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contribuição dos
tutores
Daniela Santos Madeira
Enfermagem Veterinária
2020
Daniela Santos Madeira
Classificação: 18 valores
2020
ESAE.SA.49-Rev.1
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer aos meus pais e aos meus avós por me
terem proporcionado a oportunidade de realizar a licenciatura de enfermagem
veterinária e pelo apoio constante que me deram ao longo de todos os anos do curso.
i
ESAE.SA.49-Rev.0
RESUMO
Este relatório de estágio final da Licenciatura em Enfermagem Veterinária
descreve as atividades desenvolvidas pela aluna na Clínica Veterinária de Faro e no
Centro Veterinário da Estação, abordando simultaneamente o tema da reabilitação
animal.
Assim, pode concluir-se que a boa comunicação com o tutor se apresenta como
um dos principais motivos para o sucesso do plano de reabilitação em casa.
ii
ESAE.SA.49-Rev.0
Abstract
This final internship report of the degree in Veterinary Nursing describes the
activities developed by the student at the Clínica Veterinária de Faro and at the Centro
Veterinário da Estação, simultaneously addressing the theme of animal rehabilitation.
The general objectives of this internship included the monitoring of the routines
in the internship place and the development of functions in the area of veterinary nursing.
During the internship, the student observed a total of 28 cats and 23 dogs at the Clínica
Veterinária de Faro, and 63 cats, 61 dogs and 16 new pets at the Centro Veterinário da
Estação.
Animal rehabilitation has as main objective the recovery of the animal after an
injury or pathology in order to help it reach the maximum level of functionality,
independence and quality of life.
This report addresses the different physical agents used in animal rehabilitation,
as well as some of the different types of locomotor training. In order to highlight its
applicability and relevance, two pathologies are addressed: intervertebral disc disease
and osteoarthritis, in which rehabilitation contributes to improving the quality of life of
animals and owners.
The success of the canine rehabilitation plan depends largely on the dedication
of the owners, particularly the care to be taken in terms of diet, urinary management,
the prevention of the appearance of bedsores and the application of massage techniques
and exercises, that must correctly explained, practiced and applied at home. In order to
help provide tools to the tutor in the rehabilitation process, the student made a proposal
for a manual of good functional rehabilitation practices at home, using accessible language
and supporting images to facilitate their understanding.
We can thus conclude that a good communication with the owner is one of the
main reasons for the success of the home rehabilitation plan.
iii
ESAE.SA.49-Rev.0
Abreviaturas, Siglas e Acrónimos
COVID-19- Coronavirus disease 2019
Hz- Hertz
OA- Osteoartrite
OVH- Ovariohisterectomia
iv
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ÍNDICE GERAL
Agradecimentos .................................................................................................................................i
Resumo ...............................................................................................................................................ii
Índice de Figuras.............................................................................................................................. ix
1.2. Objetivos.................................................................................................................................... 2
2.3.2. Hidroterapia......................................................................................................................... 16
v
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2.5. Reabilitação caseira................................................................................................................ 22
2.5.6.6. Alongamentos................................................................................................................... 32
vi
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4. Análise Crítica e Propostas de Melhoria.............................................................................. 43
6. Bibliografia................................................................................................................................... 49
7. Anexos ......................................................................................................................................... 53
vii
ESAE.SA.49-Rev.0
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1: Principais técnicas de massagem, descrição do modo de realização e dos
seus benefícios……………………………………………………………………… 31
viii
ESAE.SA.49-Rev.0
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- Mecanismo de ação da crioterapia………………………………………… 4
ix
ESAE.SA.49-Rev.0
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
1.1. Introdução
1
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A razão que levou à escolha deste tema foi o enorme interesse da aluna pela área
e o facto de já ter realizado vários estágios na área.
1.2. Objetivos
2
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2. REABILITAÇÃO ANIMAL
2.1. O que é e qual a importância da reabilitação animal
3
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2.2.1. Termoterapia por frio (crioterapia)
A termoterapia por frio ou crioterapia baseia-se na aplicação de frio por via cutânea
de modo a remover o calor corporal, diminuindo assim a temperatura dos tecidos
(Owen, 2006). Utilizam-se almofadas ou placas de gelo, aparelho de compressão fria,
massagens com gelo (Bockstahler et al., 2004b; Niebaum, 2013. Citado por: Melo, 2015),
sprays, imersão em gelo e água, sacos de gel ou gelo e toalhas frias (Fox & Millis, 2011.
Citado por: Afonso, 2017).
A fonte de frio não deve entrar em contacto direto com a pele, com exceção das
massagens com gelo. A sua aplicação deve ter uma duração máxima de quinze a vinte
minutos e a área deve ser observada regularmente, sendo que se apresentar algum
incómodo, palidez ou queimadura a terapia deve ser interrompida (Oliveira, et al.
2007, Dragone 2011, Behr & Green 2012, Fossum 2013. Citado por: Critti, 2015). O
mecanismo de ação da crioterapia encontra-se representado na figura 1.
Analgesia de curta
duração
Figura 1- Mecanismo de ação da crioterapia (Bockstahler et al, 2004b; Heinrichs, 2004; Dragone, 2011c; Bher &
Green, 2012; Dragone et al, 2014. Citado por: Melo, 2015)
A crioterapia está indicada nas fases agudas da inflamação, devendo ser aplicada
nos primeiros dois a três dias após um trauma, lesão ou procedimento cirúrgico, ou
após realização de exercício físico de modo a prevenir a inflamação (Braund & Vite,
2003). Está também indicada para maneio da dor, hemorragias, edemas e espasmos
musculares pois diminui o metabolismo celular, a velocidade de condução nervosa e
provoca analgesia de curta duração.
4
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2.2.2. Termoterapia por calor
A termoterapia por calor consiste na aplicação de calor por via cutânea de modo a
aumentar a temperatura dos tecidos (Sharp, 2010. Citado por: Afonso, 2017).
Existem duas formas de aplicar a termoterapia por calor, a nível superficial ou a nível
profundo, em que a primeira aquece os tecidos até cerca de 1 cm de profundidade, e a
segunda a 3cm ou mais. A aplicação de calor a nível superficial pode ser realizada através
de diversos métodos; entre eles, encontram-se as placas de aquecimento, lâmpadas de
aquecimento ou imersão (Bockstahler et al., 2004b; Mai, 2010; Bher & Green, 2012;
Dragone et al., 2014. Citado por: Melo, 2015), toalhas ou almofadas quentes, almofadas
elétricas, secadores de ar quente, banhos e jatos de água quente (Afonso, 2017). Por
outro lado, a aplicação de calor profundo é realizada com ultrassom terapêutico e por
diatermia por radiofrequência direcionada, modalidades que serão abordadas
posteriormente no trabalho (Owen, 2006). A figura 2 representa o mecanismo de ação
da termoterapia por calor.
Aumento da
hidratação e Diminuição dos
Vasodilatação pontos de tensão Diminuição dos
elasticidade dos espasmos
Calor percutâneo
tecidos e stress
Diminuição da
sensação de dor
Figura 2- Mecanismo de ação da Termoterapia por calor, adaptado de (Mai, 2010; Bher & Green, 2012; Dragone
et al., 2014. Citado por: Melo,2015)
A termoterapia por calor tem como principais benefícios o alívio da dor, provocando
analgesia ligeira, acelera o processo de cicatrização dos tecidos, aumenta a elasticidade
do tecido conjuntivo, muscular, tendões, ligamentos e cápsula articular, induz o
relaxamento e reduz os espasmos musculares, aumenta a amplitude de movimento
articular (ROM), sendo que o seu principal objetivo é facilitar a realização dos exercícios
(Bockstahleret al., 2004b; Dragone, 2011c; Dragone et al., 2014. Citado por: Melo, 2015).
5
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2008), antes da realização de massagem e estimulação muscular elétrica (Bockstahler et
al., 2004. Citado por: Leiria, 2008), em tecidos moles que entraram na fase de
cicatrização ou em casos de dor crônica (Millis, 2009. Citado por: Oliveira, 2017). Em
pacientes com osteoartrite, apresenta-se benéfica pois diminui a rigidez articular
(Marcellin-Litlle, 2004. Citado por: Oliveira, 2017). O calor também é benéfico nos
animais que façam alongamentos para ajudar a melhorar a extensibilidade das fibras de
colagénio (Millis, 2009. Citado por: Oliveira, 2017).
Este tipo de terapia deve ser evitado em situações como feridas, hematomas,
inflamação local aguda, tumores, pacientes com alterações circulatórias graves,
hemorragias, pirexia e função cardíaca diminuída (Bockstahler et al., 2004; Mikail &
Pedro, 2006; Steiss & Levine, 2005. Citado por: Leiria, 2008),
Estes tratamentos têm geralmente uma duração máxima de quinze a trinta minutos e
podem ser repetidos três a quatro vezes por dia. Os animais devem ser monitorizados,
verificando-se o estado da pele antes, durante e após o tratamento, sendo que se
aparecerem zonas brancas, ou manchas vermelhas na pele, o tratamento deverá ser
interrompido (Dragone et al., 2014. Citado por: Afonso, 2017).
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atividade enzimática, e da velocidade de condução nervosa (Steiss & Levine, 2005;
Niebaum, 2013; Levine & Watson, 2014.Citado por Carvalho, 2016).
Aumento da
Vasodilatação elasticidade Diminuição da dor
Ultrassom Terapêutico
dos tecidos
Efeitos não térmicos
Alteração da
Libertação Estimulação Libertação
permeabilidade de da deposição fatores de
da membrana
histamina de colagénio crescimento
celular
Promove a
cicatrização de
tecidos moles e
diminui a dor
Figura 3- Mecanismo de ação do ultrassom terapêutico, adaptado de (Steiss & Lavine, 2005; Niebaum, 2013; Lavine &
Watson, 2014. Citado por: Carvalho,2016)
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A preparação do animal deve ser realizada através da tricotomia da zona a tratar
e recorrendo a um meio de condução como o gel, de modo a melhorar o contacto e o
transdutor deve ser movido continuamente e em movimentos circulares (Perez, 2012).
Esta terapia deverá ser realizada diariamente numa fase inicial e, à medida que o
paciente apresenta sinais de melhora, as sessões deverão ser intervaladas. O tratamento
deverá ser diário durante dez dias consecutivos e não deverá ultrapassar os vinte dias
consecutivos sem que se realizem três semanas de repouso (Steiss & Levine, 2005;
Levine & Watson, 2014. Citado por Carvalho, 2016).
Aumento das
Provocam proteínas Libertação de
Produção e
reações químicas morfogenéticas citoquinas e
libertação de
no organismo fatores de
extracorpóreas
Ondas- choque
Redução da dor e
estimulação da
cicatrização
Figura 4- Mecanismo de ação das ondas- choque extracorpóreas a nível ósseo, adaptado de (Fox & Millis, 2011.
Citado por: Afonso, 2017)
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de ligamentos e tendões (Durant & Millis, 2014. Citado por: Oliveira, 2017), tratamento
para redução do edema e da inflamação, melhoria da vascularização, neovascularização
e analgesia (Fox & Millis, 2011. Citado por: Afonso, 2017).
Por outro lado, podem ser observados efeitos negativos quando é administrado
um grande número de choques, ou quando a aplicação é focada em áreas mais sensíveis.
Está contraindicada em animais com doença articular imunomediada, formas infeciosas
de artrite, doença neoplásica, discoespondilite, animais com cirurgias recentes e fraturas
instáveis. Deve ser evitada a sua aplicação sobre a área pulmonar, cérebro, coração, em
placas de crescimento abertas e sobre o útero grávido. Locais com neoplasia ou infeção
devem ser eliminados da zona do foco devido ao potencial de indução de metástase ou
septicémia por movimentação de células neoplásicas ou bactérias (Durant & Millis, 2014.
Citado por: Oliveira, 2017; Perez, 2012).
Por outro lado, está contraindicada em doentes com implantes metálicos pois o
risco de queimadura profunda grave é mais elevado (Cuccurullo, 2015. Citado por:
Afonso, 2017), em neoplasias, animais gestantes, processos inflamatórios e doenças
vasculares (Dragone, 2011a. Citado por: Afonso, 2017).
2.2.6. Electroestimulação
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hérnias discais e doenças músculo-esqueléticas ou após cirurgias ortopédicas e para
promover o aumento da força muscular (Clark & McLaughlin, 2001; Bockstahler et al.,
2004a e Baxter & McDonough, 2007ª. Citado por: Afonso, 2017).
No entanto esta modalidade, não deve ser aplicada em feridas abertas, regiões
inflamadas, doenças infeciosas, tumores, olhos e glândulas, zonas anestesiadas e em casos
de tratamento de dor casual (Bockstahler et al., 2004a e Baxter & McDonough, 2007ª.
Citado por: Afonso, 2017).
Melhora os
Contração Estimulação
NMES movimentos
muscular das fibras
articulares e diminui
motoras
a dor
Electroestimulação
Estímulo
TENS Controlo
das fibras
da dor
sensitivas
Evita atrofia,
EMS Estimulação
aumenta a
muscular
massa e a força
muscular
Figura 5- Mecanismo de ação da eletroterapia, adaptado de (Bockstahler et al., 2014; Millis & Lavine, 2014. Citado
por: Pires, 2019)
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elétrica for aplicada com muita frequência, por longos períodos ou se a aplicação de
corrente for demasiado elevada levando a uma contração muscular demasiado forte. Se
isto suceder, pode parar-se o tratamento durante um ou dois dias, aplicando um
protocolo com tempo de tratamento, frequência ou força de contração inferiores,
resolvendo desta forma o problema (Levine & Bockstahler, 2014. Citado por: Afonso,
2017).
2.2.7. Laserterapia
pelos
de luz em energia
tecidos
mecânica
Modelação da
velocidade de
condução nervosa
Figura 6- Mecanismo de ação do laser, adaptado de (Baxter & McDonough, 2007. Citado por: Afonso, 2017;
Downing, 2017)
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isolados, articulações, ou percorrendo lentamente uma zona com o LASER quando se
tratam de áreas extensas (Mikail & Pedro, 2006. Citado por: Afonso, 2017).
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2.2.8. Magnetoterapia
Regulam o
Inibição da libertação de
Campos potencial Hiperpolarização neurotransmissores na
Magnetoterapia
magnéticos de
fenda sináptica
membrana
Bloqueio do sinal
da dor
Figura 7- Mecanismo de ação da magnetoterapia, adaptado de (Salamanca, 2015; Fox & Millis, 2011. Citado
por: Afonso, 2017)
14
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A magnetoterapia possui inúmeras aplicações tais como em casos de hematomas,
abcessos, artropatia degenerativa, artropatia inflamatória, doenças inflamatórias
periarticulares, doença muscular traumática, atraso na cicatrização óssea, osteoporose
e descalcificações, luxações, contraturas musculares, tendinites, dor de origem nervosa,
aceleração da cicatrização de feridas, queimaduras, úlceras de decúbito, entre outras.
Esta modalidade pode ser utilizada em casos de presença de gessos de imobilização, de
fixadores externos e de implantes protésicos (Botey, 2014. Citado por: Afonso, 2017).
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e de dois em dois dias, se o animal apresentar melhorias, ir aumentando até se atingir a
duração e frequência desejadas (McCauley & Van Dyke, 2013. Citado por: Afonso, 2017).
2.3.2. Hidroterapia
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2.4. Patologias
A osteoartrite (OA) é um problema cada vez mais recorrente nos cães. Existem
inúmeros fatores tais como: o avançar da idade, a má alimentação, a falta ou o excesso
de exercício que levam ao aparecimento deste problema (Ponte, 2014).
2.4.1. Osteoartrite
Apesar desta patologia ser mais comum em animais mais idosos e com excesso
de peso, a OA pode aparecer em qualquer cão (Fox, 2010. Citado por: Queimado,
2016).
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De todos os sinais clínicos observados na OA, a dor é o mais evidente, sendo
que a sua manifestação clínica mais evidente a relutância ao movimento (Fox & Millis,
2010. Citado por: Queimado, 2016), no entanto esta não ocorre só devido à dor, mas
também devido à restrição dos movimentos causados pela rigidez articular (Piermattei
et al., 2006. Citado por: Queimado, 2016).
Para além deste, existem outros sinais como a relutância ao exercício físico,
alterações no comportamento, letargia, mal-estar, inapetência ou anorexia, lamber ou
morder a articulação afetada, procurar lugares mais quentes e confortáveis (Piermattei
et al., 2006; Fox & Millis, 2010. Citado por: Queimado, 2016).
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As hérnias discais Hansen tipo I ocorrem mais frequentemente em raças
condrodistróficas, maioritariamente na região toracolombar embora também possam
ocorrer na zona cervical. Ocorre degradação a nível do disco intravertebral, ficando este
desidratado e normalmente sofre calcificação, perdendo a sua elasticidade, o que
provoca a perda da capacidade de suporte de forças compressivas facilitando assim a
saída do núcleo pulposo para o interior do canal medular, resultando na compressão da
medula espinhal (Levine, 2010; Morales et al., 2012; Taylor, 2014ª. Citado por: Melo,
2015).
Esta é uma afeção que pode ocorrer em qualquer momento da vida do animal
embora a sua maior incidência seja em animais entre os quatro e os seis anos de idade.
(Morales et al., 2012; Taylor, 2014a. Citado por: Melo, 2015).
20
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Os principais sinais clínicos das hérnias discais Hansen tipo I são dor espinhal
aguda, disfunção geniturinária (Joaquim et al., 2010. Citado por: Neves, 2016),
hiperestesia e tetraplegia com ou sem nocicepção, dependendo da gravidade e
localização da lesão (Garosi & Lowrie, 2013; Taylor, 2014ª. Citado por: Melo, 2015).
Os sinais clínicos nas hérnias tipo III são hiperagudos (Morales et al., 2012), sendo
que estes variam de dor a plegia, dependendo do local e da severidade da lesão (Nerove
& Diamante, 2018).
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2.5. Reabilitação caseira
Inicialmente, o tutor deve fornecer uma dieta palatável ao animal de acordo com
as suas necessidades tanto nutricionais como energéticas (Watson & Chan, 2010. Citado
por: Carvalho, 2016). Caso este não queira comer por vontade própria, a sua
alimentação deverá ser forçada com uma seringa de modo a garantir o aporte nutricional
e energético necessários (Watson & Chan, 2010. Citado por: Carvalho, 2016).
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minimizar o risco de pneumonias por falso trajeto (Watson & Chan, 2010. Citado por:
Carvalho, 2016).
O consumo de água deve ser garantido de modo a que exista uma hidratação
correta, correspondendo a 50 a 100 mililitros por cada quilograma de peso vivo, por
dia. A água, à semelhança da alimentação, deve ser dividida em várias doses e o animal
deve ser colocado numa posição confortável aquando do abeberamento (Sherman et al.,
2013. Citado por: Carvalho, 2016).
O maneio urinário deverá ser adequado ao tipo de patologia que o animal possui.
Sempre que o animal urine, o tutor deve limpar e secar bem a zona, sendo
também aconselhado aplicar cremes hidratantes ou cicatrizantes (Drum et al., 2014.
Citado por: Carvalho, 2016).
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esternal com auxílio de almofadas e colchões e colocado em estação, no mínimo, duas
vezes ao dia. As camas deverão ser confortáveis, almofadadas e mantidas sempre secas
e limpas (Dunning et al., 2005; Drum, 2010; Sherman et al., 2013. Citado por: Carvalho,
2016). A realização de pensos, nomeadamente de pensos em forma de “donut”
adaptados às regiões cujas proeminências ósseas contactam com o colchão, permite a
prevenção assim como auxiliam no tratamento das úlceras já existentes (Sherman et al.,
2013. Citado por: Carvalho, 2016).
O ambiente em que o animal vive, por vezes, não é o mais adequado, devendo
ser realizadas algumas alterações com o objetivo de reduzir a dor e evitar o
reaparecimento de patologias, aumentando desta forma a qualidade de vida do mesmo.
Uma das mudanças mais importantes que deve ser realizada é evitar que o animal
se desloque sobre pisos escorregadios. Isso pode ser conseguido através da colocação
de tapetes antiderrapantes nos ambientes de circulação dos animais, evitando assim que
estes escorreguem (Blackwell, 2018).
Outra medida é evitar que o animal suba degraus ou pule para sofás ou camas,
devido ao excesso de impacto. Como alternativa, podem ser utilizadas rampas de modo
a permitir o acesso do animal à cama ou ao sofá ou até mesmo para permitir a entrada
e saída do animal do carro. O uso de grades de proteção é recomendado de modo a
evitar que o animal tenha acesso e suba e desça escadas. É ainda aconselhável que os
comedouros e bebedouros sejam colocados a uma altura entre o cotovelo e o ombro
do animal (Drum et al., 2014. Citado por: Kistemacher, 2017).
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sobre esses cuidados e o oriente a procurar por possíveis problemas no ambiente em
que o animal vive, para que esses possam ser evitados e resolvidos (Kistemacher, 2017).
Não existe uma escala standard para a avaliação da dor nos animais. A maioria
das escalas de dor já desenvolvidas são utilizadas para avaliar a dor aguda pós-operatória
e não se apresentam úteis na avaliação da dor crónica (Mich & Hellyer, 2009. Citado
por: Oliveira, 2017).
A dor crónica afeta a qualidade de vida dos animais, uma vez que, além do
incómodo, existe uma diminuição da mobilidade e da capacidade para realizar as
atividades diárias normais.
Hoje em dia, a avaliação das atividades diárias pelo tutor é a forma mais útil de
classificação da dor crónica. As observações feitas pelos tutores estão relacionadas com
mudanças a nível comportamental, sendo verificadas com maior frequência a ausência
de comportamentos considerados normais, como habilidades diminuídas ou
incapacidade em realizar determinada atividade, embora por vezes também seja notado
o início de novos comportamentos, como a claudicação e a vocalização (Epstein, 2013.
Citado por: Oliveira, 2017).
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Os estiramentos consistem em manter a articulação em flexão e extensão
durante trinta a noventa segundos, e o objetivo é o estiramento dos tecidos moles de
modo a promover a sua elasticidade, alongar e realinhar os tecidos moles e,
consequentemente, aumentar a amplitude articular (Millis et al., 2004. Citado por:
Carvalho, 2014).
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transferência do peso, flexão, extensão e movimentos laterais da região cervical,
exercícios com bolas de fisioterapia, exercícios com prancha de desequilíbrio,
agachamentos, alterações nas superfícies de suporte com almofadas de estimulação
central, exercícios com trampolins e marcha com suporte assistido de peso, com
mudanças de direção, em círculos e oitos (Sharp, 2010; Coates, 2013a; Millis & Levine,
2014. Citado por: Neves, 2016). Estes exercícios devem ser repetidos cerca de quinze
vezes, entre três a quatro vezes por dia, aumentando gradualmente à medida que o
animal apresenta melhorias (Perez, 2012).
Existem inúmeros exercícios ativos e estes devem ser escolhidos de acordo com
cada doente. Como exemplos de exercícios ativos temos: passeios lentos em diferentes
pisos, subir e descer escadas, sentar e levantar, carrinho de mão, dançar, corrida,
obstáculos, circuito de pinos e cavalettis (Perez, 2012). Estes exercícios devem ser feitos
todos os dias e são a última etapa da reabilitação (Challande-Kathman & Jaggy, 2010.
Citado por: Neves, 2016). A dificuldade destes deve aumentar, existindo uma adaptação
gradual, com o aumento da carga, do tempo, do número de repetições, do suporte de
peso por parte do animal e da instabilidade do piso (Sharp, 2010. Citado por: Neves,
2016).
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de participar na reabilitação do seu animal (Millis, 2004; Saunders, 2007 Citado por:
Kistemacher, 2017).
2.5.6.5. Massagens
Existem inúmeras técnicas de massagem que podem ser realizadas tanto pelo
veterinário, como por enfermeiros veterinários e até pelos tutores (Quadro 1) e (Figura
8). A escolha das técnicas a serem utilizadas vai depender das características e
necessidades individuais de cada paciente, nomeadamente, do seu porte, da área que
requer tratamento, do efeito desejado e de eventuais contraindicações (Challande-
Kathmann & Jaggy, 2010; Martín & Ramón, 2014b; Sutton & Whitlock, 2014. Citado por:
Melo, 2015).
As massagens devem ser realizadas durante cerca de quinze minutos, uma a duas
vezes por dia (Sharp & Wheeler, 2005. Citado por: Neves, 2016).
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nutrientes e oxigénio, e a remoção de detritos metabólicos e mediadores de inflamação,
promovem analgesia por libertação de endorfinas e estimulam a componente sensitiva
do sistema nervoso (Hourdebaigt, 2004;Sharp, 2010; Carmichael, 2012; Martín & Ramón,
2014b; Sutton & Whitlock, 2014. Citado por: Melo, 2015).
B C
D E
Figura 8- Exemplos de técnicas de massagem. (A) Stroking; (B) Effleurage;
(C) Kneadings; (D) Wringing; (E) Skin rolling. Imagens originais da autora.
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Quadro 1: Principais técnicas de massagem, descrição do modo de realização e dos seus
benefícios (Hourdebaigt, 2004; Sharp, 2010; Sherman et al., 2013; Sutton e Withlock, 2014.
Citado por: Melo, 2015; Millis & Lavine, 2014;).
Provoca relaxamento e
Massajar através movimentos
diminuição do tónus
deslizantes ligeiros com a
muscular.
palma das mãos em qualquer
(A) Stroking Acostuma o paciente á
direção da superfície
manipulação e é bastante útil
corporal, geralmente
para iniciar e finalizer as
seguindo o sentido do pelo.
sessões de massagem.
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2.5.6.6. Alongamentos
32
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3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
A B
C D
E F
Figura 10- Instalações do CVE. (A) Internamento pré e pós
cirúrgico; (B) Sala de cirurgia; (C) Laboratório e sala de limpeza e
esterilização do material cirúrgico; (D) Internamento de exóticos;
(E) Sala de radiografia; (F) Consultório. Imagens originais da autora.
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O CVE proporciona inúmeros serviços, tais como:
Na área das consultas e urgências a aluna prestou qualquer auxílio que lhe fosse
solicitado, realizando a contenção dos animais para realização de procedimentos pelo/a
medico/a veterinário/a.
Casuística cirúrgica
Pela análise do Quadro 2 é possível aferir que a cirurgia que possuiu maior
casuística foi a orquiectomia de gato, seguida da ovariohisterectomia (OVH) a gatas.
Também é possível observar que dos 11 animais presentes a cirurgia, 8 eram machos e
3 fêmeas.
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Quadro 2 - Casuística cirúrgica
Vacinação 16
Colocação microship 2
Desparasitação interna 9
Desparasitação Externa 2
Observação de suturas 2
Esvaziamento dos sacos anais 2
Corte de unhas 2
Eutanásia 1
Acupuntura com electroestimulação 1
Administração soro subcutâneo 1
Administração de fármacos subcutâneos 1
Castração química 1
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Casuística dos meios complementares de diagnóstico
Durante o estágio no CVE foram seguidos 140 animais, dos quais 61 canídeos, 63
felinos e 16 novos animais de companhia (NAC).
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Figura 11- Distribuição das espécies consoante o motivo da consulta
Nas áreas da reprodução, pele e anexos a espécie canina foi a mais prevalente,
sendo que nas áreas da odontologia e cirurgia gastrointestinal os felinos foram os que
apresentaram maior prevalência.
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3.3.2.4. Casuística dos meios complementares de diagnóstico
Durante o decorrer do estágio a aluna executou e auxiliou na realização dos
diferentes meios complementares de diagnóstico. Como é possível observar no gráfico
da figura 14, os meios complementares de diagnóstico mais executados foram a
radiografia e as análises bioquímicas, ambas com uma frequência absoluta de 26 porcento
(%), logo seguidas da ecografia, onde a aluna prestou auxílio na contenção (24%), e
hemograma (14%), pois estes são os meios complementares de diagnóstico mais
utilizados no CVE para o diagnóstico das diversas patologias.
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3.4. Apresentação da proposta do manual de boas
práticas: Reabilitação funcional em casa
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4. ANÁLISE CRÍTICA E PROPOSTAS DE
MELHORIA
Na Clínica Veterinária de Faro, por não possuir muita casuística e pelo fato de a
duração do estágio ter sido apenas de 2 semanas, a aluna não teve oportunidade de
desenvolver as atividades inicialmente planeadas, o que não foi benéfico pois não
permitiu nem a aquisição de novas competências nem a complementação de
conhecimentos na área da enfermagem veterinária.
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A escolha do tema sensibilizou a equipa clínica para a importância da reabilitação
animal, nomeadamente em algumas patologias, colocando em hipótese a construção de
um espaço dedicado à reabilitação animal.
No CVF, a aluna gostaria ainda de ter desenvolvido algumas técnicas tais como
a recolha de amostras de sangue e colocação de cateter endovenoso, que era
praticamente sempre realizada por um dos médicos veterinários.
Sempre que um animal era admitido para ser submetido a cirurgia realizava-se o
painel de hemograma e análises bioquímicas, o que permitiu à aluna praticar a contenção
dos animais para recolha de sangue, bem como familiarizar-se com as máquinas das
análises bioquímicas e hemograma.
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4.1.2. Análise crítica do manual de boas práticas: Reabilitação
funcional em casa
Segundo Sharp & Wheeler (2005b) citado por: Santoro & Arias, (2018), e de
acordo com o que diz o manual realizado pela aluna, disponível nos anexos as
complicações mais frequentemente associadas à imobilização dos cães são as úlceras de
decúbito e a retenção ou incontinência urinárias. As úlceras de decúbito ocorrem
normalmente em animais que permanecem muito tempo na mesma posição, sendo que
a prevenção é o melhor tratamento. Deve trocar-se frequentemente a posição do
animal, as regiões que possam ser afetadas devem ser massajadas para restabelecer a
circulação sanguínea no local, os animais devem ser colocados em camas confortáveis e
estas devem ser mantidas secas e limpas (Dunning et al, 2005; Drum, 2010; Sherman et
al, 2013. Citado por: Carvalho 2016).
Millis & Lavine (2014) defendem também que os animais incontinentes deverão
utilizar fraldas ou resguardos de modo a que a sua pele se mantenha sempre seca e assim
evitar queimaduras pelo contacto constante com a urina, que vai de encontro ao descrito
no manual que se encontra em anexo.
De acordo com Sharp, 2010; Martín & Ramón, 2014; Millis & Lavine, 2014c.
Citado por Melo, 2015 os alongamentos apresentam-se mais eficazes quando realizados
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sobre o músculo previamente aquecido, quer através dos exercícios, quer por
massagem.
Seria interessante a aluna ter tido mais contacto com os clientes por forma a
melhorar as suas competências de comunicação com os mesmos.
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Quadro 5: Objetivos de estágio
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E
PERSPETIVAS FUTURAS
Em suma, a reabilitação animal, nos dias de hoje, é uma área com extrema
importância pois permite evitar a eutanásia, devolvendo mobilidade e consequentemente
qualidade de vida aos animais.
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6. BIBLIOGRAFIA
Afonso, T. B (2017). Medicina Física E Reabilitação Veterinária Em Animais De
Companhia. Disponível em: Repositório da biblioteca da Escola Superior Agrária de Elvas
[Consultado em: 25/04/20]
49
ESAE.SA.49-Rev.0
Downing, R. (2017). Laser therapy in veterinary medicine. Disponível em: IVC
jornal [Consultado em 16/10/20]
Millis, D.L & Lavine, D. (2014). Canine Rehabilitation and Physical Therapy (2nd
ed.), 276- 711. Saunders, na imprint of Elsevier Inc.
50
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Oliveira, C. A. S. (2017). Reabilitação Física de Cães com Doença Ortopédica no
Membro Pélvico. Disponível em: https://www.repository.utl.pt/ [Consultado em:
01/04/20]
51
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Sharp, B. (2016). Physiotherapy in Small Animal Practice. Disponível em:
http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.1014.5186&rep=rep1&type=
pdf [Consultado em: 01/04/20]
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7. ANEXOS
Elvas 2020
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Ficha técnica
Título:
Manual de boas práticas: Reabilitação funcional em casa
Autora: Daniela Santos Madeira
Revisores: Professora Luísa Pereira
Professora Filipa Cabecinhas
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Como deve o tutor alimentar o
A Reabilitação funcional animal consiste em
seu animal?
restabelecer a função normal após uma
lesão ou patologia, de forma a ajudar o Inicialmente, deve fornecer ao animal uma
animal a atingir o nível máximo de dieta palatável de acordo com as suas
capacidades, independência e qualidade de necessidades, tanto nutricionais como
vida. energéticas. Caso este não queira comer
por vontade própria, a sua alimentação
Que cuidados especiais deve ter o
deverá ser forçada com uma seringa para
tutor de um animal em
que se garanta o aporte nutricional e
reabilitação? energético. No entanto, deverá sempre
comunicar ao seu médico veterinário
Os cuidados a ter vão depender do estado
assistente, ou à equipa de enfermagem,
de dependência do animal. A dedicação e
todas as oscilações de apetite, por forma a
disponibilidade por parte dos tutores é
obter informação acerca do maneio
fulcral para garantir os cuidados
dietético mais adequado a cada fase.
necessários, por um período de tempo que
pode variar de dias a meses ou anos. Assim, Ainda assim, a dose diária que o seu animal
o tutor deve ter consciência que ter um deve ingerir poderá ser calculada pelo
animal em reabilitação requererá sempre médico ou enfermeiro veterinário de
cuidados redobrados. Sendo animais que, acordo com o peso, estrutura e
de alguma forma, perderam função necessidades especiais do animal, e dividida
sensitiva e/ou motora de um ou vários em quatro refeições diárias. No caso de a
membros, a maioria das patologias que alimentação ser forçada, é de extrema
afetam estes animais podem causar várias importância garantir que o animal se
complicações, sendo as mais frequentes as encontra numa posição confortável e com
escaras de decúbito e a retenção ou capacidade de deglutição, para minimizar o
incontinência urinárias. Afetando estes risco de pneumonias por falso trajeto.
fatores diretamente a qualidade de vida do
animal, em parte o sucesso do tratamento Relativamente ao consumo de água, este
é resultado do maneio adequado. Manter o deve ser garantido de modo a que exista
animal num local limpo, seco e acolchoado, uma hidratação correta (50 a 100
com fácil acesso à água e comida, realizar o mL/Kg/dia). A água, à semelhança da
correto maneio da micção, mudar o alimentação, deve ser dividida em várias
decúbito frequentemente e realizar doses e o animal deve ser colocado numa
técnicas de reabilitação doméstica são posição confortável aquando do
alguns dos principais pontos a assegurar. abeberamento.
Como deve o tutor realizar o
maneio urinário?
1) Massagens
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Principais técnicas de massagem
Massajar através
movimentos deslizantes
ligeiros com a palma das
1- Stroking mãos em qualquer direção
da superfície corporal,
geralmente seguindo o
sentido do pelo.
Realizar movimentos
deslizantes com a palma das
mãos, em direções opostas
5- Wringing perpendicularmente às fibras
musculares.
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2) Exercícios Passivos
mudanças de direção, em
Exercícios a realizar:
___________________________________
___________________________________
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4) Exercícios Ativos
5- Corrida;
Exercícios a realizar:
___________________________________
___________________________________
A dificuldade destes deve ser crescente,
existindo uma adaptação gradual, com o
aumento da carga, do tempo, do número de
repetições, do suporte de peso por parte do
animal e da instabilidade do piso.
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5) Alongamentos
Membro(s) a alongar:
___________________________________
___________________________________
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Bibliografia
Blackwell, W (2018). Physical Rehabilitation for veterinary technicians and nurses (1st ed.), 39-
41.
Leiria, V. L.J. (2008). Medicina Física de Reabilitação em Animas de Companhia e sua Aplicação
a Três Casos Clínicos. Disponível em: https://www.repository.utl.pt/ [Consultado em: 01/04/20]
Millis, D.L & Lavine, D. (2014). Canine Rehabilitation and Physical Therapy (2nd ed.), 276- 711.
Saunders, na imprint of Elsevier Inc.
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