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Sumário
................................................................................................................................................................. 3
PRIMEIRO ENCONTRO ....................................................................................................................... 4
A FONTE DOS DONS: O ESPÍRITO SANTO ................................................................................. 4
SEGUNDO ENCONTRO ....................................................................................................................... 6
O LUGAR DO EXERCÍCIO DOS DONS: A IGREJA...................................................................... 6
TERCEIRO ENCONTRO....................................................................................................................... 8
DISTINGUINDO CONCEITOS......................................................................................................... 8
QUARTO ENCONTRO ....................................................................................................................... 12
O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE DONS ESPIRITUAIS .................................................... 12
QUINTO ENCONTRO ......................................................................................................................... 15
CONHECENDO OS DONS ESPECIFICAMENTE ........................................................................ 15
SEXTO ENCONTRO ........................................................................................................................... 20
DESCOBRINDO MEUS DONS ...................................................................................................... 20
O Teste dos Dons .............................................................................................................................. 20
O Resultado do Teste ............................................................................................................................ 26
SÉTIMO ENCONTRO ......................................................................................................................... 28
USANDO OS DONS ........................................................................................................................ 28
PRIMEIRO ENCONTRO
Existem algumas possíveis razões pelas quais as seitas têm negado a personalidade
do Espírito Santo. Algumas delas explicariam distorções em movimentos evangélicos. Senão
vejamos:
1. Ao Espírito Santo são dados nomes e símbolos que, se mal interpretados, sugerem
impessoalidade, tais como: fôlego, vento, poder, fogo, azeite, água... (Jo 3.5-8; At 2.1-
4; 1 Ts 5.19; Jo 7.38-39; 20.22; 1 Jo 2.20; Ef 5.18);
2. A palavra grega para “Espírito” (pneuma) é neutra;
3. Nem sempre o Espírito Santo é associado ao Pai e ao Filho nas saudações do Novo
Testamento.
1. Pronomes pessoais masculinos (e não neutros, como seria o óbvio) são aplicados ao
Espírito Santo. Em João 15.26; 16.8, 13, 14 o pronome demonstrativo é masculino:
“aquele” (ekeinos e não ekeino). Em João 16.7 o pronome pessoal é masculino: “ele”
(auton e não autó);
2. Associações do Espírito Santo com as outras Pessoas da Divindade e com os homens
(Mt 28.19; 2 Co 13.14; At 15.28);
3. Características pessoais são atribuídas ao Espírito Santo, tais como: Inteligência (1 Co
2.10, 11), Vontade (1 Co 12.11), Amor (Rm 15.30), Bondade (Ne 9.20), Tristeza (Ef
4.30);
4. Atos pessoais são atribuídos ao Espírito Santo, tais como: Perscrutar (1 Co 2.10), Falar
(Ap 2.7), Interceder (Rm 8.28), Ensinar (Jo 14.26); Guiar e Conduzir (Rm 8.14; At
16.6, 7); Chamar e Comissionar os homens (At 13.2; 20.28);
“Ninguém pode entristecer a lei da gravidade, ou fazer com que se lamente o vento oriental.
Portanto, a não ser que o Espírito Santo seja uma Pessoa, a exortação de Paulo, aqui em Ef
4.30, seria sem significado e supérflua” (Bancroft).
Por outro lado não haverá sentido em nos relacionarmos intimamente com um
‘objeto’. Um relacionamento pessoal com o Espírito Santo só é uma realidade por ser Ele o
que é, a saber, uma Pessoa Divina.
Se O entendermos como uma ‘força’, que sentido teria nossa adoração a Ele? Não
seria isso idolatria? Ao passo que O entendendo como Ele é, uma Pessoa Divina, adorá-lO-
emos como tal.
“Por Sua Divindade se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da
Divindade, sendo co-igual, co-eterno e consubstancia com o Pai e com o Filho” (Bancroft)
Muito embora a Santa Trindade esteja envolvida nas atividades gerais da Igreja (1 Co
12.4-6), é ao Espírito Santo atribuída a “diversidade dos dons” (v.4). Ele , a Pessoa Divina do
Espírito Santo, “repartindo particularmente a cada um como quer” (v.11) e “para o que for
útil” (v.7).
Comece agora a consultar o Espírito Santo sobre o que tem Ele lhe
dado, dentre a diversidade dos Dons Espirituais. Ele é o Soberano
Responsável!
Pr. Ary Queiroz Vieira Júnior
Projeto Isaque – Ano Base de Crescimento Espiritual 6
Módulo IV – Dons Espirituais
SEGUNDO ENCONTRO
Pode-se dizer com certeza que todos os escritores cristãos antigos empregam o termo
‘Ekklesía’ tão-somente para aquelas comunhões que vieram a existir depois da crucificação e
ressurreição de Jesus.
Definindo Igreja
O próprio significado da palavra (chamar para fora), nos dá a ideia de que a igreja
consiste dos eleitos, dos que foram chamados ‘dentre as massas do povo comum’. Deissmann
traduz ‘Ekklesía’ pela expressão “a assembleia (convocada)”, considerando Deus como aquele
que a convoca.
No Novo Testamento Jesus foi o primeiro a usá-la, e Ele a aplicou ao grupo dos que
se reuniram em torno dEle (Mt 16.18), reconhceram-nO publicamente como seu Senhor e
aceitaram os Seus princípios. Para maior compreensão, vejamos os usos da palavra:
4. Num sentido mais geral, a palavra serve para denotar a totalidade do corpo, no mundo
inteiro, daqueles que professam exteriormente a Cristo e se organizam para fins de
culto (1 Co 10.32; 11.22; 12.28; Ef 4.11-16);
5. Finalmente, a palavra se refere a todo o corpo de fiéis, quer no céu quer na terra, que
se uniram ou se unirão a Cristo como seu Salvador (Ef 1.22; 3.10, 21; 5.23-25, 27, 32;
Cl 1.18,24; Hb 12.22,23)
O Novo Testamento nos revela vários nomes figurados para a Igreja, com o fim
de nos apresentar alguns de seus aspectos? Vejamos:
1. O Corpo de Cristo. O nome era aplicado à Igreja Universal (Ef 1.23) e a uma
congregação local (1 Co 12.27). Dá relevo à unidade orgânica da igreja, bem como à
sua união com Cristo, a Cabeça;
2. O Templo do Espírito Santo ou de Deus (I Co 3:16; Ef 2:21,22; I Pe 2:5). Esta figura
acentua o fato de que a igreja é Santa e Inviolável. A permanência do Espírito Santo nela lhe
dá caráter exaltado;
3. A Esposa de Cristo (2 Co 11:2; Ef 5:31,32; Ap 19:7). Aponta para o futuro final e glorioso
da igreja, quando esta estiver completa;
4. Em I Tm 3:15, é aplicado à igreja o título de "Coluna e Firmeza da Verdade", indicando
que ela é a guardiã da verdade, defensora da verdade contra os inimigos do Reino de Deus.
Dito isto, descobrimos qual o lugar de exercício de nossos dons espirituais: A Igreja. "A
uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar..., em terceiro..., depois..." (I Co
12:28).
Ficou claro que em nenhuma vez, em todo o Novo Testamento, o termo "Ekklesía" é
usado para edifícios ou templos. Ele sempre se refere aos "chamados para fora", gente resgatada pelo
Filho de Deus que é objeto de Seu amor, quer estejam numa casa, quer numa cidade, ou quer se refira
aos cristãos de toda a terra, ou de toda terra e céus. Portanto, aos homens e mulheres de Deus
devemos servir com os nossos dons.
Deve-se estabelecer o fato de que o seu Dom Espiritual deve estar à disposição da
"Ekklesía Doméstica", a sua célula, e/ou da "Ekklesía Local", sua congregação, e/ou da "Ekklesía
Regional", um grupo de congregações.
Então comece agora a consultar o Espírito Santo sobre como você deve
servir na igreja, e de que forma Ele pretende que você seja útil a ela.
TERCEIRO ENCONTRO
DISTINGUINDO CONCEITOS
O Batismo com o Espírito Santo foi pela primeira vez realizado no dia de
Pentecostes (At 2:1-4), para cumprimento das profecias de João Batista (Mt 3:11; Mc 1:7,8;
Lc 3:16; Jo 1:33) e da promessa de Jesus (At 1:4,5), quando a Igreja, como Corpo de Cristo
teve seu início.
É comum em nossos dias que pessoas sejam medidas pelos seus dons, talentos e
habilidades. Quando dão demonstração pública de algum dom em particular, são imediatamente
rotuladas de espirituais, ou de especiais.
A igreja de Corinto não sentia falta de coisa alguma, "em tudo" foram "enriquecidos
nele (em Cristo), em toda a palavra e em todo o conhecimento" (I Co 1:5), embora tenha sido a mais
trabalhosa dos campos paulinos.
É possível ter dons e não ter espiritualidade. É possível ter dons e usá-los com vaidade,
visando auto-promoção. É possível ter dons e não manifestá-los numa esfera de amor e cordialidade
Pr. Ary Queiroz Vieira Júnior
Projeto Isaque – Ano Base de Crescimento Espiritual 9
Módulo IV – Dons Espirituais
cristã. Daí concluirmos que espiritualidade não se mede pelos Dons Espirituais. Então o que vem a
ser espiritualidade? Ou quem é espiritual?
"Ser espiritual é ver e sentir as coisas e os fatos do ponto de vista como Deus os vê e os sente,
e agir de acordo com esse ver e sentir". Paulo, em I Co 2:13,14,16, descreve quem é o espiritual:
aquele que "compara as coisas espirituais com as espirituais", aquele que discerne as coisas do
Espírito, "espiritualmente", e aquele que tem "a mente de Cristo", ou seja, aquele que vê as coisas sob
a perspectiva de Deus e de Seus valores.
Paulo estava lidando com uma igreja que estava sendo assaltada pelos judaizantes, que
insistiam na obediência da lei para não voltarem à antiga imoralidade.
A metáfora do "fruto" foi bem escolhida, pois enfatiza que a ética cristã é um produto da
presença Divina. O significado primário é o "fruto" das plantas (Mt 21:19), ou o produto da terra (Tg
5:7). Aqui, em Tg 5:7, somos informados até que ponto o crescimento do fruto é removido da força
da vontade do homem, mas que somente como dádiva é que este pode esperar aquele. "Fruto" traz a
idéia de crescimento natural, significando aquilo que cresce normalmente.
Paulo, ao empregar este termo, deseja ressaltar que, naqueles que foram recebidos (batizados)
para o corpo de Cristo, nos quais o Espírito Santo habita, o resultado - o fruto - aparece de modo
natural.
Em At 2:4 nos é dito que "todos foram cheios do Espírito Santo". Se avançarmos a At 4:31,
veremos que as mesmas pessoas foram "cheias do Espírito Santo". Concluímos destas experiências da
igreja primitiva que 'enchimento' do Espírito Santo não é uma única experiência na vida do cristão,
mas algo a ser buscado constantemente.
É fácil concluir que 'enchimento' não é Dom Espiritual, nem está ligado a um dom
específico. Em At 2:4 "foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas". Em At
4:31 "foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus". Em At 2, Pedro
prega o seu sermão cheio do Espírito. Em At 13:9, Paulo "cheio do Espírito" repreende o mágico
Elimas. Podemos concluir que "Enchimento do Espírito" concede poder para a realização dos Dons
Espirituais.
Assim, devemos exercer nossos dons cheios do Espírito Santo, como Paulo exerceu os seus em
Corinto (I Co 2:4). Em At 6:5, os apóstolos queriam diáconos 'cheios do Espírito'.
O enchimento dará qualidade à adoração, demostrada através de uma vida de louvor e ações de
graça (vs. 19,20), e aos relacionamentos pessoais (vs. 19,21).
"O que é um avivamento? É Deus derramando o seu Espírito. É esse tremendo enchimento que
ocorre a um grande número de pessoas concomitantemente” (Martyn Lloyd-Jones).
A unção também era aplicada aos sacerdotes, a Arão e seus filhos. Usava-se o "azeite da
santa unção", cuja preparação foi cuidadosamente descrita em Ex 30:22-33.
Deus exigiu que todos os ingredientes fossem "das principais especiarias", pois
certamente apontaria para uma ação do Espírito Santo na vida dos sacerdotes neo-testamentários (I Pe
2:9).
Aplicando estas lições podemos concluir que unção do Espírito não significa poder, nem
se refere a algo mutável ou dinâmico. Tais características correspondem ao 'enchimento do Espírito'.
Unção do Espírito é o único ato de Deus nos separar para Ele, autorizando-nos a servi-Lo
como Seus sacerdotes. Se alguém não é ungido pelo Espírito, não é sacerdote, nem salvo (I Jo 2:20,27;
II Co 1:21; Rm 8:9).
Portanto, não fiquemos aguardando que alguma coisa nova aconteça para que venhamos a
servir a Deus. Ele já nos ungiu, pondo o Seu selo de aprovação sobre nós, nos tornando participantes
da missão do nosso Sumo-sacerdote, Jesus (Lc 4:18; At 4:27; At 10:38; Hb 1:9).
QUARTO ENCONTRO
O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE DONS ESPIRITUAIS
"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" I Co 12:1
Os Dons Espirituais não são uma conquista humana, nem o resultado de esforços, de
um caráter cristão desenvolvido ou espiritualidade. Eles são resultantes da graça de Deus,
aquela perfeição Divina que faz com que o Senhor dê ao homem aquilo que ele não merece
receber.
A palavra grega usual para dom (charismaton), deriva-se da mesma raiz da palavra
graça (charis), o que salienta a gratuidade do dom.
Sabendo disto, nenhum dom poderá ser motivo de vanglória para ninguém, nem fará
de ninguém objeto de admiração desequilibrada (Rm 12:6; Ef 4:7).
Exatamente porque todos os salvos são sacerdotes e porque os dons são obra da graça
soberana, todos os salvos têm Dons Espirituais, pelo menos um.
Se você é cristão e não conhece os seus Dons Espirituais, não é porque Deus não lhe
deu. Você pode estar inclusive os usando, mas ainda não os identificou como sendo dons, ou
simplesmente não os descobriu (I Pe 4:10; I Co 12:7; Ef 4:7).
Pedro diz que somos parte do sacerdócio real (I Pe 2:9). Um sacerdote é um ministro! Este
fato é plenamente estabelecido pela figura da "Unção", cumprida na obra do Espírito Santo (já vimos
isso), e pelo fato de todos possuirmos Dons Espirituais, manifestações ou habilidades especiais para
servir.
"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil" (I Co 12:7). Os
textos significativos que discorrem sobre Dons Espirituais relacionam estes com a edificação da
igreja (I Co 14:12, 26; Ef 4:13).
Tal edificação não se aplica apenas a crentes individuais, mas ao bem de todos. Alguém
que se afasta da comunhão não pode exercer os dons como Deus os idealizou. Neste sentido Paulo
fala sobre os "melhores dons", aqueles que contribuem mais para a edificação de todos e não somente
daquele que os possui.
Dons e Chamado
Deus não nos incumbirá de realizar tarefas para as quais não nos capacitou. Se
descobrirmos que dons Ele nos deu, saberemos para que Ele nos chamou.
"A expressão 'funções universais' indica tarefas que são deveres de todos os cristãos, não
importando se possuem ou não dons nesta ou naquela área".
Enquanto que o exercício de um determinado dom não pode ser exigido de todos os
cristãos, mas somente daqueles que o possuem, as funções universais são dever de todos os cristãos.
Nem todos os cristãos, por exemplo, têm o dom de Evangelista, mas todos precisam
evangelizar os perdidos. Semelhantemente, nem todos têm o dom de Contribuir, mas todos devem
disponibilizar uma parte dos recursos para a causa missionária.
"Procurando guardar a unidade do Espírito..." (Ef 4:3) deve ser nossa busca constante. Para isto
Paulo retrata cinco qualidades que marcam uma vida digna do nosso chamamento. A saber:
2. Mansidão. Aquilo que nos faz pensar pouco nas reivindicações pessoais, por isso não se sente
facilmente provocada, enquanto que a humildade nos faz pensar pouco em nossos méritos e a
mansidão nos faz pensar pouco nos nosso direitos. Mansidão e humildade andam juntas no caráter de
Cristo (Mt 11:29);
5. Amor. A qualidade final e soma das anteriores, a coroa e a soma de todas as virtudes. Não sem
propósito que Paulo, ao escrever aos coríntios, pôs o grande capítulo do amor (13) entre dois
polêmicos capítulos sobre dons espirituais (12 e 14), descrevendo as marcas do verdadeiro amor, o
colocando como o caminho mais excelente, sem o qual todos os dons perdem o sentido e se tornam
em nada.
"Dons Espirituais são habilidades especiais que o Espírito dá a cada membro do corpo
de Cristo, de acordo com a graça de Deus, para serem usadas na edificação da igreja e para a glória
de Deus".
QUINTO ENCONTRO
Profecia (v. 6). Uma habilidade especial para declarar publicamente a vontade de Deus,
baseada na Bíblia ou numa revelação especial coerente com a Bíblia.
Ministério ou Serviço (v. 7). Uma habilidade especial para se engajar em uma determinada
tarefa para que esta venha a ser realizada.
Ensino (v. 7). Uma habilidade especial para procurar, sistematizar e explicar as verdades de
Deus, de uma forma tal que as pessoas aprendam-nas e usem-nas.
Contribuição (v. 8). Uma habilidade especial para colocar sacrificialmente grande parte de
seus recursos à disposição do Reino de Deus.
Presidência ou Liderança (v. 8). Uma habilidade especial para ajudar um grupo a perceber
os propósitos de Deus a sua vida e mobilizar este grupo a realizá-lo.
Misericórdia (v. 8). Uma habilidade especial para sensibilizar-se e empatizar-se com pessoas
aflitas ou necessitadas.
Palavra de Sabedoria (v. 8). Habilidade especial para aplicar em situações específicas os
conhecimentos adquiridos da Palavra de Deus.
Palavra da Ciência, ou de Conhecimento (v. 8). Habilidade especial para adquirir e coletar
informações que redundam em bem-estar e crescimento da igreja.
Fé (v. 9). Habilidade especial para crer naquilo que Deus quer realizar e manter-se convicto
mesmo quando tudo parece impossível.
Cura (v. 9). Habilidade especial para restaurar os doentes sem o uso de medicamentos.
Operação de Maravilhas ou Milagres (v. 10). Habilidade especial para realizar feitos
poderosos, de modo a superar as leis naturais.
Línguas (v. 10). Habilidade especial para falar um idioma, espiritual ou humano, sem que
nunca tenha aprendido.
Interpretação de Línguas (v. 10). Habilidade especial para dar o significado de uma
mensagem em outra língua de alguém ou de si mesmo.
Evangelista. Habilidade especial para levar não crentes a serem discípulos de Cristo.
Pastor. Habilidade especial para assumir, a longo prazo, a responsabilidade pelo bem-estar
espiritual de um grupo de cristãos, amando-o, discipulando-o e equipando-o.
Pelo estudo destas passagens fica estabelecido que o propósito do apóstolo Paulo não foi o de
esgotar a relação de Dons, tanto que não nos oferece nenhuma relação exaustiva. É fato também que
não há duas relações idênticas, dentre elas, o que poderia nos fazer concluir que há outros dons não
inclusos em nenhuma destas passagens. Senão vejamos:
Expulsão de Demônios (At 8:5-8; 16:16-18; 19:13-16). Habilidade especial para libertar
pessoas de possessões demoníacas. Embora todos os cristãos tenham recebido poder sobre os
demônios (Mc 16:15-18), a experiência mostra que Deus usa alguns cristãos muito mais no ministério
de exorcismo.
Hospitalidade (III Jo 5-10; Mt 25:35; Tt 1:7-8). Habilidade especial para manter em sua casa
um ambiente caloroso, de forma a receber os que precisam de acolhimento fraternal.
Evangelista. Habilidade especial para levar não crentes a serem discípulos de Cristo.
Pastor. Habilidade especial para assumir, a longo prazo, a responsabilidade pelo bem-estar
espiritual de um grupo de cristãos, amando-o, discipulando-o e equipando-o.
Pelo estudo destas passagens fica estabelecido que o propósito do apóstolo Paulo não foi o de
esgotar a relação de Dons, tanto que não nos oferece nenhuma relação exaustiva. É fato também que
não há duas relações idênticas, dentre elas, o que poderia nos fazer concluir que há outros dons não
inclusos em nenhuma destas passagens. Senão vejamos:
Expulsão de Demônios (At 8:5-8; 16:16-18; 19:13-16). Habilidade especial para libertar
pessoas de possessões demoníacas. Embora todos os cristãos tenham recebido poder sobre os
demônios (Mc 16:15-18), a experiência mostra que Deus usa alguns cristãos muito mais no ministério
de exorcismo.
Hospitalidade (III Jo 5-10; Mt 25:35; Tt 1:7-8). Habilidade especial para manter em sua casa
um ambiente caloroso, de forma a receber os que precisam de acolhimento fraternal.
Intercessão (Ne 1:4-11; 2:4; 4:4,5,9; 5:19; 6:9,14; 13:14; Dn 6: 11,12; 9:1-4). Habilidade
especial para sensibilizar-se e empatizar-se com outros, demonstrando tal empatia através de longos
períodos de oração, experimentando respostas específicas de oração.
Missionário Transcultural (At 9:15; Gl 2:8; Ef 3:7,8). Habilidade especial para ministrar com
os demais dons em um contexto cultural diferente, com forte capacidade de adaptação.
Visão ou Revelação (At 10:10-13; 16:9; 18:9; 23:11). Habilidade especial para receber uma
mensagem direta de Deus, visando orientação imediata de Sua vontade, numa situação em particular.
Observações Importantes
Observei em livros que se propõem a ensinar sobre Dons Espirituais que alguns textos foram
usados para ilustrar um determinado dom, sendo que o seu contexto era de exortação a toda igreja, o
que caracteriza um chamamento a uma 'função universal'. Ef 5:18-20 não se refere ao dom de Louvor
ou Música. Tg 5:16-18 não se refere ao dom de Intercessão. Rm 12:9-13 não se refere ao dom de
Hospitalidade, etc..
Neste treinamento não fiz diferença entre Contribuição e Pobreza voluntária, entre habilidade
manual e criatividade artística. Para mim são um e o mesmo dom.
Precisamos ter cuidado para não termos um estilo de vida, fruto dos valores do Reino de Deus, que é
exigido de todos os discípulos, como um dom espiritual. Christian A. Schwarz propõe o dom de
"Disposição para o Sofrimento", ilustrando com textos como At 7:54-60; II Co 12:9-10.
Entendo que tais textos e semelhantes, que convocam cristãos a suportarem com alegria as
dores desta vida, ilustram vidas de cristãos maduros, que aprenderam a "viver contentes em toda e
qualquer situação". A despeito de não sabermos quantos dons existem, não podemos ver um novo em
tudo.
Devemos ter o cuidado para que a descoberta sobre dons não seja um álibe para nos
isentarmos tranquilamente de tarefas importantes, a que todos os cristãos são convocados a exercer.
Não obstante venhamos a descobrir os nossos dons, a tarefa máxima para todos os cristãos é Ir,
Pregar o Evangelho, e Fazer Discípulos.
Alguns dons mencionados nas relações acima estão claramente ligados a ofícios na Igreja,
outros não. Devemos proceder com tais distinções. Por exemplo, a "Misericórdia" está relacionada ao
diaconato; o "Dom de Pastor, de Mestre", com o pastorado, ou presbiterato.
Há uma clara diferença entre Dom Espiritual e Talentos, ou Dons Naturais. Estes são dádivas
de Deus a todos os homens, tendências ou habilidades inatas. Aquele é dado a cristãos e usado na
edificação da Igreja. Por exemplo, um músico descrente pode não vir a ter um dom para o Louvor,
quando nasce de novo. Ele possui um Dom Natural e não um Espiritual. Por outro lado, um Dom
Natural pode ser transformado em Espiritual. Alguém que antes de se tornar cristão tinha uma
habilidade manual, e ao nascer de novo, tal habilidade veio a se tornar em Dom Espiritual e, assim,
ser usado para a edificação da igreja. A despeito disso, tanto os nossos Dons Espirituais quanto os
Pr. Ary Queiroz Vieira Júnior
Projeto Isaque – Ano Base de Crescimento Espiritual 19
Módulo IV – Dons Espirituais
nossos Talentos foram-nos dados por Deus e devemos usar tanto estes como aqueles para a Sua glória
e edificação da igreja.
2. Você descobriu que não tem alguns dons que imaginava ter? Quais?
3. Você está disposto a ter de Deus a confirmação quanto aos dons que você imagina que
tem? Caso descubra que você não tem o dom que imaginava, como reagirá?
4. Você está disposto a ser avaliado por irmãos que lhe acompanham quanto ao exercício dos seus
dons?
SEXTO ENCONTRO
Ao lado das perguntas de cada Sessão, marque o número que corresponde a sua realidade,
conforme os critérios abaixo:
0. Nunca
1. Raramente
2. Às vezes
3. Frequentemente
4. Muito
5. Eu brilho nisso!
Sessão 1- Total:
Sinto alegria em comunicar a vontade de Deus e o faço de maneira contagiante, persuasiva e
clara
Tive a experiência de receber a confirmação de cristãos de que a palavra que lhes dei foi uma
mensagem de Deus
Oro para que Deus me dê mensagens para outros cristãos com mais regularidade do que
aconteceu até agora
Acredito que a melhor maneira de levar o povo de Deus a uma vida mais dedicada é através
da admoestação pública pela pregação da palavra de Deus
Eu estaria disposto a transmitir mensagens, mesmo desagradáveis, a irmãos da igreja
Sessão 2- Total:
Gosto de ajudar fazendo pequenos serviços na igreja
Sinto-me realizado em aceitar serviços pequenos e aparentemente insignificantes na igreja
Tive a experiência de perceber antes de outras pessoas a necessidade de realizar tarefas bem
práticas na igreja
Aceito com alegria os trabalhos que me pedem, mesmo que sejam do tipo que qualquer um
pode fazer
Estaria disposto a investir meu tempo a fazer aquilo que é urgente, mas que não é atraente
para outros
Sessão 3- Total:
Sinto-me realizado em colaborar na elaboração de materiais que tornem simples e
interessante o aprendizado das pessoas
Gosto de entender bem as questões importantes da Bíblia para expô-las a outros a fim de que
entendam sem dificuldade
Tive experiência de receber a confirmação de pessoas de que eu consegui transmitir-lhes o
meu conhecimento de uma forma que elas facilmente compreenderam
Fico irritado quando vejo um pregador interpretar errado um determinado texto das Escrituras
Sofro quando percebo que poderia ter gasto mais tempo ensinando a Bíblia para outras
pessoas
Sessão 4- Total:
Eu consigo comunicar-me com realismo, encorajando pessoas a continuarem na luta, apesar
da derrota
Deus me dá palavras que as pessoas indecisas, problemáticas ou desencorajadas precisam
Tive a experiência de notar que outras pessoas receberam conforto por meio da minha ajuda
Quando pessoas me contam seus problemas, consigo sentir melhor as suas dificuldades do
que outras pessoas
Tenho facilidade de entender o problema dos outros e apontar-lhes os rumos de possíveis
soluções
Sessão 5- Total:
Sinto-me realizado em colocar, de forma generosa, o meu dinheiro e as minhas posses à
disposição do Reino de Deus
Estou constantemente dando o meu dinheiro de forma sacrificial, e tenho certeza que Deus
suprirá minhas necessidades
Tive experiência de ajudar outras pessoas por meio de uma oferta considerável do meu
dinheiro
Administro bem o meu dinheiro para poder dar mais ao Reino de Deus
Estou disposto a baixar o meu padrão de vida para poder dar mais ao trabalho do Senhor
Sessão 6- Total:
Outros irmãos ficam motivados a me seguir por meio dos projetos que compartilho com eles
Tive a experiência de incentivar outros cristãos na realização de determinados objetivos
Quando eu começo um grupo ou sou colocado na frente de um, o grupo cresce e tem
resultados visíveis
Para mim é muito fácil delegar tarefas a outras pessoas
Quando há necessidade de liderança para a realização de um determinado alvo, me
procuram
Sessão 7- Total:
Preocupo-me com pessoas que estão à margem da sociedade
Gosto de visitar hospitais ou lares de pessoas necessitadas e me sinto abençoado com isto
Tive a experiência de ajudar pessoas que estavam em necessidade
Quando vejo uma pessoa necessitada quero ajudar imediatamente
É muito fácil para mim expressar às pessoas em necessidade o quanto sofro com elas
Sessão 8- Total:
Sinto-me realizado em ajudar pessoas na reflexão sobre a sua situação
As minhas sugestões às pessoas para ajudá-las em suas decisões geralmente dão certo
Quando uma pessoa está com problemas, retiro a solução de um texto bíblico, facilmente
aplicando-o
Para mim é muito fácil aplicar conhecimento teórico a uma situação concreta
Quando leio um texto bíblico geralmente penso nas suas lições práticas
Sessão 9- Total:
Sinto-me realizado em gastar muito tempo no estudo de livros, procurando adquirir
informações mais profundas
Tive a experiência de ser o primeiro a dar sugestões que mais tarde foram muito úteis
Ocupo-me constantemente com verdades bíblicas e com o seu significado para o dia-a-dia
Para mim é muito fácil descobrir, formular e sistematizar fatos que são importantes para a
saúde da igreja
Eu estaria disposto a investir muito tempo no desenvolvimento de novas idéias que
contribuam para o progresso da igreja de Cristo
Tive a experiência de ver líderes de outras igrejas aceitando e colocando em prática as minhas
sugestões
Sinto mais que outros cristãos desejo de me envolver na promoção de unidade entre diferentes
igrejas
Estaria disposto a intermediar situações de conflitos entre diferentes igrejas
Para mim é muito fácil perceber se há áreas na vida de uma pessoa que estão sob domínio
demoníaco
Observações importantes
O teste dos dons poderá não funcionar àquele que possui uma personalidade desajustada, e, por
isso, tem profunda dificuldade em auto-examinar-se.
Não confundir Fé (ver perguntas da Sessão 10) com obstinação. A fé anda em sintonia com a
vontade de Deus e a busca incessantemente. A obstinação procede de rebeldia à vontade do Criador,
ou de uma personalidade neurótica.
Não confundir "Discernimento de Espíritos" com malícia, ou preconceito, o que nos leva a
julgar injustamente as pessoas. Isto é obra da carne, aquele é Dom Espiritual (ver Sessão 11).
Optei por fazer a diferença entre Apóstolo e Missionário para os nossos dias, embora o título
de apóstolo deva estar reservado aos doze, pois o apostolado no Novo Testamento está ligado ao fato
de terem visto a Cristo (I Co 15:8-9).
Cristianismo de baixa qualidade, inerte e indiferente, também alterará o resultado dos dons,
além da influência opressora de outros que tentam transferir seus próprios dons.
O Resultado do Teste
Transporte o total de cada Sessão para o quadro abaixo. Nos Dons que omitimos do Teste por
serem óbvios simplesmente escreva Sim, se você o possuir, e Não, caso contrário.
Profecia Sessão 1
Ministério ou Serviço Sessão 2
Ensino ou de Mestre Sessão 3
Exortação, Encorajamento ou Aconselhamento Sessão 4
Contribuição Sessão 5
Presidência ou Liderança Sessão 6
Misericórdia Sessão 7
Palavra de Sabedoria Sessão 8
Palavra da Ciência, ou de Conhecimento Sessão 9
Fé Sessão 10
Cura
Operação de Maravilhas ou Milagres
Discernimento de Espíritos Sessão 11
Línguas
Interpretação de Línguas
Apóstolo Sessão 12
Socorros ou Ajuda Sessão 13
Governos, ou Organização, ou Administração Sessão 14
Evangelista Sessão 15
Pastor Sessão 16
Expulsão de Demônios Sessão 17
Celibato Sessão 18
Hospitalidade Sessão 19
Intercessão Sessão 20
Habilidade Manual, ou Arte, ou Artesanato
Missionário Transcultural Sessão 21
Louvor ou musicalidade Sessão 22
Visão ou Revelação
(21-25) Indica que você tem um chamado muito especial nesta área
Quais os dons que você imaginava ter e descobriu que não tem?
SÉTIMO ENCONTRO
USANDO OS DONS
Trataremos de algumas orientações quanto ao uso dos Dons Espirituais. Mas antes
escreva abaixo os dons que você tem certeza que possui:
Orientações Importantes
1. Use seus dons a partir de sua comunidade cristã de base: a célula. Lá é seu primeiro e
mais importante lugar de serviço. Os irmãos que congregam com você precisam ser
edificados com os seus dons (I Co 14:26).
2. Use seus dons espirituais em conexão com as verdades estabelecidas na Palavra de
Deus, que visam a ordem e a edificação (I Co 14:27-33, 37).
3. Use seus dons em conexão com a visão de toda a comunidade. Entenda o que a sua
comunidade pretende, aonde ela quer chegar e o que Deus pretende dela. Afinal você
é parte de um único corpo (I Co 12:12).
4. Use seus dons espirituais em conexão com a submissão aos seus líderes. Os seus dons
espirituais não podem ser razão de discórdias e contendas. Eles lhe foram ser usados
em um contexto de Unidade.
5. Use VOCÊ os seus dons e não exija que ninguém seja como você, goste do que você
gosta e faça o que você faz, afinal, dentro do mesmo corpo há muitos membros (I Co
12:14).
6. Use os SEUS DONS e não deseje os dos outros. Todos somos igualmente
importantes. Para que o corpo funcione normalmente todos os membros precisam
fazer sua parte (I Co 12: 22-25). Não super-valorize pessoas por causa de dons que
exibem. Não esqueça que dons são o resultado da Graça Soberana.
7. Use os seus dons PARA A GLÓRIA DE DEUS e para a edificação da igreja. Não para
a sua própria glória e auto-promoção. Os seus dons não são de sua propriedade,
foram-lhe dados "para o que é útil" (I Co12:7).
8. Use seus dons sem esquecer a prioridade máxima da Igreja do Senhor Jesus, a saber:
Ir, Evangelizar e Fazer Discípulos (Mt 28:18-20).
9. Decida APERFEIÇOAR seus dons espirituais através de cursos e treinamentos que a
comunidade lhe oferecerá. O fato da existência dos dons não isenta você de trabalhar
para aperfeiçoá-los.
10. Finalmente, USE os seus dons espirituais. Você é um servo! A atribuição de servo é
servir aos seus irmãos. Não haveria sentido termos vindo até aqui e não decidirmos
servir com os nossos dons (I Pe 4:10b).
11. Localizando um Serviço
12. Leia a relação de serviços práticos e tente descobrir o que se encaixa com os seus
dons, marcando-os.
Descreva abaixo outros possíveis ministérios que você poderá assumir e comunique ao seu
líder pastoral, estando à disposição para seu serviço: