Você está na página 1de 13

©

Neurociência & Educação Especial Copyright 2015 by the Psico & Soma, Livraria, Editora, Formação, Empresas lda.
2015, Vol. 1, nº1, 92 - 104 www.psicosoma.pt | info@psicosoma.pt

PROGRAMA DE NEUROEDUCAÇÃO PARA A FELICIDADE:


UMA REVISÃO TEÓRICA DA NEUROBIOLOGIA DA FELICIDADE

Rodrigues, Fernando
Escola Superior de Tecnologia e Gestão :: Instituto Politécnico de Leiria
PsicoSoma & ICN Agency Research Center
fernando.rodrigues@psicosoma.pt

RESUMO

A Felicidade é um dos temas mais estudados desde a antiga Grécia até aos dias de hoje, assumindo
vários autores que a mesma pode melhorar a nossa qualidade de vida, assim como diminuir os
nossos problemas de saúde mental (Seligman et al., 2005; Kringelbach & Berridge, 2010). Assim,
vários estudos sugerem que várias estruturas cerebrais, tais como os gânglios basais, o córtex
orbitofrontal e o córtex cingulado anterior; e alguns neurotransmissores/hormonas, como por
exemplo, a dopamina, serotonina e oxitocina, entre outros, aumentam a sua atividade quando
se experienciam sentimentos de felicidade. Assim, a presente revisão, propõe um Programa de
Neuroeducação para a Felicidade, baseado na estimulação das estruturas descritas com base
na criação de um programa de estimulação intensivo, que se sugere ser desenvolvido, validado
e aferido, baseado em mudanças comportamentais e de crenças baseados na estimulação
neurobiológica, com aplicabilidade no campo educacional e clínico.

INTRODUÇÃO

O que é a Felicidade? Terá alguma relação com a Também Darwin especulava que as emoções
saúde mental? Desde quando se aborda este tema (nomeadamente as positivas) deveriam ter um
de forma mais científica? É curioso perceber, que papel muito importante na sobrevivência dos
grande parte dos estudos sobre a neurociência mais fortes, que ainda hoje adquirem um papel
da Felicidade começam por abordar o tema preponderante na nossa sobrevivencia (Kovác,
desde Aristóteles (Berridge & Kringelbach, 2011; 2012). Hoje, a Psicologia Positiva acrescenta ao
Kuhn & Gallinat, 2012). Também nós temos prazer e ao desejo, o sentimento de compromisso
que citar Aristóteles, que associava à felicidade e participação na vida, como elementos de base
a hedonia (prazer) e a eudaimonia (uma vida para que exista felicidade (Seligman et al., 2005;
bem vivida), termos estes que perduram na Kringelbach & Berridge, 2010). Mas o que se
Psicologia Positiva (Selingman et al., 2005). entende afinal por Felicidade?

IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
92
Segundo Akhtar (2010), a Felicidade pode ser
classificada em quatro variedades relacionadas e
que, ocasionalmente, se sobrepõem: a felicidade
baseada no prazer (exaltação), a felicidade
baseada na afirmação (alegria), a felicidade
baseada na imersão (êxtase) e felicidade baseada
no compromisso (contentamento). No que se
refere à Felicidade em crianças, o relatório de
Figura 1 - Os ciclos de prazer - Os sujeitos sentem um crescendo
2013 da Unicef, analisa a Felicidade infantil em de prazer à medida que se aproximam do objetivo (DESEJO)
6 dimensões, o Bem-estar Material, a Saúde e e o processo hedónico (PRAZER) atinge o seu pico na fase
Segurança, o Bem-estar Educativo, as Relações final, descendo gradualmente ate ao momento de adaptação
normativa (COMPROMISSO) (traduzido e adaptado de Berridge
com a família e os pares, os Comportamentos e & Kringelbach, 2011)

Riscos e o Bem-Estar Subjetivo. Nesses vetores, Estes indicadores, quando elevados e existentes,
ao analisar os critérios de relações sociais, prática assumem relação com os índices de Felicidade,
de desporto e de brinquedos/entretenimento, ou seja, no processo de identificação do substrato
sugere-se que os países onde as crianças hedónico do “prazer” ou “gostar”, que nos faz
apresentam maiores níveis de Felicidade, se resgatar os dois grandes mecanismos do sistema
refere aos que apostam mais nas relações de recompensa, o “querer” e o “aprender”, que
sociais e prática de desporto e muito menos nos estão relacionados com a felicidade e funcionam
brinquedos/entretenimento, sugerindo assim em processos não conscientes, como numa espécie
que atividade desportiva e as interações podem de hierarquia emaranhada (Smith, et al., 2010).
ter relação com alguns aspetos psicológicos na Krigelbach & Berridge (2009) sugerem que o nosso
perceção da Felicidade (UNICEF, 2013). nível de Felicidade seja o resultado de uma complexa
interação entre os nossos genes, comportamentos
Numa outra perspectiva, o Relatório Mundial e o que está a acontecer nas nossas vidas num
de Felicidade, quando define Felicidade, afirma momento específico no tempo, existindo em
que no que se refere às medidas de bem- cada um de nós uma espécie de “ponto de ajuste
estar subjetivo, a grande distinção existe ao genético” para a felicidade, da mesma forma como
nível das avaliações cognitivas de vida e dos fazemos para o controlar o nosso peso, temos a
relatos emocionais, que por sua vez podem ser capacidade para compensar os níveis de Felicidade.
distinguidos como afetos positivos ou negativos, Outros autores (Leknes & Tracey, 2008; Berridge,
atribuindo às crenças um papel preponderante Robison & Aldridge, 2009; Krigelbach & Berridge,
na perceção da Felicidade (Helliwell, 2012). No 2009; Berridge & Krielbach, 2011) sugerem que os
âmbito deste artigo (não esquecendo outras sentimentos de prazer (ainda que muito simples e
definições, em que se consideram integradas básicos, são entendidos pela neurociência afectiva
na presente), parte-se da definição de Berridge como mecanismos complexos, que estão ligados ao
e Krigelbach (Krigelbach & Berridge, 2009; nosso sistema de recompensa e aparentemente são
Berridge & Kringelbach, 2008; 2010; 2012; 2013) processados de forma idêntica.
em que a Felicidade assume uma espécie de
relação em tríade, que compreende o Desejo No entanto, estimulado por algumas das leituras
(QUERER/EXPECTAR), o Prazer (TER/GOSTAR) acima resumidas, surgem algumas questões, tais
e a Compromisso (APRENDER/AVALIAR), como como, se teremos o poder de tomar conta da nossa
podemos verificar na Figura 1, que representa felicidade, “escolhendo” os nossos pensamentos,
um modelo computacional de recompensa comportamentos e ações (Helliwell, 2012)? Será
que compreende a fase da Expectativa Prevista que se conhecermos as estruturas e neurofisiologia
(DESEJO), a Experienciação/Consumo (PRAZER) e envolvidas no nosso processo de Felicidade,
a Saciedade/Previsão de erro (COMPROMISSO). podemos mediar e aumentar os nossos níveis de
hedonia e eudaimonia (Krigelbach & Berridge,
2009)? Porque será que o deporto e as interações
sociais aumentam a nossa Felicidade e de que
forma os devemos utilizar (UNICEF, 2013)? Será que

93
IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
a Neurociência Afectiva faz sentido na Psicologia Préfrontal Ventromedial, no Striatum Ventral
Positiva e pode ajudar a melhorar os nossos níveis Esquerdo, no Córtex Pregenual, no Cerebelo Direito,
de Felicidade? Ou será como refere Kováč (2012), no Tálamo Esquerdo e no Córtex Cingulado Medial.
que nós somos modulados evolutivamente não Ao mesmo tempo são identificadas correlações
para sermos Felizes, mas para atuar perseguindo o negativas no Giro Précentral Esquerdo, no Cerebelo
“fantasma” da Felicidade, numa tentativa frustrada Direito e no Giro Frontal Inferior Direito.
de atingir uma espécie de arquétipo?
Porém, os mesmos autores, sublinham que as áreas
Na tentativa de criar uma proposta teórica a ser correlacionadas com a agradabilidade e prazer
validada, realizou-se um aprofundar das estruturas são as mesmas que fazem parte do circuito de
relacionadas com a antecipação da recompensa recompensa (o Córtex Orbitofrontal Medial e o
(DESEJO), a perceção de recompensa/ter (PRAZER) Striatum Ventral), sugerindo assim os resultados dos
e a aprendizagem/avaliação (COMPROMISSO), estudos que a avaliação de simpatia ou de prazer, é
assim como alguns neurotransmissores/hormonas um processo automático do ser humano, não sendo
que medeiam estes processos do ponto de vista da processado ou modelado por indicações externas
neurofisiologia, culminando numa proposta tentativa (Kuhn & Gallinat, 2012), logo não pertencendo
de criação de um Programa de Neuroeducação para ao processo consciente, como a maior parte das
a Felicidade (PNF), que se acredita poder ser utilizado emoções, apesar de ser muito preponderante no
em processo terapêuticos de crianças e adultos, em nosso processo de tomada de decisão e na nossa
escolas por professores para aumentar a performance estratégia de vida (Kováč, 2012).
educativa, pelos pais no processo educacional e
pelos indivíduos como estratégia preventiva e Outra sugestão interessante, é sugerida por Krigelbach
tratamento primário de distúrbios mentais (a definir & Berridge em vários estudos publicados (Krigelbach
em enquadramento e aprofundamento futuro. & Berridge,2009; Berridge & Kringelbach, 2008;
2010; 2012; 2013), como surge na figura 2, onde os
mesmos propõem as 3 categorias acima descritas
AS NEUROESTRUTURAS DA FELICIDADE (QUERER, GOSTAR e APRENDER) relacionando com
medidas psicológicas e como é que o sujeito avalia
Existem vários estudos que sugerem diferentes as experiências, correlacionando estas percepções
estruturas relacionadas com a Felicidade. Por com estruturas e circuitos que ativam no nosso
exemplo, um estudo de Kuhn & Gallinat (2012), encéfalo durante este processo perceptivo, medindo
sugere uma correlação positiva com o PRAZER a relação entre o processo de recompensa e a
no Córtex Orbitofrontal (COF) Medial, no Córtex valência hedónica.

Figura 2 - Uma proposta de medição da recompensa e da valência hedónica - Os processos de recompensa hedónica relacionados com o
bem-estar, estando assim relacionados os processos com a recompensa (na primeira coluna) com o QUERER - a importância do incentivo
(branco), o AVALIAR (azul) e o mais relevante, o PRAZER - impacto hedónico (azul claro). Os processos explícitos (sobre base amarelo claro)
são processos conscientes, já por sua vez os processos implícitos (amarelo escuro) são insconscientes, não sendo percebidos pelo sujeito que
os experiencia, transformandos-se mais tarde em sentimentos subjetivos (traduzido e adaptado de Kringelbach & Berridge, 2011).

IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
94
Alguns mecanismos hedónicos dependem de estruturas como os gânglios basais (que incluem o Núcleo
Accumbens (NACc)), e de outras como o COF e o Córtex Cingulado Anterior (CCA). O prazer e os respetivos
circuitos cerebrais (sistemas de recompensa) são também modulados pela ação de neurotransmissores
como por exemplo, a dopamina e serotonina, que desempenham um papel fundamental na ativação
das estruturas e circuitos implicados nos níveis de Felicidade (Kringelbach & Berridge, 2010; Smith et al.,
2010). Outra imagem ilustrativa é a figura 3 onde se explicam alguns tipos de estruturas, como o NACc, o
Pálido Ventral (na perda de prazer) e o COF, e suas implicações no processo do PRAZER.

Figura 3 - Algumas áreas neuronais que desempenham um papel importante no processo de prazer (traduzido e adaptado de
Smith, et al., Hedonic Spots: Generating Sensory Pleasure in the Brain, in Kringelbach & Berridge, 2009)

Desta forma, e com base nos diferentes estudos Núcleo Accumbens (NACc), Estriado/Striatum
acima descritos e reforçados na descrição, (Núcleo Caudado e Putamen), Substantia
sugerem-se como algumas das áreas implicadas Nigra e os Núcleos Subtalâmicos (Fix, 2008).
processo de vivenciação da Felicidade (DESEJO, Dentro destas estruturas existe uma forte rede
PRAZER e COMPROMISSO) as seguintes estruturas de neurónios dopaminérgicos, formando vários
(não querendo descurar outras estruturas sistemas dopaminérgicos agregados, a Área
também importantes, sendo simplificativos, mas Tegmental Ventral (VTA), que se encontra ativa em
não simplistas, optou-se por destacar apenas as experiências/eventos felizes e que proporcionam
presentes), sendo resumidamente enunciadas as prazer (Phan et al., 2002). Outros estudos sobre
seguintes: a felicidade reportam também a ativação dos
gânglios basais através da visualização de faces com
Gânglios Basais - Os núcleos dos gânglios basais, expressões felizes (Whalen et al., 1998; Manstead,
estruturas muito envolvidas no processo de 2008), imagens agradáveis (Lane et al., 1997)
tomada de decisão, aprendizagem e reversão e excitação hedónica/sexual (Redouté et al.,
da aprendizagem (Frank & Clauss, 2006), (sendo 2000). Outro estudo interessante, sugere que a
estruturas mais arcaicas) são compostos pelo felicidade reportada pelos sujeitos era tanto maior

95
IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
quanto a quantidade de dopamina libertada no quer por estimulação elétrica, quer por excitação
NACc (Minamoto, et al., 2012). A antecipação de bioquimica, é mediada pela modulação sináptica que
recompensas também leva a uma maior libertação excita as redes neuronais. Os neurotransmissores,
de dopamina no NACc, ou seja, quanto maior era a como podemos ver na figura 2 acima, têm idêntica
expectativa em torno da recompensa, maior era a relevância, tal como as estruturas. Assim, entendeu-
dopamina libertada no NACc e, consequentemente, se evidenciar apenas alguns neurotransmissores
maior era o grau de felicidade reportado (Knutson (Your Neurochemical Self, n.d.), no sentido de
et al., 2001). fornecer uma explicação mais aprofundada da
figura 2 destacando-se apenas os seguintes:
Córtex Orbitofrontal (COF) -Neuroanatomicamente,
o COF está fortemente ligado ao NACc, sendo outra Glutamato - Este neurotransmissor, implicado no
estrutura envolvida na experiência do prazer que processo de aprendizagem, é vital na potenciação
advém de música, chocolate, drogas e sexo, entre a longo-prazo, ou seja, muito importante para
outras (Kringelbach & Berridge, 2009). O COF é uma a formação de memórias de longo prazo no
estrutura crítica no reforço do comportamento processo sináptico. Existem várias teorias de que
pela recompensa (e também pela) (Burke et al., o consumo de Glutamato Monossódico (presente
2008). Também está envolvido na avaliação da em alguns molhos de comida asiática e usado
atratividade de faces humanas, em que tanto em como tempero em vários pratos), pode aumentar
faces bonitas como em faces com uma expressão os níveis de glutamato no nosso encéfalo, sendo
feliz verificava-se uma ativação do COF (O’Doherty também indicado que o seu excesso pode causar
et al., 2003). danos irreversíveis no encéfalo, uma vez que uma
das mortes neuronais mais comuns se devem à
Córtex Cingulado Anterior (CCA) - Sugere-se a morte por apoptose dos neurónios por excesso
parte rostral do CCA é uma das regiões mais ativas de glutamato (Xiong, Branigan & Li, 2009). No
em estudos de neuroimagiologia sobre a felicidade, entanto o glutamato é essencial na formação de
sendo que o CCA do hemisfério esquerdo do memórias positivas (fundamentais para o processo
cérebro humano é mais ativo na recordação de de felicidade), logo é fundamental a sua existência
memórias felizes e durante a meditação sobre o (sem excessos) no nosso encéfalo (U.S.FDA, n/d).
amor (Suffren, Braun & Devinsky, 2011). Outra
sugestão da relação do CCA surge no processo de Dopamina - Este neurotransmissor é libertado
predicção de erros e na atribuição de expectativa, no organismo, de forma natural, quando existe
fazendo uma espécie de relação entre o que é uma experiência agradável, fazendo com que esta
esperado e o que é recebido, proporcionando substância comece a “viajar” entre os neurónios,
uma avaliação fundamental nas decisões futuras gerando uma sensação de prazer (assim como o
(Beckmann et al. 2009; Behrens, et al., 2007). aumento de outros tipos de neurotransmissores,
como por exemplo a acetilcolina), aumentando os
Outra componente importante na ativação/ níveis de vigília e memória. O aumento de níveis
excitação de estruturas, refere-se à componente de dopamina estão relacionados com a cognição
psicofisiológica, e nesse sentido, explicam-se alguns (Arnsten & Paspalas, 2012), prazer e bem-estar
dos neurotransmissores/hormonas implicados na (Arias & Pöppel, 2007), apetite (Stahl, et al., 2002) e
ativação de algumas estruturas e/ou no processo com as dependências e distúrbios aditivos (Nestler
de vivênciação de valência hedónica. & Malenka, 2004), os processos de recompensa,
quer nas novas experiências de surpresa agradáveis,
ALGUNS NEUROTRANSMISSORES E quer nos processos de prazer antecipatório
HORMONAS DA FELICIDADE (Schultz, 2002; Matsumoto & Hikosaka, 2009).
Porém, também está relacionada com a deteção
Tão importante como as estruturas funcionais de erros ou previsão de perdas (antecipação de
(componente de “hardware mental”)são os perda), inibindo os neurónios dopaminérgicos de
neurotransmissores e a neurofisiologia (componente disparar (Schultz, 2002; Bardgett, et al., 2009). Com
de “software mental”), pois a informação que chega baixos níveis de dopamina, sugere-se tendência

IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
96
a ter menos interesse na aprendizagem ou a nossa capacidade de nos “sentirmos bem” e
experimentar coisas novas e diferentes, diminuindo sentimentos de segurança (Kosfeld et al., 2005).
a motivação e a memorização/evocação (Flagel Apesar de não existirem muitos estudos conhecidos
et al., 2010). Quando os sujeitos encontram que infiram alterações comportamentais com os
uma recompensa maior do que a esperada, os níveis de oxitocina, alguns estudos sugerem que a
neurónios dopaminérgicos disparam com maior mesma interfere com a nossa forma de pensar/decidir
intensidade, diminuindo consequentemente o e com a valência emocional (positiva ou negativa) em
desejo e a motivação para prosseguir no atingir diferentes níveis, como é o caso dos processos de
da recompensa, pois já atingiram o pico (como empatia, por exemplo (Zak et al., 2007). Também
ilustra a figura 1), logo o “esquecer”, torna-se uma denominada à algum tempo atrás de “hormona do
função vital do processo mnésico, necessário para amor”, está relacionada em vários estudos com os
a “reversão da aprendizagem”, assim como para níveis de confiança, a vinculação, a ansiedade e a
a indexação das memórias mais importantes e compreensão social (Kosfeld et al., 2005; Lane et
utilizadas no nosso quotidiano (Flagel et al., 2010). al., 2013). Sugere-se ainda que, maiores níveis de
Aparentemente, funciona como uma espécie de oxitocina possam ajudar os sujeitos a estabelecer
mecanismo de reciclagem que degrada as memórias relações mais facilmente, incluindo relações de
que são raramente evocadas, num processo que todos os tipos, tais como a deteção de expressões
se denomina de “consolidação mnésica”, onde os emocionais tornando as faces em memórias familiares
mecanismos modelados por dopamina protegem (Rimmele et al., 2009), relações mãe-filho(a) até às
as memórias mais importantes e emocionais ligadas relações de namoro e escolha dos pares (Marazziti
ao processo de recompensa ou detecção de erros et al., 2006; 2007), comportamento sexual e social
(as memórias mais felizes e as mais infelizes) (Berry no grupo de amigos (Scheele et al., 2012) e relações
et al., 2012). de confiança (Lane et al., 2013). No entanto, estudos
recentes, também sugerem que a oxitocina pode
Serotonina - A serotonina é um neurotransmissor desempenhar um papel de afastamento. Se estamos
que modula os estados de humor, uma vez que é numa relação positiva (por exemplo, numa relação
responsável por sensações de bem-estar e felicidade. conjugal), os elevados níveis de oxitocina fortalecem
Está implicada nos processos de memorização, essa relação e intensificam-na, porém, se a relação
bem-estar, quando sorrimos espontaneamente não é positiva, os mesmos níveis elevados de oxitocina
(Young, 2007; Rose’Meyer, 2013), disponibilidade podem afastar os parceiros ainda mais, uma vez
para reprodução e dominância social (Rose’Meyer, que estes níveis mais elevados vão estimular a que
2013). Os níveis de serotonina podem aumentar estes procurem outra relação de confiança (ainda
pelo consumo de aspartame (200-800 mg/kg), o que que seja nos amigos) (Ayers et al., 2011; Oxytocin’s
faz com que diminuam os níveis de agressividade other side, n.d.). O mesmo acontece nas relações
(Goerss, Wagner & Hill, 2000). A serotonina aparenta entre amigos, entre professor-aluno, entre terapeuta-
desempenhar assim o papel de um neurotransmissor paciente. Além disso, maiores níveis de oxitocina
funcional (Sansone & Sansone, 2013). As mulheres também podem proteger contra hormonas aliadas
apresentam mais receptores de serotonina e menor ao stresse (como o cortisol), fornecendo aos sujeitos
potencial nos disparos no hipocampo, o que aumenta maior autoconfiança e diminuindo os medos/fobias,
a diferença nos estados de humor entre género além de promover o crescimento de novos neurónios
(Jovanovic et al., 2008). reprimindo os efeitos “supressores” gerados pelo
stresse (Leuner, Caponiti & Gould, 2011).
Oxitocina - Estimula as sensações de confiança e é
libertada quando se verifica algum tipo de contacto
humano mais afável e amoroso, como carinhos, Cortisol - O cortisol é produzido quando
abraços e beijos, assim como outros mais excitantes, experimentamos situações de stresse e elevada
como os orgasmos (Carmichael et al., 1994). Como ansiedade. Estudos sugerem que elevados níveis de
neurotransmissor (pode funcionar como hormona cortisol podem interferir com a função hipocampal,
ou neurotransmissor) está associado aos vínculos que é crucial para a aprendizagem e memorização/
afetivos entre pais e filhos, está relacionada com evocação de memórias (Buchanan & Tranel, 2008).

97
IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Quando o nosso encéfalo está exposto a situações identificadas e a libertação de neurotransmissores
de elevado stresse durante longos períodos de com exercícios de treino baseadas em alguns dos
tempo, particularmente nos homens, podem gerar- seguintes presupostos:
se lesões irreversíveis no hipocampo, prejudicando
gravemente a nossa capacidade de aprender 1. Implementar uma prática regular de exercício
coisas novas (Kuhlmann, 2005). Quando existem físico. Para além dos benefícios do desporto para a
níveis elevados de cortisol, o nosso encéfalo fica saúde e desenvolvimento pessoal, a atividade física
impedido de “resgatar memórias” de forma eficaz, promove a libertação de dopamina e serotonina no
o que se pode tornar um problema grave quando, cérebro humano (Dunn & Dishman, 1991; Foley, T.,
por exemplo, um aluno está sob níveis elevados n.d.) entre outras monoaminas e neurotransmissores
de stresse ao realizar um exame. Por isso é que que estimulam áreas irrigadas pelos circuitos de
estudar até tarde, sugere-se que prejudique os domanina e serotonina (Meeusen & Meirleir, 1995);
ciclos de sono, podendo ser mais prejudicial do que
benéfico, pois ao aumentar os níveis de cortisol 2. Aumentar o contacto com a natureza e a exposição
no dia seguinte, pode afetar a capacidade de à luz solar. A luz solar, além de ser um importante
aprender e derecordar (Leproult et al., 1997). Os estimulante da produção de serotonina, diminui
elevados níveis de cortisol também têm sido ligados sintomatologia associada a estados depressivos e
ao aumento de peso. Alguns estudos sugerem ansiosos (Fraikin et al., 1989; Lambert et al., 2002;
que mulheres com maior gordura na sua zona Sansone & Sansone, 2013);
abdominal podem experienciar maiores níveis de
stresse e de cortisol, o que também pode interferir 3. O amor, carinho e apoio da família ou do
com a capacidade de aprendizagem e de resgate de grupo. É uma componente absolutamente vital
memórias, assim como os fumadores que deixam para o desenvolvimento neuronal, pois liberta
de fumar podem aumentar de peso por aumento oxitocina promovendo o bem-estar e equilíbrio
dos níveis de cortisol (ansiedade) e afetividade emocional (Van Kesteren, 1995), as relações estáveis
negativa (Koopmann et al., 2011). e a atividade nos centros de recompensa do NACc
e aumentando também a libertação de dopamina
Neste sentido, e suportado pelos estudos (Giuliano & Allard, 2001) sugerindo que melhoram
evidenciados, acredita-se que se pode tangibilizar também as relações de casal e sociais (Campi et al.,
numa série de exercícios/atividades, a estabilizar 2014);
metodologicamente posteriormente num
programa de execução regular, a ser validado para 4. Promover o elogio pelo esforço e não pela
as populações em estudo, um plano de treino que inteligência/sucesso. As crianças que são
estimule as zonas neuronais acima descritas e que maioritariamente elogiadas pelos seus resultados
potencie a produção (controlada) de alguns dos bem sucedidos têm mais dificuldades em lidar com
neurotransmissores acima descritos. situações de fracasso, enquanto que crianças que
são elogiadas pelo seu esforço e dedicação estão
PROPOSTA PARA O DESENVOLVIMENTO DO mais dispostas a aceitar novos desafios, com maior
PNF - PROGRAMA DE NEUROEDUCAÇÃO PARA motivação (Kupfer et al., 2010). A aprendizagem
A FELICIDADE por reforço aumenta também os sistemas de
recompensa e melhora a reversão da aprendizagem
Então, com base nos estudos propõe-se o modelo (capacidade de aprender e modificar aprendizagens
do PNF- Programa Neuroeducação para a Felicidade. antigas) (Frank & Clauss, 2006).
Toda a vertente metodológica do programa, deverá
ser aferida para populações específicas e validada 5. Estimular uma cultura de otimismo e positivismo.
a sua eficácia. Assim, propõe-se a criação de um Este processo deve acontecer o mais cedo possível na
programa regular, com sessões destinadas ao nossa vida, para que a criança possa enfrentar novos
trabalho psicoterapêutico, o processo de estimulação problemas e desafios sem receios (Kupfer et al.,
endócrino, o trabalho físico-psicosomotor, entre 2010). Carr (2004), sugere que os comportamentos
outras, devendo estimular as zonas específicas acima orientados a incentivos positivos e de afiliação,

IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
98
aumentam os níveis de Felicidade. Outro estudo 2010). Vários estudos com neuroimagiologia em
interessante mostra que optimismo melhora as humanos mostram que existem ativações no
relações sociais nas mulheres, aumentando os estriado com vários estímulos sociais, como por
níveis de oxitocina e opióides endógenos, o que exemplo a visualização de caras bonitas (Aharon
faz aumentar a sua segurança e extroversão (Taylor, et al., 2001), expressões emocionais positivas
Dickerson & Klein, 2002); (Rademacher et al., 2010), a reputação social
própria (Izuma, Saito & Sadato, 2008) e com o
6. Incentivar a partilha/gestos de bondade e amor romântico ou materno (Bartels & Zeki, 2000;
caridade. Ajudar os outros e partilhar algo com 2004).
amigos, familiares e colegas é uma das formas
mais genuínas de ser feliz, não só porque a 9. Aprender a desfrutar/saborear as “pequenas”
felicidade de dar é maior do que a felicidade de coisas boas. Mesmo que não sejam muito
receber, mas também porque partilhar e ajudar significativas, ao desfrutar das experiências e
quem mais precisa através de gestos de caridade saborear os pequenos momentos da vida
estimula a libertação de dopamina (Jenner et aumentamos os níveis de felicidade e o otimismo/
al., 1980; Maalouf, 2003; Hamilton, 2010). Um satisfação com a vida (Bryant, Smart & King, 2005).
estudo recente sugere que os cuidados altruistas, A antecipação de coisas positivas e o seu saborear,
resultam em melhores níveis de saúde surtindo assim como a antecipação do feedback social
melhor efeito do que as aspirinas na redução de positivo, aumenta a atividade no nosso NACc, no
um ataque cardíaco, assim como na mortalidade Putamen e nos Núcleos Talâmicos (Spreckelmeyer
masculina de forma geral (Kelley et al., 2014). A et al., 2009);
meditação sobre compaixão ativa o COF Esquerdo
e isso cria um impulso mais duradouro para a 10. Proporcionar significado e objetivos à vida.
sensação de felicidade num estudo realizado com As pessoas com maior significado de vida são
monges budistas (Baumeister, 2012); mais felizes e estão mais satisfeitas com a vida.
Daí que seja essencial proporcionar aos sujeitos
7. Não punir/lamentar os erros. O erro é uma experiências para que possam descobrir os seus
etapa fundamental no processo de aprendizagem talentos e interesses (Steger & Kashdan, 2013).
e na aquisição de experiências, pelo que deve ser Quando nos falta um objetivo de vida, entendido
encarado como algo que será benéfico no futuro, como uma recompensa natural (como o sexo),
relegando para segundo plano as consequências existe uma maior
no probabilidade de desistir da vida e de consumir
curto prazo. Esta é a diferença entre punir e drogas, sugerido pelo decréscimo dos níveis de
disciplinar… o erro ativa o CCA aumentando os dopamina e serotonina (Pitchers et al., 2013).
níveis de dopamina no acerto e inibindo no
erro, fazendo a predição de erros um processo De forma resumida, o programa PNF, deve priveligiar
extremamente importante para evitar erros e 5 vetores fundamentais que devem ser incentivados
perdas futuras. (Holroyd et al., 2009; Glimcher, ao longo de todo o programa e que se passam a
2011); sintetizar:

8. Incentivar as interações sociais e desenvolver A. SABOREAR - Saborear a vida, percebendo as


a empatia (capacidade para identificar e coisas boas à nossa volta e prolongar/intensificar
compreender estados emocionais noutras o prazer do momento, tornando uma experiência
pessoas). Os sujeitos com maior pré-disposição prazerosa durar o maior tempo possível. Se estamos
para interagir com outros têm mais receptores de a preparar uma refeição, fazer uma pausa para
dopamina e oxitocina sendo pessoas mais felizes admirar, por exemplo, o pôr do sol, se estamos a
(Bakerville & Douglas, 2010). Interagir com terceiros fazer uma tarefa aborrecida com os alunos, pode
é recompensante e aumenta a probabilidade de fazer-se um jogo com uma piada, e talvez, esta
os sujeitos serem bem-sucedidos no futuro, quer prática e paixão, se tornem um hábito enraizado no
a nível pessoal, quer a nível profissional (Krach, nosso modus operandi. As pessoas que desfrutam

99
IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
de pequenos momentos regularmente são mais experiências. Por exemplo, num estudo realizado por
felizes, mais otimistas e mais satisfeitos com a vida. Sheldon e Lyubomirsky (2007), pediram aos alunos
para cometer cinco atos aleatórios de bondade
• Podemos saborear o passado (por relembrar) por semana durante 6 semanas. Aqueles que se
• Podemos saborear o futuro (pelo antecipar envolveram em atos de bondade aumentaram 42%
positivo) os seus níveis de felicidade. Este estudo sugere que
• Podemos saborear o presente (pela consciência) se pode ser mais feliz quando gastamos dinheiro com
(Bryant, Smart & King, 2005). outras pessoas do que connosco mesmos. Mesmo
apenas refletir sobre coisas boas que fizemos a
Saborear com outras pessoas, concentrar-se sobre outras pessoas pode aumentar o nosso humor
o significado de uma atividade, introduzir humor no (Sheldon & Lyubomirsky, 2007). Quando damos algo
que faz e escrever sobre sua experiência (Bryant & que sentimos ser nosso, aumenta a satisfação com
Veroff, 2007). a vida, a auto-realização, o bem estar, a “sorte” e
a saúde física, diminui a idade de mortalidade e os
B. AGRADECER - Aprender a apreciar o mundo índices depressivos (Post & Neimark, 2007).
aumenta o otimismo e auto-confiança, sabendo
que os outros estão lá para nós. Aprofundar dos E. EMPATIZAR - Empatia é a capacidade de imaginar
relacionamentos com os entes queridos e expressar e entender os pensamentos, comportamentos ou
gratidão a alguém, dando carinho e gratidão em ideias de outros, incluindo aqueles que são diferentes
troca. Por exemplo, pessoas que escreveram cartas de dos nossos. Ao sentir empatia com os outros os
agradecimento a alguém a que nunca agradeceram sujeitos tendem a tornar-se menos críticos, menos
corretamente aumentaram os seus níveis de frustrados, irritados ou decepcionados (Seligman et
felicidade, diminuindo os sintomas depressivos al., 2005). Também tendem a solidificar os laços com
(Seligman et al., 2005). A prática da gratidão pode as pessoas mais próximas. Ao ouvir os pontos de vista
aumentar os níveis de felicidade em cerca de 25%. dos outros, eles são mais propensos a ouvir o nosso
Por exemplo, uma criança pode escrever um diário (Diener & Seligman, 2004). A compaixão é uma
de gratidão em que em 3 semanas pode criar um capacidade que todos podem aprender e a a sua
efeito que pode durar cerca de 6 meses (Seligman prática promove a neurplasticidade alterando redes
et al., 2005). Cultivar a gratidão traz outros efeitos neuronais (Davidson & Mcewen, 2012). Sugere-
sobre a saúde, como mais e melhor tempo de sono se que as pessoas que têm mais auto-compaixão
de qualidade (Emmons, 2007; Froh et al., 2011). levam vidas mais saudáveis e mais produtivas do que
aquelas que são mais auto-críticas (Neff & Beretvas,
C. DESEJAR - Sentir-se esperançoso, ter um objetivo, 2012).
ser optimista, criando um significado para a sua
vida torna os sujeitos mais felizes e mais satisfeitos A fórmula para medição do Índice Diário de
com a vida (Steger & Kashdan, 2013). O optimismo Felicidade. Este programa, que se sugere a aplicação
genuíno atrai pessoas. Torna os objetivos atingíveis durante 21 dias (tempo que demora a gerar novas
e os desafios mais fáceis de superar. Uma pessoa redes neuronais com potenciais de ação próprios
com esperança e que acredita, tem menos stresse no hipocampo) (Mistry, 2002), pode ser avaliada no
e aumenta a auto-estima e vitalidade. Pessoas que impacto da sua aplicaçao pela seguinte formula:
imaginam o seu futuro com optimismo aumentam
os níveis de felicidade durante 6 meses (Seligman et
al., 2005).

D. DAR e PARTILHAR- Ao dar algo a alguém, tornam-


se os outros mais felizes, mas quem dá vivencia
maiores níveis de felicidade do que o que recebe.
Vários estudos mostram que ser gentil não só nos faz
sentir menos stressados, mas também mais felizes,
mais ligados ao mundo e mais abertos a novas

IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
100
Como sugestão futura, propõe-se que estes níveis Oxytocin Reduces Background Anxiety in a Fear-Potentiated
sejam validados e aferidos para as populações Startle Paradigm: Peripheral vs Central Administration.
normativas em conjunto com o programa de Neuropsychopharmacology, 36(12), 2488-2497. doi: 10.1038/
implementação estratégica para o atingir destes npp.2011.138
níveis, criando ferramentas de registo e monitorização Bardgett, M. E., Depenbrock, M., Downs, N., Points, M.,
adequadas ao processo de monitorização. & Green, L. (2009, 12). Dopamine modulates effort-based
decision making in rats. Behavioral Neuroscience, 123(2), 242-
251. doi: 10.1037/a0014625
CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA Bartels, A., & Zeki, S. (2000, 12). The neural basis of romantic
ESTUDOS FUTUROS love. NeuroReport, 11(17), 3829-3834. doi: 10.1097/00001756-
200011270-00046
Sugere-se assim, após a proposta de criação do Bartels, A., & Zeki, S. (2004, 12). The neural correlates of
presente programa, a sua aferição e validação com maternal and romantic love. NeuroImage, 21(3), 1155-1166.
sujeitos em contexto real, salientando a necessidade doi: 10.1016/j.neuroimage.2003.11.003
de criar um modelo “estanque”, para que em futuras Baskerville, T. A., & Douglas, A. J. (2010, 12). Dopamine
investigações a aferição e aplicação do presente and Oxytocin Interactions Underlying Behaviors: Potential
PNF - Programa de Neuroeducação para a Felicidade Contributions to Behavioral Disorders. CNS Neuroscience
possa ser replicado em diferentes populações e em & Therapeutics, 16(3), E92-E123. doi: 10.1111/j.1755-
diferentes contextos, com avaliação do impacto 5949.2010.00154.x
na aprendizagem e qualidade de vida familiar das Baumeister, H. (2012, 12). Unsound interpretation of findings
crianças e adultos envolvidos neste programa. on a measurement bias in antidepressant drug research.
Acta Psychiatrica Scandinavica, No-No. doi: 10.1111/j.1600-
Sendo este estudo uma revisão puramente teórica, 0447.2012.01843.x
carece de validação em populações normativas, Beckmann, M., JohansenBerg, H., & Rushworth, M. F. (2009, 12).
sugerindo assim a futuros investigadores, numa ConnectivityBased Parcellation of Human Cingulate Cortex and
primeira fase a estabilização do programa baseado Its Relation to Functional Specialization. Journal of Neuroscience,
nas premissas acima descritas, a sua aplicação nas 29(4), 11751190. doi: 10.1523/JNEUROSCI.332808.2009
diferentes populações (crianças, jovens, adultos e Behrens, T. E., Woolrich, M. W., Walton, M. E., & Rushworth, M.
seniores) no sentido de validar o impacto real do F. (2007, 12). Learning the value of information in an uncertain
world. Nature Neuroscience, 10(9), 12141221. doi: 10.1038/
modelo e suas limitações, salientando que todas
nn1954
as propostas surgem de validação científica de
Berridge, K. C., & Kringelbach, M. L. (2008, 12). Affective
necessidades da prática clínica/educacional relatadas
neuroscience of pleasure: Reward in humans and animals.
pelos profissionais em causa.
Psychopharmacology, 199(3), 457-480. doi: 10.1007/s00213-
008-1099-6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Berridge, K. C., & Kringelbach, M. L. (2011, 12). Building
a neuroscience of pleasure and well-being. Psychology of
Aharon, I., Etcoff, N., Ariely, D., Chabris, C. F., O’connor, E., Well-Being: Theory, Research and Practice, 1(1), 3. doi:
& Breiter, H. C. (2001, 12). Beautiful Faces Have Variable 10.1186/2211-1522-1-3
Reward Value. Neuron,32(3), 537551. doi: 10.1016/S08966273 Berridge, K. C., & Kringelbach, M. L. (2013, 12). Neuroscience of
(01)004913 affect: Brain mechanisms of pleasure and displeasure. Current
Akhtar, S. (2010, 12). Happiness: Origins, Forms, and Technical Opinion in Neurobiology, 23(3), 294-303. doi: 10.1016/j.
Relevance. The American Journal of Psychoanalysis, 70(3), 219- conb.2013.01.017
244. doi: 10.1057/ajp.2010.13 Berridge, K., Robinson, T. & Aldridge, J. (2009). Dissecting
Arias-Carrión, O. & Poppel, E. (2007). Dopamine, learning and components of reward: ‘liking’, ‘wanting’, and learning. Current
reward-seeking behavior. Acta Neurobiologiae Experimentalis, Opinion in Pharmacology, 9, 65–73.
67(4), 481-8. Berry, J., Cervantes-Sandoval, I., Nicholas, E., & Davis, R.
Arnsten, A., Wang, M., & Paspalas, C. (2012, 12). (2012, 12). Dopamine Is Required for Learning and Forgetting
Neuromodulation of Thought: Flexibilities and Vulnerabilities in in Drosophila. Neuron, 74(3), 530-542. doi: 10.1016/j.
Prefrontal Cortical Network Synapses. Neuron, 76(1), 223-239. neuron.2012.04.007
doi: 10.1016/j.neuron.2012.08.038 Bryant, F. B., & Veroff, J. (2007). Savoring: A new model of
Ayers, L. W., Missig, G., Schulkin, J., & Rosen, J. B. (2011, 12). positive experience. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates.

101
IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Bryant, F. B., Smart, C. M., & King, S. P. (2005, 12). Using the learning, decision making, and reversal. Psychological Review,
Past to Enhance the Present: Boosting Happiness Through 113(2), 300-326. doi: 10.1037/0033-295X.113.2.300
Positive Reminiscence. Journal of Happiness Studies, 6(3), 227- Froh, J. J., Fan, J., Emmons, R. A., Bono, G., Huebner, E.
260. doi: 10.1007/s10902-005-3889-4 S., & Watkins, P. (2011, 12). Measuring gratitude in youth:
Buchanan, T. W., & Tranel, D. (2008, 12). Stress and emotional Assessing the psychometric properties of adult gratitude scales
memory retrieval: Effects of sex and cortisol response. in children and adolescents. Psychological Assessment, 23(2),
Neurobiology of Learning and Memory, 89(2), 134-141. doi: 311-324. doi: 10.1037/a0021590
10.1016/j.nlm.2007.07.003 Giuliano, F., & Allard, J. (2001, 12). Dopamine and Male
Burke, K. A., Franz, T. M., Miller, D. N., & Schoenbaum, G. Sexual Function. European Urology, 40(6), 601-608. doi:
(2008, 12). The role of the orbitofrontal cortex in the pursuit of 10.1159/000049844
happiness and more specific rewards. Nature, 454(7202), 340- Glimcher, P. W. (2011, 01). Colloquium Paper: Understanding
344. doi: 10.1038/nature06993 dopamine and reinforcement learning: The dopamine reward
Campi, K. L., Greenberg, G. D., Kapoor, A., Ziegler, T. E., & prediction error hypothesis. Proceedings of the National
Trainor, B. C. (2014, 12). Sex differences in effects of dopamine Academy of Sciences, 108(Supplement_3), 15647-15654. doi:
D1 receptors on social withdrawal. Neuropharmacology, 77, 10.1073/pnas.1014269108
208-216. doi: 10.1016/j.neuropharm.2013.09.026 Goerss, A. L., Wagner, G. C., & Hill, W. L. (2000, 12). Acute
Carmichael, M. S., Warburton, V. L., Dixen, J., & Davidson, J. M. effects of aspartame on aggression and neurochemistry of
(1994, 12). Relationships among cardiovascular, muscular, and rats. Life Sciences, 67(11), 1325-1329. doi: 10.1016/S0024-
oxytocin responses during human sexual activity. Archives of 3205(00)00723-2
Sexual Behavior, 23(1), 59-79. doi: 10.1007/BF01541618 Hamilton, D. R. (2010). Why kindness is good for you. London:
Carr, A. (2004). Positive psychology: The science of happiness Hay House.
and human strengths. Hove: Brunner-Routledge. Helliwell, J. F. (2012). World happiness report. New York, NY:
Davidson, R. J., & Mcewen, B. S. (2012, 12). Social influences Earth Institute, Columbia University.
on neuroplasticity: Stress and interventions to promote well- Holroyd, C. B., Krigolson, O. E., Baker, R., Lee, S., & Gibson,
being. Nature Neuroscience, 15(5), 689-695. doi: 10.1038/ J. (2009, 12). When is an error not a prediction error?
nn.3093 An electrophysiological investigation. Cognitive, Affective, &
Diener, E., & Seligman, M. E. (2004, 12). Beyond Money: Toward Behavioral Neuroscience, 9(1), 59-70. doi: 10.3758/CABN.9.1.59
an Economy of Well-Being. Psychological Science in the Public Izuma, K., Saito, D. N., & Sadato, N. (2008, 12). Processing of
Interest, 5(1), 1-31. doi: 10.1111/j.0963-7214.2004.00501001.x Social and Monetary Rewards in the Human Striatum. Neuron,
Dunn, A. L., & Dishman, R. K. (1991, 12). 2 Exercise and 58(2), 284-294. doi: 10.1016/j.neuron.2008.03.020
the Neurobiology of Depression. Exercise and Sport Sciences Jenner, P., Clow, A., Reavill, C., Theodorou, A., & Marsden, C. D.
Reviews, 19(1), 41???98. doi: 10.1249/00003677-199101000- (1980, 12). Stereoselective actions of substituted benzamide
00002 drugs on cerebral dopamine mechanisms. Journal of Pharmacy
Emmons, R. A. (2007). Thanks!: How the new science of and Pharmacology, 32(1), 39-44. doi: 10.1111/j.2042-
gratitude can make you happier. Boston: Houghton Mifflin. 7158.1980.tb12842.x
Fix, J. D., & Brueckner, J. K. (2009). High-yield neuroanatomy. Jovanovic, H., Lundberg, J., Karlsson, P., Cerin, Å, Saijo, T.,
Philadelphia: Wolters Kluwer Health/Lippincott Williams & Varrone, A., ... Nordström, A. (2008, 12). Sex differences in the
Wilkins. serotonin 1A receptor and serotonin transporter binding in the
Fix, J. D. (2008). Neuroanatomy. Philadelphia: Wolters Kluwer/ human brain measured by PET. NeuroImage, 39(3), 1408-1419.
Lippincott Williams & Wilkins. doi: 10.1016/j.neuroimage.2007.10.016
Flagel, S. B., Clark, J. J., Robinson, T. E., Mayo, L., Czuj, A., Kelley, J., Kraft-Todd, G., Schapira, L., Kossowsky, J., Riess, H.
Willuhn, I., ... Akil, H. (2010, 12). A selective role for dopamine (2014). The Influence of the Patient-Clinician Relationship on
in stimulus–reward learning. Nature, 469(7328), 53-57. doi: Healthcare Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis
10.1038/nature09588 of Randomized Controlled Trials. PLoS ONE 9(4): e94207.
Foley, T. E. (n.d.). The neurobiology of exercise. doi:10.1371/journal.pone.0094207
Fraikin, G. Y., Strakhovskaya, M. G., Ivanova, E. V., & Rubin, Knutson, B., Fong, G. W., Adams, C. M., Varner, J. L., & Hommer,
A. B. (1989, 12). Near-Uv Activation Of Enzymatic Conversion D. (2001, 12). Dissociation of reward anticipation and outcome
Of 5-Hydroxytryptophan To Serotonin. Photochemistry and with event-related fMRI. Neuroreport, 12(17), 3683-3687. doi:
Photobiology, 49(4), 475-477. doi: 10.1111/j.1751-1097.1989. 10.1097/00001756-200112040-00016
tb09197.x Koopmann, A., Dinter, C., Grosshans, M., Goltz, C. V., Hentschel,
Frank, M. J., & Claus, E. D. (2006, 12). Anatomy of a decision: R., Dahmen, N., ... Kiefer, F. (2011, 12). Psychological and
Striato-orbitofrontal interactions in reinforcement hormonal features of smokers at risk to gain weight after

IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
102
smoking cessation — Results of a multicenter study. Hormones 10.1002/hipo.20947
and Behavior, 60(1), 58-64. doi: 10.1016/j.yhbeh.2011.02.013 Maalouf, J. (2003). The healing power of kindness. Mystic, CT:
Kosfeld, M., Heinrichs, M., Zak, P. J., Fischbacher, U., & Fehr, Twenty-Third Publications.
E. (2005, 12). Oxytocin increases trust in humans. Nature, Manstead, A. S. (2008). Psychology of emotions. Los Angeles:
435(7042), 673-676. doi: 10.1038/nature03701 SAGE.
Kováč, L. (2012, 12). The biology of happiness. EMBO Reports, Marazziti, D., Dell’Osso, B., Baroni, S., Mungai, F., Catena, M.,
13(4), 297-302. doi: 10.1038/embor.2012.26 Rucci, P., … Dell’Osso, L. (2006). A relationship
Krach, S. (2010, 12). The rewarding nature of social interactions. between oxytocin and anxiety of romantic attachment. Clinical
Frontiers in Behavioral Neuroscience. doi: 10.3389/ Practice and Epidemiology in Mental Health : CP &
fnbeh.2010.00022 EMH, 2, 28. doi:10.1186/1745-0179-2-28
Kringelbach, M. L., & Berridge, K. C. (2009). Pleasures of the Marazziti, D., Baroni, S., Catena, M., Picchetti, M., Carlini,
brain. New York: Oxford University Press. M., Giannaccini, G., ... Dell’osso, L. (2007, 12). A relationship
Kringelbach, M. L., & Berridge, K. C. (2009, 12). Towards between social anxiety and oxytocin. European Psychiatry, 22,
a functional neuroanatomy of pleasure and happiness. S281-S282. doi: 10.1016/j.eurpsy.2007.01.951
Trends in Cognitive Sciences, 13(11), 479-487. doi: 10.1016/j. Matsumoto, M., & Hikosaka, O. (2009, 12). Two types of
tics.2009.08.006 dopamine neuron distinctly convey positive and negative
Kringelbach, M. L., & Berridge, K. C. (2010). The Neuroscience motivational signals. Nature, 459(7248), 837-841. doi: 10.1038/
of Happiness and Pleasure. Social Research, 77(2), 659–678. nature08028
Kuhlmann, S. (2005, 12). Impaired Memory Retrieval Meeusen, R., & Meirleir, K. D. (1995, 12). Exercise and Brain
after Psychosocial Stress in Healthy Young Men. Journal Neurotransmission. Sports Medicine, 20(3), 160-188. doi:
of Neuroscience, 25(11), 2977-2982. doi: 10.1523/ 10.2165/00007256-199520030-00004
JNEUROSCI.5139-04.2005 Minamoto, T., Osaka, M., Engle, R. W., & Osaka, N. (2012, 12).
Kupfer, M. C., Costa, B. H., Césaris, D. M., Cardoso, F. F., Incidental encoding of goal irrelevant information is associated
Ornellas, M. D., Bastos, M. B., ... Palhares, O. (2010, 12). A with insufficient engagement of the dorsal frontal cortex and
produção brasileira no campo das articulações entre psicanálise the inferior parietal cortex. Brain Research, 1429, 82-97. doi:
e educação a partir de 1980. Estilos Da Clinica, 15(2), 284. doi: 10.1016/j.brainres.2011.10.034
10.11606/issn.1981-1624.v15i2p284-305 Mistry, S. K. “Cultured Rat Hippocampal Neural Progenitors
Kühn, S., & Gallinat, J. (2012, 12). The neural correlates of Generate Spontaneously Active Neural Networks.”Proceedings
subjective pleasantness. NeuroImage, 61(1), 289-294. doi: of the National Academy of Sciences 99.3 (2002): 1621-626.
10.1016/j.neuroimage.2012.02.065 Print.
Lambert, G., Reid, C., Kaye, D., Jennings, G., & Esler, M. (2002, Neff, K. D., & Beretvas, S. N. (2012, 12). The Role of Self-
12). Effect of sunlight and season on serotonin turnover in the compassion in Romantic Relationships. Self and Identity, 1-21.
brain. The Lancet, 360(9348), 1840-1842. doi: 10.1016/S0140- doi: 10.1080/15298868.2011.639548
6736(02)11737-5 Nestler, E. J., & Malenka, R. C. (2004, 12). The Addicted
Lane, A., Luminet, O., Rimé, B., Gross, J. J., Timary, P. D., & Brain. Scientific American, 290(3), 78-85. doi: 10.1038/
Mikolajczak, M. (2013, 12). Oxytocin increases willingness to scientificamerican0304-78
socially share one’s emotions. International Journal of Psychology, Oxytocin’s other side. (n.d.). Retrieved November 30, 2014,
48(4), 676-681. doi: 10.1080/00207594.2012.677540 from http://www.apa.org/monitor/2011/03/oxytocin.aspx
Lane, R. D., Reiman, E. M., Bradley, M. M., Lang, P. J., O’Doherty, J., Winston, J., Critchley, H., Perrett, D., Burt, D., &
Ahern, G. L., Davidson, R. J., & Schwartz, G. E. (1997, 12). Dolan, R. (2003, 12). Beauty in a smile: The role
Neuroanatomical correlates of pleasant and unpleasant of medial orbitofrontal cortex in facial attractiveness.
emotion. Neuropsychologia, 35(11), 1437-1444. doi: 10.1016/ Neuropsychologia, 41(2), 147-155. doi: 10.1016/S0028-
S0028-3932(97)00070-5 3932(02)00145-8
Leknes, S., & Tracey, I. (2008, 12). A common neurobiology for Phan, K., Wager, T., Taylor, S. F., & Liberzon, I. (2002, 12).
pain and pleasure. Nature Reviews Neuroscience, 9(4), 314320. Functional Neuroanatomy of Emotion: A Meta-Analysis of
doi: 10.1038/nrn2333 Emotion Activation Studies in PET and fMRI. NeuroImage,
Leproult, R.; Copinschi, G.; Buxton, O. & Van Cauter, E. (1997, 16(2), 331-348. doi: 10.1006/nimg.2002.1087
10). Sleep loss results in an elevation of cortisol levels the next Pitchers, K. K., Vialou, V., Nestler, E. J., Laviolette, S. R., Lehman,
evening. Sleep, 20(10), 865-70. M. N., & Coolen, L. M. (2013, 12). Natural and Drug Rewards
Leuner, B., Caponiti, J. M., & Gould, E. (2011, 12). Oxytocin Act on Common Neural Plasticity Mechanisms with FosB as a
stimulates adult neurogenesis even under conditions of stress Key Mediator. Journal of Neuroscience, 33(8), 3434-3442. doi:
and elevated glucocorticoids. Hippocampus, N/a-N/a. doi: 10.1523/JNEUROSCI.4881-12.2013

103
IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Post, S. G., & Neimark, J. (2007). Why good things happen to brain structures in men and women. Social Cognitive and
good people: How to live a longer, healthier, happier life by the Affective Neuroscience, 4(2), 158-165. doi: 10.1093/scan/
simple act of giving. New York: Broadway Books. nsn051
Rademacher, L., Krach, S., Kohls, G., Irmak, A., Gründer, G., Stahl, S. M. (2002, 12). The Psychopharmacology of Energy
& Spreckelmeyer, K. N. (2010, 12). Dissociation of neural and Fatigue. The Journal of Clinical Psychiatry, 63(1), 7-8. doi:
networks for anticipation and consumption of monetary and 10.4088/JCP.v63n0102
social rewards. NeuroImage, 49(4), 3276-3285. doi: 10.1016/j. Steger, M. F., & Kashdan, T. B. (2013, 12). The unbearable
neuroimage.2009.10.089 lightness of meaning: Well-being and unstable meaning in
Redouté, J., Stoléru, S., Grégoire, M., Costes, N., Cinotti, L., life. The Journal of Positive Psychology, 8(2), 103-115. doi:
Lavenne, F., ... Pujol, J. (2000, 12). Brain processing of visual 10.1080/17439760.2013.771208
sexual stimuli in human males. Human Brain Mapping, 11(3), Suffren, S., Braun, C. M., Guimond, A., & Devinsky, O. (2011, 12).
162-177. doi: 10.1002/1097-0193(200011)11:33.0.CO;2-A Opposed hemispheric specializations for human hypersexuality
Rimmele, U., Hediger, K., Heinrichs, M., & Klaver, P. and orgasm? Epilepsy & Behavior, 21(1), 12-19. doi: 10.1016/j.
(2009, 12). Oxytocin Makes a Face in Memory Familiar. yebeh.2011.01.023
Journal of Neuroscience, 29(1), 38-42. doi: 10.1523/ Taylor, S.E., Dickerson, S.S., & Klein, L.C. (2002). Toward a
JNEUROSCI.4260-08.2009 biology of social support. In C.R. Snyder & S.J. Lopez (Eds),
Rose’Meyer, R. (2013, 12). A review of the serotonin transporter Handbook of Positive Psychology. New York: Oxford University
and prenatal cortisol in the development of autism spectrum Press.
disorders. Molecular Autism, 4(1), 37. doi: 10.1186/2040-2392- Tessel, C. A. (2013). Neurophysiological indices of the effect of
4-37 cognates on vowel perception in late Spanish-English bilinguals.
Sansone, R. & Sansone, L. (2013). Sunshine, Serotonin, and Skin: UNICEF (2013). Report Card N.º 7 - Pobreza infantil em
A partial explanation for seasonal patterns in psychopathology. perspectiva: Visão de conjunto do bem-estar da criança nos
Innovations in Clinical Neuroscience. 10(7-8), 20-24. países ricos. Florença: Centro de Estudos Innocenti da UNICEF.
Scheele, D., Striepens, N., Gunturkun, O., Deutschlander, S., U.S. Food and Drug Administration. (n.d.). Retrieved
Maier, W., Kendrick, K. M., & Hurlemann, R. (2012, 12). November 30, 2014, from http://www.fda.gov/food/
Oxytocin Modulates Social Distance between Males and ingredientspackaginglabeling/foodadditivesingredients/
Females. Journal of Neuroscience, 32(46), 16074-16079. doi: ucm328728.htm
10.1523/JNEUROSCI.2755-12.2012 Van Kesteren, R.; Smit, A.; De Lange, R.; Kits, K.; Van Golen,
Schultz, W. (2002, 12). Getting Formal with Dopamine F.; Van Der Schors, R.; De With, N. & Geraerts, W. (1995,
and Reward. Neuron, 36(2), 241-263. doi: 10.1016/S0896- 9). Structural and functional evolution of the vasopressin/
6273(02)00967-4 oxytocin superfamily: vasopressin-related conopressin is the
Seligman, M. E., Steen, T. A., Park, N., & Peterson, C. (2005, only member present in Lymnaea, and is involved in the control
12). Positive Psychology Progress: Empirical Validation of of sexual behavior. Journal of Neuroscience. 15(9), 5989-98.
Interventions. American Psychologist, 60(5), 410-421. doi: Whalen, P.; Rauch, S.; Etcoff, N.; McInerney, S.; Lee, M.
10.1037/0003-066X.60.5.410 & Jenike, M. (1998). Masked Presentations of Emotional
Sheldon, K. M., & Lyubomirsky, S. (2007, 12). Is It Possible to Facial Expressions Modulate Amygdala Activity without Explicit
Become Happier? (And If So, How?). Social and Personality Knowledg. The Journal of Neuroscience, 18(1), 411-418.
Psychology Compass, 1(1), 129-145. doi: 10.1111/j.1751- Xiong, J. S., Branigan, D., & Li, M. (2009). Deciphering the MSG
9004.2007.00002.x controversy. International Journal of Clinical and Experimental
Smith, C. E., Chen, D., & Harris, P. L. (2010, 12). When the happy Medicine, 2(4), 329–336.
victimizer says sorry: Children’s understanding of apology and Young, S. N. (2007). How to increase serotonin in the human
emotion. British Journal of Developmental Psychology, 28(4), brain without drugs. Journal of Psychiatry & Neuroscience : JPN,
727-746. doi: 10.1348/026151009X475343 32(6), 394–399.
Smith, K., et al. Hedonic Hotspots: Generating Sensory Pleasure Your Neurochemical Self. (n.d.). Retrieved November 30,
in the Brain. In: Kringelbach, ML.; Berridge, KC., editors. 2014, from http://www.psychologytoday.com/blog/your-
Pleasures of the Brain. New York: Oxford University Press; 2010. neurochemical-self
p. 27-49. Zak, P. J., Stanton, A. A., & Ahmadi, S. (2007, 01). Oxytocin
Snyder, C. R., & Lopez, S. J. (2005). Handbook of positive Increases Generosity in Humans (S. Brosnan, Ed.). PLoS ONE,
psychology. Oxford: Oxford University Press. 2(11), E1128. doi: 10.1371/journal.pone.0001128
Spreckelmeyer, K. N., Krach, S., Kohls, G., Rademacher, L.,
Irmak, A., Konrad, K., ... Grunder, G. (2009, 12). Anticipation of
monetary and social reward differently activates mesolimbic

IX CONGRESSO
NEUROCIÊNCIAS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
104

Você também pode gostar