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O Transtorno do Espectro Autista

O TEA é um transtorno que está cada vez mais em pauta, porém, ainda não
existem exames laboratoriais para o diagnóstico.
Então, o autismo é definido a partir de critérios clínicos baseados no
comportamento do indivíduo. Dessa forma, mesmo na fase adulta, o diagnóstico
irá se basear no modo de agir da pessoa. Há fatores que podem servir como
indicadores:
• dificuldade durante a vida toda de interagir com outras pessoas e manter
relacionamentos;
• dificuldade de olhar nos olhos, dificuldade de entender figuras de
linguagem;
• presença de gestos repetitivos ou expressões verbais atípicas;
• apego a rotinas e/ou padrões ritualizados de comportamento;
• recordações do desenvolvimento infantil, como a de que houve um atraso
no início da linguagem.

Psicoterapia aplicada para autismo

Dentre as abordagens da psicologia, o ABA tornou-se a mais indicada pelos


especialistas. Em primeiro lugar, vamos explicar o termo: ABA é a abreviação
para o termo em inglês: Applied Behavior Analysis. É conhecida também como
Análise do Comportamento Aplicada. Em resumo, o ABA trabalha no reforço
dos comportamentos positivos.

A Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos,


afirma que a terapia ABA é o único tratamento que possui evidência
científica suficiente para ser considerado eficaz.

O uso do método ABA entre os tratamentos de autismo baseia-se no ensino


intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que a criança,
adolescente e até o adulto autista possa adquirir independência e a melhor
qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se os
comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do autista.

A psicoterapia para tratamento do autismo tem como objetivo:

1. Estimular os comportamentos sociais, como contato visual e


comunicação funcional;
2. Incentivar os comportamentos acadêmicos como a leitura, escrita e o
aprendizado da matemática;
3. Reforçar as atividades da vida diária como higiene pessoal;
4. Reduzir os comportamentos problemáticos como agressões,
estereotipias, autolesões, agressões verbais, e fugas.
Desta forma, a terapia ABA consiste no ensino intensivo das habilidades
necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo se torne
independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da
aprendizagem e é considerado como o mais eficaz hoje em dia. Esse tipo de
intervenção é aplicado na clínica e escola de 8 a 40 horas por semana e em
casa, seguindo a orientação técnica, os pais e cuidadores são coterapeutas para
que o ensino seja eficaz.

Um dos benefícios desse método é que diminui a frustração e o desânimo. Ao


garantir que os autistas respondam corretamente, especialmente durante a
aquisição de uma nova habilidade, o aprendizado pode ajudar a aumentar
a motivação e o prazer de aprender.

Além da terapia ABA, os pais, cuidadores e as pessoas autistas devem fazer


psicoterapia individual e outras terapias que se fizer necessárias de acordo com
a necessidade peculiar, singular e subjetiva de cada autista avaliado.

Valdiney Marques de Oliveira – CRP 08/38115 – CRP Jurídico 08/03047


Psicoterapeuta individual e em grupo – Analista do Comportamento

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