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Plano de Aula: Os Dióscuros

Equipe: Ana Luiza Prancic; Gabrielly Azalim; Giovanna Paiva; Rhana Medeiros.

Duração: uma aula de 50 minutos.

Objetivo: Apresentar o mito dos Dióscuros (meninos de Zeus) fazendo um paralelo


com o mito dos Ibejis.

Material didático: quadro, giz, papel de carta, envelope para cartas, caneta, lápis e
borracha.

Habilidades: EF35LP07, EF35LP08, EF35LP09, EF05LP12, EF35LP19.

Etapas da aula:

Etapa 1: O professor deve apresentar aos alunos o mito acerca dos Dióscuros,
enfatizando o quanto os dois irmãos queriam ficar ao lado um do outro. Proponho
aqui a adaptação do mito a partir do fragmento 3.11.2 da obra “Biblioteca” de
Apolodoro.

Os gêmeos Cástor e Pólux eram filhos de Zeus e mesmo possuindo suas


diferenças, eram muito unidos. Enquanto Cástor se dedicava à arte da guerra, Pólux
preferia o pugilismo, esporte de combate conhecido atualmente pelo nome de boxe.
Certa vez, os gêmeos, junto com os irmãos Idas e Linceu, capturaram um conjunto
de vacas da Arcádia, uma antiga cidade grega. Idas cortou uma das vacas em
quatro partes e propôs uma competição em que uma metade do conjunto de vacas
seria de quem terminasse de comer seu pedaço primeiro e a outra metade de quem
terminasse em segundo lugar. Idas conseguiu comer sua porção e ainda a de seu
irmão, levando para casa junto com o irmão todas as vacas. Mas Cástor e Pólux não
aceitaram a derrota, foram para Messênia, cidade em que Idas e Linceu viviam, e
tomaram as vacas. Muito furioso, Idas matou Cástor, mas Pólux, com ainda mais
ódio, perseguiu os irmãos e matou Linceu. Apesar de ter matado Linceu, Pólux foi
atingido em sua cabeça por uma pedra lançada por Idas e caiu sem vida no chão.
Zeus, furioso ao ver o que tinha acontecido, matou Idas e conduziu Pólux aos céus.
Mesmo assim, Pólux disse ao seu pai que não aceitaria a imortalidade enquanto seu
irmão permanecesse morto. Zeus, percebendo o quanto os dois irmãos queriam ficar
juntos, transportou Cástor para os céus. Até os dias de hoje, podemos perceber os
irmãos, que foram transformados na constelação que conhecemos pelo nome de
“Gêmeos”, juntos no céu.

Etapa 2: Logo em seguida, o professor contará o mito dos gêmeos Ibejis, também
enfatizando o quanto os irmãos gostariam de permanecer juntos. O mito dos Ibejis
pode ser encontrado na obra “Mitologia dos Orixás” de Reginaldo Prandi. Nesse
caso, também seria possível o uso de uma adaptação.

Os dois gêmeos, conhecidos pelo nome de Ibejis, são filhos de Iemanjá. Conta-se
que os garotos passavam o dia todo brincando com os amigos Logum Edé e Euá.
Certo dia, enquanto brincavam em uma cachoeira, um dos gêmeos se afogou e
perdeu a vida. O Ibeji que restou ficou muito triste e sozinho, sempre chorando e
sem interesse pela vida longe do irmão. O Ibeji foi então conversar com Orunmilá, a
divindade que conhece o destino dos homens1, e pediu muito para que trouxesse
seu irmão de volta para que os dois pudessem brincar juntos novamente. Mas
orunmilá não podia ou, até mesmo, não queria fazer tal coisa e para resolver essa
situação, transformou os dois meninos em estátuas de madeira, ordenando que os
dois ficassem juntos para sempre, E assim, os gêmeos nunca cresceram, nunca se
separaram e passam a eternidade brincando juntos.

Etapa 3: Os alunos deverão escrever um pequeno texto argumentando sobre as


semelhanças e diferenças presentes nos dois mitos. Os estudantes podem apontar
como semelhanças a morte de um dos irmãos e o desejo de continuarem juntos
mesmo após a morte de um deles e como diferenças o final do mito em que uma
dupla de irmãos foi transformada em estátuas e a outra em uma constelação.

Etapa 4: O professor deverá conversar com os alunos sobre a importância da


amizade e perguntar aos alunos se eles têm um melhor amigo, assim como os
irmãos dos dois mitos. É importante pontuar que o professor deve relembrar à turma
que um melhor amigo pode ser um colega de sala, um vizinho, um primo, tios, avós
ou até mesmo os próprios pais.

Etapa 5: O professor irá distribuir para a sala papéis e envelopes de cartas.

Etapa 6: Logo após, cada aluno deverá escrever uma carta para seu melhor amigo
com o intuito de entregá-la pessoalmente. É importante lembrar que o professor
poderá escrever no quadro exemplos de temas que podem ser tratados na carta, ao
exemplo, “como os dois amigos se conheceram?”, “como se tornaram amigos?”,
“qual a importância desse amigo em sua vida?” entre muitos outros assuntos.

1
Informação retirada da página 23 da obra “Mitologia dos Orixás” de Reginaldo Prandi.

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