Você está na página 1de 26

Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05:16/02/2023


Diretoria Excelência Operacional
Responsável Técnico: Rodrigo Rios (01743369), Gerência Executiva Excelência Operacional Técnico
Público-alvo: Todos os empregados das especialidades de engenharia, gestão de risco, confiabilidade,
implantação de projetos.
Necessidade de Treinamento: ( X )SIM ( )NÃO

Resultados Esperados:
Mitigação dos riscos operacionais através da classificação de ativos e diretrizes de manutenção que

a
viabilizem níveis de excelência em segurança e saúde das pessoas, preservação do meio ambiente,

lad
cuidados com a sociedade, garantia dos direitos humanos e sustentabilidade das operações Vale.

tro
OBJETIVO on
• Estabelecer diretrizes de manutenção para alcance da excelência em gerenciamento da
manutenção de ativos nas operações da Vale;

• Definir etapas, critérios, papéis e responsabilidades no processo de classificação de ativos;


oc

• Normatizar atividades, papéis e responsabilidades do processo de gerenciamento da manutenção


de ativos críticos e componentes críticos;

• Estabelecer modelo de governança de dados mestres de manutenção do SAP-PM.


APLICAÇÃO
ia

Este documento possui aplicação global abrangendo todas as unidades operacionais da Vale e suas
p

controladas.

1 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 3
2. RESPONSABILIDADES ......................................................................................................................................... 3
3. DEFINIÇÕES ........................................................................................................................................................... 5
4. CONCEITO DE CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS ..................................................................................................... 8
4.1. ATIVOS CRÍTICOS E COMPONENTES CRÍTICOS .............................................................................................. 8

a
4.2. PRIORIDADE DE ATIVOS ...................................................................................................................................... 9
5. CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS ............................................................................................................................. 10

lad
5.1. ESCOPO DA ANÁLISE ........................................................................................................................................ 11
5.2. MAPEAMENTO DOS ATIVOS ............................................................................................................................. 11
5.3. EQUIPE MULTIFUNCIONAL ................................................................................................................................ 11

tro
5.4. COLETA DE DADOS RELACIONADOS AOS ATIVOS E PROCESSOS ........................................................... 12
5.5. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE SEVERIDADE DE IMPACTO DA FALHA .......................................................... 12
5.6. DETERMINAÇÃO DA PROBABILIDADE DE FALHA ......................................................................................... 13
5.7. DEFINIÇÃO DE PRIORIDADE DO ATIVO ........................................................................................................... 14
on
6. CADASTRO DA CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS ................................................................................................. 15
6.1. TAXONOMIA ......................................................................................................................................................... 15
6.2. CADASTRO DE CRITICIDADE ............................................................................................................................ 16
oc

6.3. CADASTRO DE PRIORIDADE ............................................................................................................................. 17


7. REGISTRO MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS .................................................................................... 18
8. REQUISITOS MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS ................................................................................. 18
9. GOVERNANÇA ..................................................................................................................................................... 20

9.1. ESCALATION NOTICE ......................................................................................................................................... 20


9.2. GESTÃO DE ATIVOS E COMPONENTES CRÍTICOS PARALISADOS TEMPORARIAMENTE ....................... 21
9.3. COBERTURA DE PLANOS DE ATIVOS E COMPONENTES CRÍTICOS .......................................................... 22
9.3.1. ATIVOS ASSOCIADOS A PLANO PRÓPRIO DE MANUTENÇÃO .................................................................... 22
ia

9.3.2. ATIVO INDICADO EM LISTA DE TAREFA DE PLANO DE HIERARQUIA SUPERIOR .................................... 22


9.3.3. ATIVO COBERTO POR PLANO ABRANGENTE ................................................................................................ 22
p

9.4. DADOS MESTRES ............................................................................................................................................... 23


9.4.1. GESTOR DE DADOS MESTRES DE ENGENHARIA (PM25) ............................................................................. 23

9.4.2. GESTOR DE DADOS MESTRES GLOBAIS (PM26) ........................................................................................... 23


9.4.3. GESTOR DE ATIVOS CRÍTICOS E COMPONENTES CRÍTICOS (PM39) ......................................................... 23
10. MATRIZ DE ATRIBUIÇÕES ................................................................................................................................. 24
11. INDICADORES ..................................................................................................................................................... 24
12. REVISÕES ............................................................................................................................................................ 24
13. ANEXOS ............................................................................................................................................................... 25
14. DOCUMENTOS REFERENCIADOS .................................................................................................................... 25
15. ELABORADORES ................................................................................................................................................ 26

2 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

1. INTRODUÇÃO

Este documento estabelece diretrizes de manutenção e recomendações técnicas para a normatização do


processo de classificação dos ativos.

A classificação dos ativos nos permite:

- Reconhecer riscos e ações necessárias para redução do impacto e probabilidade de eventuais falhas;

a
- Identificar quão crítico e prioritário o ativo é para continuidade das operações Vale;

lad
- Indicar a importância do ativo dentro da unidade a qual ele está inserido;

- Direcionar a estratégia de manutenção e monitoramento dos ativos;

- Proporcionar direcionamento para os processos de confiabilidade de falhas de rotinas e falhas críticas;

tro
- Estabelecer as premissas de materiais e componentes sobressalentes.
on
2. RESPONSABILIDADES

A Vale identifica e gerencia riscos associados às suas atividades por meio do modelo de três linhas de
oc

defesa, conforme definido no PNR-000003, evitando ou mitigando qualquer impacto potencial em toda a
organização. A figura 1 representa a estrutura mínima de uma função manter, apresentando as
atribuições da 1ª camada e as responsabilidades da 2ª camada da 1ª linha de defesa.

A classificação de ativos é fundamental para o desdobramento das etapas da Gestão de Ativos.


p ia

Figura 1 – Estrutura Mínima da Função Manter

3 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

O processo de classificação dos ativos e definição da estratégia de manutenção, em acordo às diretrizes


de manutenção estabelecidas neste documento, visam garantir critérios e premissas, além de estabelecer
papéis e responsabilidades, inserindo os conceitos de gestão de ativos com base na avaliação de risco,
desempenho e custo para atingimento dos resultados operacionais de forma sustentável. O atendimento
deste documento garante o cumprimento do requisito mínimo 8.1 do elemento manutenção.

a
lad
tro
on
oc

Figura 2 – Detalhe do requisito de classificação de ativos no VPS_ Técnico _Manutenção



p ia

4 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

3. DEFINIÇÕES

Ativos: Item, algo ou entidade que tem valor real ou potencial para uma organização. Este valor pode ser
tangível ou intangível, financeiro ou não financeiro, e inclui a consideração de riscos e passivos. Ele pode
ser positivo ou negativo, em diferentes estágios da vida do ativo. Os ativos físicos geralmente referem-se
a equipamentos, estoques e propriedades de posse da organização. Os ativos físicos são o oposto de
ativos intangíveis, que são ativos não físicos, como contratos, marcas, ativos digitais, direitos de uso,

a
licenças, direitos de propriedade intelectual, reputação ou acordos. O agrupamento de ativos referidos

lad
como um sistema de ativo também pode ser considerado como um ativo (ABNT NBR ISO 55000 - 3.2.1).

Ativos críticos: Ativo associado a um controle existente, que em caso de falha, do mesmo e/ou de um
de seus componentes, resulte na materialização de um cenário de Risco Crítico, incluindo o Evento

tro
Material Indesejado (M.U.E), de acordo com a Régua de Severidade da NOR-0003-G.

• Recursos indicados como ativos para Plano de Emergência, Gestão de Crise e Plano de Continuidade
relacionados a Controles de Riscos Críticos ou M.U.E serão considerados como críticos.
on
• Ativos associados a Condicionantes e Requisitos Legais relacionados a Controles de Riscos Críticos
ou M.U.E serão considerados como críticos.
oc

Controle: Um ato, objeto (engenharia) ou sistema (combinação de ato e objeto) destinado a


prevenir ou mitigar um evento indesejado. Conforme PNR-000033 – HIRA Identificação de Perigos
e Análise de Riscos para Eventos Materiais Indesejados (MUEs).

Controle crítico: Um controle que é crucial para prevenir o evento ou mitigar as consequências
do evento. A ausência ou falha de um controle crítico aumentaria significativamente o risco, apesar
da existência dos outros controles. Além disso, um controle que previne mais de um evento
indesejado ou atenua mais de uma consequência é normalmente classificado como crítico.
ia

Conforme PNR-000033 – HIRA Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos


Materiais Indesejados (MUEs).
p

Componentes críticos: Todo componente que pertence a um ativo crítico e exerce função de

controle.

MUE (Material Unwanted Event): um evento indesejado com consequências críticas ou muito
críticas nas dimensões Pessoas e Meio Ambiente, ou significativa, críticas ou muito críticas na
dimensão Financeira, de acordo com a Régua de Severidade da Companhia. Ressaltamos que
as dimensões de impacto “Pessoas”, “Meio Ambiente” e “Financeira” não são diretamente
equiparáveis entre si, porquanto diferentes, tendo a graduação acima natureza metodológica.
Frisamos que a Vale não tolera ameaças à segurança de empregados e parceiros, das
comunidades e do meio ambiente, bem como preza pela conformidade aos seus valores, ao
código de conduta e às regras de governança da companhia. Conforme NOR-0003-G– Norma de
Gestão de Riscos.
5 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

Nota de manutenção crítica: Notas de manutenção associadas a locais de instalação e


equipamentos com flag de ativo crítico.

Ordem de manutenção crítica: Ordens de manutenção sistemáticas ou não sistemáticas


associadas a locais de instalação e equipamentos com flag de ativo crítico.

Risco Crítico: Risco inerente com severidade potencial crítica ou muito crítica em Pessoas, Meio

a
Ambiente e ou significativo, crítico ou muito crítico na dimensão Financeira, nas categorias
Operacional, Geotécnico, Planejamento da Produção ou Cibernético, de acordo com a Régua

lad
severidade da NOR-0003-G.

Ativo pai: Os ativos que deverão obrigatoriamente estar representados para as operações de Ferrosos
e Metais Básicos no Brasil no 5º nível do local de instalação (SAP-PM) e para as demais operações de

tro
Metais Básicos na 1ª posição componente (campo equipamento) associado ao 5º nível do local de
instalação (SAP-PM).

Ativos paralisados temporariamente: Ativos que estão sem desempenhar suas funções por um período
on
definido, retornando quando necessário.

Classificação de ativos: Processo utilizado para analisar e determinar a importância de um ativo em


oc

função dos riscos envolvidos em decorrência de uma falha.

Criticidade: Critério de classificação de um ativo, conforme a definição de ativo crítico.

Prioridade: Critério de classificação de um ativo, que representa sua importância em nível local

para o negócio (A, B e C).

Fase de negócio: Operações (Mina, Usina, Ferrovia, Pelotização, Porto) da cadeia produtiva dos
negócios (Minério de Ferro, Metais Básicos e Carvão) da Vale.
ia

Falha: Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida. Depois da falha o item tem
uma pane. A “falha” é um evento; diferente de pane que é um estado. Este conceito como definido, não
p

se aplica a itens compostos somente por software (NBR 5462, 1994).


Flag de Ativo Crítico: Campo (SAP-PM) destinado à identificação da criticidade do ativo.


Função requerida: Função ou combinação de funções de um item que são consideradas necessárias
para prover um dado serviço. (NBR 5462, 1994, p.02);

Fonte de risco: Elemento que, individualmente ou combinado, tem o potencial para dar origem ao risco
(NBR ISO 31000, 2018, p.02).

Gemba: Local de trabalho, onde se faz acontecer, onde se cuida das pessoas, onde se engaja e se
tem propósito.

6 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

Item: Qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional, equipamento ou sistema
que possa ser considerado individualmente (NBR 5462, 1994, p.01), definições para cadeia de
suprimentos:

Item normal: São os itens MRO (manutenções, reparos e operações) que não se encaixam nas
alternativas abaixo.

a
Itens de garantia operacional: Itens de alto custo de falta, insubstituíveis ou sem alternativas de
contingência em caso de ruptura de estoque. Geralmente são de difícil aquisição, cuja falta em

lad
estoque compromete a operação/produção.

Manutenção Sistemática: Manutenção com frequência, planejamento e recursos pré-definidos, riscos


mapeados e ações de controle previamente estabelecidas, gerada automaticamente pelo sistema

tro
informatizado de manutenção. Conforme PNR-000003 – Diretrizes Básicas de Operação e Manutenção.

Mapa de 52 semanas: Planejamento anual, desdobrado da estratégia de manutenção, que contempla


as atividades de manutenção do período para os ativos da empresa. O Mapa de 52 semanas deve ser
on
elaborado e cadastrado pela Engenharia da 2ª camada. Seu cumprimento deve ser garantido pelo PCM.

Matriz de classificação de ativos e diretrizes de manutenção: Documento elaborado de forma


oc

multidisciplinar sob a responsabilidade das áreas de engenharia (2ª camada). Fundamentado na análise
dos riscos envolvidos em decorrência de uma falha. Esta matriz estabelece a prioridade (A, B ou C) e
direciona para os requisitos mínimos de manutenção apropriados para os ativos físicos da Vale.

Plano de Manutenção: Geração de ordens de manutenção sistemática através do sistema informatizado


contendo no mínimo, duração, materiais, componentes, ferramentas, mão-de-obra e planejamento da
atividade a partir de lista de tarefas objetivas.
ia

Redundância de prontidão (Stand by): Redundância onde somente um dos meios para desempenhar
uma função requerida é projetado para operar, enquanto os restantes permanecem inativos até serem
p

necessários (NBR 5462, 1994, p.14).


Risco: Efeito da incerteza nos objetivos. Um efeito é um desvio em relação ao esperado. Pode ser
positivo, negativo ou ambos e pode abordar, criar ou resultar em oportunidades e ameaças. Objetivos
podem possuir diferentes aspectos e categorias, e podem ser aplicados em diferentes níveis. (NBR ISO
31000, 2018, p.01).

Sistema informatizado: Sistema computadorizado de gestão da manutenção (SAP-PM, Elipse);

Taxonomia: Estrutura de classificação hierárquica dos locais de instalação dos ativos. Contendo o
componente (equipamento SAP) representado no último nível da hierarquia.

7 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

4. CONCEITO DE CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS

A classificação de ativos é essencial para uma abordagem seletiva e deve ser utilizada para identificar
ativos do processo produtivo quanto a sua criticidade e seu grau de prioridade.

4.1. ATIVOS CRÍTICOS E COMPONENTES CRÍTICOS

O modelo de gestão de Ativos Críticos e Componentes Críticos, conforme figura 3, inicia-se com o

a
mapeamento dos Riscos Críticos incluindo os Evento Material Indesejado conforme (NOR-0003-G).

lad
Através do B-Wise são indicados os controles dos riscos críticos para associação dos ativos e
componentes tornando-os críticos, seguindo com cadastro, desdobramento da estratégia, execução e
seu monitoramento através do Escalation Notice. Os padrões técnicos da Diretoria de Gestão de Ativos
(PNRs) devem ser implantados nos ativos e componentes indicados como críticos.

tro
on
oc

ia

Figura 3 - Modelo de gestão de ativos críticos e componentes críticos


p

A partir da identificação do Risco Crítico é avaliada a associação de ativos relacionados aos seus

controles.

Figura 4 - Avaliação dos ativos relacionados aos controles de Riscos Críticos

8 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

Para os riscos do HIRA Operacional serão avaliados seus controles críticos e para os riscos do HIRA
Geotécnico e de Riscos de Negócio nas categorias Operacional, Geotécnico, Planejamento da Produção
ou Cibernético devem ser avaliados todos os controles. Não serão avaliados controles de Riscos que não
sejam críticos.

Para a gestão da manutenção destes ativos críticos é realizada a identificação através de um flag no
cadastro do SAP, permitindo uma gestão mais apurada da execução das atividades nestes ativos.

a
A responsabilidade da gestão e indicação dos ativos críticos e componentes críticos está listada no

lad
anexo 1 do PNR-000003 Diretrizes Básicas da Operação e Manutenção.

4.2. PRIORIDADE DE ATIVOS

tro
Classifica os locais de instalação e equipamentos quanto aos riscos relacionados a saúde e segurança
das pessoas, ao meio ambiente, a sociedade, reputação da Vale e perdas financeiras decorrentes uma
falha. Representada pelo campo [Código ABC] no SAP, assume os valores “A” para ativos com maior
on
importância, “B” para importância intermediária e “C” para menor importância.

• Prioridade A: Ativo que ao falhar resulta em consequências relevantes para Pessoas, Meio Ambiente,
Social e Direitos Humanos, Reputacional ou Financeiro da unidade operacional.
oc

• Prioridade B: Ativo que ao falhar causa danos moderados para Pessoas, Meio Ambiente, Social e
Direitos Humanos, Reputacional ou Financeiro da unidade operacional. Possui equilíbrio entre risco,
desempenho e custo.

• Prioridade C: Ativo com baixo impacto no processo produtivo e tem como característica minimizar
custos.
ia

Segue associação entre criticidade e prioridade de ativos.


p

Figura 5 – Associação criticidade e prioridade

Importante

Ativos críticos e componentes críticos serão classificados como prioridade “A” independente dos níveis de
severidade de impacto e probabilidade da falha identificado durante a análise.

9 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

5. CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS

O processo de classificação de ativos apresentado neste documento foi desmembrado da análise da


NOR-0003_G e consiste em avaliar os riscos decorrentes de uma falha para determinação da criticidade
e prioridade (A, B ou C) do ativo.

A figura 6 ilustra o processo de classificação de ativos destacando suas etapas e responsáveis.

a
PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO DE ATIVO

lad
RESPONSABILIDADE ETAPAS

5.1 5.2 5.3


Definir escopo da análise contendo Mapear ativos Estabelecer equipe
unidades (mina, usina, ferrovia, planta, contidos no multifuncional que

tro
porto, oficinas, etc) e etapas do processo. escopo da análise. participará das análises
Engenharia

5.4
Coletar dados do ativo necessários para
on
a análise (fluxo de processo, desenhos,
manuais, histórico de falhas, etc).
oc

5.5 Impacto em
Avaliar nível de Pessoas
Equipe multifuncional (Saúde,

severidade causada
Confiabilidade, Operação e
Segurança, Meio ambiente,

pela falha do ativo. Impacto ao Meio


Ambiente
Manutenção)

5.6

Avaliar nível de Impacto em Social


probabilidade da falha do e Direitos Humanos

ativo.
Impacto
Reputacional
5.7
ia

Avaliar prioridade dos Impacto Financeiro


ativos. Tempo entre
falhas
p
(Gestores de dados

6 7

Cadastrar
Engenharia

Registrar e divulgar Matriz de


mestres)

classificação do ativo Necessário atualizar N


Classificação de Ativos atualizada
no sistema valor do campo
em plano diretor de
informatizado de [Ativo Crítico]?
manutenção.
manutenção.
S
Engenharia
(Gestores)

6
Marcar/Desmarcar flag do
campo [Ativo Crítico] no sistema
informatizado de manutenção

Figura 6 – Processo de classificação de ativos

10 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

5.1. ESCOPO DA ANÁLISE

Delimitar qual o parque de ativos será coberto pela análise, unidades (mina, usina, ferrovia, planta, porto,
oficina etc.) e processos, permitindo a melhor gestão do andamento e entregas do trabalho, além de
aumentar o entendimento sobre os riscos presentes nas etapas do processo produtivo.

5.2. MAPEAMENTO DOS ATIVOS

a
Listar todos os ativos contidos no escopo da análise a partir do ativo pai, através de comparação entre
relatório dos locais de instalação e equipamentos cadastrados no sistema informatizado de manutenção

lad
(desconsiderar inativos), diagramas de processo, desenhos, informação do “gemba”.

5.3. EQUIPE MULTIFUNCIONAL

A engenharia (2ª camada da 1ª linha de defesa) deve gerenciar e consultar uma equipe multifuncional

tro
contendo as especialidades de Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Engenharia, Confiabilidade, Operação
e Manutenção, além de buscar junto a equipe de Relacionamento com Comunidades o levantamento dos
riscos e impactos que podem ser gerados.
on
Atribuições por responsabilidade:

Responsabilidade Atribuições
oc

• Detalhar os ativos contidos no escopo da análise;


• Adequar taxonomia dos ativos para identificação individual das fontes de risco;
• Coletar dados de processo (dados operacionais, diagramas de fluxo do processo etc.);
• Coletar dados de vida do ativo (histórico de falhas, desenhos, materiais etc.);

• Determinar a prioridade dos ativos (A, B ou C);


• Revisar a classificação do ativo quando houver novas informações significativas.
Engenharia • Adequar estratégia de manutenção às diretrizes de manutenção no sistema
informatizado.
• Atualizar cadastro do ativo no sistema informatizado de manutenção (Gestores de
ia

dados mestres);
• Registrar matriz de Classificação de Ativos atualizada (Gestores de dados mestres);
p

• Marcar/Desmarcar flag de ativo crítico no sistema informatizado de manutenção


(Gestores de engenharia);

• Registrar e divulgar resultado das análises.


• Solicitar adequação da taxonomia para identificação individual da fonte de risco;
Equipe
• Solicitar informações técnicas necessárias para classificação do ativo;
multifuncional
• Avaliar nível de severidade do impacto e probabilidade de ocorrência da falha;
(1ª e 2ªcamada da
• Avaliar os critérios que definem a prioridade dos ativos (A, B ou C);
1ª linha de defesa)
• Relatar necessidade de atualizações da classificação de criticidade.

11 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

5.4. COLETA DE DADOS RELACIONADOS AOS ATIVOS E PROCESSOS

Coletar e organizar dados dos ativos inventariados e dos processos ao qual fazem parte. Esses dados
incluem, mas não se limitam a:

- Manuais e desenhos do ativo;


- Diagramas de fluxo de processos;

a
- Lista técnica de materiais sobressalentes;
- Capacidade nominal e regime operacional;

lad
- Procedimentos de operação e manutenção;
- Documentos contendo mapeamento dos riscos da unidade;
- Dados de vida do ativo contendo falhas e manutenções preventivas;

tro
- Dados financeiros do ativo como custo de material, serviços de manutenção e perdas produtivas;
- Manifestações das comunidades e demais partes interessadas relacionadas a unidade a ser avaliada.
on
5.5. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE SEVERIDADE DE IMPACTO DA FALHA

Avaliar o efeito da falha do ativo e seus componentes frente aos impactos relacionados a Pessoas, Meio
oc

Ambiente, Social e Direitos Humanos, Reputacional e Financeiro.

Premissas para avaliação


Regras para avaliação das falhas

Categoria Descrição
Analisar apenas um modo de falha do ativo, considerando o “pior caso razoavelmente
provável “.
Avaliar apenas um ativo por vez, assumindo que todos os outros equipamentos estão
Falhas
ia

desempenhando suas funções normalmente.


A probabilidade de ocorrer a falha deve pressupor que não existe uma estratégia de
mitigação para prever ou impedir que a falha ocorra.
p

Dispositivos de Supor que alguma falha ocorreu fazendo com que o dispositivo de proteção seja

proteção necessário e que ele não desempenhe sua função de proteção.


Supor que o sistema stand by esteja totalmente funcional e capaz de operar com 100% de
Sistema principal sua capacidade. Nota: em alguns casos o stand by não foi projetado para operar na mesma
vs capacidade que o sistema principal, neste caso considerar perdas entre o sistema principal
stand by e o sistema stand by. Obs: Importante fazer distinção correta entre ativos stand by e ativos
projetados para operar de forma simultânea.

Sazonalidade Analisar com base no cenário sazonal de pior caso provável.

Classificar conforme níveis de severidade do ativo controlado de maior impacto, exceto


para severidade financeira. Para severidade financeira deve ser considerado a soma dos
Ativos de impactos financeiros todos os ativos controlados pelo ativo de controle.
Controle Exemplo de ativos de controle: Instrumentos, sensores, redes, servidores, controladores
lógicos programáveis responsáveis por controlar, alarmar e interromper funcionamento
para evitar ou mitigar as chances de um ou mais ativos virem a falhar.
12 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

NÍVEIS DE SEVERIDADE

Os níveis de severidade dos impactos, exceto impacto financeiro, estão dispostos e devem ser
consultados na “Régua de Severidade” da NOR-0003-G.

Para o impacto financeiro (custo com material e serviços, perdas de produção etc.) a análise da
engenharia deve considerar as particularidades da unidade de negócio, associando seus respectivos

a
valores aos níveis de severidade.

lad
Obs: Para todos os tipos de impacto existe a opção “não se aplica” (N.A), desta forma deve-se avaliar
todos os impactos.

tro
on
oc

p ia

Figura 7 – Estrutura da régua de severidade


5.6. DETERMINAÇÃO DA PROBABILIDADE DE FALHA

Os critérios para definição da probabilidade da falha estão dispostos a seguir:

Figura 8 – Estrutura da escala de probabilidade para avaliação de prioridade de ativos

13 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

5.7. DEFINIÇÃO DE PRIORIDADE DO ATIVO

A prioridade do ativo (ABC) será identificada com base na correlação do maior nível de severidade
encontrado e sua respectiva escala de probabilidade de falha.

Matriz de Classificação da Prioridade de Ativos

Severidade do impacto
Prioridade do ativo
[Código ABC]

a
N/A 1-Leve 2-Moderado 3-Significativo 4-Crítico 5-Muito Crítico

Muito Remoto C C B B A A

lad
a Remoto C C B B A A
alh
af
ded Pouco Provável C B B A A A
ida
bil
roba Provável C B B A A A
P

Muito Provável C B A A A A

tro
Figura 9 – Matriz de Classificação da Prioridade de Ativos

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Um ativo classificado com associação de severidade “Significativo” e probabilidade da falha “Provável”
on
em qualquer dos impactos (financeiro, social e direitos humanos, reputacional, ambiental e pessoas) será
classificado como ativo prioridade “A”, conforme figura 9 acima.
oc

Avaliações de severidade que sejam inferior a leve, deverão ser consideradas como N.A.
O anexo 1 - Matriz de Classificação de Prioridade de Ativos do PNR000044 - deste documento pode ser
utilizada como referência para o processo de classificação da prioridade de ativos.

Matriz de Classificação da Prioridade de Ativos


Probabilidade da

É um Ativo/ Componente Crítico ou a


Descrição do pior caso
sua indisponibilidade resultará em Social e Direitos Prioridade do Severidade do impacto e
falha

Local de Instalação / Equipamento Descrição do ativo Localidade Especialidade É stand by? razoavelmente provável Pessoas Meio Ambiente Reputacional Financeiro
descumprimento de algum requisito Humanos ativo Probabilidade da falha
considerado na análise
legal?
Provável

Transportador de correia 7P Rompimento de emenda da


ia

PEVT-US7-PEL-TRANS- 7P15TC Usina 7 Mecânica Não Não 3-Significativo 1-Leve 2-Moderado 1-Leve 2-Moderado A 3-Significativo e Provável
15TC correia transportadora

Figura 10 - Utilização da Matriz de Classificação da Prioridade de Ativos


p

As atualizações da régua de severidade, na NOR-0003-G rev.01 foram ajustadas na Matriz de


Classificação da Prioridade de Ativos.

Unidades operacionais que já realizaram a classificação de prioridade dos ativos conforme a versão
anterior do PNR-000044, não necessitam realizar uma nova classificação.

A etapa de classificação dos ativos deve estar presente no cronograma dos projetos e seguir o
procedimento indicado neste documento para a entrega da classificação às unidades e áreas cliente. A
Engenharia deve considerar este cumprimento como premissa da etapa de prontidão operacional do
projeto.

14 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

6. CADASTRO DA CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS

O cadastro dos ativos no SAP PM deve ser feito respeitando uma taxonomia mínima conforme figura 11.
A criticidade e prioridade de todos os ativos devem estar cadastradas no sistema informatizado da
manutenção.

6.1. TAXONOMIA

a
Os ativos Pai na Vale deve ser cadastrados, classificados e analisados em uma taxonomia que permita
a identificação individual das fontes de riscos. Os ativos pai deverão obrigatoriamente estar representados

lad
para as operações de ferrosos e metais básicos no Brasil no 5º nível do local de instalação (SAP-PM) e
para as demais operações de metais básicos na 1ª posição componente (campo equipamento) associado
ao 5º nível do local de instalação (SAP-PM).

tro
on
oc

Figura 11 - Exemplo de hierarquia e taxonomia no SAP PM

O campo “Item no Objeto”, presente na aba “Estrutura” dos cadastros de Local de Instalação e
Equipamento representa a posição sequencial que o item ocupa em relação a estrutura organizacional
ia

da área.
p

Figura 12 - Campo (Item no objeto) indicando Figura 13 - Posições ocupadas por cada item da
a POS5 _ 5º nível do local de instalação estrutura organizacional

15 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

A taxonomia não deve se limitar apenas a este desdobramento mínimo, cabendo às áreas definir seu
desdobramento ideal, desde que a regra básica acima seja cumprida. Uma taxonomia eficaz, que pode
ser uma característica do sistema de gestão de ativos, permite uma visão financeira e técnica integrada
de ativos e sistemas de ativos. (NBR ISO 55000, 2.5.2, pag. 7).

6.2. CADASTRO DE CRITICIDADE

Os ativos críticos e componentes críticos deverão ser identificados através de um flag respeitando a

a
hierarquia definida no sistema informatizado, conforme exemplificado na figura 14:

lad
tro
on
Figura 14 – Exemplo de hierarquia e taxonomia no SAP

Nota:
oc

- Quando o flag for colocado no local de instalação (ex. Ativo 1) todos os componentes pertencentes a ele serão
considerados críticos e, consequentemente, gerenciados como tal;

- Quando o flag for colocado no componente (ex. Componente 3 do Ativo 2), no caso deste estar diretamente
associado ao componente crítico, o ativo pai será considerado crítico, porém apenas o componente com flag

estará contemplado no gerenciamento do Escalation Notice.

A classificação de criticidade está vinculada aos locais de instalação e equipamentos. As figuras 15 e 16


ia

apresentam respectivamente exemplos de identificação de ativos críticos no SAP com código do controle
do risco associado para o 5º nível do local de instalação e para a 1ª posição do 5º nível do local de
p

instalação.

Um ativo ou componente considerado crítico, não altera sua classificação com base na condição dos itens
que o compõe, ou seja, não há tolerância de indisponibilidade.

Os ativos de terceiros que estão associados a controles de Riscos Críticos devem ser controlados através
da gestão do contrato, e nesse caso, o gestor será o dono do controle do risco. As formas para checar
deverão ser especificadas nas linhas de contrato.

A Engenharia deve garantir através da especificação técnica do contrato a descrição das exigências e
formas de medição para seu cumprimento.

16 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

a
lad
Figura 15 - Ativos críticos no SAP no 5º nível do Figura 16 - Ativos críticos no SAP na 1ª posição do
local de instalação 5º nível do local de instalação

tro
6.3. CADASTRO DE PRIORIDADE

A classificação da prioridade é inserida no campo [Código ABC] da transação de modificação de ativos


on
no SAP. Esta atividade é realizada por um gestor de dados mestres de engenharia (perfil PM25).
oc

p ia

Figura 17 - Indicação da prioridade do ativo no SAP

A prioridade de um local de instalação de posição superior deve ser no mínimo igual a maior prioridade
definida nos níveis inferiores da taxonomia. Particularidades devem ser indicados por uma análise técnica
de engenharia.

17 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

7. REGISTRO MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS

O documento atualizado, contendo a Matriz de Classificação de Ativos, deve ser informado no Plano
Diretor da unidade seu registro e ser acessível, seja em um plano diretor geral ou no específico de
manutenção.

a
8. REQUISITOS MÍNIMOS DE MANUTENÇÃO

lad
Este capítulo tem como objetivo de estabelecer requisitos mínimos para definição da estratégia de
manutenção dos ativos da Vale, inserindo os conceitos de gestão de ativos com base na avaliação de
risco, desempenho e custo, conforme figura 18.

tro
on
oc

ia

Figura 18 – Objetivos dos requisitos mínimos de manutenção


p

É requerido um estudo de engenharia que avalie as estratégias de manutenção sob a ótica de


performance e redução de falhas dos ativos.

A tradução dos requisitos mínimos de manutenção em objetivos, fatores técnicos, financeiros e


metodológicos para elaboração da estratégia de manutenção estão dispostos na tabela 1.

18 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

Tabela 1 – Requisitos mínimos de manutenção

Requisitos mínimos por prioridade do ativo

A B C

- Planos de manutenção sistemáticos; - Planos de manutenção sistemáticos; - Tipo de intervenção definida para
obter o menor custo sem impacto
- Intervenções de manutenção - Tipo de intervenção definida para se de risco e performance a função
planejadas e programadas que obter o equilíbrio entre risco, requerida;

a
minimizam o risco e maximizam o desempenho e custo;
desempenho de performance; - Itens classificados como
“normal”, visando menor custo.

lad
- Intervenções programadas de
- Monitoramento de ativos afim de manutenção.
evitar/ falhas e defeitos.

tro
É responsabilidade da engenharia desdobrar a estratégia em planos de manutenção representados no
mapa de 52 semanas e gerenciar o seu cumprimento, conforme responsabilidades do cadastro de dados
mestres no SAP do PNR-000004 Planejamento e Controle de Manutenção e a fig.1 Estrutura Mínima da
on
Função Manter.

O mapeamento dos riscos das atividades e suas ações de controle devem estar contemplados nos planos
oc

de manutenção, elaborados pela Engenharia, em conformidade ao PNR-000068 Diretrizes para Análise


de Risco da Tarefa – ART, PNR-000069 Requisitos de atividades críticas e PNR-000031 Permissão de
Trabalho Seguro.

Requisitos obrigatórios a ativos críticos e componentes críticos:

• Foco em evitar a ocorrência de acidentes indesejados de MUE (Material Unwanted Event) e/ou
materialização de riscos potenciais de acordo com a POL-0009-G Política de Gestão de Riscos;
ia

• Implantação dos PNRs pertinentes da Diretoria da Gestão de Ativos;


p

• As tolerâncias de planos de manutenção sistemática são definidas por análises técnicas de


engenharia;

• Os itens, sobressalentes e materiais aplicáveis devem ser disponibilizados pelas áreas


responsáveis a fim de garantir a operacionalidade de ativos críticos e componentes críticos de
forma segura;

• Os itens, sobressalentes e materiais aplicáveis que requerem processo de homologação


devem ser indicados por uma análise técnica de engenharia;

• Observação: Serão considerados aplicáveis os itens, sobressalentes e materiais relevantes


para mitigar e evitar a materialização de um Risco Crítico, conforme análise técnica realizada pela
engenharia.

19 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

9. GOVERNANÇA

9.1. ESCALATION NOTICE

As manutenções dos ativos associados a riscos críticos e seus controles são gerenciadas através do
processo Escalation Notice.

a
lad
tro
on
oc

Figura 19 – Hierarquia de notificações do Escalation Notice

O início do processo de Escalation Notice, para as demandas de manutenção em ativos críticos e


componentes críticos, está na tabela a seguir:
p ia

Tabela 2 - Premissas de acionamento escalation notice


Cenários Início do processo do escalation notice


Nota de manutenção (até gerar
OM) No terceiro dia após a data de abertura da nota.

Ordens de manutenção
sistemática (YPM/YCA) No dia seguinte a data de tolerância do plano.

Ordens de manutenção não - Com data conclusão desejada na nota. No dia seguinte a data conclusão desejada da nota.
sistemáticas (exclui YRR e YSS)- Sem data conclusão desejada na nota. No terceiro dia após a data de abertura da OM.

A área tem a opção de ativar uma gestão diferenciada no Escalation Notice conforme a criticidade dos
controles dos riscos críticos associados a atividades do SAP:

• Controles críticos: até o nível do Presidente;


• Controles não críticos: até o nível do Gerente Executivo.

20 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

9.2. GESTÃO DE ATIVOS E COMPONENTES CRÍTICOS PARALISADOS TEMPORARIAMENTE

Procedimento válido para todos os ativos críticos e componentes críticos, sem desempenhar suas
funções por um período definido, retornando quando necessário (paralisação de um ativo e/ou instalação,
reserva estratégica etc.).

O flag indicando a criticidade do ativo poderá ser retirado apenas quando este deixa de ser crítico, ou

a
seja, em condição de anulação de riscos e após atualização no Sistema de Gerenciamento de Riscos

lad
(BWISE).

A retirada do flag de ativos críticos e componentes críticos deve ser suportada por análises e estudos de
engenharia. O flag deve retornar imediatamente ao reinício da operação ou em caso de reavaliação
apresentar reincidência do risco ou de um novo.

tro
Ativos críticos e componentes críticos que precisam continuar em operação em unidades paralisadas, tais
como: sistemas de combate a incêndio, sistemas de bombeamento de água pluvial, sistemas de proteção
on
contravento/tempestade, sistemas de proteção contra intempéries, salas elétricas, barragens etc. devem
ser mantidos como críticos (com flag).

Um ativo ou componente crítico só poderá ter status paralisado temporariamente no SAP caso esta
oc

paralisação tenha projeção mínima de 03 meses. Os ativos paralisados temporariamente, exceto casos
em que a engenharia defina o contrário, devem estar cobertos por plano de conservação e planos para
evitar algum risco presente.

Para ativos e componentes paralisados que permanecem críticos (com flag) deve-se considerar:

• Planos de manutenção deverão ser avaliados quanto a sua necessidade de suspensão no


SAP PM;
ia

• Cadastro de novos planos de conservação no SAP PM, conforme análise de engenharia;


• Os ativos deverão adotar o status de paralisados temporariamente no SAP PM;
p

• O backlog de ativos críticos e componentes críticos paralisados temporariamente devem ser


gerenciado de forma criteriosa por análise de engenharia e as respectivas ações devidamente


registradas no sistema informatizado;
• Os planos de manutenção de conservação serão monitorados pelo Escalation Notice.

A estratégia de manutenção para ativos não críticos paralisados temporariamente é de responsabilidade


da engenharia (2ª camada) e deve ser considerado os riscos e particularidades da unidade.

Demandas de paralisação para tratativas de notas e ordens de manutenção devem ser realizadas
conforme tabela I e II do PNR-000004, adequando a data de necessidade, se aplicável, e em
conformidade com a estratégia adotada.

21 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

9.3. COBERTURA DE PLANOS DE ATIVOS E COMPONENTES CRÍTICOS

Os ativos críticos e componentes críticos serão considerados cobertos por planos de manutenção quando
estes respeitarem uma das três (3) situações abaixo:

9.3.1. Ativos associado a plano próprio de manutenção:

a
Consiste em criar plano de manutenção específico para o ativo.

lad
9.3.2. Ativo indicado em lista de tarefa de plano de hierarquia superior:

Consiste em cadastrar listas de tarefa dos planos de manutenção com chave de controle PM01 para os
ativos que são cobertos por um plano de hierarquia superior, local de instalação (LI) ou equipamento

tro
crítico sem movimentação na rotina da área, controles com necessidade de rastreabilidade na
apropriação de execução (mão de obra). on
9.3.3. Ativo coberto por plano abrangente:

Consiste em inserir o status (ITPA – Item de Plano Abrangente) para o ativo crítico e componente crítico
de Plano Abrangente. Deve ser aplicado para controles que são cobertos por um plano de hierarquia
oc

superior, local de instalação (LI) ou Equipamento Crítico que são movimentados na rotina da área, e não
possuem necessidade de rastreabilidade na apropriação de execução (mão de obra). Sendo considerado
para todas as especialidades (mecânica, elétrica etc.).

p ia

Figura 20 – Detalhe dos 3 (três) modelos de cobertura de planos de manutenção

Ativos críticos e componentes críticos devem ter seus planos de manutenção ativos e iniciados no SAP.

22 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

9.4. DADOS MESTRES

9.4.1. Gestor de Dados Mestres de Engenharia (PM25)

Dados mestres de engenharia referem-se ao cadastro e modificações de objetos que serão restritos a
uma ou mais áreas de manutenção, tais como: pontos de medição, listas de tarefas, listas técnicas de
material, planos de manutenção, locais de instalação e reinício de planos.

a
O perfil de Gestor de Dados Mestres de Engenharia (PM25) é concedido a empregados que atuam nas
áreas de engenharia de manutenção.

lad
As áreas que utilizam o SAP PM e não possuem Engenharias de Manutenção, deverão solicitar um
acesso excepcional a área normativa.

9.4.2. Gestor de Dados Mestres Globais (PM26)

tro
Dados mestres globais referem-se a cadastro e modificações de objetos de toda a Vale sendo de
responsabilidade da área de Excelência Operacional Técnica. Desta forma, o acesso ao perfil Gestor de
on
Dados Mestres Globais deve ser concedido a titulares e suplentes das fases de negócio (mina, usina,
ferrovia, pelotização, porto, projetos etc.) das áreas de engenharia de manutenção.

O Gestor de Dados Mestres Globais é responsável pelas atividades de criação e atualização de classe
oc

de objetos e atualização do perfil de catálogo, conforme fluxo no anexo 2 - Fluxo para Atualização de
Perfil de Catálogo.

9.4.3. Gestor de Ativos Críticos e Componentes Críticos (PM39)


O Gestor de Ativos Críticos permite a alteração dos planos/itens de manutenção dos ativos críticos e
componentes críticos.
p ia

23 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

10. MATRIZ DE ATRIBUIÇÕES

Descreve as atribuições do trabalho de classificação de ativos, onde: Responsável (R): Pessoas


responsáveis por realizar a atividade; Accountable (A): Pessoas que respondem pela atividade;
Consultado (C): Fornecedores de informações para a atividade; Informado (I): Pessoas informadas sobre
o andamento das atividades.

a
Tabela 3 - Matriz RACI Classificação de ativos e diretrizes de manutenção

lad
Engenharia Manutenção / Operação
Equipe
Atividades Gestor de dados Multifuncional
Gerente Equipe Equipe Gerente
mestres
Coordenar
A R I I I I
análises

tro
Avaliar análises A C C R C -
Registrar e
divulgar
A R R I I I
resultado das
análises
on
Inserir resultado
das análises no A R R I I I
SAP
oc

11. INDICADORES

Os indicadores abaixo listados estão relacionados com as diretrizes contidas neste documento e devem
ser monitorados na rotina, e os mesmos estão definidos no PNR-000012 – Manual de Indicadores Vale:

• Índice de Cobertura de Planos (ICP): Tem o objetivo de medir a quantidade de ativos críticos que
ia

possuem estratégia de manutenção sistemática definida;


• Fator de Cobertura de Ativos Críticos (FCAC): Medir a relação de Ativos Críticos que possuem
p

estratégia de manutenção definida em conjunto com o cumprimento desta estratégia.


• Riscos críticos e Controles com Flag: Mensurar o % de riscos críticos e os respectivos controles
associados que estão cobertos por Flags em ativos críticos.

12. REVISÕES

A revisão de classificação de ativos deve ser realizada periodicamente ou sempre que houver instalação
e desinstalação de ativos, modificações, melhorias, alterações de processo, atualização da matriz de
riscos da unidade e mudanças de função do equipamento.

24 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

13. ANEXOS

Anexo 1. Matriz de Classificação de Ativos

Anexo 2. Fluxo para Atualização de Perfil de Catálogo

a
14. DOCUMENTOS REFERENCIADOS

lad
NOR-0003-G - Norma de Gestão de Risco

PNR-000003 - Diretrizes Básicas da Operação e Manutenção

PNR-000004 - Planejamento e Controle de Manutenção

tro
PNR-000012 – Manual de Indicadores Vale

PNR-000033 – HIRA - Identificação de Perigos e Análise de Riscos para Eventos Materiais Indesejados
on
POL-0009-G - Política de Gestão de Riscos;

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 31000: Gestão de riscos - Diretrizes. Rio de
oc

Janeiro: ABNT, 2018;

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 55000: Gestão de Ativos – Visão Geral,
Princípios e Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2014;

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 55001: Gestão de Ativos – Sistemas de
Gestão - Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2014;

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 55002: Gestão de Ativos – Sistemas de
ia

Gestão - Diretrizes para a aplicação da ABNT NBR ISO 55001. Rio de Janeiro: ABNT, 2014;
p

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 5462: Confiabilidade e Mantenabilidade. Rio de
Janeiro: ABNT, 1994;

CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia. – 9. Ed. – Nova Lima:
FALCONI Editora, 2013;

KARDEC, Alan. ESMERALDO, João. LAFRAIA, Ricardo. NASCIF, Julio. Gestão de Ativos – 1. Ed. – Rio
de Janeiro, QualityMark Editora, 2014.

25 de 26
Classificação de Ativos e Diretrizes para Estratégia de Manutenção

PNR-000044, Rev. 05: 16/02/2023

15. ELABORADORES

NOME MATRÍCULA ÁREA

André Campos de Goes Monteiro 01168898 Excelência Operacional Técnica

César Junior 81011665 Excelência Operacional Técnica

a
Cláudia Rosa 01608679 Excelência Operacional Técnica

lad
Cláudio Augusto Mendes 01866749 Engenharia Projetos SSMA

Cláudio Trindade 01692244 Excelência Operacional Técnica

Daniele Brigante 01927137 Excelência Operacional Técnica

tro
Davidson Sacramento 01347138 Excelência Operacional Técnica

Érico Caetano 01837534 Pelotização e Manganês MG SL


on
Fabrício Viana 81011673 Projetos e Planejamento Sul Sudeste

Filipe Martinhão 01201749 Confiabilidade - Locomotivas EFVM


oc

Helen Grapiuna Prazeres 01191909 Excelência Operacional Técnica

Marcelo Fonseca 01580084 Excelência Operacional Técnica


Pollyana Araujo 01521285 Excelência Operacional Técnica

Priscila Campos 81018332 Excelência Operacional Técnica

Ricardo Schmitt 01298562 Excelência Operacional Técnica


ia

Rodrigo Rios Melo 01743369 Excelência Operacional Técnica


p

Vitor Zanetti Bueckmann 01517614 Excelência Operacional Técnica


26 de 26

Você também pode gostar