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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXTAS

ENGENHARIA CIVIL

Osvaldo José da Silva Sobrinho.

RA-914207147

O VALOR DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO CIVIL.

TCC 2.
São Paulo
2023.
OSVALDO JOSÉ DA SILVA SOBRINHO

RA-914207147

O VALOR DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO CIVIL.

Trabalho de conclusão de curso 2


apresentado ao curso de Engenharia
Civil da Universidade Nove de Julho,
como requisito parcial a obtenção do
título de Bacharel em Engenharia Civil.
Área de Concentração: Engenharia Civil.
Orientador: Daniel dos Santos.

São Paulo
2023.

1
RESUMO

A proteção da saúde e segurança dos trabalhadores da construção civil, vem tornando


cada vez mais consagrada nos tratados e cartas dos direitos fundamentais adquiridos
ao longo dos 40 anos. Um salto extraordinário do que se refere evitar acidentes leves,
graves, gravíssimo e com resultado morte. Vem sendo um dos elementos
fundamentais da economia e a serviço dos trabalhadores. Com uma melhor
conscientização, através de políticas voltadas para evitar acidentes de trabalho, é de
total integração entre as várias camadas que está ligada ao trabalhador. O direito a
um local de trabalho saudável e seguro está fulcrado na autotutela da portaria
3.214/78, a qual ressalva todos os direitos adquiridos ao longo dos anos. É também
um elemento constitutivo da saúde e segurança que se pretende construir. Condições
de segurança e saúde dos trabalhadores da construção civil, são pré-condições para
mão de obra produtiva e saudável. Nenhum trabalhador deve sofrer de doenças ou
acidentes relacionadas ao trabalho, devendo se considerar um aspecto importante da
sustentabilidade e competitividade da economia. Entretanto, o trabalhador leigo que
não goza de conhecimentos avançados a sua categoria de trabalhador da construção
civil, deverá receber todas as orientações necessárias para execução de suas
atividades, com segurança e lucidez dos riscos inerentes ao que a atividade da
construção civil oferece.

2
SUMÁRIO.

CONTRA CAPA ....................................................................................................................... 1


RESUMO................................................................................................................................... 2
SUMÁRIO ................................................................................................................................. 3
1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
1.1- SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO DA UNIÃO EUROPÉIA EM
FUNCIONAMENTO ................................................................................................................. 6
1.2- AVALIAÇÃO DE RISCOS ................................................................................................ 7

1.3 – PERIGO ............................................................................................................................. 8

1.4 – RISCO ............................................................................................................................... 8

2. SEGURANÇA NO TRABALHO ........................................................................................ 9

2.1- EVIDÊNCIAS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO ............................................................. 10

3. CONSTRUÇÃO CIVIL REDUZ ESTATÍSITCAS DE ACIDENTES DE TRABALHO


NO PAÍS ..................................................................................................................... 10

3.1- MAIORES OCORRÊNCIAS ........................................................................................... 14

4 - CONCLUSÃO ................................................................................................................... 15
FONTES DE CONSLTA ....................................................................................................... 16

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1- INTRODUÇÃO.

As últimas 4 décadas somaram progressos significativos no que diz respeito a


saúde e segurança no trabalho. Embora seja inegável que fatores como a
desindustrialização, avanço da tecnologia e atenção de cuidados médicos frente aos
problemas iniciais de saúde do trabalhador, tem contribuído muito para diminuição e
progressão de doenças ocupacionais no Brasil.

Uma visão macro do assunto proposto, abordaremos o mesmo assunto voltado


para União Europeia, as medidas e política voltada para o assunto vem
desenvolvendo um papel substancial para os avanços da baixa de acidentes e
doenças do trabalho. A salvaguarda e a melhoria das normas de proteção dos
trabalhadores são, por conseguinte, um desafio e uma necessidade constantes.
Apesar do avanço positivo, 2018 ainda registaram mais de 3 300 acidentes com
mortes e 3,1 milhões de acidentes não mortais na UE-27, e mais de 200.000
trabalhadores morrem anualmente de doenças relacionadas com o trabalho. Tais
números são da origem de enorme sofrimento humano.
Figura 1: Acidentes de trabalho mortais na UE –
1994-2018 (casos por 100 000 pessoas empregadas)

Fonte: Eurostat, dados para os setores económicos comuns da


UE-15 (1994-2009) e para todos os setores económicos da UE-
27 (2010-2018).

Embora não seja possível quantificar o custo para o bem-estar que decorre
destes números, as boas práticas de saúde e segurança no trabalho contribuem para
tornar as empresas mais produtivas, competitivas e sustentáveis. Expectativas
indicam que, cada valor em euro investido na segurança no trabalho, o retorno para
quem emprega chega ser o dobro. Essa sólida estrutura propicia à Segurança e Saúde
no Trabalho, que responda às necessidades específicas, da economia da União
4
Europeia, contribuindo de forma decisiva para uma economia sustentável e para o
êxito da Segurança no Trabalho na União Européia em geral. Muito além da saúde e
do bem-estar do trabalhador, há sólidas justificativas econômicas para garantir um
elevado nível de proteção das categorias de trabalho. As doenças e acidentes
relacionados ao trabalho, custam anualmente à economia da União Europeia
aproximadamente 3,3 % do PIB (cerca de 460 mil milhões de EUR em 2019) (figura
2).

Figura 2: Custos para a sociedade de lesões e doenças


relacionadas com o trabalho, 2019 (mil milhões de EUR)

Fonte: «An international comparison of the cost of


work-related accidents and illnesses» (EU-OSHA, 2017),
estimativas assentes em dados do Eurostat e do Banco
Mundial.

As expectativas indicam que, por cada euro investido em saúde e segurança


no trabalho, o retorno para o empregador é o dobro. contribuirá de forma decisiva para
uma economia sustentável e para o êxito da SST na UE em geral. Uma política de
saúde e segurança no trabalho de qualidade reduz os custos dos cuidados de saúde
e encargos sociais e previdenciários. O contrário disso, uma política de segurança e
saúde deficiente trará altos custos para os indivíduos, empresas, previdência e
sociedade.

A pandemia deixou claro a importância fundamental de uma política de saúde


e segurança do trabalho fortificada para saúde e segurança dos trabalhadores. Desde
o funcionamento da sociedade e da continuidade da economia, tornou-se claro a
criticidade de seu funcionamento. Contudo, o caminho para recuperação e
normalização da produtividade, deve-se passar pelo compromisso e renovação, bem
como, dar prioridade à saúde e segurança no trabalho, melhorando as sinergias
políticas públicas, sérias, com saúde e segurança no trabalho.

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1.1- SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO DA UNIÃO EUROPÉIA EM
FUNCIONAMENTO.

Fatores importantes contribuem com a explicação dos resultados da


abordagem no que diz respeito a saúde e segurança no trabalho. Primeiramente, os
Estados-Membros criaram um sistema regulamentar avançado, dfinindo todas
medidas de proteção e prevenção, face aos riscos profissionais. Segundo, baseiam-
se na abordagem tripartida, na qual os trabalhadores, os empregadores e os governos
estão inteiramente envolvidos na aplicação e desenvolvimento das medidas de saúde
e segurança no trabalho a nível nacional e continental. Além do apoio contínuo
prestado, em especial, às microempresas e às pequenas e médias empresas que
contribuem satisfatoriamente para a correta aplicação das regras de saúde e
segurança do trabalho.

A indústria da construção civil exerce um papel importante das economias dos


todos os países, empregando mão de obra substancial. Também é uma das indústrias
mais perigosas em todo mundo, assim como, em muitos outros países. Alguns dos
muitos riscos de segurança para trabalhadores da construção civil, incluem trabalho
em altura, em escavações e túneis, em rodovias e em espaços confinados; exposição
à eletricidade, máquinas e equipamentos utilizados na construção civil.

Em todo o mundo, os trabalhadores da construção civil têm três vezes mais


chances de morrer e duas vezes mais chances de se machucar do que os
trabalhadores de outras ocupações. Embora em muitos países se esforçam com
grandes feitos para melhorar o desempenho da segurança e saúde no trabalho, o
setor da construção civil continua aquem da maioria das outras áreas industriais.

É por isso que a avaliação de riscos tornou-se uma importante ferramenta,


sendo fator chave para atividades de trabalho saudáveis. O dinamismo da avaliação
de riscos, é fundamental para as empresas e organizações implementarem uma
política com avanços e progressos com a gestão dos riscos nas atividades laborais.
Entretanto, tem que considerar que, a avaliação de riscos é um processo contínuo,
não deve ser encarado como prejuizos. Precisa conscientizar empregador, governo e
empregado para as responsabilidades legais e colocá-las em prática. Para isso, torna-
se sumariamente importante o envolvimento de todos no processo.

6
1.2- AVALIAÇÃO DE RISCOS.

Existem razões suficientemente válidas para tal. De acordo com a Agência


Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, “A avaliação de riscos constitui a
base da abordagem comunitária para prevenir acidentes e problemas de saúde
profissionais”. Se o processo de avaliação de riscos - o ponto de partida da abordagem
da gestão da saúde e segurança - não for bem conduzido ou não for de todo realizado,
as medidas de prevenção adequadas não serão provavelmente identificadas ou
aplicadas.

É por este motivo que a avaliação de riscos é tão importante, sendo o fator-
chave para um local de trabalho saudável. Uma abordagem de mitigação de riscos é
um processo dinâmico e permite às empresas e organizações implementarem uma
política proativa de gestão dos riscos nos locais de trabalhos. Uma avaliação de riscos
adequada inclui, entre outros aspetos, a garantia de que todos os riscos relevantes
são tidos em consideração (não apenas os mais imediatos ou claros), a verificação da
eficácia das medidas de segurança adotadas, o registo dos resultados da avaliação e
a revisão da avaliação a intervalos regulares, para que esta se mantenha atualizada.
Todos os anos, milhões de pessoas na União Europeia se lesionam no local de
trabalho ou sofrem de problemas de saúde graves relacionados com a atividade
laboral.

É fundamental que as empresas, independentemente da sua categoria ou


dimensão, realizem avaliações regulares de segurança, pelas razões seguintes,
criteriosamente à noção da avaliação de risco existem dois conceitos importantes, a
saber: o de RISCO e o de PERIGO. Apesar de ser unânime na definição destes dois
conceitos da literatura, uma vez que se encontram no processo, parece importante
clarificá-los.

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1.3 – PERIGO.

Conforme a Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, “Perigo é a propriedade


intrínseca de uma instalação, atividade, equipamento, um agente ou outro
componente material no trabalho com potencial de provocar danos.”

Conforme Freitas, 2011, “Perigo/fator de risco é a propriedade ou capacidade


intrínseca de um componente material de trabalho poder potencialmente causar
danos”.

Conforme a NP 4397:2008, “Perigo é uma fonte, situação, ou ato com potencial


para o dano em termos de lesão ou afeção da saúde, ou uma combinação destes.”

Tais danos podem ser em termos de lesões ou ferimentos para o corpo


humano, de danos para à saúde, de danos para o ambiente no local de trabalho ou
uma combinação destes. Na opinião de Miguel (2005).

1.4 – RISCO.

Também de acordo com a Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, “Risco é a


probabilidade de concretização do dano em função as condições de utilização,
exposição ou interação do componente material de trabalho que apresente perigo”.

De acordo a norma NP 4397:2008, “Risco é a combinação da probabilidade de


um acontecimento ou de exposição (ões) perigosos e da gravidade de lesões ou
afeções da saúde que possam ser causadas pelo acontecimento ou pela (s)
exposições”.

Freitas, 2011, define como Risco profissional: “a possibilidade de um


trabalhador sofrer um determinado dano provocado pelo trabalho. A sua qualificação
dependerá do efeito conjugado da probabilidade de ocorrência e da sua gravidade”.

Para Xavier & Serpa (2006), o Risco também pode ser definido através das
seguintes expressões: - Combinação de incerteza e de dano; - Razão entre o perigo
e as medidas de segurança; - Combinação entre o evento, a Probabilidade e suas
consequências.

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Em termos práticos, pensamos ser lícito considerar que o risco é a
Probabilidade de alguém pode sofrer um dano como consequência da exposição a
um determinado perigo, evidenciando assim que é a exposição ao perigo que faz
emergir o risco, pelo que um perigo isolado jamais constituirá risco.

Em outras palavras, o risco é o resultado de uma relação estabelecida entre o


perigo e as medidas de prevenção e de proteção adotadas para o controlar, já que,
na medida que os níveis de segurança aumentam, a possibilidade do perigo se
transformar em risco, diminui.

2- SEGURANÇA NO TRABALHO.

Apesar de relevante importância econômica, o setor é também responsável por


cerca de 20 a 30% de todas as lesões ocupacionais graves conhecidas e, bem
provável, a parcela equivalente de doenças ocupacionais identificadas pelos
profissionais de saúde.

A segurança precária da construção e lesões ocupacionais fatais e não fatais


associadas foram relatadas em muitos estudos em todo o mundo, as fraturas
representaram um sexto das lesões e a maior proporção de afastamento prolongado.

A maioria das mortes na construção resulta de quedas de altura e de


atropelamento por veículos em movimento, enquanto a maioria das lesões não fatais
resulta de escorregões, tropeções e quedas, e de ser atingido por um objeto em
movimento ou em queda.

Entorses e distensões foram mais prevalentes e representaram


aproximadamente um terço das lesões e ausências. Entretanto, é difícil obter
números precisos devido a funcionários não registrados e acidentes não registrados
ocorrerem com certa frequência. Uma pesquisa dinamarquesa, revelou que a duração
da ausência de lesões com afastamento dependia consideravelmente do tipo de lesão
apresentada. Embora represente apenas cerca de 5% dos trabalhadores no Reino
Unido, é responsável por 27% dos acidentes fatais e 10% dos acidentes graves
relatados. Nos EUA, a indústria da construção é responsável por 11,1 mortes por
100.000. No Reino Unido, a taxa de lesões fatais por 100.000 trabalhadores da
construção foi de 1,9 em 2012/2013 (em comparação com uma média de cinco anos
9
de 2,3), trabalhadores (em comparação com 4,2 mortes por 100.000 trabalhadores
em todas as indústrias). Conforme dados do Eurostat, mais de um em cada quatro
(26,1%), acidentes de trabalho fatais no encontro da UE-27 em 2009, foi registrado no
setor de construção civil, enquanto o setor de manufatura teve a segunda maior
parcela (16,1%).

2.1- EVIDÊNCIAS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO.

Uma revelação pertinente, aponta que os fatores técnicos, humanos e


intervenções organizacionais não foram adequadamente analisados. Esses autores
afirmaram uma necessidade urgente de iniciar uma abordagem na base de
evidências.

Contudo, parecia haver evidências limitadas de que uma campanha de


segurança pode ser eficaz na redução de lesões não fatais na indústria da construção.
Houve evidência moderada de que as intervenções regulatórias (relacionadas à
implementação de um padrão de travamento de queda vertical e a um padrão de
escavações e trincheira), isoladamente não são eficazes na prevenção de lesões não
fatais e as fatais na indústria da construção civil.

A preocupante campanha dinamarquesa consistiu em ações como mascotes


da campanha na entrada de todos os canteiros de obras, panfletos aos novos
trabalhadores com informações sobre o objetivo da campanha e boas práticas;
newsletter publicada trimestralmente com atividades de segurança, casos de
acidentes com lesões e medidas preventivas; resultados da campanha em quadros
de avisos; inspeções de segurança do ambiente de trabalho, planejamento,
treinamento e limpeza; incentivo financeiro concedido aos trabalhadores nos locais
mais seguros; temas sobre riscos de lesões (por exemplo, acidentes com munck`s e
guindastes) na jornada de trabalho.

Analisando por outro ângulo, podemos chegar à conclusão de que, o ambiente


social dos trabalhadores da construção civil, desempenha um papel fundamental na
influência do comportamento seguro, tanto negativa quanto positivamente. Se um
trabalhador da construção civil trabalha em uma equipe ou em uma equipe onde a
segurança é avaliada positivamente, ele terá um comportamento correto. Líderes

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competentes (encarregados, gerentes de linha de frente), contribuem muito para
melhorar a segurança no canteiro de obras. Como os trabalhadores da construção
civil têm uma cultura informal e oral deficitária, na qual o conhecimento de segurança
é compreendido sem ser expresso abertamente, é de grande importância que os
líderes deem o exemplo, falem continuamente sobre segurança e ouçam dos
trabalhadores suas preocupações e constituir senso de propriedade e
responsabilidades.

3- CONSTRUÇÃO CIVIL REDUZ ESTATÍSITCAS DE ACIDENTES DE TRABALHO


NO PAÍS.

A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), divulgou um novo e


importante levantamento para o setor da construção civil. O estudo “Análise de
dados históricos de acidentes de trabalho na indústria da construção no
Brasil” aferiu 10 anos de dados da Previdência Social (2010 a 2019) sobre acidentes
de trabalho e doenças ocupacionais e a sua relação com a mortalidade desses
trabalhadores e concluiu que a construção tem melhorado seus índices de redução
de acidentes de trabalho.

Desenvolvido pelo médico e especialista em Segurança e Saúde do Trabalho,


Gustavo Nicolai, o resultado do estudo tem interface com o projeto “Acidentes de
Trabalho na Indústria da Construção” da Comissão de Política de Relações
Trabalhistas (CPRT) da CBIC, em correalização com o Sesi Nacional.

O material soma esforços às iniciativas do setor da construção para reduzir o


índice de acidentes no trabalho, como a da Semana CANPAT Construção, realizada
pela CPRT/CBIC, em parceria com a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT),
do Ministério do Trabalho e Previdência, o Serviço Social da Indústria (SESI) e os
Serviços Sociais da Indústria da Construção (Seconcis).

A CPRT/CBIC tem reforçado em suas ações que o trabalhador da construção


não é patrimônio e não representa custo, mas é sim um parceiro do setor e do Brasil.
Os dados de acidentes mais efetivos no setor serão utilizados para tornar mais eficaz
a atuação da indústria da construção na redução de acidentes. “O levantamento
servirá para nortear as ações de prevenção de acidentes de trabalho que serão objeto

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de campanhas e articulações públicas e privadas a serem empreendidas”, frisou o
presidente da CPRT/CBIC, Fernando Guedes, “Se tratanto segurança e saúde do
trabalho, trataremos do bem-estar de quem trabalha para que ele possa ter um
trabalho seguro, sadio e produtivo e que, no fim do dia, volte para casa bem e saudável
para viver sua vida com tranquilidade junto à sua família. É isso que nós queremos
proporcionar ao trabalhador e à sociedade”, enfatizou, Fernando GUEDES.

No estudo, foram levantadas informações das 10 atividades econômicas com


maiores sinistros, utilizando as seções da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE). A partir dos dados dos Anuários da Previdência Social e sua
evolução temporal no período de 2010 a 2019, foram analisados os dados de
acidentes de trabalho, doenças do trabalho, incapacidade temporária, incapacidade
permanente, letalidade e mortalidade.

Levando-se em conta os dados de Acidentes de Trabalho Típicos, a construção


ficou com a 6ª posição em relação às demais seções levantadas. Doenças do
Trabalho, ocupou a 7ª posição, entre as 10 principais classificações. Alguns casos,
como no de Acidentes de Trabalho Típicos, valores encontrados para a seção da
Construção foram menores do que a metade dos valores da seção que figura na
primeira posição, avalia o consultor Gustavo Nicolai.

O estudo permitiu estratificar o peso das doenças e dos acidentes,


possibilitando a análise dos dados para entender quais os dias da semana e os meses
do ano em que há mais ocorrências, as partes do corpo mais atingidas, e os acidentes
mais frequentes quando é típico e quando é de trajeto. “O grande passo foi mapear
onde o setor se encontra para que possa planejar estratégias e estabelecer metas
para os ambientes de trabalho, bem como implementar ações efetivas para melhorar
os resultados e mitigar os riscos de acidentes nos próximos anos”, ressalta o
especialista. A CPRT com o SESI, realizou eventos para disseminar o conteúdo do
estudo e o impacto dos acidentes de trabalho no setor da construção civil, bem como,
para incentivar a adoção de medidas que permitam a continuidade na redução do
número de acidentes identificados no estudo.

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A publicação mostra também o impacto da pandemia da Covid-19 nos
registros de afastamentos por doenças do trabalho em 2021, registrando a segunda
maior quantidade anual nos últimos 10 anos, com 19.348 casos. O recorde histórico
ocorreu em 2020, quando houve 33.575 casos. Comparados ao ano de 2019, anterior
à pandemia, os acidentes por doença do trabalho aumentaram 234,6% no
ano de 2020 e 92,8%, em 2021.

3.1- Maiores ocorrências.

O setor da economia com a maior quantidade de trabalhadores afastados


por acidentes de trabalho foi o de Atividades de Atendimento Hospitalar. Foram
62.852 casos, que responderam por 11,7% do total de acidentes de 2021.

Considerando que os índices é superior três vezes mais ao registrado no


comércio varejista de mercadorias geral, segundo consta, o setor com
mais acidentes (19.788). Considerando os dados da AEAT a Classificação
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), foi aproveitada para
fins de levantamento.

Em seguida, com 14.925 acidentes, está Administração Pública em Geral.


Transporte Rodoviário de Carga aparece na quarta posição entre os setores com mais
afastamentos por acidente – 14.735 casos. Abate de Suínos, Aves e Outros Animais
vem em seguida, com 11.722 acidentes e Construção de Edifícios, na sexta posição,
com 10.641 afastamentos. Confira tabela com as 10 maiores ocorrências, segundo a
CNAE.
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Conforme consta dados da AEAT, as
ocorrências de acidentes do trabalho entre pessoas do sexo feminino é inferior à
ocorrência entre o sexomasculino, obviamente deve-se levar em conta que as
atividades laborais não são as mesmas, tanto em termos absolutos quanto em termos
relativos. Em 2021, foram 352.099 acidentes estre eles (15,1 para cada grupo de mil
empregados) e 182.754 registros entre elas (9,8 a cada grupo de mil). Em
comparação ao período anterior à pandemia (2019), ambos registram queda.
Percentualmente, em 2021 os homens representam 65,8% das
vítimas de acidentes de trabalho, enquanto as mulheres, 34,2%.

Para efeitos comparativos, foram 2.203 casos em 2019 e 2.132, em 2020.


Entretanto, os acidentes que causaram incapacidade permanente em 2021, caíram
consideravelmente em relação ao ano de 2019 (em 2020 se mantiveram constantes).
Foram 5.664 casos em 2021 contra 16.556 casos de 2019, aproximadamente um
terço do total. Os acidentes que resultaram em óbito representaram apenas 0,5% do
total de acidentes liquidados em 2021. Aqueles que deixaram o trabalhador com
incapacidade permanente, 1%. A maior parte dos casos (64,1%) referiram-se a
afastamentos por menos de 15 dias naquele ano.

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4 - CONCLUSÃO.

Em andanças de passos lentos, o Brasil não chega a se aproximar da União


Europeia no que distrato a proteção do trabalhador, enquanto o Brasil faz
levantamentos passados, a União Européia planeja o futuro e pratica segurança no
trabalho no presenta, tornando cada trabalhador com melhor saúde e qulidade de
vida. Não é uma questão somente cultural, é o esforço que os trabalhadores fazem
para manter tal qualidade de vida no trabalho, na construção civil da União Européia.
A preocupação de quem emprega no setor da construção civil na União
Européia, é de tamanha responsabilidade que não visa somente Euros na conta
bancária. É também a satisfação de manter os familiares dos seus empregados
envolvidos nessa qualidade de vida. O Brasil está longe de alcançar um nível elevado
de conscientização, a começar pelo poder público que não dão a devida atenção, é
preferível manter o trabalhador incapacitado por acidente de trabalho sugando os
benefícios do governo através dos impostos pagos pelo povo, do que investir numa
política de combate a acidente de trabalho na construção civil, séria. O Brasil está
arraigado a um passado de escravidão e subserviencia aos patrões e aos sindicatos
corrompidos que nada fazem em prol do trabalhador.

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FONTES DE CONSUTA:

Disponível em: https://osha.europa.eu/pt/topics/riskassessment/index_html

EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança, Saúde e Trabalho, 'Ficha informativa 14 -


Prevenção de escorregões e quedas relacionados com o trabalho', Luxemburgo: Gabinete de
Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2001.
Disponível em: http://osha.europa.eu/en/publications/factsheets/14/view.
EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança, Saúde e Trabalho, 'Factsheet 15 - Prevenção
de Acidentes no Sector da Construção', Luxemburgo: Gabinete de Publicações Oficiais das
Comunidades Europeias, 2001.
Disponível em: http://osha.europa.eu/en/publications/factsheets/15/view.
EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 'Factsheet 36 - Prevenção
de acidentes no sector da construção', Luxemburgo: Gabinete de Publicações Oficiais das
Comunidades Europeias, 2003.
Disponível em: http://osha.europa.eu/en/publications/factsheets/36/view.
EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 'Relatório - Prevenção
de riscos na construção na prática', Luxemburgo: Gabinete de Publicações Oficiais das
Comunidades Europeias, 2004, 64 pp.
Disponível em: https://osha.europa.eu/en/publications/reports/108/view.
EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 'Sistemas e Programas -
Alcançar uma melhor segurança e saúde na construção', relatório de informação, Luxemburgo:
Gabinete de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2004.
Disponível em: http://osha.europa.eu/en/publications/reports/314.
EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança, Saúde e Trabalho, 'E-fact 2: Prevenção de
acidentes com veículos na construção', Luxemburgo: Gabinete de Publicações Oficiais das
Comunidades Europeias, 2004.
Disponível em: https://osha.europa.eu/en/publications/e-facts/efact02/view.
EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança, Saúde e Trabalho, 'E-fact 54: Manutenção
segura de ferramentas portáteis na construção', Luxemburgo: Gabinete de Publicações Oficiais
das Comunidades Europeias, 2011.
Disponível em: https://osha.europa.eu/en/publications/e-facts/efact54/view.
Disponível em: https://cbic.org.br/construcao-civil-reduz-indices-de-acidentes-de-trabalho-no-
pais/

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