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A Família Príncipesca do Liechtenstein, a mais desconhecida,

poderosa e rica da Europa


São a família real mais desconhecida, mas também a mais rica da Europa, com
um património avaliado em 300 mil milhões de dólares, segundo o jornal “El
Economista”.
A história desta família remonta, a linhagem dos seus ancestrais, remonta a Heinrich I
do Liechtenstein, que morreu por volta de 1265.
Mas o primeiro membro da família a ter o título de Príncipe Soberano do Liechtenstein
foi Karl I, que recebeu uma educação protestante, e foi o Rei Mathias da Hungria quem
o elevou ao título de Príncipe Soberano em 1606, e foi desde aí que o Liechtenstein
se tornou um principado.
Mas viajamos agora até à atualidade para conhecermos melhor esta família.
Esta é também a família real mais poderosa da Europa, pois o Príncipe Soberano tem
amplos poderes, que incluem a nomeação de juízes, a demissão de ministros ou de
governo, o poder de veto, e a convocação de referendos.
Foi por causa destes amplos poderes, que a família real se viu envolta numa polémica
em 2003, onde foi realizado um referendo para aumentar os poderes do monarca. O
príncipe Hans-Adam II avisou que ele e a sua família se mudariam para a Áustria se o
referendo fosse rejeitado.
Mas quem são os membros desta discreta família, a mais rica e poderosa da Europa?
Vamos começar pelo Príncipe Hans-Adam II, o atual monarca, que tem neste momento
78 anos. Nascido em 1945, sendo filho do Príncipe Franz Joseph II e da Condessa
Georgina von Wilczek. Hans-Adam casou com a Condessa Marie Kinsky de Wchinitz
e Tettau (falecida em 2021), em 1967 e formaram uma família numerosa de 4 filhos e
15 netos.
O Príncipe Herdeiro Alois é o primogénito do casal, nascido em 1967. Em 2004, Hans-
Adam II transferiu formalmente o poder de tomar decisões governamentais para Alois,
preparando-o para a transição para uma nova geração, mas Hans-Adam II permanece
como chefe de estado.
Alois é casado com a Princesa Sophie, nascida Princesa da Baviera, sendo filha do
Príncipe Max, Duque da Baviera, e da Condessa Elisabeth Douglas.
O casal tem quatro filhos: Príncipe Joseph Wenzel (1995), Princesa Marie Caroline
(1996), Príncipe Georg (1999) e o Príncipe Nikolaus (2000).
O quatro filho dos príncipes herdeiros tem vidas discretas do qual pouco se sabe, e
durante o ano pouco aparecem em eventos oficiais, com exceção do Dia Nacional.
Até mesmo o primogénito do casal, o Príncipe Joseph Wenzel, não tem compromissos
oficiais e é raro vê-lo em eventos oficiais e nem tem uma biografia oficial no site da
Casa Real.
O segundo filho do Príncipe Hans-Adam II, é o Príncipe Maximilian, nascido em 1960.
É desde a primavera de 2006, o CEO do LGT Group.
Maximilian é casado com Ângela Brown, um estilista panamenho-americana, desde
1999, com quem tem um filho, o Príncipe Alfons, nascido em 2001.
A Princesa Ângela é a primeira mulher de ascendência africana a casar com alguém
de uma dinastia europeia reinante.
Menos conhecido é o terceiro filho do Príncipe Soberano, o Príncipe Constantin.
Casado com a Condessa Marie Kálnoky de Kőröspatak desde 1999. O casal tem três
filhos: Príncipe Moritz, Princesa Georgina e Príncipe Benedikt.
O Príncipe Constantin é o diretor geral da Fundação Príncipe do Liechtenstein.
Por fim, falamos da única filha do monarca do Liechtenstein, a Princesa Tatiana, que
na década de 90 se dizia que iria casar com o então Príncipe Felipe, o atual Rei de
Espanha, mas tal não veio a acontecer. A princesa estudou em Espanha, Direção de
Empresas, e foi durante a sua estada em Madrid que surgiram os rumores de
casamento com o então Príncipe de Astúrias.
Em 1999, casou no Liechtenstein com o Barão Felipe de Lattorff, com quem tem sete
filhos: Lukas, Elisabeth, Marie Teresa, Camilla, Anna Pia, Sophie e Maximilian.
A Princesa Tatiana e a sua família vivem na Áustria e raras vezes são vistos
publicamente em eventos do principado, mantendo a descrição.
São membros também da família principesca os irmãos do príncipe Hans-Adam II e
os descendentes destes.
A monarquia do Liechtenstein é a única da Europa em que vigora a lei sálica,
impedindo as mulheres de estar na linha de sucessão ao trono.
Uma vasta fortuna:
A Família Principesca é dona do LGT Group, uma empresa de private banking e gestão
de ativos, que revelou em setembro deste ano que os seus ativos atingiram os 334 mil
milhões de dólares.
A família real é proprietário do Grupo LGT, que inclui o banco, e que é propriedade
da Fundação Príncipe de Liechtenstein, uma entidade com fins lucrativos que também
administra os bens da família real. A fundação também possui outros ativos, incluindo
negócios agrícolas e florestais na Áustria, e palácios.
A Família Principesca é proprietária de cerca de 20 castelos e palácios na Áustria,
para além do Castelo de Vaduz, a principal residência da família no Liechtenstein, e
outros quatro castelos no principado, sendo que alguns destes estão em ruínas.
A família também é proprietária de muitas jóias, entre as quais as duas principais tiaras
da família, usadas em casamentos e outros eventos importantes: a Habsburg Fringe
Tiara, uma tiara de diamantes que data de 1890. E também a Tiara Kinsky
Honeysuckle, que era propriedade da família da falecida mulher do atual monarca do
Liechtenstein, até ser comprada pelo príncipe Hans-Adam II para a sua esposa.
Apesar da fortuna e poder, a família prefere manter-se discreta e longe de polémicas,
apesar disto o Príncipe Alois e a Princesa Sophie, como herdeiros do trono, aparecem
frequentemente em eventos de outras famílias reais como casamentos, funerais ou
coroações.

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