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Resumo:
1. Introdução
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caracterizada por Morin (1994, p. 247) como “um corpus de receitas, de aplicações
quase mecânicas, que visa excluir todo o sujeito do seu exercício”.
Em contrapartida, o novo paradigma da profissionalização docente, seja a
inicial ou a continuada, é do estabelecimento de uma dinâmica de trabalho em que a
reflexão e ação sobre a prática configurem um saber, o que pressupõe capacitar os
professores a assumirem a direção de sua prática e formação contínua, numa
dinâmica de busca permanente por novos conhecimentos didático-pedagógicos,
formação cultural e política. A categoria do “saber docente” está baseada numa
epistemologia da prática, segundo a qual, o professor produz conhecimentos a partir
de sua prática, o locus de aprendizagem.
Numa perspectiva sociológica da educação, enfatizam -se os estudos dos
saberes escolar e docente. Eles têm como foco, o cotidiano escolar e a formação
prática do professor durante o desempenho da profissão. Autores como Shulman
(1987), Nóvoa (1997), Gauthier et al. (1998) e Tardif (2002), entre outros, defendem
que a esc ola é um local onde se elaboram conhecimentos, sendo os professores
produtores de saberes e de saber-fazer.
A formação de professores também responde às exigências externas que
regulam a prática docente, segundo os interesses da comunidade e do Estado. Em
relatório realizado por uma comissão especial designada pelo Conselho Estadual de
Educação de São Paulo, em 1998, há recomendações explícitas quanto à
elaboração de políticas para a formação de profissionais da educação:
Do professor exige-se (...) investimento emocional, conhecimento
científico-técnico -pedagógico, conduta ética e compromisso com a
aprendizagem dos alunos, e isso envolve o desenvolvimento de
capacidades de participação coletiva para tomada de decisões orientadas
por um modelo de professor reflexivo, ou seja, que considera seu fazer
docente e as práticas pedagógicas que ocorrem na escola como objetos de
permanente reflexão. (...) essa perspectiva de educação continuada imbrica
com o desenvolvimento da capacidade de avaliar situações e
comportamentos e integra -se ao projeto educativo constituído em cada
instituição escolar. (Palma Filho e Alves, 2003).
Neste trabalho, tecemos considerações sobre o que tem influenciado,
recentemente, a formação e atuação do professor, segundo o que se exige na
perspectiva de sua inserção profissional potencialmente transformadora do meio
social, por meio da mudança e da inovação educacionais.
Entendemos que o processo de transformação da educação está
inextricavelmente relacionado à formação dos professores. Nesse sentido, Canário
(1995) crítica a prática tradicional de inovação nas escolas, que denominada
“acrescentada”. Ela se destinada a ser acolhida pela escola, como novo recurso
(material, humano e simbólico), sem que venha ocorrer qualquer tipo de
questionamento dos recursos já existentes. E, também, desconsidera as
especificidades e a situação da instituição escolar e os impactos sistêmicos da
inovação.
Portanto, entende-se que o processo de profissionalização dos professores
e a melhoria do ensino nos sistemas escolares estão intimamente relacionados e se
alimentam mutuamente. Conforme assinala Imbernón (2000, p. 19):
A possibilidade de inovação nas instituições educativas não pode ser
proposta seriamente sem um novo conceito de profissionalização do
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FUTURO
INOVAÇÃO E
MUDANÇAS
PROFISSIONAIS
E DA
EDUCAÇÃO
PRESENTE DA
FORMAÇÃO
RESSIGNIFICAÇÃO
PASSADO
VIVÊNCIAS
EDUCACIONAIS
PESSOAIS E
COLETIVIZADAS
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A práxis é a totalidade da prática humana, inclui tanto a atividade objetiva do homem que transforma a natureza e o mundo
social, como a transformação do próprio sujeito. Suas formas de agir, sentimentos e reflexões têm origem nas interações que
consegue estabelecer com o que e com quem pertencem ao mundo. A práxis educacional escolar pressupõe, segundo
RIBEIRO (1991), a finalidade de transformação da realidade. Não é uma tarefa apenas teórica. Ela exige, inclusive, a
corporeidade daqueles que desejam operar sobre as estruturas sociais, m obilizando-se em lutas coletivamente organizadas.
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Isso está sendo esboçado com a instituição do Conselho Técnico-Científico da Educação Básica (2008-2010), órgão
vinculado à CAPES, que tem entre as suas atribuições a assessoria na elaboração de diretrizes específicas da entidade no que
diz respeito à formação inicial e continuada.
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4. Conclusão
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