Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MEMÓRIA
GRÁFICA
DA ARQUI_
TETURA
DE OLINDA
MEMÓRIA
GRÁFICA
DA ARQUI_
TETURA
DE OLINDA
Renata Paes | caruaru, dez 2017
MEMÓRIA
GRÁFICA
DA ARQUI_
TETURA
DE OLINDA
apresentação 8
mapa 10
mapeamento afetivos 11
gradil 13
cobogó 30
azulejo 48
ladrilhos hidráulico 60
vetores 72
índice de figuras 74
APRESEN_
TAÇÃO
Este catálogo é resultado de um trabalho de que analisam e passam a cartografar relações com o intuito de resgatar, valorizar e preservar os fazem parte do nosso patrimônio cultural.
conclusão do curso de Design da Universidade enquanto se relacionam com elas, construindo objetos gráficos encontrados no cotidiano das Consideramos, afinal, que, ao revelar e catalogar
Federal de Pernambuco, no Centro Acadêmico o conhecimento através dos encontros onde o pessoas. Os autores que se dedicam a estudar os elementos da memória gráfica de Olinda,
do Agreste, sobre a memória gráfica da sujeito e o objeto de pesquisa são extremamente esse tema se debruçam sobre objetos que vão ressaltando a sua importância na construção
arquitetura de Olinda. Ao longo da pesquisa, relacionais. de impressos, imagens que compõem a imagética da cidade, podemos ajudar a
reconhecemos quatro elementos gráficos mais paisagem urbana, até as relações de afeto que as protegê-los. O resultado desse levantamento
representativos desse universo, que se tornaram Para compor este catálogo, evidenciamos 52 pessoas desenvolvem com esses objetos, através pode contribuir para intensificar a cultura de
o foco de nosso estudo, sendo eles: cobogós, fotografias representativas dos 4 grupos de de sua memória afetiva. preservação da cidade e, de posse dessas
ladrilhos hidráulicos, azulejos e gradis. Para artefatos estudados. São elementos da arquitetura informações, seus moradores podem tornar-se
isso, realizamos dois mapeamentos afetivos trazidos aqui para o âmbito da discussão sobre O Sítio Histórico de Olinda é tombado e guardiões da riqueza desses elementos e de sua
percorrendo 15 ruas da cidade e registramos design. Como resultado, ao final de nosso projeto reconhecido como Patrimônio Cultural própria história.
233 fotografias. escolhemos alguns deles que foram vetorizados da Humanidade pela Unesco desde 1982.
e disponibilizados para uso público. Apesar disso, passa por um processo de Com esse trabalho, pretendemos contribuir
Os caminhos foram traçados a partir da descaracterização alarmante, em parte pelo para a divulgação, sensibilização da população
sensibilidade, de memórias de infância e da Os elementos gráficos encontrados na descaso político e de seu plano de preservação principalmente para a preservação da memória
vivencia diária da pesquisadora como moradora arquitetura, fazem parte do cotidiano de seus e fiscalização ineficientes, como também gráfica da arquitetura de Olinda. Acreditamos
da cidade. Esses trajetos foram inspirados na moradores e da memória gráfica da cidade. São pelas construções/reformas clandestinas. que a perspectiva do design nesse estudo aponta
cartografia afetiva – processo proposto por também símbolos que contam aos visitantes um Isso contribuiu, nos últimos anos, para importantes valores dos elementos decorativos
Gilles Deleuze e Félix Guattari (1995) onde os panorama de sua história. A memória gráfica é o desaparecimento de alguns elementos da arquitetura, estabelecendo dessa forma uma
pesquisadores fazem parte dos movimentos um campo de pesquisa recente no Brasil e surgiu decorativos e construtivos da arquitetura que maior relação entre os dois campos.
10 11
igreja
do
amparo
ru
as
al d
seminário
an
nossa senhora
ha
rua
academia santa
das graças
m
gertrudes
do
ar i
nh
a
mp
ru
o
ab
aro
isp
oc
ou
ia
tin
órd
ho
eric
mis
rua caixa d’agua
bis
po de olinda
da
cou
MAPEA_
tin tinho
po cou
eira
ho
rua bis
rua da rua
lad
bica do da b
s quatr ertio igreja
o canto ga
s da sé
MENTOS
ro
ampa
igre
bon ja do
rua fim
sé
o
do
rua d
bon
da
lcanti
fim
ira
afetivos
de
la
l joaqui cava
aio
p
qu ous
em
at ad
rua corone
ro a
ca do
13 d
nt s
os
o
rua
rua b
cisc
fran
erna
é
as
são
ru
rdo v
ad
capela da a
mercado pr
de
eir
boa hora
ora ud
boa h da ribeira lad
ieira
en
ua da
rua
ru
r te
a
de
do
de m
bo
or
rua
ae
nfi
elo
m
coro
biblioteca
municipal
“Saí da rua onde morava, e onde funciona a sede da
nel
joaq
a
as
13 praça
di
lcan
de ro do carmo
emb iro moram o casal de amigos com quem trabalho, Bruna
ue
m set
ai 7 de ne
riq
ti
o rua ja
Fizemos uso da cartografia afetiva como
en
27
a
ru
ru igreja direcionante nos caminhos percorridos ao longo do Bonfim, onde moravam duas grandes amigas,
do carmo
cine
rua de são
olinda dessa pesquisa. Esses trajetos foram refeitos e Maíra e Camila. Desci para a Ladeira da Misericórdia,
sítio de
seu reis clube observados com minúcia e atenção, para poder primeira rua onde morei na cidade, em 2011. Subi
av.
dias
atlântico
joa
rua henrique
nto
pa
mn
das construções arquitetônicas da cidade e na esquina o Bar de Peneira, local muito conhecido
la
ão
abu
jo
cine prefeitura
coletar os dados dessa pesquisa. Utilizamos a pelos boêmios da cidade. Depois, pelas ruas Bernardo
el
c
duarte
n
o
municipal
ro
coelho
co
de olinda
ru
vivência e memória da autora como ponto de Vieira de Melo e São Bento, passando pela frente da
a
a
ru
10
de
partida, mas também o percurso que é usual prefeitura da cidade, onde trabalha minha mãe Nazaré
no
ve
entre os turistas, combinando o olhar afetivo de e trabalhou meu pai, Antenor (...)” Trecho de diário
m
br
o
câmara br
o
lv
es moradora ao olhar primeiro de um visitante. da pesquisadora.
municipal
vem n ça
de olinda no colégio
go
de de são bento
do
15
ru
a un
ism percurso dos
12 sig mapeamentos 13
mosteiro de a
nid
são bendo
ve
afetivos
de olinda a
GRADIL
14 15
16 17
18 19
20 21
22 23
24 25
26 27
28 29
30 31
COBOGÓ
32 33
34 35
36 37
38 39
40 41
42 43
44 45
46 47
48 49
AZULEJO
50 51
52 53
54 55
56 57
58 59
60 61
LADRILHO
HIDRÁU_
LICO
62 63
64 65
66 67
68 69
70 71
72 73
VETORES
GRADES COBOGÓS
74 75
ÍNDICE
76 77
página 53 página 53 página 53 página 53 página 67 página 68 página 69 página 70 e 71
Rua prudente de Moraes, no 405. Rua prudente de Moraes, no 405. Rua prudente de Moraes, no 312. Rua 15 de novembro, Ladeira da Misericórdia. Rua de São Bento, no 153. Rua de São Bento, no 153. Rua 27 de janeiro, no 65.
sem número.
78 79
BIBLIOGRAFIA REFERENCIAL ORGANIZAÇÃO, PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO & CAPÍTULOS: Renata Paes
REVISÃO DE TEXTO: Gilberto Neto
FOTOGRAFIA: Thiago Duarte
AMORIM, Sandra. Azulejaria de fachada na póvoa do Varzim (1850-1950). 1 ed. Póvoa de Varzim, Portugal, 1996.
ARAÚJO, Emanuel. A construção do livro: princípios da técnica de editoração. 2° ed. Rio de Janeiro: Lexicon,
2008.
DAMAZIO, Vera. Design e Emoção: alguns pensamentos sobre artefatos de memória. 7o congresso brasileiro de
pesquisa e desenvolvimento em design. Paraná, 2006.
HENDEL, Richard. Design do Livro. 1a ed. São Paulo: Editora Ateliê, 2003.
JONES, Owen. A gramática do ornamento. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.
LESCHKO, N.M; DAMAZIO, V.M; LIMA, E.L; ANDRADE, J.M. Memória Gráfica Brasileira: Notícias de um campo
em construção. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN, n° 11, 2014,
Gramado-RS. Atas… Gramado-RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014, v.1, p. 791-802.
LUPTON, Ellen. Intuição, Ação, Criação. Graphic Design Thinking. GG BRASIL, 2013.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. São Paulo, 2002.
NORMAN, Donald A. Design Emocional – Por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. Rio de
Janeiro: Rocco, 2008.
Paes, Renata.
80
Este catálogo foi composto em Museo Sans. O miolo foi
impresso em papel couchê fosco 150g/m2 e a capa em
cartão Duodesign 300g/m2 pela Gráfica e Editora MXM.