
ção Pública são vastos, podendo estar explícitos em nor- exercício de suas funções. A eficiência fez com que
ma positivada, ou até mesmo implícitos, porém denota- a Administração brasileira adquirisse caráter ger-

1
encial, tendo maior preocupação na execução de ato anulatório, e a discricionariedade do ato revogatório.
serviços com perfeição ao invés de se preocupar A Administração pode revogar os atos inconvenientes,
com procedimentos e outras burocracias. A adoção mas tem o dever de anular os atos ilegais.
da eficiência, todavia, não permite à Administração A autotutela também tem previsão em duas súmulas
agir fora da lei, não se sobrepõe ao princípio da do Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 346:
legalidade.
“A Administração Pública pode declarar a nulidade de
2. Princípios infraconstitucionais seus próprios atos”.

Os princípios administrativos não se esgotam no âm- Súmula nº 473:


bito constitucional. Existem outros princípios cuja previsão
não está disposta na Carta Magna, e sim na legislação in- “A administração pode anular seus próprios atos,
fraconstitucional. É o caso do disposto no caput do artigo quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
2º da Lei nº 9.784/1999: “A Administração Pública obe- porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
decerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, fina- por motivo de conveniência ou oportunidade, respei-
lidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, mo- tados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
ralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, casos, a apreciação judicial”.
interesse público e eficiência”.
Convém, então, detalhar esses princípios de origem A utilização do verbo “poder” nas duas súmulas está
legal. incorreta: o certo seria dizer que a Administração deve
anular os seus próprios atos.
2.1 Princípio da autotutela
2.2 Princípio da supremacia do interesse público
Alguns concursos utilizam também o nome “princí-
pio da sindicabilidade” para designar a autotutela, que Esse princípio advém da própria autotutela adminis-
diz respeito ao controle interno que a Administração trativa. Diz respeito a atuação estatal que, quando age em
Pública exerce sobre os seus próprios atos. Isso signifi- vista de algum interesse imediato, o seu fim último deve
ca que, havendo algum ato administrativo ilícito ou que ser sempre almejar o interesse público, que é a vontade
seja inconveniente e contrário ao interesse público, não de toda população brasileira, no seu coletivo. Para atin-
é necessária a intervenção judicial para que a própria Ad- gir os seus objetivos, a supremacia do interesse público
ministração anule ou revogue esses atos. garante diversas prerrogativas à Administração, de modo
a facilitar a sua atuação, sobrepondo-se ao interesse dos
particulares.
#FicaDica O interesse privado, por mais que seja protegido e
tenha garantias jurídicas (sobretudo os direitos funda-
Anulação é o procedimento que tem por mentais individuais, dispostos nos incisos do art. 5º da
objetivo retirar um ato ilícito, por ser consi- CF/1988), deve se submeter ao interesse coletivo. Exem-
derado uma afronta a lei. A anulação pos- plificando: por mais que o direito à propriedade privada
sui efeito retroativo, ataca a validade do (interesse privado) deva ser protegido e amparado pela
ato até o momento da sua concepção (efi- legislação, isso não impede que o Poder Público possa
cácia ex tunc). A revogação, por sua vez, é a proibir a construção projetada em terreno onde se situa
forma de desfazer um ato válido, perfeito e um prédio tombado. A preservação daquele local, como
legítimo, mas que por trazer certa inconve- patrimônio histórico, é de interesse público.
niência, não é mais útil ou oportuno. Não
tem efeito retroativo, não podendo atingir 2.3 Princípio da motivação
as situações advindas antes da revogação
(eficácia ex nunc). Também pode constar em outras obras como “princí-
pio da obrigatória motivação”. Trata-se de uma técnica de
controle dos atos administrativos, o qual impõe à Admi-
nistração o dever de indicar os pressupostos de fato e de
Não havendo necessidade de recorrer ao Poder Judi- direito que justificam a prática daquele ato. A fundamen-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ciário, quis o legislador que a Administração possa, dessa tação da prática dos atos administrativos será sempre por
forma, promover maior celeridade na recomposição da escrito. Possui previsão no art. 50 da Lei nº 9.784/1999:
ordem jurídica afetada pelo ato ilícito, e garantir maior “Os atos administrativos deverão ser motivados, com indi-
proteção ao interesse público contra os atos inconve- cação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando (...)”;
nientes. e também no art. 2º, par. único, VII, da mesma Lei: “Nos
Segundo o disposto no art. 53 da Lei nº 9.784/1999: processos administrativos serão observados, entre outros,
“A Administração deve anular seus próprios atos, quan- os critérios de: VII - indicação dos pressupostos de fato e
do eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por de direito que determinarem a decisão”. A motivação é
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os uma decorrência natural do princípio da legalidade, pois a
direitos adquiridos”. A distinção feita pelo legislador é prática de um ato administrativo fundamentado, mas que
bastante oportuna: ele enfatiza a natureza vinculada do não esteja previsto em lei, seria algo ilógico.

2
Convém estabelecer a diferença entre motivo e mo- 2.6 Princípio da proporcionalidade
tivação. Motivo é o ato que autoriza a prática da medida
administrativa, portanto, antecede o ato administrativo. O princípio da proporcionalidade tem similitudes com
A motivação, por sua vez, é o fundamento escrito, de fato o princípio da razoabilidade. Há muitos autores, inclusive,
ou de direito, que justifica a prática da referida medida. que preferem unir os dois princípios em uma nomencla-
Exemplo: na hipótese de alguém sofrer uma multa por tura só. De fato, a Administração Pública deve atentar-se
ultrapassar limite de velocidade, a infração é o motivo a exageros no exercício de suas funções. A proporciona-
(ultrapassagem do limite máximo de velocidade); já o do- lidade é um aspecto da razoabilidade voltado a controlar
cumento de notificação da multa é a motivação. A multa a justa medida na prática de atos administrativos. Busca
seria, então, o ato administrativo em questão. evitar extremos e/ou exageros, pois podem ferir o inte-
Quanto ao momento correto para sua apresentação, resse público.
entende-se que a motivação pode ocorrer simultanea- Segundo o art. 2º, par. único, VI, da Lei nº 9.784/1999,
mente, ou em um instante posterior a prática do ato (em deve o Administrador agir com “adequação entre meios
respeito ao princípio da eficiência). A motivação intem- e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e
pestiva, isso é, aquela dada em um momento demasia- sanções em medida superior àquelas estritamente ne-
damente posterior, é causa de nulidade do ato adminis- cessárias ao atendimento do interesse público”. Na práti-
trativo. ca, a proporcionalidade também encontra sua aplicação
no exercício do poder disciplinar e do poder de polícia.
2.4 Princípio da finalidade Esses não são os únicos princípios que regem as rela-
ções da Administração Pública. Porém, escolhemos trazer
Sua previsão encontra-se no art. 2º, par. único, II, da com mais detalhes os princípios que julgamos ser mais
Lei nº 9.784/1999. “Nos processos administrativos serão característicos da Administração. Isso não quer dizer que
observados, entre outros, os critérios de: II - atendimen- outros princípios não possam ser estudados ou aplicados
to a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou a esse ramo jurídico. A Administração também está sub-
parcial de poderes ou competências, salvo autorização missa ao princípio da responsabilidade, ao princípio da
em lei”. O princípio da finalidade muito se assemelha ao segurança jurídica, ao princípio do contraditório e ampla
da primazia do interesse público. O primeiro impõe que defesa, ao princípio da isonomia, entre outros.
o Administrador sempre aja em prol de uma finalidade
específica, prevista em lei. Já o princípio da supremacia
do interesse público diz respeito à sobreposição do inte- EXERCÍCIO COMENTADO
resse da coletividade em relação ao interesse privado. A
finalidade disposta em lei pode, por exemplo, ser justa- 2. (PC-PI – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – NU-
mente a proteção ao interesse público. CEPE – 2018) A administração pública direta e indireta
Com isso, fica bastante clara a ideia de que todo ato, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
além de ser devidamente motivado, possui um fim espe- Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
cífico, com a devida previsão legal. O desvio de finalida- lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
de, ou desvio de poder, são defeitos que tornam nulo o Aponte a alternativa incorreta.
ato praticado pelo Poder Público.
a) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
2.5 Princípio da razoabilidade indeterminado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público.
Agir com razoabilidade é decorrência da própria no- b) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por
ção de competência. Todo poder tem suas correspon- servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
dentes limitações. O Estado deve realizar suas funções em comissão, a serem preenchidos por servidores de
com coerência, equilíbrio e bom senso. Não basta apenas carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
atender à finalidade prevista na lei, mas é de igual impor- previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
tância o como ela será atingida. É uma decorrência lógica direção, chefia e assessoramento.
do princípio da legalidade. c) É garantido ao servidor público civil o direito à livre
Dessa forma, os atos imoderados, abusivos, irracio- associação sindical.
nais e incoerentes, são incompatíveis com o interesse d) O direito de greve será exercido nos termos e nos limi-
público, podendo ser anulados pelo Poder Judiciário ou tes definidos em lei específica.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

pela própria entidade administrativa que praticou tal e) A lei reservará percentual dos cargos e empregos pú-
medida. Em termos práticos, a razoabilidade (ou falta blicos para as pessoas com deficiência e definirá os
dela) é mais aparente quando tenta coibir o excesso pelo critérios de sua admissão.
exercício do poder disciplinar ou poder de polícia. Poder
disciplinar traduz-se na prática de atos de controle exer- Resposta: Letra A. O erro encontra-se na palavra “in-
cidos contra seus próprios agentes, isso é, de destinação determinado”: se a necessidade excepcional é tempo-
interna. Poder de polícia é o conjunto de atos praticados rária, então o correto seria dizer que a contratação é
pelo Estado que tem por escopo limitar e condicionar o por tempo determinado. O candidato deve estar bas-
exercício de direitos individuais e o direito à propriedade tante atento e fazer uma leitura minuciosa de cada
privada. alternativa para não cair nesse tipo de “pegadinha”
muito comum em questões de múltipla escolha.

3
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO cas, as sociedades de economia mista, as fundações go-
vernamentais com estrutura de pessoa jurídica de Direito
Estudar a organização administrativa é matéria im- Privado, as subsidiárias, e os consórcios públicos de Di-
portantíssima que pode cair em diversas provas com o reito Privado.
intuito de forçar o candidato a cair em uma “pegadinha”.
Por isso, é imprescindível saber as diferentes entidades 1. Autarquias
que integram a Administração Pública como um todo. O
Decreto-Lei nº 200/1967 é a legislação que dispõe sobre As autarquias são pessoas jurídicas de Direito Público
a organização administrativa, além de estabelecer diretri- interno, criadas por legislação própria, que tem por es-
zes para a Reforma Administrativa. copo exercer as funções típicas da Administração Pública.
A Administração, para executar suas funções e expe- Seu conceito também encontra-se disposto no art. 5º, I,
dir seus atos, dispõe de duas técnicas distintas: a descon- do Dec-Lei nº 200/1967:
centração, e a descentralização.
Há centralização quando o exercício das competên- Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o
cias administrativas é realizado por uma única pessoa serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, como ocorre quando a União, os Estados, Mu- jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
nicípios e o Distrito Federal agem para exercer suas res- atividades típicas da Administração Pública, que re-
pectivas funções. A descentralização, por sua vez, é a queiram, para seu melhor funcionamento, gestão ad-
técnica em que a Administração Pública atribui suas ministrativa e financeira descentralizada.
competências a pessoas jurídicas autônomas, criadas
por ela própria para esse fim. É considerada um prin- 1.1 Características principais das autarquias
cípio fundamental da própria Administração, nos termos
do art. 6º, III, do Dec-Lei nº 200/1967. Pelo conceito legal, podemos destacar algumas carac-
Na descentralização, costuma-se utilizar com bastan- terísticas próprias das autarquias.
te frequência o termo entidade. Nos termos do art. 1º,
§ 2º, II, da Lei nº 9.784/1999: “Para os fins desta Lei, con- a) Pessoa Jurídica de Direito Público: isso signifi-
sideram-se: II – entidade - a unidade de atuação dotada ca, em termos gerais, que às autarquias não são
de personalidade jurídica”. Entidade da Administração, aplicáveis as regras de Direito Privado.
assim, é qualquer pessoa jurídica autônoma cujo serviço b) Criação dependente de Lei específica: o surgi-
público foi outorgado pela entidade federativa, isso é, mento da personalidade jurídica da autarquia ad-
pelas pessoas jurídicas de Direito Público interno (União, vém com a redação de uma Lei cuja matéria seja
Estados, Municípios, Distrito Federal, etc.). Os membros somente a criação da referida autarquia (art. 37,
federais, nesses casos, realizam apenas uma tarefa de XIX, da CF/1988).
controle e fiscalização do serviço prestado pela entidade c) Autonomia gerencial, patrimonial e orçamen-
outorgada. O conjunto de pessoas jurídicas autônomas tária: ter autonomia significa que as autarquias
criadas pelo próprio Estado para atingir determinada fi- não possuem relação de hierarquia com a Admin-
nalidade denomina-se Administração Indireta ou Des- istração Direta, tendo patrimônio próprio e fun-
centralizada. ções típicas que não se confundem com os demais
Se as entidades são dotadas de personalidade jurí- entes da Federação. Não significa, todavia, que não
dica própria, elas têm responsabilidade pelos danos e são independentes de seus entes, podendo sofrer
prejuízos causados por seus agentes públicos, podendo fiscalização destes no exercício de suas atividades.
responder judicialmente pela prática desses atos. d) Regime estatutário: os membros da autarquia
As entidades da Administração Indireta podem ter ocupam cargos públicos. A contratação pelo re-
personalidade jurídica de Direito Público ou de Direito gime celetista, isso é, nos termos da CLT, somente
Privado. Tal diferença é bastante relevante no que diz é admitida em casos excepcionais.
respeito ao procedimento de criação dessas entidades e) Responsabilidade objetiva: não há necessidade
autônomas. de demonstração de culpa para as autarquias
As pessoas jurídicas de direito público são criadas por serem responsáveis pela prática de atos de seus
lei (art. 37, XIX, da CF/1988), e a sua personalidade jurí- agentes. A Administração Direta responde apenas
dica advém no momento em que tal legislação entra em subsidiariamente pela prática dos atos danosos,
vigor no âmbito jurídico, não havendo necessidade de caso a autarquia careça de condições patrimoniais
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

registro em cartório. para reparar os danos causados.


As pessoas jurídicas de direito privado, todavia, são
autorizadas pela lei (art. 37, XX, da CF/1988), ou seja, a 1.2 Classificação
legislação deve permitir que ela exista, para que o Poder
Executivo regulamente suas funções mediante a expedi- A doutrina tende a classificar as autarquias nos seguin-
ção de decretos. Sua personalidade jurídica, dessa forma, tes grupos:
está condicionada ao seu registro em cartório.
São pessoas jurídicas de Direito Público membros da I) Administrativas: são as autarquias comuns, apre-
Administração Indireta: as autarquias, as fundações pú- sentam regime jurídico ordinário. Exemplo: Insti-
blicas, agências reguladoras e associações públicas. São tuto Nacional de Seguridade Social (INSS).
pessoas jurídicas de Direito Privado: as empresas públi-

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